domingo, 5 de julho de 2020

Começam as obras de reconstrução da EC 52, em Taguatinga


Terreno está sendo preparado para a nova estrutura, que terá prédio, quadra coberta, estacionamento e horta. Investimento será de R$ 8 milhões

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Nesta primeira etapa, funcionários realizam o trabalho de topografia e terraplanagem, preparando o terreno para a fundação da nova edificação. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Depois de 28 anos de espera, a comunidade escolar do Setor M Norte, em Taguatinga, finalmente pode comemorar: começaram as obras de reconstrução da Escola Classe 52. Nesta primeira etapa, funcionários realizam o trabalho de topografia e terraplanagem, preparando o terreno para a fundação da nova edificação. O valor da obra, licitada pela Secretaria de Educação, é de R$ 8.033.310,99.
O antigo prédio da escola, cuja estrutura era provisória, já estava completamente interditado e será demolido pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O local agora irá contar com uma nova edificação principal, quadra coberta, horta, parque infantil, estacionamento e um sistema de caixas d’água.
“Temos que agradecer o governador Ibaneis Rocha pela dedicação. Há tempos que essa comunidade vem pedindo uma escola. Agora finalmente conseguiremos, com o apoio da Secretaria de Educação, entregar uma escola novinha para a comunidade da M Norte”, afirma Juscelino Nunes de Carvalho, coordenador da Regional de Ensino de Taguatinga.
R$ 8 milhõesÉ o valor da reconstrução da EC 52.
O novo prédio da EC 52 terá três pavimentos (térreo e mais dois andares), que abrigarão 19 salas de aula, dois laboratórios, auditório, sala de artes, biblioteca, refeitório, cozinha e depósito, além de toda a parte administrativa. Todos os andares do edifício terão sanitários e rampas de acesso para pessoas com dificuldade de locomoção.
Diretor da escola há 18 anos, Manuel de Sousa Rocha conta que sempre existiu o desejo de reconstrução, tanto de professores quanto da comunidade escolar. “Muita gente nem acreditava mais que isso aconteceria, mas era uma questão de honra essa escola ser reconstruída. A comunidade agora está ansiosa e satisfeita, e eu também estou muito contente e esperançoso”, relata.
Quando finalizada, a previsão da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Taguatinga é de que a EC 52 possa receber cerca de 1.200 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental em dois turnos. O prazo de conclusão da obra é de um ano.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Saúde recebe mais de 556 mil máscaras cirúrgicas do Governo Federal


Saúde recebe mais de 556 mil máscaras cirúrgicas do Governo ...

 Quantidade foi a mais expressiva já entregue à pasta pelo Ministério da Saúde. Testados e aprovados, os equipamentos já começaram a ser distribuídos

A Secretaria de Saúde recebeu, nesta sexta-feira (3), 556.900 máscaras cirúrgicas entregues pelo Ministério da Saúde e descarregadas no Parque de Apoio da pasta. Essa foi a maior quantidade já recebida pelo Distrito Federal desse tipo de equipamento, em uma única entrega. A mais expressiva, até o momento, tinha chegado a 459.600, também dadas pelo Governo Federal.
Depois de testadas e aprovadas na avaliação prévia de qualidade pela Gerência de Hotelaria em Saúde, as máscaras já começaram a ser distribuídas para a rede pública no mesmo dia. Com isso, será possível reforçar a proteção dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus.
“Essas mais de 556 mil máscaras chegam em um momento muito oportuno. Nosso estoque estava ficando escasso, porque é um equipamento de proteção muito utilizado. Como foram aprovadas em parecer técnico, já iniciamos a distribuição hoje mesmo”, garantiu a diretora de Logística da Secretaria de Saúde, Manuela Leite.
Contando com essa entrega, a pasta já recebeu do Ministério da Saúde, durante o período da pandemia, o total de 2.210.150 máscaras cirúrgicas.
Para manter o abastecimento, uma compra desse equipamento já está em andamento, desta vez, realizada com recursos da Secretaria de Saúde. A previsão inicial é que cerca de 2,5 milhões de máscaras cirúrgicas sejam distribuídas aos profissionais da rede pública de saúde.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Criado pela Setur, Programa Acolher é renovado por 45 dias



