sexta-feira, 10 de julho de 2020

Hran já recebeu mais de 100 obras e reparos estruturais em 2020



Melhorias não alteraram o fluxo de atendimento na unidade referência no tratamento da Covid-19 no Distrito Federal

O hospital recebeu manutenção nas redes elétrica e hidráulica e pintura geral na área interna. Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde
Referência no atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi a unidade da rede pública de Saúde do Distrito Federal que mais recebeu obras e manutenções neste ano. Torná-lo sentinela para os casos de Covid-19 exigiram grandes mudanças.
Já de longe é possível observar a pintura externa renovada e a placa de identificação do pronto-socorro nova instalada. Quatro salas de cerca de 20 m² foram reformadas, sendo que duas são refrigeradas, mais um salão anexo para adaptação de outros ambientes refrigerados, caso seja necessário. O hospital recebeu manutenção nas redes elétrica e hidráulica e pintura geral na área interna. Um plano de contingência para acomodar corpos, caso necessário, foi criado.
Também foram feitas readequação da Pediatria para instalação de dez leitos de UTI, readequação do quadro de energia da UTI, com troca dos disjuntores com o objetivo de evitar queda de energia devido à sobrecarga com respiradores. Foi substituído o tanque de oxigênio de seis mil metros cúbicos para instalação de um novo com capacidade para 18 mil metros cúbicos. Houve a troca de válvulas de oxigênio e vácuo de todas as enfermarias do hospital. Troca das tubulações de água quente no subsolo. Troca das resistências do Bowles.
O gerador de energia elétrica agora funciona em locais que não recebiam alimentação emergencial de eletricidade em caso de quedas. Foi feito cabeamento de alimentação para alguns locais do Hran. De acordo com o diretor da Atenção Secundária da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro, essa readequação se mostrou mais que necessária no início desta semana quando faltou luz na Asa Norte. “Nenhum dos pacientes entubados estava em perigo por falta de cobertura do gerador”, lembra o diretor. Todo o hospital teve a comunicação visual renovada com novos letreiros e avisos fixados.
Pedro Zancanaro também destaca as obras que o hospital recebeu e observa um ambiente melhor e mais seguro para todos. “Essas readequações trouxeram melhor ambiência para os trabalhadores e adequações às regras sanitárias. Os servidores e pacientes se sentem mais protegidos quando há adequações prediais em seus locais de trabalho”, completa.
O Box de emergência foi revitalizado e hoje tem perfil de UTI semi-intensiva. Por lá, são seis leitos de emergência, sendo que quatro com suporte de hemodiálise. Infiltrações foram retiradas dos banheiros, que receberam lavatório de inox. Em vários setores houve ampliação das tomadas, dos pontos de internet (passaram de cinco para oito), readequações nos aparelhos de ar condicionado, ar comprimido, nos pontos de oxigênio.
Radiologia
Foi instalado um novo tomógrafo, um tanque e uma bancada para desparamentação dos servidores, revitalização da pintura de todo o núcleo, reparos no piso, trocas de maçanetas e fechaduras, trocas de portas de banheiros, readequação de duas portas das salas de tomografia e raio X redimensionando para 1,20m, possibilitando a entrada de macas e cadeiras de rodas, com o objetivo de viabilizar o atendimento mais adequado neste núcleo.
Houve, também, a manutenção das enfermarias do 7º andar com troca de fechaduras e portas. As enfermarias do 4º andar tiveram colocação de gesso e colocação do portal, substituição de lavatório e vasos sanitários. Também ocorreu a reposição e troca de lâmpadas de vários setores do hospital. Troca de vidros quebrados na UTI e corredor do pronto-socorro. Manutenção de banheiro no Centro de Material e Esterilização (CME).
Em uma das enfermarias do 5º andar teve pintura, revisão elétrica, revisão hidráulica. Na Sala do Núcleo de Recepção da Emergência (Nurem) teve a pintura de paredes, revisão elétrica e colocação de uma porta de ferro.
O centro cirúrgico recebeu novas torneiras obedecendo as normas da Anvisa. Por lá, foram trocados o quadro de energia, tomadas, lâmpadas fluorescentes por LED, duas divisórias para dividir espaço de Covid-19 e convivência e colocada pia em espaço de desparamentação. Na Anatomia e lavanderia seis banheiros foram readequados. Este setor também recebeu manutenção nas portas de ferro, colocação de corrimãos na escada, colocação de bancadas de pedras para uso de dobras de roupas privativas e enxovais, pintura de um salão da área de convivência, divisória para obter um espaço para alimentação dos servidores, fora da área da lavanderia.
O jardim central ganhou alambrado de alumínio para proteção do espaço. Instalação de rede elétrica trifásica para alimentação dos equipamentos de ar no centro obstétrico, centro cirúrgico, UTI, Pediatria, Alas 1, 2, 3 e 4 do pronto-socorro e Box de Emergência.
O Hran recebeu, também, manutenção geral e instalação de seis condicionadores de ar nas Alas 1, 2, 3 e 4 do pronto-socorro e Pediatria.
Ar-condicionado
O Hran recebeu, também, manutenção geral e instalação de seis condicionadores de ar nas Alas 1, 2, 3 e 4 do pronto-socorro e Pediatria. As estações de fornecimento de oxigênio, ar comprimido e vácuo, de vários setores, receberam manutenção.
A rede de esgoto principal e de vários setores recebeu manutenção. A iluminação e elétrica do pronto-socorro, a tela de todo alambrado em todo perímetro do hospital e a rede de água quente no expurgo do 5º andar foram restauradas. Várias paredes receberam restauração e pintura conforme padrão no pronto-socorro.
Reparos foram feitos no teto para retirada de vazamento, substituição de gesso e pintura no banheiro no 6º andar, troca de quatro peças de piso e rejuntamento em banheiro do 7º andar. Os banheiros receberam tampa novas para os vasos sanitários, substituição de duchas, manutenção dos registros, troca da porta e portal completos, substituição de iluminação por LED, torneira de lavatório e iluminação do 5º andar.
O Hran segue atendendo de portas abertas os pacientes com sintomas da Covid-19 e prestando assistência aos acometidos pela doença que precisam de internação na emergência, enfermarias e UTIs. O Ambulatório possui uma ala exclusiva para os egressos da Covid-19 manterem em vigilância as funções do aparelho respiratório. A ala de queimados continua operando normalmente.
*Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Cadastro Único: população rural chega a 20% dos programas



