segunda-feira, 6 de julho de 2020

Hospital de Santa Maria: tablets para combater a saudade



Pacientes com Covid-19 usam a tecnologia para manter contato com familiares e, assim, aliviar o sofrimento 

As videochamadas têm servido para pacientes internados com Covid-19 no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) amenizar a saudade dos parentes e amigos. Com ajuda da equipe de psicologia da unidade, que focam na humanização do atendimento, eles usam tablets para receber vídeos e recados.
“Estava muito preocupada com minha família. Temia que mais alguém poderia estar doente”, contou a paciente Margarete Almeida da Rocha, 42 anos, que ficou 22 dias internada – e acaba de recuperar e ter alta médica.
A paciente lembra que começou a sentir diversos sintomas da doença e uma semana depois surgia a dificuldade de respirar. Ela procurou o Hospital de Santa Maria, onde já ficou internada recebendo oxigênio. Na unidade, ela foi submetida a um raio-x, que detectou que o pulmão estava tomado pelo vírus.
Lara Borges de Sousa, psicóloga responsável pelo serviço, explicou que o projeto começou com um tablet comprado pelos próprios funcionários do HRSM. Mas, devido à importância do projeto, o Instituto de Saúde do DF (Iges-DF), que administra o hospital, adquiriu mais três aparelhos – o que permitiu ampliar o projeto para o Pronto-Socorro Covid-19 e para os leitos de retaguarda.
 “Ajudar os pacientes a se conectarem novamente com suas famílias é de extrema importância e até pode ajudar na recuperação”, comenta Lara Borges. “É gratificante ajudar nessa ação. Estamos reduzindo o sofrimento dos pacientes nesse momento de medo e tensão”, complementou o psicólogo Leonardo Vitória de Santana, que atua na UTI.
O diretor-presidente do Iges-DF, Sergio Costa, destacou a um dos pilares do órgão é a humanização do atendimento e todas as ações voltadas para o melhor cuidado e atenção com o paciente. “Iniciativas como essa diminuem o sofrimento dos pacientes e fazem com que eles se sintam mais acolhidos”, ressaltou.

Saiba mais
O HRSM é referência para Covid-19. São 90 leitos de UTI com respiradores, 10 de cuidados intermediários (também com respiradores), 16 de retaguarda no pronto-socorro e 45 de enfermaria

Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA 

População pode definir regras para o Parque Ecológico do Areal



Com vista privilegiada, trilhas, campo de futebol e áreas de conservação, local mudou de categoria e busca organização