Iniciativa é voltada para servidores da Secretaria de Saúde que estão no atendimento aos pacientes viítimas da Covid-19

O contrato do Programa Acolher foi renovado até o dia 16 de agosto. Com isso, a iniciativa promovida pela  Secretaria de Turismo em parceria com a Secretaria de Saúde continuará a oferecer hospedagem, por mais 45 dias, aos servidores que trabalham no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), sendo estendida aos profissionais das demais unidades de saúde públicas que atuam na linha de frente do combate ao Covid-19.Até 250 servidores da Secretaria de Saúde, incluindo os 95 do Hran que já estavam hospedados, ficarão nos hotéis Grand Bittar e América Bittar. Os profissionais da saúde têm ficado em apartamentos individuais (single), com direito a café da manhã, almoço e jantar.
Os servidores que têm direito às hospedagens são aqueles envolvidos no atendimento presencial dos pacientes suspeitos ou diagnosticados com a Covid-19, que residem com pessoas do grupo de risco e precisam ser afastados de suas residências temporariamente.
“ Nesse momento por determinação do nosso Governador , seguindo as diretrizes da Secretaria de saúde e com o apoio da Secretaria de economia , a Setur renovou o contrato e estamos muito felizes por isso “, explicou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.
De acordo com o secretário adjunto Executivo de Saúde, Paulo Ricardo Silva, a determinação do governador Ibaneis Rocha e do secretário de Saúde, Francisco Araújo, foi no sentido de manter as tratativas com as áreas envolvidas, e da Secretaria de Economia garantir a descentralização do recurso para assegurar o pagamento da hospedagem.
Cuidados
“Como o próprio nome do Programa revela, a pedido do Governador criamos um projeto para a Saúde com o objetivo de proteger os profissionais de saúde e suas famílias da Covid 19, evitando o contato após um dia de trabalho e os acolhemos com muito carinho nos hotéis que foram selecionados “, ressaltou a secretária Vanessa.
“Sabemos que no momento em que o profissional de saúde sai do hospital há um grande receio de contaminar seus familiares. O Programa Acolher traz mais tranquilidade a esses servidores que atuam na linha de frente contra a Covid-19, especialmente nesse momento de pico da pandemia. Por isso, houve uma conjunção de esforços para manter a iniciativa”, afirmou Paulo Ricardo Silva.
O gestor destaca que em nenhum momento houve, por parte do Governo do Distrito Federal (GDF), em especial pela Secretaria de Saúde, a intenção de suspender ou acabar com o Programa Acolher.
A seleção dos trabalhadores foi feita por meio de uma plataforma administrada pela Secretaria de Saúde e contemplou, na primeira etapa, os profissionais lotados no Hran, mas já vislumbrava a possibilidade de ser ampliada.
Contratação
 A contratação direta do hotel foi realizada por meio de Dispensa de Licitação, fundamentada na Lei nº 13.979/2020 e suas alterações. O resultado da seleção foi publicado em 18 de maio, na edição extra B do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
A holding Phenicia, empresa vencedora do certame, teve a documentação analisada pela equipe da Secretaria de Saúde e atendeu a todos critérios estabelecidos no projeto básico. Ela engloba os hotéis Grand Bittar e América Bittar.
Protocolo
 Os hotéis têm adotado um protocolo para receber os hóspedes. Além de desinfetar todas as superfícies de contato frequentemente, especialmente maçanetas, corrimões, balcões, botões de elevadores, os quartos recebem um cuidado extra. Eles são higienizados utilizando as etapas de limpeza e desinfecção.
A varredura e a espanação seca são contraindicadas em qualquer área, pois espalham poeira e micro-organismos no ambiente. Por isso, utilizam a varredura molhada, com panos e esfregões. Quanto à desinfecção, são usados os mesmos produtos químicos utilizados para a desinfecção hospitalar.
*Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA 

GDF não para nem à noite



Reportagem da Agência Brasília mostra alguns dos inúmeros trabalhos que os servidores do governo executam, às vezes madrugada adentro

