DF Segundo Secretaria de Saúde, 47 vítimas moravam em outros estados, mas buscaram atendimento e morreram na capital. São 2.139 infectados a mais que total contabilizado até sábado (27). Coronavírus Sars-Cov-2 em imagem de microscópio eletrônico — Foto: NIAID-RML/Handout via Reuters
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou 11 mortes pelo novo coronavírus neste domingo (28). Assim, o total de óbitos desde o início da pandemia na capital chega a 548.Segundo a SES-DF,47 vítimasmoravam em outros estados, mas buscaram atendimento e morreram na capital. Conforme a secretaria, esses óbitos são contabilizados nas regiões de origem do paciente.
Segundo a SES-DF, das 11 vítimas confirmadas neste domingo, três eram mulheres e oito, homens. Com relação à faixa etária, a maioria dos casos está entre pessoas entre 60 e 69 anos. Veja:
40 a 49 anos: 2 casos
60 a 69 anos: 4 casos
70 a 79 anos: 2 casos
80 e mais: 3 casos
Os pacientes moravam nas seguintes regiões do DF:
Brazlândia: 1
Ceilândia: 1
Fercal: 1
Guará: 1
Gama: 2
Itapoã: 1
Samambaia: 1
Sobradinho I: 1
Taguatinga: 2
De acordo com a Secretaria de Saúde, uma pessoa morreu em casa. Os demais óbitos ocorreram nas seguintes unidades de saúde:
Hospitais particulares: 4
Hospital Regional de Ceilândia: 1
UPA de Ceilândia: 1
Hospital Regional da Asa Norte: 1
Hospital de Base: 3
A pasta afirma ainda que todos 10 pacientes tinham comorbidades – doenças relacionadas capazes de agravar o quadro –, e um não. Os distúrbios registrados são*:
Distúrbios cardiovasculares: 7 pacientes
Distúrbios metabólicos: 5 pacientes
Imunossupressão: 2 pacientes
Obesidade: 1 paciente
Outros: 1 paciente
*Alguns pacientes podem ter mais de uma comorbidade.
Perfil dos infectados
--:--/--:--
Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19
Segundo o governo do DF, a maioria dos pacientes infectados pelo novo coronavírus é mulher (51,6%), com idade entre 30 e 39 anos.
Menor de 2 anos: 258
De 2 a 10 anos: 818
De 11 a 19 anos: 1.965
De 20 a 29 anos: 8.480
De 30 a 39 anos: 12.340
De 40 a 49 anos: 10.041
De 50 a 59 anos: 6.194
De 60 a 69 anos: 2.770
De 70 a 79 anos: 1.314
80 anos ou mais: 725
Ceilândia continua sendo a região com o maior número de casos e mortes. Veja os dados por região abaixo:
Casos de coronavírus por região do DF, em 28 de junho — Foto: SES-DF/Reprodução
O trabalho da Emater e Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente avança nos resultados da regularização
28/06/2020 13h09 - Atualizada hoje 15h55 Por Aline Miranda (EMATER)
Mesmo no período de pandemia de Covid-19, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Santarém Novo, município do nordeste paraense, encerra o primeiro semestre de 2020 com a marca de cadastramento ambiental superior a 60% na área de agricultura familiar, totalizando 83,97 quilômetros quadrados. A área cadastrável total de Santarém Novo é de 201,82 km².
Os dados significam 126 cadastros ambientais rurais (CARs) elaborados entre janeiro de 2019 e abril deste ano, com a parceria da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Semagri), a partir de um convênio com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico e georreferenciado de sistematização nacional, instituído pelo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012). Emater e Prefeitura vêm trabalhando juntas desde 2014, mas intensificaram a parceria, e os resultados, a partir de janeiro de 2019, quando, por interpretação normativa, o CAR passou a ser regularização obrigatória para todos os imóveis rurais. Sem o Cadastro Ambiental, agricultores familiares não conseguem crédito e podem ser penalizados quando solicitarem a aposentadoria rural, entre outros impedimentos.
Município Verde - A expectativa é que, com a adesão de Santarém Novo ao Programa Municípios Verdes (PMV), processo em fase de habilitação, o restante da área cadastrável do município seja coberto até o final de 2021. “Os resultados expressivos que apresentamos de 2019 para cá se balizam pela intensa demanda do crédito rural e também pela pré-contextualização nas metas do PMV”, informa o técnico agrícola Thomaz Wellington Silva, chefe do escritório local da Emater.