Sedes e Emater debatem como os agricultores podem receber os benefícios socioassistenciais

O Cadastro Único é uma ferramenta utilizada pelo poder público para identificar e caracterizar as famílias de baixa renda para que sejam direcionadas ao acesso às políticas públicas. Atualmente, cerca de 167 mil famílias estão inscritas no Distrito Federal. Desse total, aproximadamente 20% representa a população rural.
A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e a Emater-DF promoveram live, na quinta-feira, para abordar questões referentes a esse percentual. O bate-papo com o coordenador de Gestão de Transferência de Renda e Cadastro Único da Sedes, Guilherme Aleixo, e a extensionista rural da Emater, Danielle Amaral, fez parte da programação da AgroBrasília Digital. O evento segue em formato online até esta sexta-feira (10).
Foram abordados, por exemplo, os benefícios socioassistenciais, as formas de acesso e concessão, principalmente neste período de pandemia do novo coronavírus.
No caso do meio rural, a Emater-DF voltou a receber produtores e assentados para fazer o Cadastro Único no início de junho. A empresa conta com 16 escritórios espalhados pelo DF, onde as equipes têm a expertise para realizar esse procedimento.
“Neste momento de pandemia, é necessário que façamos uma aproximação dos órgãos públicos para conseguirmos contemplar as demandas de toda a população”, ressalta Danielle Amaral. “O objetivo é dar acesso às políticas públicas às famílias do campo e, assim, reduzir a pobreza”, completa.
Os interessados em se cadastrar devem contatar o escritório mais próximo da propriedade para buscar informações. Os escritórios que precisarem de suporte podem contatar, pelo 3311-9374, a Gerência de Desenvolvimento Sociofamiliar (Gedes) e pedir atendimento. 
O preenchimento do cadastro foi suspenso no início da pandemia. Porém, em abril, o Ministério da Cidadania autorizou a retomada.

AgroBrasília Digital
A AgroBrasília Digital começou na segunda-feira (6). Aos produtores e público em geral, a Feira traz intensa programação, com apresentação de tecnologias, oportunidades de negócios e transmissão de conteúdo exclusivo, tudo disponível neste site.