Parque do Areal passou à categoria de reserva ambiental com espaços de lazer e práticas esportivas | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
O nome soa técnico, mas a proposta é de adesão popular. O plano de manejo do Parque Ecológico do Areal começa a ser preparado, e os moradores e frequentadores da reserva ambiental podem ajudar a dar o destino correto às atividades que serão permitidas por lá. Por meio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o GDF faz um chamado à população para contribuir na produção de um documento gerenciador das regras de uso e conservação da área.
Com 32 hectares – o equivalente ao tamanho de 33 campos de futebol –, o parque fica na avenida Águas Claras, próximo à Escola Técnica de Brasília, e tem uma vista privilegiada. Um terço de sua extensão é voltado ao espaço de vivência, com dois parquinhos infantis, um ponto de encontro comunitário (PEC) para atividades esportivas de idosos, uma quadra poliesportiva e dois campos de futebol de chão batido.
32 hectaresÁrea do Parque Ecológico do Areal
 Reserva ambiental
Já a área de preservação ambiental tem trilhas para caminhadas, dois córregos e a flora que mantêm a umidade e qualidade do ar nos arredores. A necessidade de criar regras para essa área surgiu depois que a unidade foi reclassificada pelo Ibram: passou de espaço de uso múltiplo, de convivência, para reserva ambiental com espaços de lazer e práticas esportivas – mesmo modelo do Parque Ecológico de Águas Claras
Técnico de planejamento e infraestrutura urbana do Ibram, Saulo Guilherme de Freitas explica que, ao ter a categoria alterada para área de conservação, o parque se manteve aberto ao público e sem normas claras de preservação. “A participação da população no trabalho é importante, pois permite que o debate prático e técnico sejam feitos”, ressalta. “O parque precisa ser integrado com a vizinhança”.
“A participação da população no trabalho é importante, pois permite que o debate prático e técnico sejam feitos”Saulo Guilherme de Freitas, técnico de planejamento e infraestrutura urbana do Ibram
Voz popular
No Parque Ecológico do Areal, há os córregos Vereda da Cruz e Arniqueira. Para mantê-los preservados, a vegetação precisa também estar sadia, o que demanda uma gestão eficaz, que que controle incêndios e crimes ambientais.
O técnico em telecomunicações Edilson Joaquim de Oliveira, 43 anos, mora ao lado do parque. Praticava esportes e fazia caminhada com as três filhas por lá. Integrante da Sociedade Amigos do Parque Ecológico do Areal, considera primordial a participação popular na produção do plano de manejo. “Como mistura área de reserva com a de lazer, é necessário que regras claras de uso sejam consolidadas, e quem usa pode colaborar com isso”, avalia.
Edilson de Oliveira  (de camiseta verde): “Quem usa pode colaborar” | Foto: Arquivo pessoal
Moradora do Areal, a assistente social Socorro Alves Rodrigues, 54 anos, também frequenta o parque e quer ter voz na elaboração das regras de uso do espaço. “Politicamente as decisões não envolviam a comunidade, por isso é necessária nossa participação no preparo do plano”, defende, reforçando que a área é importante para toda a vizinhança.
Como se inscrever
O chamamento foi feito com vistas a um encontro presencial em agosto, em data ainda a ser definida, de acordo com o que permita o panorama de saúde, afetado pela pandemia de Covid-19.
Aberta a todos os interessados, a participação se dará por meio de inscrição a ser solicitada por meio do endereço eletrônico pmparqueareal@ibram.df.gov.br.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Desperdício Zero, um caminho solidário para diminuir a fome



Iniciativa faz parte do programa Banco de Alimentos, que integra as ações sociais desenvolvidas pela Ceasa-DF

Equipes recolhem alimentos para triagem e doação: produtores do DF se engajam em ações de solidariedade  | Foto: Divulgação / Ceasa-DF

Sempre que a van do Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa) estaciona no Mercado Livre do Produtor – conhecido como Pedra –, os produtores já sabem que é hora de doação. A ação faz parte do Eixo Desperdício Zero, programa criado para incentivar o consumo consciente e ajudar quem precisa.
“Quando a equipe do colete laranja chega à Pedra para coletar alimentos que seriam descartados pelos produtores e permissionários é que vemos a solidariedade agindo para evitar o desperdício desses alimentos”, destaca o gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Ceasa, Bruno Pereira.
Os produtos doados são aqueles que estão fora do padrão de venda. Geralmente muito maduros ou levemente danificados, normalmente seriam descartados, mesmo estando aptos para o consumo humano. As equipes do Banco de Alimentos recolhem e fazem triagem, pesagem e logística desses insumos, para serem doados às instituições e famílias atendidas.
Ações de conscientização
Em 2019, mais de 323 toneladas de alimentos arrecadadas pelo Eixo Desperdício Zero contemplaram 140 instituições. Neste ano, até maio, foram recolhidas 85 toneladas, quantitativo do qual puderam ser aproveitadas 81 toneladas, beneficiando 108 instituições e um público de aproximadamente 30 mil pessoas.
30 milNúmero aproximado de beneficiários do Eixo Desperdício Zero durante maio deste ano
Desde o ano passado, a equipe do Banco de Alimentos empreende ações para conscientizar os produtores locais e empresários que comercializam na Ceasa-DF sobre a importância da doação de alimentos que seriam descartados. Além de evitar o descarte desnecessário, o Eixo de Desperdício Zero se pauta na preservação ambiental, pois evita que toneladas de alimentos sejam destinados ao aterro, diminuindo, assim, os gases do efeito estufa.
Os programas oferecidos pela Ceasa-DF por meio do Banco de Alimentos objetivam minimizar a fome da população atendida pelas instituições cadastradas. Os produtores participantes reforçam a ação, com foco em ajudar o máximo possível de pessoas que se encontram em situação de insegurança alimentar no DF.
Com informações da Ceasa-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