Segundo ele, também é importante a existência da Reserva Extrativista Chocoaré-Mato Grosso, unidade federal de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como reforço na conscientização ambiental. “O nível de conscientização dos agricultores aqui é bem satisfatório. Com o levantamento de campo inerente à emissão do CAR, identificamos que a maior parte das propriedades da agricultura familiar de Santarém Novo mantém as áreas de preservação permanente (APPs), com áreas de campos naturais, igarapés, nascentes e rios. O passivo ambiental é mínimo e pode ser regenerado naturalmente”, afirma o gestor da Emater no município.
Os dados estão publicados na edição deste domingo do jornal O Globo. Segup também aponta queda no número de mortes de policiais.
28/06/2020 12h13 - Atualizada hoje 16h10 Por Aline Saavedra (SEGUP)
Em mais uma classificação estatística, o Pará saiu da lista dos que mais registravam mortes por intervenção dos agentes de segurança pública do Estado para ficar entre os primeiros do ranking que mais reduziram a letalidade policial, aponta o jornal O Globo na edição deste domingo (28). Segundo o jornal, o Pará apresenta uma redução de 5,36%, ficando ao lado do Mato Grosso do Sul e Paraíba. A pesquisa avaliou 15 unidades da Federação. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social também mostram queda nas mortes de policiais.Dados da Segup atestam a redução de mortes de policiais em ações de segurança públicaFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
A análise de “O Globo” considerou o período da pandemia de Covid-19 - meses de março e abril -, quando as pessoas permaneceram mais tempo em suas residências, resultando em uma atuação policial diferenciada, com o acesso dos agentes às residências dos suspeitos, podendo atingir pessoas inocentes. A diminuição do número de pessoas circulando pelas vias públicas foi avaliada também pelos especialistas contatados pelo “O Globo” como uma forma de "vigilância social".
No Pará, a diminuição dos casos ocorre não somente no período da pandemia. A redução é ainda maior comparando o período de janeiro a 15 de junho, dos anos de 2019 e 2020, que resulta em 35,5%. No período equivalente, comparando os anos de 2018 e 2020, a diminuição é de 27,4%. Os dados foram obtidos pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).O trabalho integrado entre as polícias também é decisivo para diminuir a letalidadeFoto: Alex Ribeiro / Ag.Para
A redução apontada pelo jornal também é vista nas ruas e nos noticiários. Casos de abusos e excessos policiais não mais ocorrem como anteriormente no Pará, o que é avaliado pelo Sistema de Segurança como reflexo da formação policial e do uso de inteligência para “ter mais assertividade nas ações e reduzir os riscos de confronto”.
Fora de listas - "O Pará saiu do ranking dos estados mais violentos do Brasil e, desde 2019, não figuramos mais na lista dos estados com o maior número de homicídios. Também saiu, felizmente, do que nos prejudicava bastante, que era a morte de policiais. Comparando os anos de 2019 e 2020 foi uma queda muito acentuada. E o terceiro aspecto é justamente a queda do número de mortes por intervenção dos agentes públicos. Nós atuamos agora de uma forma muito mais técnica, muito mais precisa e com o uso da inteligência”, ressalta o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.Secretário Ualame Machado ressalta importância do trabalho de inteligência para reduzir riscos em intervenção policialFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
O titular da Segup destaca, ainda, que “quando você trabalha de forma integrada utilizando a inteligência, o risco da necessidade de uma intervenção policial reduz muito, pois se trabalha com o efeito surpresa em relação ao infrator da lei, e assim é possível efetuar a prisão com mais tranquilidade, sem necessidade, muitas vezes, do confronto, que é resultado de um trabalho com menor inteligência sendo empregada. Então, o uso da inteligência e da informação qualificada, uma orientação à tropa de que a polícia deve atuar agora de forma precisa e com base na lei, fez com que em 2019 tivéssemos reduzido o número de mortes por intervenção dos agentes públicos do Estado e em 2020 reduzido mais ainda, como estamos fazendo com mortes de agentes policiais e Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), já pelo segundo ano consecutivo".
