sábado, 11 de julho de 2020

Pará registra queda de 45% nos casos de malária no primeiro semestre



Em relação ao ano de 2018, que teve 21.189 registros da doença, a redução foi de 60, 56%

10/07/2020 17h02 - Atualizada em 10/07/2020 18h33
Por Roberta Vilanova (SESPA)
A malária é causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles (mosquito prego)Foto: DivulgaçãoO estado do Pará registrou queda de 45% nos casos de malária de janeiro a junho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram 8.355 casos confirmados neste ano contra 15.107 registrados no ano passado. Em relação ao ano de 2018, que teve 21.189 casos de malária notificados, a redução foi de 60, 56%.
Considerando as Regiões de Integração com maior incidência, o Baixo Tocantins reduziu os casos de malária em 81%, o Lago de Tucuruí em 95%, o Marajó em 50% e a Região do Capim em 84%. Houve aumento de 32% na Região do Tapajós, de 40% na Região do Xingu e de 300% na Região de Carajás, sendo que foram oito casos confirmados neste semestre e apenas dois casos no mesmo período de 2019. Já as Regiões Metropolitana I, II e III não apresentaram casos autóctones de malária em 2020.
De acordo com a Sespa, 80% dos registros ocorreram em sete municípios: Anajás (1.702), Itaituba (1.444), Jacareacanga (979), Bagre (782), Alenquer (694), Oeiras do Pará (610), Altamira (358) e Cametá (349).
Cláudio Cardoso, da Sespa, diz que as ações em 2019 foram fundamentais para o decréscimo da doença no ParáFoto: José Pantoja / SespaEm relação às áreas prováveis de infecção, houve redução de 72,8% na área urbana e de 58,5% na área rural. No entanto, houve aumento de 17,8% na transmissão em regiões de garimpo e de 46,7% nos territórios indígenas.
Segundo o coordenador estadual do Programa de Controle da Malária, Cláudio Cardoso, a intensificação das ações em 2019 foi de suma importância para o decréscimo da malária no Pará.
“Apesar da pandemia de Covid-19 neste primeiro semestre, as Secretarias Municipais de Saúde conseguiram trabalhar para manter a redução no número de casos da doença” - Cláudio Cardoso, coordenador estadual do Programa de Controle da Malária.
Ele informou ainda que os avanços foram possíveis porque as equipes de supervisores da Coordenação Estadual do Programa de Controle da Malária da Sespa mantiveram de forma remota as orientações, monitoramentos e acompanhamento nas diversas Secretarias Municipais de Saúde.
“A Coordenação Estadual continuará acompanhando as ações de combate à malária de forma complementar e suplementar, para garantir o controle e diminuição dos casos da doença. Pois é importante dar sustentabilidade a essas ações, bem como manter a vigilância e sensibilização da gestão local”, assegurou Cláudio Cardoso.
Sinais e sintomas
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles (mosquito prego), que aparecem principalmente ao entardecer e ao amanhecer.
Os sintomas mais comuns da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem essas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada.
É importante ressaltar que a malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Operação da PC prende 35 pessoas e apreende grande quantia em dinheiro