DER-DF constrói muro de proteção na Epia



A estrutura vai oferecer estabilidade ao terreno próximo ao Ribeirão do Torto

O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) iniciou a instalação de um muro de proteção nas proximidades do Ribeirão do Torto, próximo ao trecho cicloviário na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia/DF-003).
Com extensão de aproximadamente 100 metros, o muro – também conhecido como gabião – visa garantir a estabilidade do talude (plano de terreno inclinado que limita um aterro e tem como função garantir a estabilidade) presente na rodovia. O objetivo é eliminar riscos de escorregamentos, desabamentos ou outros fenômenos causados pelo tempo.
O gabião é feito de gaiolas metálicas formadas por fios de aço galvanizado e são preenchidas por pedras tipo rachão, para que a estrutura resista às mudanças climáticas sem oxidar ou corroer.
O trabalho passa pela fase de nivelamento do terreno para a implantação do muro, e por fim, pela compactação de aterro. Para a realização destas etapas não há a necessidade de interdição do trânsito no local, por onde passam aproximadamente 100 mil veículos por dia.
O médico Carlos Gonzaga, de 49 anos, elogia a ação do DER-DF em realizar obras preventivas que garantem a proteção do terreno por onde muitos motoristas passam todos os dias.“Eu sempre passo por aqui para ir e voltar do trabalho e observo o grande fluxo de carros, principalmente nos horários de pico. Então o fato de proteger esse terreno para aumentar a segurança de todos é digno de elogio”, disse.
A previsão de conclusão do serviço é de 45 dias, e na obra estão sendo investidos aproximadamente R$ 300 mil, por obra direta.“É uma obra que em princípio pode parecer simples e pequena, mas é importante para a segurança viária por evitar a queda do barranco neste trecho”, garante o engenheiro responsável pela obra, Mozer de Castro.
* Com informações do DER-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Segurança Pública faz operação integrada para reduzir criminalidade



A operação é contínua e feita em várias regiões do DF

Com objetivo de reduzir índices de criminalidade, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) coordenou mais uma fase da Operação Vita Salutem (Proteção de Vidas), no último fim de semana. Instituições, agências e órgãos nos eixos da segurança, mobilidade, fiscalização e prestação de serviços públicos participaram da ação. A operação ocorreu em Planaltina, Gama, Recanto das Emas e Santa Maria.
Durante a ação, quase duzentas pessoas foram abordadas, setenta e quatro veículos fiscalizados, quatro estabelecimentos foram interditados. Trinta consultas de mandados de prisão foram realizadas e uma arma de fogo e porções de entorpecentes apreendidas. Um estabelecimento foi notificado por falta do sistema de combate a incêndios e quatro veículos foram removidos ao depósito.
Além das forças de segurança – polícias Militar e Civil, Detran-DF e Corpo de Bombeiros – também participaram da Operação equipes do DF Legal e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF).
“A operação é contínua e realizada com base em dados produzidos por nosso setor de estatísticas, que tem acesso aos bancos de dados das forças de segurança. Semanalmente, os esforços são concentrados em diferentes regiões. Por ser realizada de forma integrada, permite alcançar resultados ainda mais eficientes”, explicou o secretário de Segurança Pública, o delegado Anderson Torres.
De acordo com subsecretário de Operações Integradas, da SSP/DF, a operação está na décima semana. “Temos realizado sistematicamente a operação. Podemos direcionar o foco da operação, como ocorreu na Semana Nacional de Política sobre Drogas, em que o foco foi o combate a entorpecentes”.
*Com informações Secretaria de Segurança Pública
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Decreto regulariza trecho da etapa 3 do Setor Habitacional Arapoanga