O curso gratuito sobre busca ativa escolar recebe inscrições até esta segunda-feira
28/06/2020 11h19 - Atualizada hoje 15h20
Por Leidemar Oliveira (SEDUC)
Profissionais que atuam na rede estadual de ensino têm até esta segunda-feira (29) para se inscrever no curso Busca Ativa Escolar na Prática. Promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o curso objetiva qualificar o trabalho de gestores e técnicos para evitar a exclusão escolar. Desde 2019 o Unicef mobiliza agentes sociais de diversas frentes de atuação para garantir a matrícula ou a rematrícula de crianças e adolescentes, a fim de combater a evasão escolar.
Realizada na modalidade a distância (EAD), a formação é dividida em módulos de acordo com as funções desempenhadas por cada segmento envolvido na busca ativa escolar, e aborda diversos temas importantes para qualificar o trabalho das equipes.Manter os alunos em sala de aula é o objetivo da iniciativa da Seduc e do UnicefFoto: Agencia Para / Arquivo
Problema nacional - A evasão escolar é um dos maiores problemas enfrentados pela rede pública de ensino em todo o Brasil. O Pará é o quinto estado da Federação no ranking de alunos fora da escola. Desde 2019, a Seduc reforça a busca ativa em todas as 927 escolas da rede estadual. “A ação da busca ativa será imprescindível para a volta às aulas. Por meio desse curso todos aprendem que, além da educação, toda a comunidade – escola, Conselho Tutelar, família, colegas e outros segmentos - pode contribuir para resgatar o aluno”, ressalta a coordenadora de Ações Educacionais Complementares da Seduc, Giovana Costa. Segundo ela, o curso introduz um novo olhar sobre o tema, mostrando que a busca ativa não é “obrigação restrita à escola”.
A Seduc está mobilizando toda a rede para garantir o máximo de participação. Além de reforçar o papel das unidades de ensino na garantia ao aluno do direito à aprendizagem, educadores e técnicos também poderão atuar como multiplicadores da ação.
O curso é gratuito e terá certificado de 40 horas. As inscrições podem ser feitas pelo link https://sites.google.com/crescendojuntos.org/busca-ativa/na-pratica.
27/06/2020 17h47 - Atualizada em 27/06/2020 18h09
Por Josie Soeiro (SECULT)
Foto: Agencia Pra / Arquivo
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM), lança nesta terça-feira (30), às 18h, ao vivo pela TV Cultura, o XIX Festival de Ópera do Theatro da Paz. O lançamento vai apresentar um panorama das atividades previstas para este ano, adaptadas por conta da pandemia, e ainda um recital com o tenor Atalla Ayan, a pianista Adriana Azulay e as cantoras Lanna Bastos, Hosana Ramos e Kézia Andrade, direto do palco da maior casa de espetáculos paraense.
Participam do lançamento a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal; o diretor geral do festival, Daniel Araújo; a diretora artística, Jena Vieira; e a diretora de Produção, Nandressa Nunes. O programa terá duração de uma hora e meia e terá, ainda, depoimentos de convidados.
Este ano, o festival tem como ênfase a formação de profissionais das artes musicais e cênicas. Serão ofertadas 80 bolsas para o II Curso de Formação em Ópera, 40 destinadas a cantores líricos e 40 para técnicos de teatro. O curso terá duração de seis meses, via plataforma digital, com oito oficinas para cada grupo.
“Essa ampliação da política de formação profissional do festival responde de maneira muito assertiva aos novos desafios impostos pela pandemia. A inclusão de técnicos na grade formativa, o modelo de aulas remotas e o fato de que aumentamos em quatro vezes o alcance dos profissionais selecionados para o programa de bolsas consolida o projeto que estamos construindo de transformar o nosso Theatro da Paz, num futuro próximo, em teatro-escola”, diz Ursula Vidal.
Alternativas - Para o diretor geral do Festival de Ópera, Daniel Araújo, trata-se de um momento para experimentar novas formas de fazer o festival - prestes a completar duas décadas de existência - e incentivar cada vez mais a mão de obra para esse tipo de espetáculo. “Em março, já estávamos com tudo programado para este ano, mas com a pandemia precisamos nos adaptar para os mecanismos de interação virtual e adequar o projeto. Fizemos testes e ajustes para que esse novo formato contemplasse não só os artistas, como toda a cadeia produtiva da ópera, já que o setor da cultura foi o primeiro que parou”, explica.