Com informações da Sedes
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Confira a lista dos selecionados para as brigadas florestais


Confira a lista dos selecionados para as brigadas florestais ... 

São mais 148 profissionais (aumento de 48% em relação a 2019) para combater os incêndios neste período de seca

O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (10) traz o resultado definitivo do processo seletivo simplificado para a contratação temporária de brigadistas florestais de 2020 pelo Instituto Brasília Ambiental. Eles ajudarão no combate aos incêndios neste período de seca. Confira resultado final.
Para este ano, a seleção conta com um aumento de 48% no número de vagas ofertadas, comparando-se com o ano anterior. A ação faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).“É gratificante ver que o esforço conjunto de vários órgãos resultou na captação de recursos, possibilitando a contratação de mais profissionais no combate aos incêndios florestais em 2020.  Essa ação é necessária para o meio ambiente e a saúde”, comentou o secretário de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho.
Foto: Brasília Ambiental/Divulgação
Foram oferecidas ao todo 148 vagas – sendo que 120 são para brigadistas florestais combatentes, 24 para chefes de brigada e quatro para supervisores. Eles irão atuar até o dia 30 de novembro. Essa contratação é uma das ações do governo para evitar e combater incêndios nas Unidades de Conservação espalhadas pelo DF.
Para mitigar os efeitos do período de estiagem sobre as unidades de conservação e parques, o Brasília Ambiental também criou novo setor para concentrar os esforços no combate aos incêndios. “Graças ao empenho da Sema, poderemos minimizar os impactos sobre a fauna e a flora e assim proteger o nosso Cerrado”, enfatizou o presidente interino do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão.
Os candidatos classificados deverão comparecer, entre os dias 13 a 15 de julho, na Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) do Brasília Ambiental, no horário de 9h às 12h ou de 13h30 às 16h30, de acordo com as escolha do candidato após preenchimento do formulário de contratação disponível aqui.
A relação de documentos a ser apresentada pelos convocados está disponível no item 3, do edital nº 6, do resultado final da seleção.
O CAC do Instituto está localizado na 511 Norte, bloco C, térreo. Os brigadistas também atuarão, em parceria com o Corpo de Bombeiros do DF e demais órgãos que compõem o PPCIF, na prevenção e combate a incêndios em outras áreas, além das Unidades de Conservação.
Veja aqui outras informações sobre o processo seletivo.
Com informações do Brasília Ambiental
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Confira a lista dos selecionados para as brigadas florestais



São mais 148 profissionais (aumento de 48% em relação a 2019) para combater os incêndios neste período de seca

O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (10) traz o resultado definitivo do processo seletivo simplificado para a contratação temporária de brigadistas florestais de 2020 pelo Instituto Brasília Ambiental. Eles ajudarão no combate aos incêndios neste período de seca. Confira resultado final.
Para este ano, a seleção conta com um aumento de 48% no número de vagas ofertadas, comparando-se com o ano anterior. A ação faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).“É gratificante ver que o esforço conjunto de vários órgãos resultou na captação de recursos, possibilitando a contratação de mais profissionais no combate aos incêndios florestais em 2020.  Essa ação é necessária para o meio ambiente e a saúde”, comentou o secretário de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho.
Foto: Brasília Ambiental/Divulgação
Foram oferecidas ao todo 148 vagas – sendo que 120 são para brigadistas florestais combatentes, 24 para chefes de brigada e quatro para supervisores. Eles irão atuar até o dia 30 de novembro. Essa contratação é uma das ações do governo para evitar e combater incêndios nas Unidades de Conservação espalhadas pelo DF.
Para mitigar os efeitos do período de estiagem sobre as unidades de conservação e parques, o Brasília Ambiental também criou novo setor para concentrar os esforços no combate aos incêndios. “Graças ao empenho da Sema, poderemos minimizar os impactos sobre a fauna e a flora e assim proteger o nosso Cerrado”, enfatizou o presidente interino do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão.
Os candidatos classificados deverão comparecer, entre os dias 13 a 15 de julho, na Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) do Brasília Ambiental, no horário de 9h às 12h ou de 13h30 às 16h30, de acordo com as escolha do candidato após preenchimento do formulário de contratação disponível aqui.
A relação de documentos a ser apresentada pelos convocados está disponível no item 3, do edital nº 6, do resultado final da seleção.
O CAC do Instituto está localizado na 511 Norte, bloco C, térreo. Os brigadistas também atuarão, em parceria com o Corpo de Bombeiros do DF e demais órgãos que compõem o PPCIF, na prevenção e combate a incêndios em outras áreas, além das Unidades de Conservação.
Veja aqui outras informações sobre o processo seletivo.
Com informações do Brasília Ambiental
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Não exagere na frente do computador: seus olhos agradecem