Projeto urbanístico da  quadra 7, conjuntos 7 ao 13 foi publicado no Diário Oficial

O trecho 3 do Setor Habitacional Arapoanga, localizado em Planaltina, é uma Área de Interesse Social (ARIS) e vem sendo regularizada em etapas. O projeto urbanístico da quadra 7, conjuntos 7 ao 13,  aprovado pelo Decreto  nº 40.942, de 2 de julho de 2020, abrange uma área aproximada de 121.400 m², com 497 lotes.
De acordo com os usos previstos na Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), a destinação dos lotes será prioritariamente habitacional, mas também serão permitidos comércios de pequeno porte.
O projeto urbanístico que passou pela análise do  Conselho de Planejamento Urbano e Habitação (Conplan), vai beneficiar uma população estimada  de 1.600 pessoas.  O prazo, para o proprietário da área,  entrar com pedido de registro em cartório é de 180 dias.
Portal da Regularização
Se você tem dúvidas sobre o andamento dos processos de regularização fundiária, pode acessar o Portal da Regularização, criado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). A ferramenta permite a consulta on-line sobre as etapas dos processos de regularização fundiária no Distrito Federal.

*Com informações Secretaria de Habitação
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Coleta seletiva volta no Paranoá e em Itapoã



No Lago Sul, retorno da cooperativa Recicla Brasília está marcado para quarta-feira (8)

A semana começou com a volta da coleta seletiva nas regiões do Paranoá e Itapoã pela cooperativa Recicla Mais Brasil. Com isso, das 11 instituições que realizam a operação no DF, nove já estão em campo, trabalhando. 
A cooperativa Recicla Brasília, que atende a região do Lago Sul, já teve o plano de segurança e prevenção de riscos aprovado e deve retornar na próxima quarta-feira. A Cooperdife, que atua em Sobradinho, aguarda novos trâmites para garantir a retomada. 
Além do Paranoá e Itapoã, o DF já está sendo atendido com a coleta seletiva em Samambaia, Núcleo Bandeirantes, Candangolândia Cruzeiro Velho, Santa Maria, Lago Norte, Varjão, São Sebastião e Riacho Fundo I e II.
A comissão executora do contrato do SLU com as cooperativas do DF acompanha esse trabalho de retomada e dá o suporte para que os catadores voltem ao trabalho com segurança. 
Para o coordenador desse trabalho no SLU, Chico Mendes, o momento de volta da coleta seletiva pode ser uma oportunidade. 
“Acho que a população continua separando seus resíduos e, à medida que for voltando a coleta seletiva, também acredito que melhore a conscientização, até mesmo pelo momento que estamos passando, de ficar mais tempo em casa”, diz ele. 
Mendes lembra que, com essa pandemia, a separação é uma forma de preservação e menos risco de proliferação do vírus.  
No site do SLU o cidadão poderá conferir os dias e horários que o caminhão da coleta passa em sua região. O site é www.slu.df.gov.br.
Com informações do SLU
AGÊNCIA BRASÍLIA 

MPF recomenda à Ufam medidas para evitar irregularidades em processos seletivos dos programas de residência