10/07/2020 17h21 - Atualizada em 10/07/2020 18h40
Por Cristiani Souza (PC)
Foto: Leandro Santana / PCPATrinta e cinco pessoas presas, quatro armas de fogo e cinco munições intactas, além de R$200 mil em dinheiro foram apreendidos nesta sexta-feira (10), durante a primeira fase da operação "Vento Norte", realizada pela Polícia Civil do Pará. Ao todo, 360 policiais, divididos em 90 equipes, participaram da Operação.
A ação teve como principal objetivo o combate a facções criminosas, ao tráfico de drogas e o financiamento para o tráfico de drogas. Foram cumpridos mais de 70 mandados de prisões preventivas e 110 de busca e apreensão em Belém, Igarapé-Miri, Abaetetuba, Vila dos Cabanos e Moju.
Foto: Leandro Santana / PCPAA quantia em dinheiro e uma arma foram apreendidas no escritório de um empresário. Outra arma foi encontrada na residência dele. Ele foi autuado em flagrante e preso. O trabalho de apuração investigou 107 pessoas ligadas ao narcotráfico e envolvidas em mortes de agentes de segurança.
"A operação Vento Norte é de grande importância para a Polícia Civil do Estado já que há pelo menos um ano nós vinhamos investigando uma organização criminosa que estava atuando no Pará, no tráfico de drogas, contrabando, lavagem de dinheiro, extorsão, milícia, homicídios e enriquecimento ilícito. Então, o principal objetivo destes criminosos, é fomentar o crime de uma forma geral através de algumas técnicas utilizando postos de gasolina "lavam esse dinheiro". É uma organização que existe há muito tempo no Estado. Detectamos, inclusive, dentre as ações deste grupo, ameaças a juízes, promotores e autoridades policiais", explicou o delegado-geral Alberto Teixeira. 
Foto: Leandro Santana / PCPAA operação contou com policiais da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), Diretoria de Especializada (DPE), Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Superintendência Regional do Baixo Tocantins e Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE).
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Professores da Uepa e UFPA iniciam pesquisa para volta às aulas


Estudo foca na construção de cartilha a ser distribuída virtualmente para comunidade acadêmica, com lançamento previsto para a primeira semana de agosto

10/07/2020 17h21 - Atualizada em 10/07/2020 18h09
Por Nailana Thiely (UEPA)
Uma pesquisa em parceria entre professores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Universidade Federal do Pará (UFPA) pretende formular nos próximos dias uma cartilha direcionada exclusivamente à comunidade acadêmica de Instituições do Ensino Superior (IES), com orientações para o retorno às atividades presenciais após o período de isolamento social. A primeira etapa de levantamento será feita por um formulário online, que pode ser respondido até o próximo dia 15 de julho. 
Pesquisa idealizada por pesquisadores da Uepa e Ufpa abordará contexto da comunidade acadêmica por formulário online
A pesquisa intitulada Retorno às atividades acadêmicas presenciais após o isolamento social: Construção de uma tecnologia educacional é voltada, sobretudo, às demandas de saúde mental da comunidade acadêmica, entre docentes, graduandos, pós-graduandos e técnicos-administrativos.
Os dados serão analisados com auxílio do software IRAMUTEQ para dados qualitativos e SPSS para dados quantitativos. O planejamento inicial inclui, no mínimo, duas mil respostas ao formulário.
Após análises de respostas, uma cartilha preliminar será construída e enviada juntamente a um formulário de avaliação a 12 membros da comunidade-alvo, acadêmicos de instituições públicas de ensino superior de Belém, sendo três representantes de cada grupo da primeira fase. Uma vez aprovada, a cartilha final será distribuída virtualmente para todas as instituições às quais se destina. O lançamento está previsto para a primeira semana de agosto.
A iniciativa é coordenada pelo professor da Uepa, Paulo Delage, e pela professora da UFPA, Aline Menezes, que atuam na área de psicologia escolar. Aline Menezes coordena o Laboratório de Soluções Educacionais (LSE) e desenvolve projetos de extensão sobre saúde mental entre graduandos e pós-graduandos. O professor Paulo Delage atua no grupo de pesquisa G.A.M.E.S,  que estuda jogos aplicados aos contextos de ensino, educação e saúde, sediado na Escola de Enfermagem da Uepa desde 2017.
Durante as discussões realizadas entre os grupos durante o período de isolamento social foram identificados altos níveis de ansiedade entre alunos em relação ao retorno às atividades presenciais, fator comum a outras instituições de ensino superior.
Na pesquisa inicial, observou-se que estes impactos psicológicos são decorrentes não apenas pelo medo de adoecer, mas da situação econômica e da impossibilidade de cumprir e viver rituais sociais, a exemplo do luto, em docorrência das medidas sanitárias.
Para o professor Paulo Delage, a principal relevância da pesquisa é o auxílio às instituições para um retorno de atividades que considere as questões acadêmicas e o aspecto psicológico da comunidade.
“É preciso pensar que teremos que retornar ao trabalho lidando com perdas pessoais, sofridas no seio familiar e entre amigos, e coletivas, já que tivemos perdas de colegas nesse período. Além disso, como o material será produzido a partir da escuta da própria comunidade, não será uma cartilha genérica, mas um material voltado para nossas demandas e anseios imediatos. Muitos sofreram crises de pânico e depressão no período; podem ter partido para o consumo abusivo de álcool e outras drogas; outros podem ter se deparado ou sido alvo de episódios de violência doméstica... em suma: não retornaremos de um período de férias e sim de um período de afastamento forçado, entremeado de episódios trágicos e desgastantes, logo é importante que as instituições de ensino não assumam uma postura de compensação do tempo perdido, sem levar em consideração essas particularidades do momento”, avalia.