No Dia Mundial da Saúde Ocular, oftalmologista do GDF alerta sobre os ricos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos

Um provérbio árabe diz: “Somos mais parecidos com o nosso tempo do que com nossos próprios pais”. Para entender o nosso tempo agora é preciso, primeiro, compreender as razões para o fato de que as crianças e adolescentes sejam tão reféns do mundo virtual e das telas de aparelhos eletrônicos. E esse vício tem causado pelos menos um efeito colateral: problemas precoce de visão. 
A oftalmologista Núbia Vanessa Lima, referência técnica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, conta que tem percebido na rede pública clínica-hospitalar uma onda de miopia por conta do uso contínuo desses aparelhos. “Na pandemia, por exemplo, as pessoas estão em casa usando muito computador e celular. E as crianças ainda têm aulas online, o que ocasiona queixa visual, com olhos secos e dor de cabeça”, observa.
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Nesta sexta-feira (10), data que em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Ocular, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia divulgou um alerta sobre os riscos que o tempo excessivo em frente de computadores e outros dispositivos tecnológicos. 
A entidade diz houve um aumento de 39% de diagnósticos de miopia em crianças. Pior. Essa faixa etária de pessoas estão desenvolvendo estrabismo pelo uso de navegações online. A preocupação de especialistas é de que, durante o período de exposição ao universo cibernético, o usuário se esquece de piscar os olhos, ação que lubrifica a córnea. O que causa irritação, vermelhidão e visão lacrimejante, provocando coceira.  
“O ideal é a gente tentar ponderar atividades que fazem mover os olhos para perto ou longe”, orienta a oftalmologista Núbia Vanessa, que tem doutorado e pós-doutorado no assunto. “O certo é exercitar as retinas, olhar para o movimento da rua, uma árvore, o horizonte. Se ficarmos muito tempo com o olho contraído para perto, vai ocasionar dor de cabeça e miopia”, constata.
Outras dicas para incentivar o brasiliense a se prevenir contra problemas visuais, sobretudo em tempos de seca (período propício a alergias) e frio no cerrado, é lavar sempre as mãos, dormir pelo menos oito horas por dia e usar sempre colírios recomendados por médicos. 
Higiene é fundamental: mãos sujas nos olhos aumenta o risco de contrair, por exemplo, conjuntivite. A combinação entre frio e seca fez os atendimentos no Serviço Oftalmológico da Secretaria de Saúde aumentarem em 2018, 25%. As principais causas são alergias e falta de lubrificação ocular.
 “Na época da seca o olho fica mais sensível a desenvolver alergias por causa da poeira e partículas”, alerta Núbia Vanessa. “Nos dois casos, tanto da seca quanto do frio, o uso do colírio lubrificante seria recomendado para quem fica com muita coceira e vermelhidão. E é antialérgico”, ensina a médica.
Uma observação pertinente: os remédios para esses casos devem ser prescritos por oftalmologista, para que fique evidenciado que é mesmo uma alergia ou apenas a diminuição da lágrima pela umidade baixa por conta da secura. “Não se deve usar colírios de forma indiscriminada. Eles podem causar doenças pelo uso prolongado”, recomenda a oftalmologista do GDF. “Tudo tem que ser prescrito por um médico. Do contrário, podem causar doenças como catarata ou glaucoma”, reforça.
Não se deve usar colírios de forma indiscriminada. Eles podem causar doenças pelo uso prolongadoNúbia Vanessa Lima, oftalmologista
As doenças mais comuns dos olhos, segundo a especialista em olhos da Secretaria de Saúde do GDF, são miopia, hipermetropia (dificuldade de ver perto, por conta do uso de equipamentos eletrônicos), catarata, conjuntivite, retinopatia diabética e glaucoma. Doença hereditária, há vários tipos de glaucoma – e esta patologia ocular específica caracterizada pela pressão dentro do olho é a primeira causa de cegueira no mundo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftamologia, a estimativa é que, em 2020, 3,2 milhões de pessoas devam ficar cegas devido a este problema. A projeção para 2040 é de 111,8 milhões de casos. 
No DF, existe a distribuição de colírios para essa doença pela Farmácia de Alto Custo, desde que o paciente esteja devidamente examinado, apresente os laudos e os relatórios. “É uma doença tratada com colírios, tratamento clínico ou mesmo cirurgia”, explica Núbia Vanessa.
Quase todas hospitais regionais do DF têm atendimento para essa especialidade. Devido à pandemia do coronavírus, este ano não haverá nenhuma ação preventiva da Secretaria de Saúde, para evitar aglomeração. Sobretudo porque a maioria das pessoas alvo desse tipo de iniciativa fazem parte do grupo de risco, explica a oftalmologista. “São pessoas mais de idade, que sofrem de catarata e glaucoma”. 
 AGÊNCIA BRASÍLIA 