Inadequações foram notadas no processo seletivo para ingresso no 1º semestre/2020 do Programa de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde
Fotografia de quatro alunos conversando e realizando atividade durante residência médica.
Foto ilustrativa: Stock Photos (reprodução proibida)
O Ministério Público Federal (MPF) emitiu recomendação para que os processos seletivos promovidos para ocupação de vagas nos Programas de Residência Multiprofissional e Uniprofissional da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) observem os princípios da Administração Pública previstos no artigo 37 da Constituição Federal. A recomendação é direcionada ao pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) e à coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde (Coremu), ambos da Ufam, especialmente para a adoção de medidas relacionadas à publicidade dos certames, aos critérios do processo seletivo, à aplicação das provas, aos recursos apresentados e à publicidade dos inscritos, gabaritos e resultados. A recomendação é resultado da constatação de inadequações na execução do processo seletivo de candidatos para ingresso no 1º Semestre de 2020 do Programa de Residência Multiprofissional e Uniprofissional da Ufam, ofertado no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).
No documento, o MPF indica que editais, portarias, avisos, comunicados e quaisquer outros expedientes relacionados a processos seletivos sejam veiculados, conjuntamente, em sites da instituição, em link de fácil localização pelos candidatos e demais interessados, e em diários oficiais. O edital de abertura deve conter, necessariamente, o cronograma do processo seletivo, com todas as fases, inclusive aquelas referentes aos recursos, e eventuais retificações de quaisquer expedientes relacionados a processos seletivos devem ser publicadas nos mesmos veículos dos expedientes anteriores. A recomendação considera as orientações estabelecidas pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) para elaboração do edital de seleção de residente em programas de residência multiprofissional e em área profissional da saúde.
O MPF recomenda ainda o estabelecimento de critérios objetivos de seleção de pessoal, assegurando a isonomia entre os interessados, a impessoalidade, a transparência e publicidade dos procedimentos e que sejam informados no edital, previamente, os critérios objetivos de avaliação, correção, pontuação das provas e demais quesitos valorados para eliminação, desempate e classificação de candidatos em cada fase do processo seletivo, assegurando assim ao candidato a obtenção de informações sobre como esses critérios foram avaliados em cada etapa do certame e a possibilidade efetiva de solicitar sua revisão. Ainda em relação aos critérios do processo seletivo, o órgão recomenda que seja informada a possibilidade de revisão das notas ou avaliações obtidas em todas as fases do processo seletivo, com o estabelecimento de prazo para a interposição de recursos.
Quanto à realização das provas, a indicação é que seja afixada, previamente à abertura dos portões, a relação dos candidatos que farão prova, na entrada do prédio em que será realizada a aplicação, bem como na porta de cada sala, com a adoção de critérios objetivos para a alocação dos alunos, a exemplo da ordem alfabética. As provas devem ser transportadas em envelopes adequadamente lacrados, conforme padrões adotados pelas instituições nacionais de maior credibilidade e experiência na realização de concursos públicos e, no momento de sua abertura, sejam verificadas, em cada sala, a efetividade do lacre, mediante procedimento de convocação aleatória de candidatos para inspeção e assinatura de termo e que os documentos comprobatórios sejam arquivados, para verificação e consulta de eventuais candidatos interessados ou órgãos de controle, caso necessário.
A recomendação do MPF prevê também que seja divulgada lista dos candidatos inscritos em cada etapa do certame (inscrições homologadas e indeferidas e resultados parciais e final), constando os números de inscrição associados aos respectivos nomes completos e que todos os resultados (preliminares e definitivos), inclusive, gabaritos, sejam tornados públicos nos mesmos veículos previstos para os expedientes e retificações, abstendo-se a instituição, assim, de exigir comparecimento pessoal do candidato para acesso ao gabarito de cada fase.
Quanto aos recursos, os resultados de cada etapa seletiva, inicialmente apurados e divulgados, devem ser considerados sempre preliminares, não definitivos, com possibilidade efetiva de apresentação de recursos, que os prazos recursais sejam razoáveis, considerando a data de divulgação dos respectivos gabaritos, assegurando-se no mínimo 48 horas para a interposição de recursos e que sejam disponibilizados aos candidatos os acessos às folhas de respostas e fichas de avaliação elaboradas pela comissão de concurso e banca examinadora. O MPF estabeleceu o prazo de dez dias para que os destinatários da recomendação informem as providências adotadas para o cumprimento.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas
(92) 2129-4700
pram-ascom@mpf.mp.br
facebook.com/mpfamazonas
twitter.com/mpf_am
MPF

