segunda-feira, 6 de julho de 2020

Guedes diz que Plano Real não foi "melhor do mundo"

BRASIL

Na avaliação dele, o plano foi deficiente na questão 

cambial e fiscal

Ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Marcos Corrêa/ PR



O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na noite de domingo (5), ser um mito que o Plano Real foi o "melhor do mundo". "Se o plano fosse tão extraordinário, eles não perdiam quatro eleições seguidas", afirmou, em entrevista à CNN Brasil. Para o ministro, o PT assumiu o poder - e venceu os quatro pleitos - porque o Brasil viveu uma época de desemprego e juros altos. Na avaliação de Guedes, o Plano Real foi satisfatório na questão monetária, mas deficiente na questão cambial e fiscal.

Em um paralelo à necessidade de o Plano Real combater a hiperinflação, ele foi questionado qual seria o principal problema a ser combatido atualmente. Guedes respondeu que "não existe essa bala de prata". "Cada hora, a guerra é num front de aperfeiçoamento.” Ao apresentar planos do Ministério da Economia, ele prometeu que, em 90 dias, o governo fará três ou quatro privatizações, sem detalhar quais seriam as estatais.
O ministro reconheceu que o plano de privatizações não está como esperado. "Elas [as privatizações] não andaram num ritmo satisfatório.” Na ideia de uma ampla privatização, ele declarou que os Correios e subsidiárias da Caixa estão na lista - até o fim do governo.
Traçando um cenário para 2020, Guedes disse acreditar que o Congresso aprovará até dezembro uma reformulação do sistema tributário. "Acho que vamos aprovar uma reforma tributária nesse ano.” O projeto de mudanças no regime de impostos deverá incluir a taxação sobre dividendos, hoje isentos.
O ministro também sustentou a ideia de um imposto similar à extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) como forma de ampliar a base de arrecadação do governo, para taxar transações financeiras. Com isso, segundo o plano apresentado por ele, seria possível reduzir os encargos sobre a contratação de empregados. "Nosso programa é de substituição tributária. Não queremos aumentar [a carga tributária]. Não podemos reduzir, num momento como esse", ressaltou Guedes.
Na entrevista, o ministro também defendeu a proposta, em estudo pelo governo, de reformulação do Bolsa Família. O objetivo é ampliar a cobertura para que informais tenham direito à assistência social, com recursos de outros programas sociais.
Guedes afirmou que o principal foco da equipe econômica atualmente é a formulação de medidas para combater o desemprego no País. Para isso, ele acredita ser necessário reduzir os custos para empresários contratarem funcionários, por exemplo, com a desoneração da folha de pagamento.

FONTE: FOLHAPRESS

Soldados chineses se retiram de zona de disputa com Índia

MUNDO
Em 15 de junho, militares indianos e chineses se enfrentaram em combates de corpo a corpo de extrema violência em Ladakh (norte da Índia). Os dois gigantes asiáticos mantêm vários litígios fronteiriços neste deserto.
Soldados indianos patrulham uma rodovia na região de Leh, perto da fronteira com a China — Foto: Tauseef Mustafa/ AFP

As tropas da China começaram a se retirar do vale Galwan, disputado com a Índia no Himalaia, palco há alguns dias de um confronto letal entre os dois exércitos - anunciou uma fonte militar indiana nesta segunda-feira (6).
"O recuo do Exército Popular de Libertação começou, segundo as diretrizes acertadas em um encontro entre os dois generais do corpo do Exército" de ambos os lados, declarou a mesma fonte à AFP.
'Confronto violento' entre China e Índia deixa 20 soldados mortos no Himalaia

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'Confronto violento' entre China e Índia deixa 20 soldados mortos no Himalaia
Em 15 de junho, militares indianos e chineses se enfrentaram em combates de corpo a corpo de extrema violência, no vale de Galwan, em Ladakh (norte da Índia). Os dois gigantes asiáticos mantêm vários litígios fronteiriços neste deserto.
Mapa - confronto Índia x China — Foto: Aparecido Gonçalves/G1
Mapa - confronto Índia x China — Foto: Aparecido Gonçalves/G1
Os confrontos custaram a vida de 20 militares indianos. Pequim não divulgou o número de vítimas em suas fileiras.
Soldados chineses "foram vistos desmontando suas barracas e estruturas" instaladas em um dos pontos de atrito do vale, relatou a fonte militar indiana ouvida pela AFP.
De um modo geral, o Exército indiano constatou "movimentos de recuo de veículos" militares chineses em várias zonas disputadas da região.
A fonte não disse, porém, se as forças indianas estão fazendo este mesmo movimento.
Nesta segunda, o Ministério chinês das Relações Exteriores mencionou "avanços positivos" para a retirada militar ao longo da fronteira.
"Esperamos que a parte indiana siga a parte chinesa para pôr em prática o consenso alcançado pelos dois lados" com a perspectiva de "um apaziguamento da situação nas zonas fronteiriças", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian.

“China causou grande dano aos EUA e ao mundo”, diz Trump

MUNDO
Sem citar diretamente a pandemia de covid-19 na mensagem, Trump usou o Twitter para fazer novas críticas ao governo de Xi Jinping, acusado por ele de ter tentado acobertar o surgimento do Sars-CoV-2

Official White House/Tia Dufour
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a China nesta segunda-feira e afirmou que o país asiático causou “grande dano” aos americanos e ao restante do mundo.
Sem citar diretamente a pandemia de covid-19 na mensagem, Trump usou o Twitter para fazer novas críticas ao governo de Xi Jinping, acusado por ele de ter tentado acobertar o surgimento do Sars-CoV-2.
“A China causou grande dano aos Estados Unidos e ao restante do mundo”, disse Trump em uma postagem na rede social.
Mais tarde, em outra mensagem, Trump voltou a chamar o Sars-CoV-2, que causa a covid-19, de “vírus chinês” e criticou a imprensa pelas matérias que indicam um novo surto de casos nos EUA.
As postagens foram feitas pouco depois de uma aparição do chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, em um programa da “Fox News”.
Na entrevista, ele afirmou que Trump está preparando ordens executivas relativas à China, mas não deu detalhes sobre as medidas. Posteriormente, em conversa com repórteres na Casa Branca, sugeriu que o governo americano deve fornecer incentivos às indústrias que quiserem voltar para os EUA.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)
FONTE: VALOR INVESTE

Mundo 'deve apoiar Hong Kong', pede ativista pró-democracia

INTERNACIONAL

O ativista pró-democracia Joshua Wong pediu nesta segunda-feira (6) que o mundo apoie os cidadãos de Hong Kong, depois que o governo chinês impôs uma nova lei sobre segurança nacional no território semiautônomo e hoje emitiu ordens às escolas para a retirada de livros que violem as disposições.
"Temos que fazer o mundo saber que agora é o momento para apoiar Hong Kong", disse Wong, 23 anos. "Não se pode ignorar, ou silenciar, a voz do povo de Hong Kong. Com a convicção de que o povo de Hong Kong irá lutar por sua liberdade, nunca nos renderemos a Pequim", afirmou.
Um dos principais nomes da oposição em Hong Kong e figura detestada pelo governo de Pequim, Wong falou do lado de fora do tribunal onde é julgado com outros ativistas por seu envolvimento nas manifestações pró-democracia do ano passado.
A China promulgou na semana passada uma nova lei sobre segurança, que reprime a subversão, a secessão e o conluio com forças estrangeiras. Na ex-colônia britânica, a lei é considerada pelos opositores uma forma de silenciar e criminalizar o movimento pró-democracia.
O Facebook e o WhatsApp anunciaram nesta segunda-feira que deixariam de responder a pedidos do governo e das autoridades de Hong Kong por informações de seus usuários.
"Estamos suspendendo a análise de demandas do governo a respeito dos dados de usuários de Hong Kong, enquanto aguardamos uma avaliação mais aprofundada da lei de segurança nacional", disse um porta-voz do Facebook. O WhatsApp, por sua vez, observou que "as pessoas têm direito a uma conversa online privada".
O governo de Hong Kong, no entanto, ordenou que as escolas retirem livros que possam violar esta lei, imposta na última semana.
Os diretores e professores "devem examinar o material pedagógico, incluindo os livros", e "removê-los (das suas bibliotecas) se encontrarem conteúdo obsoleto que possa coincidir com os quatro tipos de infração" definidos por lei, anunciou o departamento de educação do governo chinês.
O embaixador chinês em Londres acusou hoje o Reino Unido de "séria interferência nos assuntos internos da China", após a sua resposta à lei polêmica.
O governo de Boris Johnson anunciou na semana passada que oferecerá aos residentes de Hong Kong um acesso mais fácil à cidadania britânica, abrindo caminho para que os mais de 3 milhões de cidadãos de Hong Kong tenham a possibilidade de se instalar no Reino Unido.
A lei de segurança nacional, promulgada na última terça-feira, é a norma mais dura já imposta à ex-colônia britânica, devolvida por Londres à China em 1997.
De acordo com o Reino Unido e vários países ocidentais, a lei de segurança chinesa constitui uma violação da autonomia de Hong Kong, que voltou à soberania chinesa após um acordo de retorno que previa autonomia territorial e legislativa no território por 50 anos. Este regime, chamado "Um país, dois sistemas", deveria, portanto, vigorar até 2047.
Na mesma segunda-feira, em outro tribunal, foi realizada a audiência da primeira pessoa indiciada por crimes previstos na nova lei de segurança. Tong Ying-kit, 23 anos, foi acusado de terrorismo e incitação à secessão, e teve a prisão preventiva decretada.
Uma fonte da polícia havia especificado que o suspeito, que carregava uma bandeira pró-democracia, investiu sua moto contra um grupo de policiais, ferindo três deles. O incidente ocorreu quando milhares de pessoas protestavam contra a lei de segurança na última quarta-feira, 23º aniversário do retorno de Hong Kong à China.


FONTE: AFP

Merkel defende obrigatoriedade do uso de máscara contra a covid-19

MUNDO
Berlim defendeu que sejam mantidas "regras que nos ajudaram tão bem na luta contra a pandemia nos últimos meses" — Foto: Reuters/Fabrizio Bensch




"Máscaras são essenciais para manter baixo o número de infecções", diz líder alemã, 
em reação a político que sugeriu suspender a medida. Ministro da Saúde e secretários estaduais decidem que proteção segue obrigatória.

"Eu entendo perfeitamente o desejo de voltar à vida cotidiana como era antes, eu entendo a impaciência – usar máscaras nem sempre é agradável. Mas vemos que em espaços fechados em particular, e onde a distância mínima nem sempre é garantida, máscaras podem fazer a diferença", acrescentou o ministro. A liderança da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, tem a mesma opinião. "O coronavírus não está de férias", disse o secretário-geral da sigla, Paul Ziemiak, acrescentando que "usar máscara é sexy".

O colíder do Partido Social-Democrata (SPD), legenda que compõe a coalizão do governo federal ao lado da CDU, também defendeu o uso compulsório da máscara. "Devemos exercitar a cautela aqui", disse Norbert 
Walter-Borjans ao jornal "Bild" no domingo.

Os estados alemães, que são responsáveis por estabelecer e suspender as medidas de contenção ao coronavírus em seus territórios, tornaram obrigatório o uso da máscara em transportes públicos e estabelecimentos comerciais em abril.


Segundo a imprensa alemã, a medida voltou a ser discutida nesta segunda-feira pelos titulares da Saúde nos estados e no governo federal, que decidiram manter a obrigatoriedade até mesmo em lojas, sob a justificativa de que não se pode passar aos alemães a falsa impressão de que a epidemia acabou.O debate surgiu num momento em que a Alemanha soma cerca de 5.800 casos ativos de covid-19. O número total de infectados desde o primeiro caso de contágio registrado no país, no final de janeiro, é de 196.554, com 219 novos casos nas últimas 24 horas. Já o total de mortos é de 9.016 até o momento, sendo que nenhum óbito foi registrado em 24 horas.

FONTE: DW
 

Em anúncio de campanha, Trump promete proteger Cristo Redentor contra a 'extrema esquerda'

MUNDO
Presidente americano tem usado atos que derrubam estátuas para mobilizar sua base 
Promessa foi de proteger o monumento contra 'extrema-esquerda'
FOTO: KEVIN LAMARQUE/REUTERS
A campanha à reeleição do presidente americano, Donald Trump, publicou na sexta-feira (3) um anúncio no Facebook que prometia proteger a estátua do Cristo Redentor contra a "extrema-esquerda".
A imagem aparecia em destaque e um letreiro abaixo dizia "Nós vamos proteger isto" ? apesar de não haver nenhum indício de que a estátua corra qualquer tipo de risco.
O texto chamava entusiastas do presidente para assinar uma lista de apoiadores que estariam junto de Trump contra a esquerda radical. Segundo o anúncio, essa lista seria mostrada ao presidente americano na manhã de sábado (4).
"O presidente vai ver o seu nome?", questionava a propaganda.
No sábado, 4 de julho, dia da independência americana, Trump fez discursos inflamados, atacando a esquerda e grupos antirracistas.
O republicano afirmou que o movimento a favor da derrubada de estátuas de líderes confederados e de outras figuras históricas ligadas à discriminação e ao colonialismo é uma tentativa de apagar a história dos Estados Unidos.
O anúncio já está inativo, mas foi visualizado entre 4.000 e 5.000 vezes, de acordo com o Facebook.

FONTE: GAZETA WEB