José Eduardo Pereira Filho: “Perspectiva é gerar 60 mil empregos até 2023″



Secretário de Desenvolvimento Econômico detalha números e cenários positivos para o DF a partir das parcerias entre os setores público e privado

Foto: Renato Alves/Agência Brasília
José Eduardo Pereira Filho afirma que o cenário é positivo: ‘Interessa às empresas o desconto no ICMS e interessa ao GDF fazer as empresas criarem novas vagas”. Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Desenvolvimento Econômico. A secretaria que leva este nome é talvez a de definição mais sucinta e fiel ao seu propósito. Prova disso são os números que despontam para o Distrito Federal nos próximos anos com as ações que vêm sendo desenvolvidas entre os setores público e privado. Mesmo em um cenário de crise, a SDE estima a geração de 60 mil empregos na capital até 2023. Para o agora, 2020, há, também, boas expectativas: o DF deve chegar a 10.279 empregos criados.  
 
Quer saber como isso será possível? Leia, a seguir, a entrevista da Agência Brasília com o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira Filho. No bate-papo com a reportagem ele explica como esses números podem se tornar reais e fala sobre as ações programadas pela pasta para os próximos anos. 
A crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) afetou diversos setores, principalmente a economia de estados e municípios. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem alguma vacina para esse momento?
Nós temos trabalhado com o Emprega DF, um programa operado em conjunto entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Economia. É um programa de benefício fiscal com desconto no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) justamente para gerar um cenário de atração de empresas. Fazer com que essas empresas possam gerar novas vagas de trabalho e manter as existentes. 
O Emprega DF tem um ano de existência e neste período implantamos pelo menos dez empresas de diversos segmentos econômicos, desde aço, bebidas e embalagens até o ramo de fármacos. Somente com estas dez empresas a perspectiva é gerar 40 mil novas vagas de emprego no DF. E são 40 mil vagas previstas em contrato. Não é só uma expectativa, isso é colocado em contrato a partir do desconto no ICMS que as empresas vão receber caso gerem esse número de empregos de forma escalonada até 2023. 
O Emprega DF tem um ano de existência e neste período implantamos pelo menos dez empresas de diversos segmentos econômicos, desde aço, bebidas e embalagens até o ramo de fármacos. Somente com estas dez empresas a perspectiva é gerar 40 mil novas vagas de emprego no DF.José Eduardo Pereira Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico
Temos outras ações e previsões no cenário daqui para 2023?
Temos outras ações e a geração de empregos pode ser ainda maior. Além dessas dez plantas [empresas], nós selecionamos quatro projetos comerciais que vão intensificar as ações de atacado e comércio eletrônico. Empresas como Novo Mundo, Comper, Fujioka e o Grupo Mafra fizeram acordo com a gente para a geração de 20 mil novos postos de trabalho pelos próximos quatro anos. Então, além dos 40 mil empregos gerados com as dez plantas, essas dez empresas que já assinaram contrato, temos a perspectiva de gerar mais esses 20 mil empregos chegando a 60 mil empregos até 2023. 
Um cenário bastante positivo…
Muito. Interessa às empresas o desconto no ICMS e interessa ao GDF fazer com que essas empresas criem novas vagas para mitigarmos essa dificuldade com o emprego.  
E para 2020, qual a previsão de empregos gerados no DF?
É de 10.279 vagas.
E se as vagas de emprego não se confirmarem nos próximos anos, as empresas perdem os benefícios?
Todos os cenários são acompanhados por um comitê formado entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Economia. É um acompanhamento sistemático com as empresas. O que eventualmente não estiver adequado, ajustamos os passos para que os contratos permaneçam regulares e que ao final do prazo as empresas entreguem o que foi pactuado. 
 