Fórum Amazonense apresenta sugestões em consulta pública nacional sobre reciclagem e reutilização de embalagens




Ministério do Meio Ambiente realizou consulta sobre minuta de termo de compromisso a ser firmado com grandes empresas nacionais para implementação de medidas de logística reversa no país
Símbolo de reciclagem na cor verde em sobreposição a um papelão
Imagem: Freepik
A implantação de procedimentos de compra de produtos e embalagens usados e a contratação de entidades, cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais recicláveis ou reutilizáveis foram algumas das medidas sugeridas pelo Fórum Amazonense por Logística Reversa em consulta pública nacional para fomentar a cadeia de reciclagem e reutilização de embalagens, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
As sugestões foram enviadas após análise da minuta de termo de compromisso, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, envolvendo as empresas Ambev, Kaiser & HNK BR, Nestlé, Coca-Cola, Tetrapak e Unilever – conforme o MMA, estas empresas colocaram no mercado, em 2018, cerca de 5 milhões de toneladas de embalagens.
O Fórum Amazonense por Logística Reversa é coordenado pelo Ministério Público Federal (MPF), pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e pelo Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC). De acordo com o fórum, o conteúdo da proposta de termo de compromisso apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente está insuficiente, com obrigações genéricas e sem cunho estruturante e operacional. “O conteúdo da proposta está bem aquém das cláusulas estipuladas no acordo setorial de embalagens de 2015 e sem atender todos os itens exigidos na forma do art. 23 do Decreto nº 7.404/2010”, afirmam os integrantes do fórum, no documento encaminhado ao MMA em 3 de julho deste ano, e assinado pelos representantes do MPC, MPF, Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Lixo Zero BR.
Em recomendação conjunta expedida em 24 de junho deste ano, MPF, MPAM e MPC apontaram, sobre a consulta pública a respeito do termo de compromisso que o MMA pretende firmar, que, “a despeito das intenções da iniciativa, não se pode desconsiderar o Acordo Setorial Nacional de Embalagens já alcançado em 2015, e o Decreto nº 9.177, de 23 de outubro de 2017 (Decreto de isonomia para não-signatários), sob pena de violação ao princípio da vedação ao retrocesso ambiental”.
Além da compra de embalagens usadas e da contratação de associação de catadores, o documento apresentado pelo Fórum Amazonense de Logística Reversa ao Ministério do Meio Ambiente incluiu, como itens a serem inseridos no termo de compromisso, a localização e implantação de postos de entrega de resíduos; a divulgação de informações relativas aos métodos existentes para evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus produtos e embalagens; o fluxo reverso de resíduos, com a discriminação das várias etapas da logística reversa e a destinação dos resíduos gerados; e a descrição das atribuições individualizadas e encadeadas dos agentes participantes do sistema de logística reversa.
De acordo com o procurador da República Leonardo de Faria Galiano, a consulta pública foi essencial para que o documento possa ser revisto e aprimorado pelas instâncias competentes. “Os sistemas de logística reversa demandam a existência de uma fonte de financiamento, que dá estrutura e sustentação econômica ao sistema, e um agente gestor, que viabiliza interlocução facilitada com o poder público, a partir de um vasto mercado de fabricantes, importadores e comerciantes pulverizado”, destacou o procurador.
