quinta-feira, 25 de junho de 2020

Educação amplia até 13 de julho período de acolhimento dos estudantes



Calendário escolar originalmente proposto será reformulado de forma a permitir que os estudantes da rede pública tenham mais tempo para se ambientarem

O secretário de Educação, Leandro Cruz, decidiu ampliar o período de acolhimento dos estudantes da rede pública até 13 de julho, a fim de que eles tenham mais tempo para se ambientarem melhor às aulas mediadas ofertadas pelo Escola em Casa DF, o programa feito pela Secretaria de Educação para fazer a travessia da pandemia até que as aulas presenciais possam ser retomadas. Em sua decisão, o secretário considerou o desejo da categoria dos professores. O calendário originalmente proposto será reformulado de forma a se readequar a esta decisão. Ele será divulgado oportunamente à comunidade escolar.
O esforço de escolas e professores para a retomada do ano letivo prossegue, com a única diferença de que as presenças não serão registradas a partir da próxima segunda-feira, 29/6, como previsto, mas só a partir de 14 de julho. As escolas e os professores devem manter sua agenda de reuniões de esclarecimentos dos estudantes e seus familiares, além de prosseguirem o mapeamento daqueles que ainda não compareceram, de forma a incluí-los no Escola em Casa DF.
O programa é inclusivo. Por isso, a Secretaria está empenhada em ampliar os acessos ao Google Sala de Aula pela internet. Na semana que vem vai lançar um aplicativo, desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), possibilitando o acesso dos estudantes sem Internet apenas com um telefone com chip ativo em seus celulares. Também estão em tratativas finais a contratação de um pacote de dados com cobrança reversa, além de canais de TV para a transmissão das teleaulas.
Os estudantes sem acesso localizados pelos mapeamentos feitos pelas escolas, seja por falta de equipamentos ou de sinal em suas regiões vão receber material impresso. A frequência e a avaliação serão feitas pelos professores por meio da realização de atividades. A Secretaria, no entanto, incentiva a escolha da plataforma, porque, diferente das opções impressa e das teleaulas, ela permite a interação com os professores.
Os gestores das escolas estão buscando soluções para que todos professores tenham acesso à internet e computadores. Os professores que tiverem problemas devem pedir apoio às regionais de ensino para uso de computadores ociosos neste período de teletrabalho, além dos equipamentos da rede das escolas com as aulas suspensas. A situação será avaliada caso a caso. Independentemente disso, os professores do grupo de risco receberão o equipamento para atuar em casa.
O período de acolhimento aos estudantes foi programado para que as escolas solucionem os problemas apresentados. Os estudantes devem procurar a unidade escolar onde estão matriculados para resolver os problemas apresentados. As unidades estão preparadas para auxiliá-los tirando dúvidas quanto ao acesso da plataforma e à distribuição dos materiais impressos e teleaulas.
* Com informação da Secretaria de Educação
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Novo ciclo de oficinas anima população de alojamentos temporários



Desta vez, 25 pessoas alojadas no Estádio Abadião foram contempladas. O objetivo é estimular a criatividade e aumentar a autoestima dessa população

Foto: Divulgação/Agência Brasília
Os participantes do projeto assistiram um filme e fizeram uma oficina de pintura. Foto: Divulgação/Agência Brasília
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) finalizou, nesta quarta-feira (24), mais uma fase do projeto Vivências Artísticas e Culturais, com oficinas e dinâmicas com apresentação de filme e debate junto à população em situação de rua. Desta vez, 25 pessoas alojadas no Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião) foram contemplados. O objetivo do projeto é estimular o potencial criativo e aumentar a autoestima da população em situação de rua alojada provisoriamente nos abrigos criados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por conta da pandemia motivada pelo novo coronavírus.
 