A diretora artística, Jena Vieira, destaca que essa é uma fase de reinvenção do espetáculo, com ações que serão capazes de abranger o Estado inteiro, possibilitando que artistas e produtores que não estejam fisicamente em Belém possam ser contemplados com o curso. “Estudamos como outros teatros no Brasil e no exterior estão fazendo seus concertos e como as novas mídias e novas tecnologias são fundamentais. Nesse formato virtual, todo o Pará poderá participar do festival por meio do nosso site, canais e redes sociais”, atesta.
A diretora de Produção, Nandressa Nuñez, também acredita na relevância das mudanças do evento, recordando que, ano passado, já foi apresentado um festival diferenciado. “Pela primeira vez na história, fizemos a itinerância pelos Territórios pela Paz, em bairros periféricos, e a implementação do primeiro curso de formação. Este ano, ampliamos as vagas para o curso de formação e queremos contemplar, além de cantores líricos, figurinistas, cenógrafos, maquiadores, diretores de palco, contrarregras, etc., visando uma forma de capacitar e garantir recursos a esses profissionais”, assinala.
Programa - Durante o lançamento do festival, o tenor paraense Atalla Ayan - reconhecido internacionalmente e com presença constante nas principais cenas líricas do mundo -, a pianista Adriana Azulay e as sopranos Lanna Bastos, Hosana Ramos e Kézia Andrade apresentam recital composto por árias de Giacomo Puccini, como “Donna non vidi mai”, da ópera “Manon Lescaut”; “Recondita Armonia” e “E lucevan le stelle”, de “Tosca”; “Nessun Dorma”, de “Turandot”; “Quando m’en vo”, de “La Bohème”; "Chi il bel sogno di Doretta", de “La Rondine”, e “O mio babbino caro”, de Gianni Schicchi.
O programa inclui as árias “Una furtiva lagrima”, da ópera “L'elisir d'amore”, do compositor Gaetano Donizetti; “Ah! Je ris de me voir si belle”, da ópera “Fausto”, de Charles Gounod; “Depuis le jour”, da ópera “Louise”, de Gustave Charpentier; além da canção “Minha Terra”, do compositor paraense Waldemar Henrique. Como encerramento, eles apresentam o dueto “Brindisi”, da ópera “La Traviata”, de Giuseppe Verdi.
Formação - As inscrições para os cursos são gratuitas e podem ser feitas a partir da próxima quarta-feira (1 de julho), no site www.festivaldeoperatp.com, que pode ser acessado a partir de terça (30). Os selecionados terão aulas via plataforma digital até dezembro. Aos cantores, serão ofertados os seguintes cursos: Criação de Conteúdo Digital, Preparação de Repertório, Preparação Musical de Cenas de Ópera, Introdução à História da Ópera, Análise e Construção dos Personagens, Estudo do Texto Dramático, Dicção para Cantores e Preparação, Criação e Interpretação Teatral para Cantores de Ópera.
Para os técnicos, as oficinas serão: Noções Básicas de Leitura de Partitura Musical, Direção de Palco e Contrarregragem, Introdução à Sonorização em Ópera, Introdução à Iluminação Cênica na Ópera; Noções Básicas de Direção de Ópera; Maquiagem Artística para a Ópera; Preparação de Legenda de Ópera e Figurino para Espetáculos de Ópera.
Serviço: Para se inscrever, os cantores devem enviar vídeo apresentando uma peça musical. Os técnicos devem enviar currículo e portfólio. O resultado com os selecionados sai divulgado no dia 24 de julho e as aulas têm previsão de início para o dia 3 de agosto, conforme cronograma abaixo:
27/06/2020 17h26 - Atualizada em 27/06/2020 18h08
Por Ronan Frias (COHAB)
Foto: Jader Pes /Ag.Para
Cerca de mil toras de madeira sem comprovação de origem foram entregues pela Marinha do Brasil à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na ilha de Outeiro, neste sábado (27). A estimativa inicial é que a carga seja de 1,3 mil metros cúbicos de madeira em tora, quantitativo suficiente para encher 65 caminhões. Segundo a Semas, é a maior apreensão do ano.