PLANEJAMENTO E SEGURANÇA
Em nota técnica, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) enfatizou a importância de um planejamento que dê prioridade à segurança e à proteção de estudantes, professores e outros funcionários, bem como à saúde – física, mental e psicossocial, bem-estar e relações sociais. A Unesco destaca o estresse pós-traumático decorrente da doença em si e do isolamento e confinamento experienciados.
Entre os principais desafios do retorno também são citados o aumento do risco de abandono escolar, o agravamento das desigualdades existentes e das que vierem a surgir, ou a perda de profissionais do setor educacional.
A nota técnica da Unesco recomenda ainda uma comunicação eficiente que garanta a confiança mútua entre as partes envolvidas, como famílias, educadores, estudantes etc. Deve-se atentar também aos impactos socioeconômicos da crise sanitária e as possíveis demandas de ordem de assistência social, em especial nos casos de violência e/ou de vulnerabilidades.
O documento propõe uma série de recomendações de medidas de gestão escolar e de planejamento pedagógico que podem favorecer a continuidade da aprendizagem, bem como de suporte à saúde física e mental de toda a comunidade escolar.
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Estado entrega cestas básicas a profissionais de circo impedidos de trabalhar


10/07/2020 17h27 - Atualizada em 10/07/2020 18h36
Por Barbara Brilhante (PGE)
Foto: Marcelo Seabra / Ag. ParáNa manhã desta sexta-feira (10), profissionais do Circo Alegria, instalado desde o início da pandemia no município do Acará, no nordeste paraense, receberam do Governo do Pará, por meio da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), 145 cestas básicas, além de 145 kits com material de higiene pessoal e mais 145 de desinfecção para o combate ao novo coronavírus, com produtos de limpeza.
A companhia é formada por profissionais nordestinos, que viajam pelo Brasil para levar arte à população. A última parada foi no município do Acará, de onde não puderam mais sair, em decorrência da pandemia.
Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará“Estamos nos virando como é possível, trabalhando com a venda de algodão doce e maçã do amor, ou com a ajuda de doações. Receber esse tipo de apoio é fundamental, ainda mais nesse período em que não podemos mais nos apresentar”, agradeceu Maclaudio, que trabalha no Circo Alegria há mais de 60 anos, representando o palhaço Petequinha.
Foto: Alex Ribeiro - Ag. ParáAlém do Acará, profissionais de circo dos municípios de Barcarena, Marituba, Benevides, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, Castanhal, São Francisco, Igarapé-Açú e Nova Timboteua, também receberão a ação.
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Acesso à saúde foi prioridade em um ano de ações do Programa Territórios pela Paz


Sespa é um dos 37 órgãos estaduais integrantes da iniciativa, que realizou cerca de 1.500 atividades nos territórios em 12 meses