A próxima oficina ocorrerá no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Granja das Oliveiras, no Recanto das Emas, na próxima semana. A ação é uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
As atividades tiveram início nessa terça-feira (23) com a apresentação do filme O Melhor Fotógrafo do Mundo. Nesta quarta-feira (24), os participantes participaram de uma oficina de pintura. O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, diz que serão aplicados questionários para avaliar o impacto da iniciativa. “Queremos estimular a criatividade dessas pessoas por meio de atividades lúdicas. Além disso, com a aplicação de questionários, poderemos conhecer melhor o perfil destas pessoas, o que vai contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas na área de Segurança Pública”, disse o secretário.
Atividades
Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, as atividades desenvolvidas pelo projeto resgatam a cidadania dessas pessoas que estão em uma situação de vulnerabilidade social. “As aulas possibilitam que eles se expressem, coloquem seus sentimentos, melhorem a autoestima e confiança, resgata sonhos e, com isso, eles voltam a ter objetivo e metas para seguir suas vidas”, destaca.
O filme tem duração de 25 minutos e conta a história de um horticultor que não conseguiu realizar o sonho de ser fotógrafo. A escassez de dinheiro o impediu de comprar uma máquina fotográfica, mas não retirou dele o sonho de enxergar o mundo com outros olhos e compartilhá-lo com o filho. Logo depois, o diretor do filme, o cineasta e policial militar Fáuston da Silva, e os atores e também policiais Genivaldo Sampaio e Livia Fernandez – todos servidores da Secretaria de Segurança –debateram o tema com os participantes. A oficina de pintura foi conduzida pelo professor Herbet Vale.
“Durante as oficinas tivemos a oportunidade de ouvir essas pessoas e saber quais são os seus sonhos. Chamou a atenção o fato de quererem uma oportunidade de recomeço. Muitos demonstraram a vontade de serem artistas plásticos, outros com sonho de serem engenheiros, advogados ou simplesmente “bons pais””, contou Lívia.
A ação foi pensada por conta da representatividade que a SSP/DF possui no Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Distrital para a População em Situação de Rua – Ciamp/DF, por meio de sua Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec).
Pandemia
As oficinas seguiram as recomendações dos órgãos oficiais de saúde. Durante as aulas, para a segurança dos participantes e professores, as aulas foram ministradas para pequenos grupos. Além disso, todos utilizarão máscaras de proteção individual e farão a assepsia de mãos com uso de álcool gel.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Cirurgias eletivas serão suspensas durante o pico da pandemia



Medida começa no dia 29 de junho e termina em 10 de julho

Para garantir mais 14 leitos de UTI e reforçar os atendimentos gerais na rede pública durante o pico da pandemia, a Secretaria de Saúde pretende suspender temporariamente as cirurgias eletivas nos hospitais públicos, pelo período de 29 de junho até 10 de julho. A exceção será para os procedimentos oncológicos, cardiovasculares e transplantes, que continuarão sendo feitos normalmente.
De acordo com o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares, a medida foi divulgada em uma circular entre os gestores da pasta e será importante para assegurar uma retaguarda de leitos em um momento em que é esperado uma demanda maior nos hospitais.
“Todos os estudos epidemiológicos mostram que esse período entre o final de junho e início de julho é o que teremos mais casos de pacientes com Covid-19. Então, a procura à rede hospitalar vai ser maior. Com a medida, teremos 14 leitos de UTI geral reservados para cirurgias eletivas que vão poder apoiar a rede”, informou Ricardo Tavares.
Ainda segundo o gestor, cada hospital público tem entre dois a três leitos reservados às cirurgias eletivas. Além disso, as enfermarias cirúrgicas também podem ser utilizadas como suporte, caso seja necessário.
“Elas podem se tornar enfermarias de retaguarda para egressos de UTI. Por exemplo, pacientes que tiveram alta podem voltar às enfermarias, para termos um giro de leitos maior e não sobrecarregar o sistema de saúde, porque outras demandas vão continuar, como infarto ou AVC. As emergências também continuarão funcionando normalmente, com os politraumatismos”, explicou.
Remarcações
Assim, os pacientes com alguma cirurgia de menor gravidade agendada entre os dias 29 de junho e 10 de julho, como retirada de amígdala ou vesícula, por exemplo, serão remarcados para depois dessa data. Como são procedimentos de menor gravidade, será possível agendar para outro momento, avalia o secretário adjunto de Assistência à Saúde.
“Essa semana continua normal, para não ter prejuízo aos que já se programaram. Mas os que tinham algo na semana seguinte serão remarcados, pois são procedimentos que podem esperar. Como as cirurgias são reguladas, o próprio Complexo Regulador faz a marcação”, ressaltou Ricardo Tavares.
*Com informações Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA 

GDF investiu R$ 93 milhões em pesquisas no 1º semestre



Parte dos estudos se dedicou à propagação e ao tratamento do coronavírus. Em 2019, total destinado a outros trabalhos aumentou 64,5% em relação a 2018