A madeira foi apreendida durante ação de rotina da operação Verde Brasil II, do governo federal, na última quinta-feira (25). As quatro balsas e os três empurradores usados para transportar a carga foram interceptados pela Marinha na Foz do rio Tocantins, próximo ao município de Limoeiro do Ajuru. Por segurança, as embarcações foram levadas para Abaetetuba e, em seguida, transportadas em direção a Belém.
Foto: Jader Pes /Ag.ParaEntre as espécies identificadas na apreensão estão Jatobá, Maçaranduba e Cupiuba. Todas são consideradas nativas da região amazônica. A carga está sob responsabilidade da Semas, que decidirá a destinação final da madeira. "É a maior apreensão deste tipo em 2020 no Pará. Como não foi apresentada a Guia de Transporte Florestal, vamos coletar informações para averiguar a origem da exploração da ilegal da madeira e, principalmente, para onde ela seria entregue", diz o diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro.
"As embarcações que transportavam a carga também estavam irregulares e foram apreendidas. Foi averiguada falta de documentação de todas as balsas e de dois empurradores, além de excesso de carga e ausência de condutor habilitado em dois empurradores", informou o comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, capitão de Mar e Guerra Robledo de Lemos Costa e Sá.
Os condutores das embarcações foram identificados e, em seguida, encaminhados para prestar depoimento na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal. A partir de agora, será providenciada a medição correta da madeira. “Além disso, as pessoas que fizeram o transporte serão autuadas pelo transporte de madeira sem autorização e responderão pelo crime ambiental. Vamos seguir com as investigações para identificar quem é o responsável pelo desmatamento", complementou Rayrton Carneiro.
Jardim sob cuidados de uma família do Gama, há mais de 40 anos, é uma das atrações da região
LÚCIO FLÁVIO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: ISABEL DE AGOSTINI
Tistu era um menino que não lidava bem com as contradições da vida adulta. Apesar do carinho dos pais e do conforto do lar, sentia um vazio latente que não sabia explicar. Na escola, dormia. Um dia, descobriu, com um velho sábio jardineiro, que tinha o dom mágico de fazer brotar flores e plantas do nada, florindo toda a cidade em que vive. Lançada em 1957, “O menino do Dedo Verde” foi uma das primeiras obras a abordar o tema da ecologia e da integração entre o homem e a natureza. Moradora do Gama desde os primórdios da cidade, a família Ferreira, até poderia fazer parte do clássico enredo infanto-juvenil escrito por Maurice Druon. Isso porque, desde o final dos anos 70, ela cuida, com amor e carinho, de um belo jardim que é sensação da Quadra 27 do Setor Leste da cidade, humanizando a rua.
A iniciativa, valorizada e em sintonia com a gestão Ibaneis Rocha, agora faz parte do projeto “Adote Uma Praça”, programa coordenado pela secretaria de Projetos Especiais (Sepe), do GDF. Instituído pela atual gestão em 2019, a iniciativa celebra a parceria entre o GDF e moradores da cidade ou empresas que, assim como o pequeno Tistu, do romance escrito por Maurice Druon, amam o verde e têm interesse em fazer benfeitorias e manutenção em áreas públicas da cidade.
José Alves Pereira começou o jardim há 40 anos com a ajuda da família, no Gama. Foto: Reprodução
“O programa é um instrumento que, além de desburocratizar, legaliza as pessoas que cuidam dessas áreas, dando uma segurança jurídica para quem quer ajudar o governo nessa parceria”, observa Everardo Gueiros, secretário da Secretaria de Projetos Especiais do GDF. “É um bem-sucedido exemplo de parceria público-privada do nosso governo, que já economizou com essa iniciativa, R$ 10 milhões em obras executadas”, revela o gestor. Várias áreas já foram adotadas em diferentes RAs. Veja algumas abaixo:
Os espaços, como o título sugere, não se limitam apenas às praças. Podem fazer parte da ideia também jardins públicos, balões rodoviários, estacionamentos, canteiros de avenidas, pontos turísticos, parques infantis, Pontos de Encontro Comunitário (PECs) e até becos como o da família Ferreira, que nasceu da iniciativa de dois Josés. O Zé da Bahia e o Zé do Ceará. A ideia é conscientizar a população ou iniciativa privada no sentindo de ajudar o governo a manter esses espaços bem preservados e que possam ser usufruídos pela comunidade.