10/07/2020 18h17 - Atualizada em 10/07/2020 19h04
Por Dayane Baía (SECOM)
O Programa Territórios pela Paz (TerPaz) completa um ano de atividades neste sábado (11). Sete bairros da região metropolitana de Belém – Guamá, Jurunas, Terra Firme, Benguí e Cabanagem (na capital), Icuí-Guajará (Ananindeua) e Nova União (Marituba) – recebem infraestrutura urbana e políticas públicas para a diminuição da vulnerabilidade social e o enfrentamento das dinâmicas da violência. A oferta de serviços de saúde às comunidades foi prioritária nos primeiros 12 meses de ações.
A escolha dos primeiros bairros considerou os níveis de criminalidade, sobretudo as ocorrências de homicídios. Entretanto, mais do que impedir a interrupção violenta de vidas, o Estado busca garantir alternativas para levar saúde em sua complexidade para dentro dos territórios, promovendo uma longevidade qualitativa.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) é um dos 37 órgãos que integram a Câmara Técnica Intersetorial responsável por promover as ações do TerPaz, sob coordenação da Secretaria de Estado de Articulação da Cidadania (Seac). 
“Esses sete bairros ficaram abandonados pelo poder público, não tinham saúde, educação, cultura, lazer. Há tempos, eles não têm a dignidade de receber o atendimento adequado, o encaminhamento para especialidades, cirurgias, internações, eles ficavam sem essa atenção”, pondera Alessandra Amaral, coordenadora do TerPaz pela Sespa; de Saúde Bucal; e da Policlínica Itinerante.
De acordo com o relatório da Câmara Técnica, foram realizadas 1.464 ações nos territórios.
“Em um ano, levamos desde a triagem com verificação de pressão arterial, glicemia, encaminhamos para os atendimentos médicos - ortopedistas, pediatras, cardiologistas e clínico geral. E quando havia necessidade de um encaminhamento para um atendimento especializado, nós também fazíamos porque levávamos a regulação, e o paciente já saía com hora e data marcada para a consulta especializada no Estado e também, se necessário cirurgia com exames pré-operatórios solicitados durante o TerPaz. Tínhamos atendimentos odontológicos em parceria com a Polícia Militar e com as prefeituras de Ananindeua e Marituba”, detalhou Alessandra.
As ações incluíam também emissão do cartão do SUS (Sistema Único de Saúde), testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C, vacinação contra sarampo, distribuição de preservativos, palestras educativas de saúde bucal e distribuição de kits de higiene bucal. 
“Conseguimos detectar HIV em uma grávida de oito meses de gestação, que foi encaminhada para tratamento específico que protegeu o bebê no nascimento. Também conseguimos ajudar uma moradora com obesidade que não conseguia sair de casa, vivia em uma cama e não se levantava. O TerPaz viabilizou a consulta e internação hospitalar para tratamento e preparação para cirurgia bariátrica a ser feita após a pandemia. E se Deus quiser ela vai voltar a ter uma qualidade de vida. Foi uma alegria muito grande avançar com resultados de saúde para ela”, lembra a coordenadora. 
Com o programa de saúde itinerante, a Sespa tem um balanço positivo das 99 ações realizadas durante o ano, por meio do Projeto Saúde por Todo o Pará e dentro do Programa Territórios pela Paz (TerPaz). Foram 79.102 procedimentos, dos quais 13.170 consultas médicas e 6.842 encaminhamentos por meio do Sistema de Regulação (Sisreg). O programa ampliou o acesso da população à saúde e solucionou demandas reprimidas de exames, consultas e cirurgias nos territórios. 
TerPaz na pandemia
Desde março, a Seac tem montado um pacote de ações para atender famílias nos territórios durante a pandemia, com a entrega de cestas de alimentação, orientação da rede local sobre os cuidados com a Covid-19 e as ações da Policlínica Itinerante, com profissionais da Sespa.
“Não paramos, conseguimos levar a Policlínica Itinerante com serviços para casos leves e moderados de Covid-19, passando pela triagem, exames complementares e fornecendo medicamentos para tratar em casa para os sintomas não se agravarem. O nosso planejamento é conseguir sair o mais rápido possível do atendimento específico de Covid-19 na região metropolitana de Belém e nos interiores, que consigamos voltar a levar os serviços de saúde básicos e especializados para os nossos territórios e, assim, cada vez mais levar dignidade, qualidade de vida e a saúde que merecem. O Governo se fez presente desde 11 de julho de 2019 e vai permanecer cada vez mais”, garantiu Alessandra. 
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Pavimentação da PA-407 vai melhorar o escoamento da produção de açaí