Investir em pesquisas contribui para a evolução do conhecimento científico e acadêmico de um país e, essencialmente, desenvolve a saúde, segurança, educação e a economia, por exemplo, desta nação. Por isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem fomentado os estudos científicos na busca para solucionar as principais necessidades locais. De 2018 para 2019,  houve um aumento de 64,5% no total empenhado (confira abaixo). Até junho deste ano, já foram investidos R$ 93,4 milhões, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF) – vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O diretor-presidente da FAPDF, Alessandro Dantas, explica que a estratégia é ampliar a parceria com outros órgãos do governo e com setores acadêmicos e produtivos. “Especialmente nesse momento e após a pandemia, acreditamos que essa seja a melhor estratégia para superar crises, transformar Brasília em um polo gerador e irradiador de ciência, tecnologia e inovação”, ressalta. 
“É preciso seguir nessa linha de atuação que busca, cada vez mais, qualificar o investimento dos recursos destinados à CT&I, com ações que resultem em soluções efetivas para as necessidades do DF e que sejam geradoras de emprego, renda, inclusão social e digital não apenas para Brasília, como para a Ride [a região integrada de desenvolvimento do DF]”, reforça Dantas. 
Para Alessandro Dantas, o investimento em pesquisa também sinaliza aos jovens novas possibilidades de carreiras. “Gera desenvolvimento humano,  ao capacitar profissionais de alto nível em áreas cada vez mais estratégicas, e contribui para o desenvolvimento do setor produtivo, ao gerar soluções inovadoras e oferecer ao mercado local profissionais gabaritados em diversas áreas”, destaca.  
Coronavírus
Para conter a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, o governo local investe R$ 48 milhões em pesquisas. Além da FAPDF, fazem parte da parceria a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a Universidade de Brasília (UnB). 
O professor de epidemiologia da UnB Wildo Navegantes coordena um estudo para ampla testagem para a Covid-19, que começou em março. “A pesquisa vai permitir diferentes testes e diagnósticos –  além de sabermos quantas pessoas já foram infectadas. Com o resultado, será possível orientar o governo sobre a compra de exames e insumos, assim como a necessidade de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s)”, explica. “É importante o GDF incentivar estudos na capital, pois dessa forma teremos avanços na sociedade e o ajudaremos a tomar decisões”, comenta. 
Alessandro Dantas lembra também que feito um convênio com a Fiocruz para fomentar projetos de saúde digital para diagnóstico e tratamento da Covid-19. “Dentro do Programa Desafio-DF, acabamos de lançar uma chamada pública destinando R$ 8 milhões para seleção de projetos para implementação de centro integrado de inteligência, gestão e respostas a emergências epidemiológicas”, conta.
Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
No ano passado, a fundação investiu R$ 4,8 milhões na participação em eventos científicos, tecnológicos e de inovação – e ainda lançou três chamadas que contemplaram 83 pesquisadores. Para dar mais dinamicidade ao ecossistema de inovação do DF e para contribuir com o aprimoramento da educação local, a FAPDF lançou novos editais. A previsão de investimento é de R$ 39,8 milhões.
Com relação a convênios, foi firmada parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Ministério da Economia, para a implantação de um Centro de Segurança Cibernética com foco em empresas, instituições governamentais e operadoras de infraestruturas críticas. Com o Senai, a parceria é para a execução do projeto DF Mais Produtivo, cujo objetivo é a expansão das ações de aumento da produtividade nas empresas da capital por meio da metodologia do programa “Brasil Mais Produtivo”. 
Para qualificar profissionais em novas tecnologias, especialmente aquelas ligadas à indústria 4.0, e apoiar a inserção massiva destas tecnologias nos processos produtivos das empresas, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a FAPDF aderiram ao Programa InovaTech, também com o Senai. Ele terá duração de três anos e o valor global destinado de R$ 90 milhões.
Chefe do Departamento de Engenharia Elétrica (ENE) da Universidade de Brasília (UnB), Renato Borges, coordena a primeira missão espacial financiada pelo GDF. O Sistema Alfa Crux proporcionará soluções inovadoras no que se refere ao uso e aplicações de tecnologia de nano-satélites. Trata-se de um projeto de pesquisa e inovação com tarefas de alto nível como gerenciamento, planejamento, análise de riscos, e todas as fases do ciclo de vida de um projeto de tecnologia espacial.
Brasília tem capacidade de ser um grande polo do setor espacialRenato Borges, chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB
O docente lembra que além de apoiar a pesquisa, a FADF também possibilitou que ele apresentasse o projeto em encontros científicos fora do país. “Dessa forma, trocamos experiências. Brasília tem capacidade de ser um grande polo do setor espacial, pelas características, pelos ambientes inteligentes, por ser o centro do poder”, afirma. 
“O desenvolvimento do país se apoia em alguns pilares, como o papel do governo, dos centros de pesquisas e da iniciativa privada em relação à pesquisa científica. O Estado é importante para que a universidade entregue um bom trabalho e que a sociedade colha melhores serviços, consequentemente melhorando a qualidade de vida”, aponta Borges, doutor em engenharia elétrica. 
*Com informações da FAPDF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Para a maioria dos senadores, o novo marco legal vai melhorar o saneamento básico no país