“Meu pai é que teve a iniciativa de ficar roçando, limpando a área até criar um jardim, ele nunca deixou juntar lixo aqui”, conta a filha Geny, a primeira de quatro irmãos, todos filhos do pedreiro José Alves Ferreira – já falecido, em 2015 -, e de dona Ruth, hoje com 90 anos. “Eu ficava vendo ele mexendo e resolvi ajudar, comprava caixas de pingo de ouro, deu o maior trabalho do mundo, mas ficou muito bonito”, lembra, orgulhoso, Zé Lima, de 78 anos.
O morador José Oliveira faz manutenção da área e também foi idealizador do jardim. Fotos: Acácio Pinheiro
Ganhou a comunidade local. Também o GDF com mais uma parceria público-privada. Localizado entre as casas 102 e 103 da Quadra 27, do Setor Leste do Gama, o lugar, antes terra de ninguém, ou seja, um abandonado terreno baldio onde se jogavam lixo, entulho e servia até de cemitério para gatos e cães, agora abriga um aconchegante recanto florido. Lá tem de tudo, rosas de todas as cores, pingos de ouros, espada de São Jorge, ipê, além de frutas como mamão e carambola. Como não podia deixar de ser, flanam pelo ambiente, colibris, rolinhas, beija-flores e nuvens de borboletas. “É gratificante porque todo dia de manhã os passarinhos, as borboletas visitam o jardim, um encanto”, relata, Geny.
Com o belo calçamento construído pelos dois Zés, o jardim da Quadra 27, além de um lugar agradável que ajuda a aplacar o clima seco e falta de umidade do DF, também virou passagem para os moradores da quadra 49, localizada abaixo da 27, e que, para evitar dar uma grande volta para chegar a parada de ônibus mais próxima, usa o caminho como atalho. Enfim, como gosta de dizer uma das filhas do seu Zé da Bahia: “É um oásis no meio desse deserto de concreto e asfalto”, resume Generosa Ferreira “A gente olha ao redor e não encontramos nada parecido por aqui”, reforça.
Parceria oficializada
Desde que foi instituído, em 2019, o programa já recebeu quase 60 pedidos de adoção de moradores de várias regiões do DF. O mais recente, publicado no Diário Oficial do DF, na última terça-feira (23), diz respeito à adoção de um balão rodoviário localizado próximo ao Jardim Botânico. Desse montante, já foram finalizados e estão em funcionamento 12 projetos, que geraram uma economia de R$ 10 milhões aos cofres do GDF. O Plano Piloto é a região do DF onde se concentra o maior número de ações do projeto. Os mais representativos são a revitalização do Setor Hospitalar Sul, a Praça Lúcio Costa, localizada em frente ao Conjunto Nacional e um complexo criativo da 506 Sul.
Para o secretário Everardo Gueiros, o programa tem o mérito de resgatar a função social de uma cidade, destacando não apenas a responsabilidade do poder público, com relação aos espaços, mas tornando a sociedade cúmplices de suas bem-feitorias. “Passou a época em que a população olhava o que o governo fazia. Depois a população só exigia do governo, agora a população está se conscientizando que não é só olhar, nem só exigir, precisa ajudar, colaborar, ser parceiro”, defende. “Tinha muita gente que queria ser parceira do governo em projetos como esse, mas não tinha o instrumento, que é o nosso programa”, convoca.
A enfermeira Joselita Ferreira concorda com o raciocínio do secretário Gueiros. Mesmo trabalhando em dois hospitais, no Gama e em Samambaia, ela ainda encontra tempo para ajudar na manutenção do espaço público que adotou no Gama junto com seus familiares. O desejo da família é que o cantinho seja reconhecido como área verde de convivência para o benefício da comunidade. “O programa “Adote Uma Praça” é muito interessante porque ajuda a sensibilizar a sociedade para a importância de colaborar em iniciativas como essas”, aponta.