Falta de pavimentação da PA-407 prejudica escoamento da produção ...Abaixo-assinado · Terraplanagem e Pavimentação da PA 407 · Change.org

10/07/2020 19h00 - Atualizada em 10/07/2020 19h44
Por Kátia Aguiar (SETRAN)
A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) vai pavimentar a rodovia PA-407, conhecida como Vicinal do Açaí, no município de Igarapé-Miri, na região do Baixo Tocantins. Em fase de licitação, a obra começa a receber o asfalto em setembro deste ano. São 17 quilômetros, no trecho entre a PA-151 e a Vila Maiautá, que fica às margens dos rios Meruu-Açu e Maiauatá.
A obra faz parte do Programa de Desenvolvimento e Integração Regional do Estado (Prodeir), projeto de infraestrutura do Governo do pará que prevê a pavimentação de mais de 500 quilômetros de rodovias em seis regiões de integração do Pará. Além do asfalto, serão feitas a construção e substituição de pontes de madeira por concreto e pontos de fiscalização de peso de veículos.
A pavimentação da PA-407 vai beneficiar o escoamento da produção de açaí, que tem na Vila de Maiauatá uma das maiores produtoras do fruto na região, e melhorar a trafegabilidade entre a localidade e a sede municipal. Outras obras do governo na região são a conservação e tapa-buraco da PA-151, no trecho que dá acesso a Igarapé-Miri, e a construção da ponte sobre o rio Meruu.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), no ano de 2018, o município de Igarapé-Miri movimentou mais de R$ 880 milhões derivados da produção de açaí. Em 2016, pesquisa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) apontou o município como o maior produtor mundial do fruto, com 305,6 mil toneladas e 28% da produção nacional.
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Em 10 municípios, Estado entrega 200 kits de higiene e alimentação para famílias circenses


Em parceria com a iniciativa privada, o Governo do Pará auxilia famílias que não podem trabalhar durante a pandemia

10/07/2020 19h26 - Atualizada hoje 01h11
Por Ronan Frias (COHAB)
O Governo do Pará entregou, nesta sexta-feira (10), 200 kits com alimentos e produtos de higiene e limpeza para produtores culturais do Estado. A iniciativa é voltada para a assistência familiar durante a pandemia de Covid-19. A ação foi realizada em 10 municípios: Barcarena, Acará, Marituba, Benevides, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, Castanhal, São Francisco, Igarapé-Açu e Nova Timboteua.A entrega dos alimentos, doados pela iniciativa privada, ajudou várias famílias de artistas de circoFoto: Marcelo Seabra / Ag.Pará
Para o ouvidor-geral do Estado, Arthur Houat Souza, a distribuição voltada ao setor artístico é importante porque "está sendo entregue para quem está em situação de vulnerabilidade social por ter perdido a renda nesse período de pandemia".
A primeira cidade a receber a iniciativa foi Santo Antônio do Tauá. Os primeiros atendidos foram os trabalhadores do circo Multi Show. O artista circense Luis Novaes contou que a movimentação de público diminuiu cada vez mais com o avanço da Covid-19 e que, por isso, a ajuda veio em um momento necessário.A entrega dos kits de alimentos faz parte do enfrentamento aos efeitos da pandemia de Covid-19Foto: Marcelo Seabra / Ag.Pará
"As pessoas pararam de vir para os espetáculos. Então, a gente ficou sem ter como conseguir nosso sustento. Agradeço muito essa ajuda, que trouxe comida pra minha família", afirmou Luís Novaes.
A equilibrista Idaildes Novaes já percorreu o Pará levando alegria para as regiões por onde passou. A felicidade retornou ao ver o gesto de solidariedade vindo pelas doações feitas pelo Estado. "Meu coração agora tá feliz. Essa doação veio em boa hora", garantiu.
Ansiedade do público - A ação atendeu 22 pessoas que trabalham no circo Mega Show em São Caetano de Odivelas. A estrutura, montada há cinco meses, ainda não recebeu plateia por conta da restrições impostas pela pandemia. 
A pandemia fechou os circos e afastou o público da magia dos espetáculosFoto: Marcelo Seabra / Ag.ParáSem saber ainda quando vai voltar a se apresentar, a trapezista Cilene Costa disse que a ansiedade não é apenas dos profissionais. "Todos os dias os moradores perguntam quando a gente vai abrir, e nós não sabemos ainda. Sem pode fazer show, a situação ficou apertada", acrescentou.
Para realizar as ações, o governo do Estado contou com o apoio da iniciativa privada. "Nós entregamos hoje os alimentos e produtos que foram doados pela Equatorial (concessionária de energia elétrica) e pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará). Agradecemos o apoio nesse momento", frisou Arthur Houat Souza.
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Santarém já dispõe de Laboratório de Biologia Molecular para exames de Covid-19