Augusto Castro | 24/06/2020, 21h34
Durante a sessão deliberativa remota desta quarta-feira (24), a maioria dos senadores disse acreditar que a aprovação do novo marco legal do saneamento básico vai melhorar a realidade do país. Entretanto, vários senadores também se mostraram céticos com a efetividade da medida, principalmente em relação ao alcance das melhorias e à situação futura das empresas públicas de saneamento com a entrada da iniciativa privada. O PL 4.162/2019 foi aprovado com 65 votos favoráveis e 13 contrários e segue para sanção presidencial.
O relator do projeto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou que a modernização do sistema de saneamento básico brasileiro “é absolutamente necessária e urgente”. Ele ressaltou que, atualmente, cerca de 35 milhões de cidadãos não têm acesso a água tratada e mais de 100 milhões não são atendidos por coleta de esgoto.
— Metade da população brasileira! Essa precariedade de saneamento básico prejudica, fundamentalmente, os índices de desenvolvimento humano e resulta em imensos prejuízos, sociais — principalmente sociais – e econômicos. A Organização Mundial da Saúde estima que 15 mil pessoas morrem e 350 mil são internadas no Brasil todos os anos devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico, situação agravada pela pandemia da covid-19 — disse Tasso.
O líder do Podemos, senador Alvaro Dias (PR), afirmou que o sistema de saneamento básico do Brasil “é medieval”, o que faz com que milhões de brasileiros não tenham direito à saúde. O líder do PSDB, senador Roberto Rocha (MA), acrescentou que saneamento básico é um tema que tem ligação direta com a questão da saúde pública.

Sem dogmatismo

Já o líder do PT, senador Rogério Carvalho (SE), não queria votar o projeto por entender que o novo marco legal precisava ser mais bem debatido pelos senadores. Entretanto, ele disse ser a favor de um novo marco regulatório para o saneamento, com participação da iniciativa privada.
— Não me oponho ao investimento privado na área de saneamento. Acho que o investimento público e o investimento privado precisam acontecer simultaneamente, não há dogmatismo da nossa bancada em relação a esse tema. Mas a nossa avaliação é de que este debate deveria ocorrer um pouco mais para frente, no sistema normal de deliberação, tempo em que estaríamos no pós-pandemia, quando se apresentaria o cenário claro de que marco regulatório nós vamos precisar para garantir que vamos ter a universalização do saneamento básico — ponderou Rogério Carvalho.
Em sua avaliação, as mudanças previstas pelo projeto poderão gerar desvalorização das empresas públicas de saneamento, o que pode prejudicar o patrimônio dessas estatais.
Também contrário à aprovação do PL, o líder do PDT, senador Weverton (MA), entretanto, disse reconhecer que o tema é urgente, mas deveria ser discutido com mais profundidade nas comissões permanentes do Senado.
— Sabemos que, infelizmente quanto às cidades pequenas, principalmente do Norte e do Nordeste, esses investimentos não vão chegar, como foi aqui falado. É um projeto que vai beneficiar os grandes centros, claro, onde as grandes empresas têm interesse de investir, mas no entorno nós vamos continuar ainda à margem, ainda na dificuldade e, quem sabe, não sabemos ainda nem mensurar o prejuízo que vamos ter quanto à questão da tentativa de levar a política de saneamento de água para essas cidades menores e menos assistidas no país — afirmou Weverton.