Reforma e revitalização de tesourinhas avançam por noites e, às vezes, madrugadas em tempos de pandemia | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Quando escurece e a maioria dos brasilienses volta para o aconchego do lar, um movimento coordenado tem início todos os dias no Distrito Federal, sem que boa parte da população perceba. É quando começa a rotina dos servidores escalados para dar continuidade aos serviços que o Governo do Distrito Federal presta à comunidade diuturnamente (veja mais no vídeo abaixo). E, aí sim, o resultado do trabalho fica mais do que perceptível. Torna-se evidente.
300 pessoasacolhidas em dois abrigos no DF
Além dos atendimentos considerados essenciais – casos da Segurança Pública, da Saúde e da Educação –, o governo oferece ao morador do Distrito Federal um cardápio de serviços que funcionam à noite e, muitas vezes, até mesmo de madrugada.
Da repintura de uma sinalização de via ao acolhimento de pessoas em situação de rua. Da sanitização de hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs) a orientações da Secretaria DF Legal sobre medidas de combate à Covid-19, como o uso de máscara facial protetiva. O GDF nunca para.
A reportagem a seguir se propõe a mostrar alguns dos inúmeros trabalhos que nossos servidores executam ao cair da noite ou madrugada adentro.

Detran: fluxo menor de carros, melhor sinalização de vias

Enquanto uma massa de servidores do Departamento de Trânsito (Detran-DF) descansa ao cair da noite, equipes da Diretoria de Engenharia de Trânsito fazem justamente o contrário. De domingo a domingo, grupos de trabalho passam a noite espalhados pelas cidades do Distrito Federal, recuperando estruturas viárias ou preparando novas sinalizações nas vias.
O serviço é feito à noite devido ao menor fluxo de carros nesse turno. Um dos responsáveis por esse trabalho é Roberto Luz. Há quatro anos na função de gestor do contrato de sinalização horizontal, ele e sua equipe atuam nas vias do Plano Piloto, do Sudoeste e da Octogonal.
Devidamente agasalhado – mas sem descuidar da identificação com o Detran-DF, simbolizada no colete –, Roberto e sua equipe passam a madrugada corrigindo defeitos na sinalização das vias ou refazendo a pintura dessas pistas.
Equipes do Detran-DF passam a noite espalhadas pelas cidades do DF recuperando ou preparando novas sinalizações nas vias | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Na quinta-feira (25/6) eles se concentraram na marcação da tesourinha da 103/104 Sul. No dia seguinte, depois de passar por uma reforma geral, o conjunto de retornos acabaria liberado para o trânsito pelo governador Ibaneis Rocha, entusiasta do serviço público.
Com o apoio de um grupo de dez funcionários e dois caminhões, cada um equipado com um tipo de tinta, os servidores precisaram de quatro horas para deixar o trecho entre a 103-104/203-204 Sul sinalizado com faixas contínuas e pontilhadas, além da faixa de contenção para o fluxo que passa pelas alças da tesourinha.
Com um olhar no trabalho e outro na entrevista, Roberto confessou o amor que sente pela função que desempenha no Detran-DF, e enfatiza a importância do serviço. “O trabalho é gratificante porque você dá uma dimensão, uma segurança muito grande para o trânsito. Brasília é uma das melhores cidades do país em sinalização”, elogia o gestor.

SLU x coronavírus: redondezas de hospitais, UPAs, paradas e passarelas mais limpas

De segunda a sábado, geralmente após as 19h, caminhões-pipa do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) percorrem hospitais e unidades de pronto-atendimento (UPAs) no DF. O objetivo principal é a lavagem, com vistas à desinfecção, das áreas ao redor.
O que pouca gente sabia é que o produto lançado no chão desses espaços públicos é capaz de eliminar todo tipo de bactérias, fungos e vírus, como o novo coronavírus, causador da Covid-19. Apesar de letal para os micro-organismos, a substância não afeta o ser humano e tem cheiro agradável. “Lembra muito eucalipto. O cheiro é bom”, compara Milton Barbosa dos Santos, motorista da Valor Ambiental, uma das corporações parceiras do GDF na prestação dos serviços.
As equipes do SLU empregadas na sanitização dessas áreas coletivas também são divididas em regiões. A reportagem acompanhou o trabalho do grupo de trabalho capitaneada por Milton no Hospital de Base.
Hospital de Base é constantemente desinfectado pelos servidores do SLU | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Por volta das 19h30 do dia 23 de junho, uma terça-feira, o caminhão-pipa encostou na Emergência da unidade hospitalar. Como uma equipe de automobilismo, em que os movimentos são sincronizados, enquanto um funcionário ateava o produto químico no chão, outro mirava a mangueira e disparava o jato d´água para retirar o excesso do produto.
O trabalho da equipe do SLU era acompanhado de perto pelo olhar curioso do motorista Nonato Ribeiro, 55, que esperava um amigo em atendimento no Hospital de Base. “Achei interessante. Principalmente agora, em tempos de pandemia. Tem de intensificar mesmo esse trabalho”, apoiou o morador do Gama.
Naquele mesmo dia outras equipes do SLU faziam, simultaneamente, o mesmo serviço em unidades de saúde do DF. Além do Hospital de Base, passavam pelo mesmo processo de sanitização o Hospital de Planaltina, o Materno-Infantil, o Universitário e as UPAs de Santa Maria e do Gama, além da Unidade Básica de Saúde do Recanto das Emas.