Estamos falando de empresas de que porte? De quantos empregados? 
São empresas com dois, três, cinco, sete mil empregados. De grande porte. 
E toda essa massa de trabalhadores, de serviço e mão de obra para o DF está sendo instalada onde?
Algumas estão concentradas no Polo JK, em Santa Maria. Temos também as Áreas de Desenvolvimento Econômico, as ADEs. Inclusive estamos revitalizando as ADEs em programas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No Polo JK, por exemplo, estamos fazendo saneamento, ruas, pavimentação e instalando uma estação de energia. Tem empresas que estão lá há 20 anos e funcionam com gerador até hoje. Esta gestão está mudando isso.
 
10.279 vagasde empregos serão geradas em 2020
Gerando desenvolvimento para essas regiões administrativas…
Exatamente. Até pela localização, essas empresas tendem a buscar trabalhadores nas cidades onde estão instaladas, o que movimenta a economia de lá. 
O projeto com o BID foi pensado para revitalizar essas áreas e fazer com que as empresas e a população se sintam atendidas com equipamentos públicos, saneamento, linhas de ônibus e outras melhorias. 
Como surgiu e funciona o Emprega DF?
Ele surgiu depois da Lei Complementar Nº 160/2017. Antes dela o que acontecia era uma guerra fiscal entre os estados. Havia uma luta, uma guerra enfraquecida para disputar empresas entre os estados. Além disso o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) identificou que essa guerra fiscal levava a um problema, quando um determinado estado atraía uma empresa que não tinha qualquer identidade com uma determinada região. Isso gerava problemas ambientais que desestruturavam a economia daquele estado.
Então, o Confaz se reuniu com autoridades das receitas estadual e federal para buscar um instrumento legal, que foi a Lei Complementar nº160/2017. Esta lei convalidou os benefícios fiscais do ICMS que eram concedidos pelos estados e estabeleceu que dali para frente teria que haver um trabalho melhor neste sentido de modo que as empresas pudessem sobreviver e trabalhar. Cada estado passou a estabelecer um padrão mais saudável de tributos.
Ou seja, é um programa com a concessão de incentivos fiscais para fomentar a industrialização do DF. 
Além do Emprega DF, quais outros programas a SDE trabalha para alavancar a economia do DF?
Nós temos também o Desenvolve DF. Ele substituiu o Pró-DF II e agora está dentro da pasta de Empreendedorismo. Antigamente, o Pró-DF II dava ao empresário a posse do imóvel, mas isso gerou um problema e passivo que acabou por desestruturar o programa. No Desenvolve DF, a área, o terreno fica sob domínio do estado para que não haja problemas que aconteceram com o Pró-DF e Pró-DF II, quando muita gente pegava o terreno, mudava a empresa e construía até casa no terreno.
Tivemos programas com algum sucesso no DF, mas todos com alguma distorção porque eram um financiamento do ICMS e foi esse financiamento que a Lei Complementar Nº 160 acabou. Estados não podem fazer financiamento do ICMS, eles podem obter um desconto. E o Desenvolve DF gera benefícios econômicos justamente para estabelecer um cenário positivo para as empresas.  
Também temos iniciativas como o Procidades, correto? Nos conte um pouco sobre ele.
Procidades​ tem o objetivo de utilizar recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para revitalizar as Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADEs). Há poucos dias visite o SOF Sul, onde fica o Park Sul, e ali tem uma região com oficinas mecânicas, restaurantes e por meio do Procidades vamos revitalizar aquela área fazendo saneamento básico, asfaltamento… enfim, beneficiando os moradores e empresários daquela região. 
É um projeto que está para sair do papel, ele já foi concluído pela Secretaria de Obras. Agora esperamos rodar ou pelo BID ou pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Em qualquer uma das situações é um projeto exequível, que custaria algo em torno de R$ 25 milhões. E é uma obra que pode ser finalizada em até um ano depois de iniciada. Vai beneficiar muito aquela área da cidade. 
AGÊNCIA BRASÍLIA