Empresas públicas

O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) disse ter as mesmas preocupações de Rogério Carvalho e Weverton sobre a situação em que ficarão as empresas públicas de saneamento e sobre se a universalização do serviço vai mesmo chegar “aos rincões, aos grotões” do país.
Por sua vez, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), disse que o PL do novo marco regulatório do saneamento é um dos projetos mais importantes que já passou pelo Senado. Presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Contarato disse ser óbvio que o atual sistema de saneamento do país está falhando, já que mais de 100 milhões de cidadãos não têm coleta de esgoto e 35 milhões não têm acesso a água tratada.
— No meio ambiental, o equivalente a seis mil piscinas olímpicas de esgoto são jogados na natureza diuturnamente — disse Contarato.
O senador Telmário Mota (RR), líder do Pros, também registrou os grandes números de brasileiros que não têm água tratada e esgotamento sanitário em suas residências. Também líder partidário no Senado, o senador Major Olimpio (PSL-SP) disse que o Brasil está muitos anos atrasado na regulação do saneamento, medida esperada por mais de 100 milhões de pessoas.
O líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), afirmou que o saneamento básico é a área mais carente da infraestrutura brasileira e, por isso, um novo marco regulatório é necessário. Entretanto, ele advertiu que o Brasil tem enorme território, com estados que têm realidades completamente diferentes. Os estados do Amazonas e Pará, exemplificou, são muito grandes e têm população dispersa, o que mostra a necessidade de encarar o saneamento de forma regionalizada.
— Nós vamos, em medidas provisórias ou em projetos de lei autônomos, buscar as garantias que precisamos dar para que as pequenas cidades, mais pobres, com IDHs mais baixos, e que não terão atratividade econômico-financeira para o investimento privado, estas cidades possam receber, ou através da prefeitura, ou através do estado, de alguma maneira, pela política pública, investimentos para garantir a esses brasileiros acesso à água e ao esgotamento sanitário — acrescentou Eduardo Braga.

"Sessão histórica"

Conduzindo a votação remota direto de sala no Prodasen, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a votação do novo marco regulatório do saneamento mostra que a Casa “deseja diminuir as desigualdades em um momento de pandemia, de crise na saúde pública”.
— Saneamento é saúde; água tratada é vida; combater a covid é votar essa matéria, sancionar essa matéria e construir um Brasil mais promissor e mais justo — disse Davi ao pedir aos demais senadores que o projeto fosse aprovado sem modificações, para que pudesse seguir direto para sanção presidencial sem precisar voltar para a Câmara.
Para Davi Alcolumbre, a sessão foi histórica.
— Todos nós teremos guardada na memória, no coração e nos Anais desta Casa, esta sessão histórica remota, votando uma matéria aguardada há décadas por milhões de brasileiros. Água é vida; saúde é vida. E a matéria deliberada na sessão de hoje protege a vida dos brasileiros no momento histórico de pandemia, quando já mais de 53 mil brasileiros perderam as suas vidas — afirmou o presidente do Senado.

Desmatamento e destruição dos biomas

Líder do PSD, o senador Otto Alencar (BA) advertiu para a importância de o Brasil não permitir a destruição dos biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica.
— Porque, no momento em que se desmata, deixa-se de produzir água para alimentar os rios que nutrem as bacias e também as barragens para a distribuição de água. Isso é muito importante e o Congresso Nacional vai ter que fazer uma legislação para não permitir esse desmatamento desenfreado que está acontecendo no nosso país — alertou Otto Alencar.
Ele também ressaltou a necessidade de os parlamentares aprovarem projetos futuramente para dar garantias de subsistência e competitividade às empresas estatais de saneamento, para que elas não percam a capacidade de ofertar água nas regiões mais necessitadas.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse ter esperança de que o novo marco do saneamento poderá fazer com que o país consiga universalizar o serviço até 2033. O líder o DEM, senador Rodrigo Pacheco (MG), comemorou a votação.
— O marco legal do saneamento, agora, que permite a entrada da iniciativa privada para que haja o saneamento básico no Brasil, com universalização e acesso a todos os municípios e a todas as pessoas do Brasil, é algo realmente muito importante para a saúde pública, para a profilaxia, para a dignidade de pessoas que não têm acesso a esse saneamento — disse Rodrigo Pacheco.

Metas obrigatórias

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) registrou que o projeto prevê metas obrigatórias para as empresas de saneamento, públicas ou privadas, que serão fiscalizadas todos os anos pela Agência Nacional de Águas (ANA). A senadora citou dados segundo os quais a cada R$ 1 bilhão investidos na área, 60 mil postos de trabalho são gerados.
— Com essa situação, o poder público vai ficar dispensado desses investimentos, mas, ao mesmo tempo, vai ter recursos para poder investir na tarifa social, a exemplo da energia elétrica. Então, vai o dinheiro direto na veia de quem precisa. Em vez de o poder público fazer gratuitamente para todo mundo, e todo mundo ser beneficiado, até mesmo os mais ricos, nós vamos agora poder, com a tarifa social, fazer com que as pessoas mais humildes, com renda menor, possam ter essa tarifa, a exemplo da energia — disse Kátia Abreu.