DF Legal: fiscalização a pleno vapor mesmo à noite

Mesmo em tempos de pandemia de Covid-19, o DF Legal não esquece das outras áreas sob sua responsabilidade. Além dos grupos de trabalho para fiscalizar o cumprimento das medidas do GDF contra a pandemia, espalhados pelas 33 regiões administrativas, outras equipes são incumbidas da fiscalização contra a grilagem de terras e o despejo irregular de entulho em locais públicos.
Não pode haver comunicação sobre as intervenções – obviamente, o objetivo é surpreender cidadãos em eventual descumprimento de regras ou leis. Ou seja, os trabalhos não têm hora para acontecer. Por isso, os fiscais trabalham em regime de plantão e entram em ação a qualquer momento do dia ou da noite. Ou da madrugada.
Agente do DF Legal flagra venda de churrasco que gerava aglomeração de consumidores, um risco de proliferação de coronavírus | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
O foco, porém, continua a ser o enfrentamento ao coronavírus, mas os grupos são orientados a não afrouxar a fiscalização de infrações relacionadas a outras questões. As equipes do DF Legal estão por todas as partes.
Na terça-feira (23/6), um grupo liderado pelo chefe do DF Legal, Gutemberg Tosatte, participou da operação Vita Salutem  (Proteção de Vidas), coordenada pela Secretaria de Segurança Pública contra o tráfico de drogas na Estrutural. A equipe de  Gutemberg percorreu as ruas da cidade e vistoriou o comércio a fim de impor o cumprimento das medidas contra a pandemia.
A ação começou por volta das 21h daquela terça e durou até o início da madrugada da quarta-feira. Diferentemente dos primeiros trabalhos, mais focados em orientar comerciantes, os fiscais do DF Legal determinaram o fechamento de 11 estabelecimentos que insistiram em descumprir o horário de funcionamento, mantendo-se abertos após as 21h.
ASSISTA AO VÍDEO:
Outros comerciantes não possuíam alvará de funcionamento e também tiveram suas atividades encerradas. Um exemplo é o churrasco na Quadra 4 da Estrutural. Apesar de não servir comida no local, o proprietário mantinha a churrasqueira acesa na frente de sua loja, dando origem à aglomeração de pessoas.
Um dos clientes dele é Denis Marinho, de 34 anos. Além de estar fora de casa sem necessidade, desrespeitando as orientações de distanciamento social, ele estava sem máscara protetiva e acabou por ser repreendido pela fiscalização. Mesmo contrariado por não poder comer o espetinho de carne, ele concordou com a ação. “A máscara incomoda, mas é importante para a minha integridade”, admitiu.