Santarém já dispõe de Laboratório de Biologia Molecular para ...

O Labimol, que funciona no Hospital Regional do Baixo Amazonas, tem capacidade inicial para 4 mil exames e cerca de 100 testes diários

10/07/2020 19h37 - Atualizada em 10/07/2020 20h39
Por Karla Lima (HRBA)
O primeiro Laboratório de Biologia Molecular (Labimol) de Santarém, no oeste do Pará, foi inaugurado nesta sexta-feira (10), no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). A iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Secretaria Regional de Governo do Oeste do Pará, tem a parceria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
Com capacidade para a realização inicial de 4 mil exames, e uma média de 100 testes diários, o Labimol está habilitado pelo Laboratório Central do Pará (Lacen) e pela Diretoria de Vigilância à Saúde do Estado, para realizar exames e diagnóstico da Covid-19.
Atualmente, a testagem no Pará é feita somente no Laboratório Central, em Belém. A instalação do Labimol é uma estratégia de descentralização e ampliação das possibilidades de diagnosticar a Covid-19 no Pará com mais celeridade.
“Com esta união de esforços entre instituições, com apoio total do Governo do Estado, por determinação do governador Helder Barbalho, com o Labimol instalado, reduziremos o tempo de espera pela confirmação dos resultados, que hoje ocorre apenas em Belém. Isso favorecerá o tratamento dos pacientes de toda a região”, destacou o secretário Regional de Governo do Oeste do Pará, Henderson Pinto.
Eficiência - O Labimol também evitará a ocupação desnecessária de leitos durante longos períodos por pacientes suspeitos da Covid-19, uma vez que o resultado deverá ficar pronto no mesmo dia, ou em até 72 h, conforme a demanda. Também será possível fazer o monitoramento com mais agilidade dos profissionais da saúde que estão na linha de frente e expostos à contaminação pelo vírus.
“Este é um dia histórico para a saúde do oeste do Pará. Através do Labimol será possível fazer diagnósticos e tratamento com mais rapidez. Será uma ferramenta importante para os hospitais, para a população e para os profissionais de saúde. Além disso, possibilitará futuras experiências que viabilizem o desenvolvimento da saúde no oeste do Pará”, ressaltou o diretor Hospitalar do HRBA, Hebert Moreschi.
No Labimol atuarão dois analistas e cinco técnicos de laboratório, que passaram por treinamento para a realização da testagem do novo coronavírus, no início do mês de junho, com biólogos geneticistas da Universidade Federal do Oeste do Pará. “Para a Ufopa é uma honra fazer parte de mais uma ação de enfrentamento à pandemia. Nosso chamado principal como universidade é na condição de ciência, e objetivamos no futuro utilizar o espaço para a área de pesquisa, ensino e extensão”, adiantou o reitor da instituição, Hugo Diniz.
O espaço foi equipado com capelas de fluxo laminar, máquina de gelo, geladeiras, freezer, estações de trabalho para PCR e aparelho 7500 PCR System, que faz a leitura dos exames em tempo real, disponibilizados pela Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), Ufopa e HRBA.
Os exames serão realizados conforme demandas encaminhadas pelos municípios da região à Sespa, que por sua vez enviará ao HRBA. A solenidade de inauguração seguiu as recomendações de prevenção, com tempo e público reduzidos.
Até a tarde desta sexta-feira, o HRBA, considerado um dos dez melhores hospitais públicos do Brasil e com a mais alta certificação nacional (ONA 3), concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), já alcançou a marca de 121 pacientes recuperados após internação provocada pelo novo coronavírus.
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Aumento do uso da internet abre espaço para crimes cibernéticos