Aumento de tarifas

Já o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) manifestou ceticismo quanto ao projeto. Em sua opinião, a privatização da empresa de energia elétrica de Roraima não deu bons resultados. Para ele, a privatização sanitária vai aumentar os valores da conta de água e da tarifa de esgotamento.
— A privatização resultou na demissão de centenas de servidores e na entrega de um patrimônio avaliado em mais de R$ 1 bilhão por míseros R$ 50 mil! Hoje, o roraimense paga a tarifa de energia mais cara do Brasil pelo pior serviço prestado pela empresa dos amigos do ex-senador Romero Jucá. O pior serviço de energia e o mais caro do Brasil são prestados no estado de Roraima. Não é difícil imaginar qual o destino que terá o setor de água e saneamento em nosso estado. A privatização vai entregar o filé para as empresas privadas, que é a capital, Boa Vista, mas o interior do estado ficará à mercê, sem água, sem saneamento básico e dependendo de investimentos públicos federais ou do estado, e sabemos que neste momento não há recursos disponíveis — afirmou Mecias de Jesus.

Retomada do crescimento

Por sua vez, o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a modernização do sistema de saneamento básico é urgente e necessário, mas os recursos públicos são insuficientes para garantir a universalização do serviço.
— O país atravessará uma dura crise em decorrência da pandemia, e a retomada do crescimento econômico passa por um forte programa de investimentos públicos e privados. Esse marco legal é bom para as empresas estaduais, é bom para o investimento privado, só não é bom para a empresa pública ineficiente. O objetivo desse projeto é ampliar os mecanismos que levem à expansão da rede, inclusive por meio da prestação regionalizada dos serviços. Esse é o caminho para recuperar o tempo perdido e modernizar um setor estratégico para alavancar a economia brasileira — disse Bezerra.
O senador Cid Gomes (PDT-CE) observou que, mesmo com um novo marco legal, o saneamento básico só vai ser universalizado se contar com maciços investimentos públicos, principalmente para garantir uma tarifa social para os menos favorecidos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado confirma para esta quinta-feira votação de projeto sobre fake news



Da Redação | 24/06/2020, 21h41
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou para esta quinta-feira (25) a votação do projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet (também conhecida como Lei das Fake News). Esse projeto visa combater a disseminação de notícias falsas pela internet e desestimular a manipulação de informações que possa provocar danos individuais ou coletivos.
É a quarta vez que o PL 2.630/2020, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) entra em pauta. O texto foi sucessivamente adiado para que o relator da matéria, senador Angelo Coronel (PSD-BA), pudesse fazer ajustes em seu relatório.
Também está na pauta da sessão deliberativa remota desta quinta-feira, que começa às 16h, a votação da Medida Provisória 923/2020, que autoriza o sorteio de prêmios pelas redes nacionais de televisão aberta. Conhecidos como telejogos, esses sorteios eram comuns na década de 1990, mas foram proibidos por decisão judicial em 1998. O senador Omar Aziz (PSD-AM) é o relator dessa medida provisória.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Davi Alcolumbre comemora aprovação de marco do saneamento



Da Redação | 24/06/2020, 21h53
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, comemorou a aprovação do novo marco legal do saneamento básico. O Projeto de Lei (PL) 4.162/2019, que cria esse marco legal, foi aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (24) e seguirá para a sanção presidencial. Além de prorrogar o prazo para o fim dos lixões, o texto facilita a privatização de estatais do setor, o que, segundo o presidente do Senado, vai melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros.
— Dar condições de acesso a água e esgoto, tão importantes para preservar a vida dos brasileiros, virá da iniciativa privada, com uma legislação que dá segurança jurídica e tranquilidade para investidores, que concilia essa necessidade e essa carência com mais recursos, mais investimentos, mais empregos e melhor qualidade de vida para os brasileiros — afirmou o presidente após a votação.
Para Davi, a aprovação do projeto é um marco na história do país e traz uma solução aguardada há décadas por milhões de brasileiros que não têm saneamento e água tratada em casa. O acesso ao saneamento básico, na visão do presidente do Senado, é ainda mais importante em tempos de pandemia.
O presidente do Senado declarou que a conquista é dividida com os 513 deputados federais e 81 senadores, que não fugiram à responsabilidade, em um debate republicano que rendeu a aprovação da matéria pela grande maioria. Ele agradeceu ao relator do texto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e disse que conversará com o presidente Jair Bolsonaro para que a sanção seja feita em um ato que marque a importância do texto.
— É preciso mostrar para a sociedade brasileira tudo o que a gente debateu no Parlamento de forma clara, franca e honesta. Não é só uma sanção, uma assinatura em um documento ou uma publicação. É uma virada de página na história do Brasil.