Governo pelos mais necessitados

Desde que foram inaugurados, em abril, alojamentos provisórios instalados no Autódromo de Brasília e no Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião), em Ceilândia, não param de receber novos moradores. As duas casas abrigam cerca de 300 pessoas em situação de rua e está de portas abertas 24 horas por dia, para receber mais cidadãos carentes.
Na noite de quinta-feira (25), o Alojamento do Autódromo acolheu mais 11 pessoas que vivem nas ruas. De várias partes do Distrito Federal, esses homens terão agora três tipos de refeição, diariamente, e um quarto com cama e cobertor para se abrigarem e protegerem do frio típico do Cerrado nesta época do ano.
Abrigos populares do DF dão dignidade a pessoas desprovidas do básico, como comida, banho e local para dormir decentemente | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Ao desembarcar no alojamento, eles passam por uma triagem em que é aferida a temperatura corporal, a fim de saber se estão com febre, sintoma predominante em pessoas com Covid-19. Em seguida são colocados em um compartimento onde aguardam os kits de higiene e roupas – o conjunto reúne escovas, creme dental, sabonete, toalha, calça, camisa, cueca e coberta. Já de posse desses produtos, os acolhidos são dirigidos a banheiros e vestiários onde tomam banho e trocam de roupa. Uma verdadeira transformação pessoal, com ainda mais dignidade.
Cosme da Silva, 39, passou a integrar o grupo juntamente com outros dez moradores de rua abordados por equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social e encaminhados para o abrigo popular. Ao verificar a estrutura do lugar, o homem ficou impressionado. “Muito organizado”, sintetizou. Depois de 27 anos, relata Cosme, é a primeira vez que ele tem um lar com direito a cama e cobertor. “Saí de casa com 12 anos para procurar emprego e acabei ficando nas ruas. Essa pandemia me fez ter medo das ruas. Então, aqui vou estar seguro”, alivia-se.
Uma das coordenadoras do Alojamento Provisório do Autódromo é Karen Cury. Foi ela quem recebeu os 11 novos moradores e os conduziu durante as etapas que teriam de cumprir naquela verdadeira cidade erguida nos fundos do autódromo, em meio ao nada. “Aqui eles têm de tudo. Aulas com professores de matemática e português, cinema, refeição, banho, cama. É um lugar de dignidade”, descreve.

Acolhimento com aspecto de lar

Na Unidade de Acolhimento de Crianças e Adolescentes (Unac) de Ceilândia a chegada de novos moradores geralmente também é feita à noite. Diferentemente dos abrigos provisórios, lá os abrigados devem ter até 17 anos e 11 meses e 29 dias. A capacidade de acolhimento é de até 16 jovens. Ao completar 18 anos, eles têm de deixar o lugar – a maioria volta para a família. Geralmente são jovens encaminhados pelo Conselho Tutelar e pela Vara da Infância e Juventude.
Além do acolhimento em si, abrigados recebem alimentação balanceada e praticam atividades lúdicas e pedagógicas para melhorar a rotina | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Situado na QNM 36/38 de Taguatinga, o abrigo tenta reproduzir as instalações de uma casa, com quarto mobiliado de cama e guarda-roupa, além de cozinha e sala. “A intenção é dar aos jovens a sensação de famílias que muitos não tiveram”, explica a coordenadora da unidade de acolhimento, Flávia da Guia.
Além de apreender a desempenhar tarefas de casa, como ajudar a conservar o local limpo e a fazer sua própria refeição, os adolescentes recebem tarefas pedagógicas e lúdicas praticamente o dia inteiro. “Aqui promovemos jogos e dinâmica de grupos. Estimulamos a arte, como pintura”, exemplifica a gerente da Unac de Ceilândia, Dione Marly Barbosa.
As lições pedagógicas são dadas pela educadora Cristiane Shimabuko. Pedagoga, ela é a responsável por preparar os jovens da Unac para o mercado de trabalho, por meio de programas do Governo do Distrito Federal como o Jovem Candango, da Secretaria da Juventude.
As lições são ministradas à noite. João Victor da Silva Prado Santos, 17 anos, tinha uma entrevista no dia seguinte e pegava umas dicas sobre como proceder durante a sabatina. Cada ato seu era corrigido por Shimabuko. “Se fizer assim, pode ser reprovado amanhã”, alertava a orientadora.
Vindo de Formosa, o jovem chegou a Brasília sozinho e chegou a morar na rua. Hoje, pensa em voltar a estudar e arrumar um emprego para se sustentar quando sair da casa onde vive com outros jovens na mesma situação. “Aqui temos tudo: comida, casa e dignidade. Algo que não tinha nem na minha família”, lamenta o jovem.
Já passava das 21h de quinta-feira (25/6) e a casa ainda estava com as luzes acesas. Naquele dia, o abrigo receberia mais um morador. Trata-se de um jovem retirado do convívio dos antigos tutores porque era submetido a situação análoga à escravidão. Agora, com o projeto do GDF, ele terá um lar humanizado onde terá condições de estudar. Em outras palavras, poderá sonhar com um futuro melhor.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