Pioneira no Brasil, a Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos alerta para os cuidados que o usuário deve tomar

10/07/2020 19h38 - Atualizada em 10/07/2020 23h53
Por Carol Menezes (SECOM)
O uso da internet para quase tudo, ainda mais em tempos de isolamento social, acabou tornando mais comuns as incidências de crimes cibernéticos, que variam desde invasão de e-mails e redes sociais ao roubo de contas bancárias e outras informações pessoais. O Pará foi o primeiro estado brasileiro a ter uma Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), criada em abril deste ano, uma iniciativa considerada fundamental para combater essa prática.
"Atualmente, são muitas as plataformas que as pessoas usam para se comunicar e manter relacionamentos, principalmente durante a pandemia. Criminosos se aproveitam disso para buscar essas informações e, dependendo do alcance daquele usuário, para aplicar golpes de vantagem econômica ou para prejudicar a imagem de alguém", explica a delegada Vanessa Lee, que dirige a DECCC.Delegado-geral Alberto Teixeira (foto antes da pandemia) destaca o suporte tecnológico para combater crimes virtuaisFoto: Leandro Santana / Ascom PCPA
A metodologia é basicamente a criação de discursos relacionados à mídia utilizada, como um setor de segurança solicitando a atualização de dados pessoais e senhas. "É nesse momento que o criminoso age e 'sequestra' a conta. As pessoas nunca leem, mas nos contratos de uso dessas plataformas é informado que tipo de informação aquela rede pega de você, bem como em quase todas é possível ativar a autenticação de dois fatores, que é quando sua senha é solicitada com alguma frequência para que você continue naquela rede, a exemplo do Instagram ou do próprio WhatsApp", explica a delegada.
É importante saber que todo tipo de aplicação, incluindo brincadeiras "como seria minha aparência se eu fosse do sexo oposto", recolhe algum tipo de informação. "Vale a pena priorizar somente instalar aquilo que está nas lojas dos dispositivos (app stores), porque há uma maior segurança. E sempre refletir antes: eu realmente preciso ter esse aplicativo instalado?", orienta Vanessa Lee.
Prevenção e repressão - A Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, vinculada à Polícia Civil do Pará, tem como principal objetivo a prevenção e repressão das ações delituosas de natureza penal, cometidas por meios tecnológicos que utilizem computadores, redes digitais, dispositivos de comunicação ou qualquer outro sistema informatizado para atacar as liberdades individuais, subtrair ou danificar o patrimônio e também atentar contra os direitos dos grupos vulneráveis definidos em lei.
Mantém estreita relação operacional com a Diretoria de Inteligência Policial e Diretoria Estadual de Combate à Corrupção, também pioneira no País, para monitorar as atividades delituosas, auxiliando na identificação de perfis criminosos e das pessoas que os utilizam, produzindo provas para embasar o inquérito policial ou qualquer outro tipo de procedimento da polícia judiciária. 
A criação da DECCC, sediada em Belém, no bairro de Nazaré, dentro da estrutura da Delegacia-Geral, tem uma importância fundamental nos dias atuais pela infinidade de crimes ocorridos no ambiente virtual, seja contra a honra ou o patrimônio, em que pessoas são iludidas com links maliciosos e cadastros para conseguir os dados, que podem ser usados para praticar golpes e disseminar fake news.
"Era preciso uma diretoria que desse suporte a todas essas demandas. Existe uma tecnologia específica, e também uma atuação específica, em que nós vamos especializar os melhores para combater esse tipo de crime que, com certeza absoluta, é o futuro em nível criminal no País. A Polícia Civil do Pará está preparada e terá suporte tecnológico para enfrentar os crimes virtuais. Tenho total convicção de que esta Diretoria vai ser de suma importância para toda a sociedade. Ganha o povo do Pará, ganha o governo do Estado e toda a segurança pública", avalia o delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira.
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