Todos os dias, cerca de 25 policiais preparam seus cavalos e saem para fazer o policiamento em todas as regiões do Distrito Federal
AGÊNCIA BRASÍLIA * I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
Força, robustez e agilidade. Assim é a atuação do Regimento de Polícia Montada (RPMon), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A tropa conta atualmente com 237 cavalos, além de oficinas de equitação e equoterapia, mas que, por hora, estão suspensas neste período de pandemia do novo Coronavírus. O Comando de Policiamento Montado da PMDF tem duas sedes: no Riacho Fundo (Regimento Coronel Rabelo) – que está completando 38 anos essa semana – e no Parque da Cidade (Regimento General Egeo). Todos os dias, cerca de 25 policiais preparam seus cavalos e saem para fazer o policiamento em todas as regiões do Distrito Federal.
“Atuamos em todas as cidades do DF diariamente, mas podem surgir solicitações de apoio por parte de outros batalhões e também para atuação específica em grandes eventos ou manifestações”, contou o comandante do Comando da Polícia Montada (CPMon), coronel Vinicius Freitas.
Uma das vantagens do policiamento a cavalo é o rápido deslocamento. “É uma tropa de presença e demonstração de força, além disso, o emprego dos cavalos montados permite um deslocamento ágil para várias direções com mais facilidade”, afirma o coronel. O treinamento para que o animal esteja apto a “trabalhar” dura em média seis meses. O cavalo só pode ser montado a partir dos quatro anos e meio de vida. Até os três, os equinos são domados, mas não para montar. A aposentadoria chega, geralmente, quando completam 15 anos de serviços prestados.
Existe um cadeia de cuidados e pessoas responsáveis pelos animais, que vai além do policial que monta. Para que esteja tudo funcionando, há uma série de policiais, cuidadores e equipe médica atuando. Os cavalos, se bem tratados, tem um tempo de atuação muito grande na unidade. Quando atingem certa idade, são realocados para equitação ou equoterapia”, explicou o comandante do RPMon, major Jamilson José Batista.
“É motivo de orgulho para a tropa ter a equoterapia como um projeto social da PMDF”, diz o major. “É muito bom ver a evolução de nossos alunos, alguns que não conseguiam ficar em pé sozinhos, outros que não conseguiam comer ou se socializar, hoje fazem tudo isso” .
O trabalho social do batalhão é possível porque há convênio com a Secretaria de Educação e com a Caixa Beneficente da Polícia Militar. O programa possui psicólogo, fisioterapeutas, pedagogas, educadores físicos, professores e militares equitadores.
* Com informações da Secretaria de Segurança Pública
Neste domingo (28), será celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros e Transexuais). E para marcar a data, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), lembra da realização de palestras, debates, capacitação de servidores e leis de proteção que ampliam as vozes da comunidade, no Distrito Federal, e ajudam no combate ao preconceito por orientação sexual e de gênero.
“Acredito que com mais visibilidade e mais ações de inclusão poderemos conscientizar a população sobre o combate à LGBTfobia e assim mostrar que é justa toda forma de amor”, destaca a secretária Marcela Passamani. Ela ainda destaca que o distanciamento social não será uma barreira na luta pelo respeito. “Queremos garantir mais proteção e amparo aos LGBTs”, afirma.
Uma das conquistas foi a inclusão da Parada do Orgulho LGBT de Brasília no calendário oficial de eventos do Distrito Federal. A Parada, que ocorre anualmente na capital federal e já conta com 23 edições, é considerada a terceira mais antiga do País.
A Sejus também destaca a assinatura do termo de adesão ao Pacto Nacional de Combate à LGBTfobia, ocorrido em 2019, durante a “III Solenidade em Homenagem às Pessoas Trans”, além da criação da portaria de atendimento à comunidade no sistema socioeducativo, que dispõe de tratamento e acolhimento adequado para os adolescentes LGBTs nas unidades, evitando que sejam vítimas de discriminação.
Destaca-se ainda a criação do Procedimento Operacional Padrão (POP) da Homotransfobia, que estabelece como deve ser o acolhimento e o tratamento da população LGBT nas Delegacias de Polícia.
A Sejus orienta a toda a população LGBT, que em caso de agressão por motivaçãoLGBTfóbica, a denúncia seja feita de forma presencial na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN).
Caso necessário, a denúncia também pode ser formalizada de forma anônima pelo telefone 197 ou pelo sitedelegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br. Em demais casos de violação de direitos humanos a denúncia pode ser feita no 162, no disque 100 ou acessando o site www.ouv.df.gov.br.