O procurador de Contas e coordenador da matéria ambiental no MPC, Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, destacou a ausência de medida específica para a Amazônia na minuta do termo de compromisso. “Não há, na proposta, nenhuma alusão especial ou tratamento diferenciado a regiões sensíveis como a Amazônia, onde a falta de operações de reciclagem e o alto custo das operações tem causado forte impacto e passivos ambientais em detrimento de todos os serviços ecossistêmicos que o bioma presta ao País na regulação do clima e do ciclo das águas”, afirmou.
Acordo firmado em 2015 – Em novembro de 2015, foi publicado no Diário Oficial da União acordo setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens em geral, firmado pelo Ministério do Meio Ambiente com diversas empresas e a Associação Nacional dos Carroceiros e Catadores de Materiais Recicláveis (Ancat).
O Fórum Amazonense por Logística Reversa aponta, no documento encaminhado ao MMA, que o termo de compromisso a ser firmado deve conter metas mais amplas, a serem alcançadas, que as estabelecidas no Acordo Setorial de 2015, além de metas regionais e por estado.
Foi sugerida também a retirada de dois itens do termo, referentes à exoneração das obrigações constantes do acordo setorial de embalagens e que condicionavam a termo aditivo a aplicação de outras obrigações de eventual acordo setorial. O documento do fórum esclarece que termo de compromisso e acordo setorial, conforme a legislação, devem ter caráter complementar e não excludente. Aponta-se que, sem as alterações e acréscimos, “o termo de compromisso será não apenas ineficaz, mas irremediavelmente inválido e lesivo à ordem jurídica e ao interesse público primário”.
De acordo com o fórum, deve ser incluído no termo de compromisso a instituição de mecanismo financeiro para assegurar a sustentabilidade econômica do sistema de logística reversa; medidas para envolvimento e incentivo aos consumidores; e planos de comunicação e de educação ambiental não formal para divulgar a implantação do sistema de logística reversa.
O termo de compromisso deve conter também cláusulas prevendo as penalidades aplicáveis no caso de descumprimento das obrigações previstas. Além disso, o fórum sugeriu a criação de Grupo de Acompanhamento ou de Entidade Gestora do compromisso e de mecanismo que permita a coleta dos dados necessários ao monitoramento e ao acompanhamento do sistema de logística reversa; e a obrigatoriedade de elaboração e publicação de balanço do fundo que garantirá a fonte de custeio e manutenção do sistema de logística reversa.
Fórum por Logística Reversa – Recomendação expedida em 2019 pelo MPF, pelo MPAM e pelo MPC resultou na criação do Fórum Amazonense por Logística Reversa, com o objetivo de discutir e promover medidas de reaproveitamento e a adequada destinação dos resíduos sólidos, conforme previsto na Política Nacional de Resíduos.
Entre os resultados da articulação do Fórum, coordenado pelos Ministérios Públicos, estão a regulamentação dos dispositivos de execução da logística reversa do setor empresarial do Amazonas previstos na Lei da Política Estadual de Resíduos Sólidos, providência indicada na recomendação de 2019, e a publicação de edital pela Semulsp para implementação de postos de entrega voluntária, acordos firmados com supermercados para instalação destes postos e o edital destinado ao cadastro de compradores e representantes dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de embalagens em geral para aquisição das embalagens recicláveis pós-consumo.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas
(92) 2129-4700
pram-ascom@mpf.mp.br
facebook.com/mpfamazonas
twitter.com/mpf_am
MPF

MPF pede aplicação de multa por omissão do governo federal com indígenas do Alto e Médio Rio Negro (AM) em descumprimento de decisão judicial




Deslocamento de indígenas aos centros urbanos para saque de benefícios previdenciários e sociais é risco para aumento de casos de covid-19
Em destaque no cetro da imagem se lê a palavra Indígena na cor branca em sobreposição a uma fotografia de um homem indígena adulto
Arte: Ascom/MPF/AM
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) a aplicação de multa de R$ 100 mil à União, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), à Caixa Econômica Federal por descumprirem decisões judiciais que determinaram a adoção de medidas para garantir a saúde e o isolamento social de indígenas das regiões do Alto e do Médio Rio Negro, no Amazonas.
As medidas, determinadas em decisão de 8 maio deste ano, incluem a distribuição de cestas básicas, a prorrogação do prazo para saque do auxílio emergencial, benefícios sociais e previdenciários, bem como possibilidade de acesso aos benefícios direto nas aldeias, e a adequação do aplicativo da Caixa Econômica Federal destinado à concessão do benefício, com o objetivo de garantir que os povos indígenas permaneçam em isolamento social nas aldeias e comunidades e evitem o deslocamento aos centros urbanos e as consequentes aglomerações durante a pandemia de covid-19.
Após o descumprimento da primeira decisão, o TRF1 proferiu nova decisão, em 16 de junho, determinando que a União comprovasse, no prazo de 24 horas, a entrega de cestas básicas aos indígenas, o que não ocorreu, conforme constatado pelo MPF. Essa segunda determinação judicial já previa a aplicação de multa de R$ 100 mil, caso não fosse cumprida.
No pedido que pede a aplicação da multa ao TRF1, o MPF relata que, até o momento, nada foi feito pelos órgãos federais para adequar as formas de acesso aos benefícios ao contexto indígena, nas aldeias no Alto e Médio Rio Negro. “Os indígenas continuam se deslocando à sede dos municípios para sacar o auxílio emergencial e outros direitos sociais e previdenciários, uma vez que não houve a implementação dos mecanismos facilitadores de acesso a esses direitos em áreas remotas”, conforme determinado pela Justiça Federal. Fotos contidas no documento mostram longas filas formadas no município de São Gabriel da Cachoeira no dia 26 de junho, mais de um mês após a primeira decisão judicial determinando as medidas solicitadas pelo MPF em ação civil pública.
“As demais medidas, relativas à extensão de prazo e adequação do acesso ao recebimento do auxílio emergencial, benefícios sociais e previdenciários, a despeito do lapso desde que foi proferida a decisão, permanecem sem cumprimento pelos recorridos”, destaca trecho da manifestação do MPF.
Omissão e riscos iminentes – O MPF destaca que, no início de maio, quando foi proposta a ação civil pública, o município de São Gabriel da Cachoeira registrava quatro casos confirmados de covid-19. Conforme os números registrados até a formalização do pedido de multa, dia 27 de junho, havia 2.646 casos confirmados e 44 óbitos, segundo a Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas.
“Não bastassem os números expressivos, notadamente em face das precárias condições estruturais do serviço público de saúde em São Gabriel da Cachoeira, há fundado risco de que esses números se agravem ainda mais, tendo em vista os resultados obtidos em recente estudo da Universidade Federal do Amazonas que alerta para o risco de novo pico de contaminação no mês de julho, em razão da reabertura gradual dos serviços não essenciais em Manaus”, acrescenta o MPF no documento.
Ainda de acordo com o MPF, novos casos estão se multiplicando também nos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, que compõem a região do Alto e Médio Rio Negro, por conta da “deliberada omissão dos requeridos em dar cumprimento à decisão proferida”.
Outra perspectiva de piora no cenário da pandemia nessas regiões, segundo o MPF, é a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais dois meses sem as adequações solicitadas, anunciada recentemente pelo Ministério da Economia, que tende a manter o fluxo de movimentação dos indígenas entre aldeias e sede do município, formando um cenário calamitoso de contaminações pelo coronavírus.
Na ação civil pública ajuizada em maio, o MPF apontou que os riscos de contaminação pela covid-19 são catastróficos para os povos indígenas, incluindo aqueles de recente contato, com pouca imunidade para doenças respiratórias. “Tudo isso com o incentivo da propagação da doença pelo próprio Poder Público por meio de políticas equivocadas e não adaptadas ao contexto indígena, denunciadas há, pelo menos, cinco anos por eles e pelo MPF”, afirmam os procuradores da República, em trecho do documento.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas
(92) 2129-4700
pram-ascom@mpf.mp.br
facebook.com/mpfamazonas
twitter.com/mpf_am
mpf