Fake News

Ele também confirmou para esta quinta-feira (25) a votação do projeto de lei de combate às notícias falsas (PL 2.630/2020). De acordo com o presidente do Senado, a liberdade de expressão não pode se confundir com a violência e as ameaças que milhares de pessoas sofrem todos os dias nas redes sociais. Para ele, o Senado precisa zelar pela proteção da liberdade da expressão, mas com um olhar atento às agressões.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado aprova novo marco legal do saneamento básico



Da Redação | 24/06/2020, 22h06
Em sessão remota nesta quarta-feira (24), o Senado aprovou o novo marco legal do saneamento básico (PL 4.162/2019). O projeto é de iniciativa do governo, foi aprovado em dezembro do ano passado na Câmara dos Deputados e agora segue para a sanção presidencial. A matéria baseia-se na Medida Provisória (MP) 868/2018, que perdeu a validade sem ter sua apreciação completada no Congresso Nacional em 2019. Assim, o governo enviou ao Legislativo um projeto com o mesmo tema.
O texto prorroga o prazo para o fim dos lixões, facilita a privatização de estatais do setor e extingue o modelo atual de contrato entre municípios e empresas estaduais de água e esgoto. Pelas regras em vigor, as companhias precisam obedecer a critérios de prestação e tarifação, mas podem atuar sem concorrência. O novo marco transforma os contratos em vigor em concessões com a empresa privada que vier a assumir a estatal. O texto também torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas.
acesso_saneamento.jpgForam apresentadas 86 emendas ao projeto. Mas o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), acatou apenas uma, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que torna mais precisa uma referência legal, sem alteração de mérito. Pelo projeto, os contratos deverão se comprometer com metas de universalização a serem cumpridas até o fim de 2033: cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto.
— Universalizar os serviços de água e esgoto até 2033 tem múltiplas dimensões. Saneamento tem efeito multiplicador na geração de empregos, saúde, educação e melhoria da qualidade de vida das pessoas — argumentou o relator.
De acordo com Tasso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, para cada R$ 1 investido em saneamento, gera-se uma economia de R$ 4 em gastos com saúde. A OMS também estima que, anualmente, 15 mil pessoas morram e 350 mil sejam internadas no Brasil devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico. O relator ainda destacou que a situação foi agravada pela pandemia do coronavírus. Segundo o senador, a atual crise torna ainda mais urgentes as mudanças propostas. Ele lembrou que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de coleta de esgoto.
— Essa modernização é absolutamente necessária e urgente. O modelo institucional do setor precisa ser otimizado de modo a superar os graves índices hoje observados no Brasil — declarou.

Vetos

O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), anunciou o compromisso do governo com três vetos. Um deles (art. 14, § 1º) é sobre o item que trata da alienação de controle de empresa estatal prestadora, que determina que a conversão de contrato de programa em contrato de concessão não necessariamente precisa do consentimento do titular. O senador Tasso Jereisatti havia pedido o veto desse ponto, por entender que a dispensa da anuência dos municípios não contribui para a evolução do marco regulatório.
O outro veto será colocado na previsão de que os loteadores possam ser reembolsados das despesas com infraestruturas que não se destinem exclusivamente a atender o próprio empreendimento, mas representem antecipação de investimentos de responsabilidade da prestadora dos serviços de saneamento (art. 7º). Nesse ponto, Tasso disse entender que o dispositivo é um desincentivo ao adensamento das cidades e poderia ser interpretado como enriquecimento sem causa dos loteadores.
Bezerra ainda confirmou que atendeu uma demanda do senador Major Olímpio (PSL-SP) para o veto do item que trata de delegação, convênios e instituição de fundos (art. 20). Ele ainda elogiou o trabalho de Tasso Jereissati e o entendimento entre as lideranças para a aprovação do texto final. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também exaltou o trabalho do relator e disse que o Senado viveu um momento histórico com a aprovação da matéria.
— É um importante projeto, que pode reduzir as desigualdades. Saneamento é saúde. Esse assunto está represado há pelo menos três décadas em nosso país — declarou Davi.
Antes do início da votação, houve uma questão de ordem, apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), para suspender a apreciação da matéria. O presidente Davi não acatou o questionamento e teve sua posição confirmada pelo Plenário. Por acordo, os destaques apresentados foram retirados e o projeto aprovado, com 65 votos a favor e 13 contrários.