sábado, 4 de julho de 2020

Pará fica na 22ª posição no ranking nacional de isolamento na sexta



Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 36% e 36,74%

04/07/2020 14h24 - Atualizada hoje 14h56
Por Walena Lopes (SEGUP)
Em Belém, os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa foram São Francisco, Maracangalha e AeroportoFoto: Alex Ribeiro / Ag. PAO Pará ficou na 22ª  posição no ranking nacional de isolamento social na sexta-feira (3), com 36,74% das pessoas em casa para evitar a proliferação do novo coronavírus. Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 36% e 36,74%.
Para o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, é importante reforçar a necessidade da população manter a consciência quanto aos cuidados para prevenir o contágio da Covid-19.
“Todos precisamos nos manter conscientes sobre o auto cuidado para prevenir a proliferação do novo coronavírus. O distanciamento social ainda é a nossa maior arma.  Reforçamos sempre a importância em manter os protocolos exigidos pelas organizações de saúde, como o uso de máscara e a higienização pessoal, além ficar em casa o quanto possível” - Ualame Machado, titular da Segup.
MUNICÍPIOS
Na análise das cidades paraenses, o três melhores índices de isolamento foram nos municípios de Nova Esperança do Pará  (56,8%), Bannach (55,2%) e Santa Maria das Barreiras (52,3%). As cidades com maior registro de desobediência à recomendação de ficar em casa foram Primavera (20,3%), Curuá (23%) e Brejo Grande do Araguaia (24,1%).
Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 36% e 36,74%. Em Belém, incluindo os distritos, os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa foram: São Francisco (51,9%), Maracangalha (50,7%) e Aeroporto (50%). Já as piores taxas ficaram com Curió-Utinga (11,5%), Carananduba (27%) e Maracajá (27,3%). Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados nos bairros Icuí-Laranjeira (44%), Cidade Nova VIII (42,8%) e Heliolândia (42,6%); as piores taxas foram observadas em Curuçambá (14,3%), Jaderlândia (29,7%) e Levilândia (29,8%). 
Serviço:
O percentual de isolamento nos 144 municípios paraenses e o monitoramento completo estão disponíveis em um espaço exclusivo sobre os índices no site da Segup.
agência pará 

Semas divulga o balanço total da maior apreensão de madeira do ano



Carga ilegal possui 2.164,933 m3 de toras sem documentação de origem

04/07/2020 14h56 - Atualizada hoje 15h43
Por Governo do Pará (SECOM)
Madeira apreendida é das espécies Angelim, Maçaranduba, Jatobá e CupiúbaFoto: Semas / AscomFiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) finalizaram, na manhã desta sábado (4), a contagem da madeira ilegal, localizada em quatro balsas, que estavam próximas ao município de Limoeiro do Ajuru, há 287 quilômetros de Belém. A carga totaliza 2.164,933 m3 de madeira, sem documentação de origem, sendo considerada pela Semas a maior apreensão do ano, até agora. As embarcações foram interceptadas pela Marinha do Brasil no último dia 25 de junho.
Como não havia documentação, os militares transportaram a carga para Belém e entregaram aos fiscais da Semas, que passaram quatro dias contabilizando as toras de madeira de espécies como Angelim, Maçaranduba, Jatobá e Cupiúba.
Ficais levaram quatro dias para finalizar a contagemFoto: Semas / Ascom As quatro embarcações e os dois empurradores foram apreendidos pelo Grupamento de Patrulha Naval do Norte, porque estavam irregulares e pelo excesso de carga, de acordo com o capitão de Mar e Guerra, que comanda o grupamento, Robledo de Lemos Costa e Sá.
No recebimento da madeira, o diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro, explicou que a carga estava sem a Guia de Transporte Florestal e que o próximo passo seria averiguar a origem dessa exploração ilegal e o destino da carga.
Os condutores das embarcações foram encaminhados para prestar depoimento na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal, e vão responder pelo crime ambiental.
No ano passado, mais de 6.500 metros cúbicos de madeira comercializadas ilegalmente foram apreendidos. De janeiro a junho deste ano, as apreensões chegam a mais de 4.600 metros cúbicos.
agência pará