MUNDO Em 15 de junho, militares indianos e chineses se enfrentaram em combates de corpo a corpo de extrema violência em Ladakh (norte da Índia). Os dois gigantes asiáticos mantêm vários litígios fronteiriços neste deserto. Soldados indianos patrulham uma rodovia na região de Leh, perto da fronteira com a China — Foto: Tauseef Mustafa/ AFP
As tropas da China começaram a se retirar do vale Galwan, disputado com a Índia no Himalaia, palco há alguns dias de um confronto letal entre os dois exércitos - anunciou uma fonte militar indiana nesta segunda-feira (6).
"O recuo do Exército Popular de Libertação começou, segundo as diretrizes acertadas em um encontro entre os dois generais do corpo do Exército" de ambos os lados, declarou a mesma fonte à AFP.
--:--/--:--
'Confronto violento' entre China e Índia deixa 20 soldados mortos no Himalaia
Em 15 de junho, militares indianos e chineses se enfrentaram em combates de corpo a corpo de extrema violência, no vale de Galwan, em Ladakh (norte da Índia). Os dois gigantes asiáticos mantêm vários litígios fronteiriços neste deserto.
Mapa - confronto Índia x China — Foto: Aparecido Gonçalves/G1
Os confrontos custaram a vida de 20 militares indianos. Pequim não divulgou o número de vítimas em suas fileiras.
Soldados chineses "foram vistos desmontando suas barracas e estruturas" instaladas em um dos pontos de atrito do vale, relatou a fonte militar indiana ouvida pela AFP.
De um modo geral, o Exército indiano constatou "movimentos de recuo de veículos" militares chineses em várias zonas disputadas da região.
A fonte não disse, porém, se as forças indianas estão fazendo este mesmo movimento.
Nesta segunda, o Ministério chinês das Relações Exteriores mencionou "avanços positivos" para a retirada militar ao longo da fronteira.
"Esperamos que a parte indiana siga a parte chinesa para pôr em prática o consenso alcançado pelos dois lados" com a perspectiva de "um apaziguamento da situação nas zonas fronteiriças", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian.
MUNDO Sem citar diretamente a pandemia de covid-19 na mensagem, Trump usou o Twitter para fazer novas críticas ao governo de Xi Jinping, acusado por ele de ter tentado acobertar o surgimento do Sars-CoV-2
Official White House/Tia Dufour
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a China nesta segunda-feira e afirmou que o país asiático causou “grande dano” aos americanos e ao restante do mundo.
Sem citar diretamente a pandemia de covid-19 na mensagem, Trump usou o Twitter para fazer novas críticas ao governo de Xi Jinping, acusado por ele de ter tentado acobertar o surgimento do Sars-CoV-2.
“A China causou grande dano aos Estados Unidos e ao restante do mundo”, disse Trump em uma postagem na rede social.
Mais tarde, em outra mensagem, Trump voltou a chamar o Sars-CoV-2, que causa a covid-19, de “vírus chinês” e criticou a imprensa pelas matérias que indicam um novo surto de casos nos EUA.
As postagens foram feitas pouco depois de uma aparição do chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, em um programa da “Fox News”.
Na entrevista, ele afirmou que Trump está preparando ordens executivas relativas à China, mas não deu detalhes sobre as medidas. Posteriormente, em conversa com repórteres na Casa Branca, sugeriu que o governo americano deve fornecer incentivos às indústrias que quiserem voltar para os EUA.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)
O ativista pró-democracia Joshua Wong pediu nesta segunda-feira (6) que o mundo apoie os cidadãos de Hong Kong, depois que o governo chinês impôs uma nova lei sobre segurança nacional no território semiautônomo e hoje emitiu ordens às escolas para a retirada de livros que violem as disposições.
"Temos que fazer o mundo saber que agora é o momento para apoiar Hong Kong", disse Wong, 23 anos. "Não se pode ignorar, ou silenciar, a voz do povo de Hong Kong. Com a convicção de que o povo de Hong Kong irá lutar por sua liberdade, nunca nos renderemos a Pequim", afirmou.
Um dos principais nomes da oposição em Hong Kong e figura detestada pelo governo de Pequim, Wong falou do lado de fora do tribunal onde é julgado com outros ativistas por seu envolvimento nas manifestações pró-democracia do ano passado.
A China promulgou na semana passada uma nova lei sobre segurança, que reprime a subversão, a secessão e o conluio com forças estrangeiras. Na ex-colônia britânica, a lei é considerada pelos opositores uma forma de silenciar e criminalizar o movimento pró-democracia.
O Facebook e o WhatsApp anunciaram nesta segunda-feira que deixariam de responder a pedidos do governo e das autoridades de Hong Kong por informações de seus usuários.
"Estamos suspendendo a análise de demandas do governo a respeito dos dados de usuários de Hong Kong, enquanto aguardamos uma avaliação mais aprofundada da lei de segurança nacional", disse um porta-voz do Facebook. O WhatsApp, por sua vez, observou que "as pessoas têm direito a uma conversa online privada".
O governo de Hong Kong, no entanto, ordenou que as escolas retirem livros que possam violar esta lei, imposta na última semana.
Os diretores e professores "devem examinar o material pedagógico, incluindo os livros", e "removê-los (das suas bibliotecas) se encontrarem conteúdo obsoleto que possa coincidir com os quatro tipos de infração" definidos por lei, anunciou o departamento de educação do governo chinês.
O embaixador chinês em Londres acusou hoje o Reino Unido de "séria interferência nos assuntos internos da China", após a sua resposta à lei polêmica.
O governo de Boris Johnson anunciou na semana passada que oferecerá aos residentes de Hong Kong um acesso mais fácil à cidadania britânica, abrindo caminho para que os mais de 3 milhões de cidadãos de Hong Kong tenham a possibilidade de se instalar no Reino Unido.
A lei de segurança nacional, promulgada na última terça-feira, é a norma mais dura já imposta à ex-colônia britânica, devolvida por Londres à China em 1997.
De acordo com o Reino Unido e vários países ocidentais, a lei de segurança chinesa constitui uma violação da autonomia de Hong Kong, que voltou à soberania chinesa após um acordo de retorno que previa autonomia territorial e legislativa no território por 50 anos. Este regime, chamado "Um país, dois sistemas", deveria, portanto, vigorar até 2047.
Na mesma segunda-feira, em outro tribunal, foi realizada a audiência da primeira pessoa indiciada por crimes previstos na nova lei de segurança. Tong Ying-kit, 23 anos, foi acusado de terrorismo e incitação à secessão, e teve a prisão preventiva decretada.
Uma fonte da polícia havia especificado que o suspeito, que carregava uma bandeira pró-democracia, investiu sua moto contra um grupo de policiais, ferindo três deles. O incidente ocorreu quando milhares de pessoas protestavam contra a lei de segurança na última quarta-feira, 23º aniversário do retorno de Hong Kong à China.
Berlim defendeu que sejam mantidas "regras que nos ajudaram tão bem na luta contra a pandemia nos últimos meses" — Foto: Reuters/Fabrizio Bensch
"Máscaras são essenciais para manter baixo o número de infecções", diz líder alemã,
em reação a político que sugeriu suspender a medida. Ministro da Saúde e secretários estaduais decidem que proteção segue obrigatória.
"Eu entendo perfeitamente o desejo de voltar à vida cotidiana como era antes, eu entendo a impaciência – usar máscaras nem sempre é agradável. Mas vemos que em espaços fechados em particular, e onde a distância mínima nem sempre é garantida, máscaras podem fazer a diferença", acrescentou o ministro. A liderança da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, tem a mesma opinião. "O coronavírus não está de férias", disse o secretário-geral da sigla, Paul Ziemiak, acrescentando que "usar máscara é sexy".
O colíder do Partido Social-Democrata (SPD), legenda que compõe a coalizão do governo federal ao lado da CDU, também defendeu o uso compulsório da máscara. "Devemos exercitar a cautela aqui", disse Norbert
Walter-Borjans ao jornal "Bild" no domingo.
Os estados alemães, que são responsáveis por estabelecer e suspender as medidas de contenção ao coronavírus em seus territórios, tornaram obrigatório o uso da máscara em transportes públicos e estabelecimentos comerciais em abril.
Segundo a imprensa alemã, a medida voltou a ser discutida nesta segunda-feira pelos titulares da Saúde nos estados e no governo federal, que decidiram manter a obrigatoriedade até mesmo em lojas, sob a justificativa de que não se pode passar aos alemães a falsa impressão de que a epidemia acabou.O debate surgiu num momento em que a Alemanha soma cerca de 5.800 casos ativos de covid-19. O número total de infectados desde o primeiro caso de contágio registrado no país, no final de janeiro, é de 196.554, com 219 novos casos nas últimas 24 horas. Já o total de mortos é de 9.016 até o momento, sendo que nenhum óbito foi registrado em 24 horas.
Presidente americano tem usado atos que derrubam estátuas para mobilizar sua base
Promessa foi de proteger o monumento contra 'extrema-esquerda'
FOTO: KEVIN LAMARQUE/REUTERS
A campanha à reeleição do presidente americano, Donald Trump, publicou na sexta-feira (3) um anúncio no Facebook que prometia proteger a estátua do Cristo Redentor contra a "extrema-esquerda".
A imagem aparecia em destaque e um letreiro abaixo dizia "Nós vamos proteger isto" ? apesar de não haver nenhum indício de que a estátua corra qualquer tipo de risco.
O texto chamava entusiastas do presidente para assinar uma lista de apoiadores que estariam junto de Trump contra a esquerda radical. Segundo o anúncio, essa lista seria mostrada ao presidente americano na manhã de sábado (4).
"O presidente vai ver o seu nome?", questionava a propaganda.
No sábado, 4 de julho, dia da independência americana, Trump fez discursos inflamados, atacando a esquerda e grupos antirracistas.
O republicano afirmou que o movimento a favor da derrubada de estátuas de líderes confederados e de outras figuras históricas ligadas à discriminação e ao colonialismo é uma tentativa de apagar a história dos Estados Unidos.
O anúncio já está inativo, mas foi visualizado entre 4.000 e 5.000 vezes, de acordo com o Facebook.
As medidas de protecionismo comercial tomadas pelos Estados Unidos têm impacto de US$ 1,6 bilhão nas exportações brasileiras por ano. A estimativa consta de levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Há dois anos, o governo do presidente Donald Trump começou a adotar medidas que afetaram as exportações brasileiras. A primeira foi a imposição, em março de 2018, de quotas para as compras de aço brasileiro e a taxação de 10% das compras de alumínio do país. Essas duas medidas tiveram impacto de US$ 1 bilhão por ano, no caso do aço, e de US$ 200 milhões para as vendas de alumínio.
As outras duas medidas que prejudicaram as exportações brasileiras foram tomadas neste ano. Em janeiro, os Estados Unidos iniciaram investigação que pode sobretaxar exportações de molduras de madeira do Brasil e da China em até 200%. De acordo com a CNI, essa ação pode diminuir as exportações brasileiras em US$ 300 milhões por ano.
A medida mais recente foi tomada em março, quando os Estados Unidos abriram novas investigações de dumping e subsídios contra importações de chapas de alumínio do Brasil e outros 13 países, com a possibilidade de sobretaxar os produtos em até 27%. A ação pode impactar a balança comercial brasileira em até US$ 100 milhões por ano.
Revista Justiça Entre os temas em discussão estão a “positividade tóxica” e seus efeitos na saúde física e emocional, dicas para economizar com as tarifas bancárias e o crescimento das ações de divórcio durante a pandemia e suas consequências, como a guarda dos filhos e o pagamento das pensões alimentícias. O programa ainda vai tratar de testamento e herança, mesmo de pequenos bens ou em caso de uniões estáveis, e da necessidade de o brasileiro mudar a cultura de não planejar a sucessão dos bens. Segunda-feira, às 8h.
A Hora do Maestro O maestro Cláudio Cohen faz um passeio pelas grandes obras musicais escritas em todos os tempos e traz o melhor da música clássica dos grandes compositores em interpretações especiais. No programa desta segunda-feira, obras de Carl Maria von Weber. Segunda-feira, às 13 e às 20h.
Justiça na Tarde Especialistas explicam as consequências para quem está no Brasil e tem viagem marcada para a Europa, que fechou suas fronteiras por causa da Covid 19. Há, também, orientações para o passageiro que, durante a viagem em transporte coletivo, se machuca devido a manobra brusca feita pelo motorista. O programa vai falar, ainda, da realidade do racismo no mercado de trabalho. Segunda-feira, às 14h05.
Rádio Justiça A Rádio Justiça é sintonizada em 104,7 FM no Distrito Federal e pode ser ouvida pelo site radiojustica.jus.br. Acompanhe a programação e siga a Rádio Justiça pelo Twitter no endereço twitter.com/radiojustica.
Entre outras restrições, Oswaldo Eustáquio não poderá frequentar redes sociais nem se aproximar da Praça dos Três Poderes.
06/07/2020 11h26 - Atualizado há
1192 pessoas já viram isso
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Polícia Federal (PF) e determinou a substituição da prisão temporária do blogueiro Oswaldo Eustáquio Filho, investigado no Inquérito (INQ) 4828, que apura manifestações antidemocráticas, por medidas cautelares como a proibição de organizar ou integrar manifestações de cunho ofensivo aos Poderes da República. A decisão se deu nos autos da Petição (PET) 8961.
Eustáquio também não poderá manter contato com outros investigados, frequentar as redes sociais apontadas como meios da prática dos crimes sob apuração e não se aproximar menos de um quilômetro da Praça dos Três Poderes ou das residências dos ministros do STF. Está proibido ainda de se ausentar de deve permanecer à disposição da Justiça, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para contribuir com as investigações.
Necessidade de restrição
Para o ministro Alexandre de Moraes , está demonstrado o risco à investigação e a necessidade de restrição à atuação de Oswaldo Eustáquio Filho com relação aos fatos investigados, especialmente em razão de ele ter sido localizado em região de fronteira e das sucessivas fugas na intenção de evitar as diligências anteriormente decretadas. A seu ver, as medidas cautelares são suficientes para a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal.
A PF afirmou que há indícios do envolvimento do blogueiro em fatos que estão sob apuração e que guardam relação com ações de potencial lesivo considerável. Segundo a PF, as manifestações promovidas por ele em mídias sociais e em movimentos de rua têm instigado uma parcela da população ao extremismo do discurso de polarização, por meios ilegais, contra Poderes da República (STF e Congresso Nacional).
O partido sustenta que o veto pode incitar a população a descumprir nomas locais e intensificar o contágio do coronavírus.
06/07/2020 17h49 - Atualizado há
185 pessoas já viram isso
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 714) para contestar o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, a dispositivo da Lei 14.019/2020, a fim de afastar a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção individual em estabelecimentos comerciais, industriais e de ensino, templos religiosos e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas. Em aditamento à ADPF, o partido questionou novo ato do presidente que ampliou o veto ao dispositivo que trata de estabelecimentos prisionais e de cumprimento de medidas socioeducativas.
O partido argumenta que vetos afrontam o preceito fundamental do direito à saúde. Segundo o PDT, Bolsonaro, para justificá-los, valeu-se de uma prerrogativa constitucional – a inviolabilidade domiciliar - para violar esse direito e incitar a população brasileira a descumprir as normas locais. O resultado dessa permissão, afirma, poderá intensificar o contágio do novo coronavírus.
Ainda de acordo com a legenda, os vetos vão na contramão das determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da legislação dos demais entes federativos, pautadas em estrita consonância com as regras sanitárias. Outro ponto levantado pelo PDT é que o Supremo tem afirmado a competência concorrente da União, dos estados, Distrito Federal e dos municípios para editar normas no contexto da pandemia da Covid-19.
O partido pede a concessão de medida liminar para que, nos termos da Constituição Federal, os artigo 3º-A e 3º-F da Lei 14.019/2020 sejam interpretados de forma a estender a obrigatoriedade do uso de máscara para circulação em todos os espaços privados acessíveis ao púbico, especialmente estabelecimentos comerciais, industriais e de ensino, templos religiosos e demais locais fechados, e a todos os trabalhadores dos estabelecimentos prisionais e de cumprimento de medidas socioeducativas, incluídos os prestadores de serviço, até o julgamento final da ação.