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Contratos

Hoje, as cidades firmam acordos direto com empresas estaduais de água e esgoto, sob o chamado contrato de programa. Os contratos contêm regras de prestação e tarifação, mas permitem que as estatais assumam os serviços sem concorrência. O novo marco extingue esse modelo, transformando-o em contratos de concessão com a empresa privada que vier a assumir a estatal, e torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas.
Pelo projeto, os contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos e, até março de 2022, poderão ser prorrogados por 30 anos. No entanto, esses contratos deverão comprovar viabilidade econômico-financeira, ou seja, as empresas devem demonstrar que conseguem se manter por conta própria — via cobrança de tarifas e contratação de dívida.
Os contratos também deverão se comprometer com metas de universalização a serem cumpridas até o fim de 2033: cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto. Essas porcentagens são calculadas sobre a população da área atendida.
Outros critérios também deverão ser atendidos, como não interrupção dos serviços, redução de perdas e melhoria nos processos de tratamento. O cumprimento das metas será verificado periodicamente e as empresas que estiverem fora do padrão poderão sofrer sanções do órgão regulador federal, a Agência Nacional de Águas (ANA). Como sanção, essas empresas não poderão mais distribuir lucros e dividendos, se for o caso.

Blocos de municípios

Outra mudança se dará no atendimento aos pequenos municípios do interior, com poucos recursos e sem cobertura de saneamento. Hoje, o modelo funciona por meio de subsídio cruzado: as grandes cidades atendidas por uma mesma empresa ajudam a financiar a expansão do serviço nos municípios menores e mais afastados e nas periferias.
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Já o projeto aprovado determina, para esse atendimento, que os estados componham grupos ou blocos de municípios, que contratarão os serviços de forma coletiva. Municípios de um mesmo bloco não precisam ser vizinhos. O bloco, uma autarquia intermunicipal, não poderá fazer contrato de programa com estatais nem subdelegar o serviço sem licitação. A adesão é voluntária: uma cidade pode optar por não ingressar no bloco estabelecido e licitar sozinha.

Subsídios e lixões

Famílias de baixa renda poderão receber auxílios, como descontos na tarifa, para cobrir os custos do fornecimento dos serviços, e também poderão ter gratuidade na conexão à rede de esgoto. O projeto estende os prazos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) para que as cidades encerrem os lixões a céu aberto. O prazo agora vai do ano​ de 2021 (era até 2018), para capitais e suas regiões metropolitanas, até o ano de 2024 (era até 2021), para municípios com menos de 50 mil habitantes.

Papel federal

A regulação do saneamento básico vai ficar a cargo da ANA, mas o texto não elimina as agências reguladoras de água locais. O projeto exige que os municípios e os blocos de municípios implementem planos de saneamento básico e a União poderá oferecer apoio técnico e ajuda financeira para a tarefa. O apoio, no entanto, estará condicionado a uma série de regras, entre as quais, a adesão ao sistema de prestação regionalizada e à concessão ou licitação da prestação dos serviços, com a substituição dos contratos vigentes.
O projeto ainda torna ilimitada a participação da União em fundos de apoio à estruturação de parcerias público-privadas (PPPs), para facilitar a modalidade para os estados e municípios. Atualmente, o limite de participação do dinheiro federal nesses fundos é de R$ 180 milhões.
Para melhorar a articulação institucional entre os órgãos federais que atuam no setor, será criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico (Cisab), colegiado que, sob a presidência do Ministério do Desenvolvimento Regional, terá a finalidade de assegurar a implementação da política federal de saneamento básico e de coordenar a alocação de recursos financeiros.

 Tarifas

Os municípios e ​o Distrito Federal deverão passar a cobrar tarifas sobre outros serviços de asseio urbano, como poda de árvores, varrição de ruas e limpeza de estruturas de drenagem de água da chuva. Se não houver essa cobrança depois de um ano da aprovação da lei, isso será considerado renúncia de receita e o impacto orçamentário deverá ser demonstrado. Esses serviços também poderão integrar as concessões.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado