terça-feira, 23 de junho de 2020

Adiamento das eleições é realidade que se impõe, dizem senadores



Da Redação | 22/06/2020, 20h28
A necessidade de adiamento das eleições municipais, discutida em sessão temática nesta segunda-feira (22), foi o principal consenso entre os senadores que se manifestaram. Além da data das eleições, questões como a possibilidade de voto facultativo, a preocupação com as campanhas eleitorais em meio à pandemia e a prorrogação de mandatos foram lembradas no debate.
Também participaram da sessão temática o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso; especialistas em saúde e direito eleitoral; e representantes de prefeituras.
A votação para eleger novos prefeitos e vereadores está prevista para o primeiro e o último domingo de outubro, mas por conta da pandemia de covid-19, o pleito deve ser adiado. A proposta de emenda à Constituição que trata do adiamento (PEC 18/2020) deve ser votada no Plenário nesta terça-feira (23). Foi o relator da proposta, senador Weverton (PDT-MA), que sugeriu a sessão temática.
O relatório de Weverton deve ficar pronto na manhã de terça-feira. Ele afirmou que a construção do texto é feita com base nas necessidades urgentes impostas pela pandemia e não em mudanças permanentes na legislação eleitoral. Para Weverton, a PEC precisa focar no adiamento da data da eleição, deixando outras questões para um segundo momento.
— O nosso relatório será única e exclusivamente para o momento único que a nossa história está vivendo, e que espero, eu e todos nós, que seja apenas um momento para contarmos história no futuro, mas não se repetir novamente. Então, a construção dessa solução está sendo nessa direção — explicou o relator.

Inevitável

De acordo com o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a maioria dos líderes e dos parlamentares apoia o adiamento da votação. Ele admitiu que já existem prejuízos para o processo eleitoral, mas apontou que é essa a realidade que a pandemia impõe, já que não há controle sobre o futuro próximo da pandemia.
Para Eduardo Braga (MDB-AM) e Zenaide Maia (Pros-RN), o adiamento das eleições é uma necessidade. Segundo Braga, a mudança na data do pleito não era a vontade de nenhum dos senadores e deputados, mas sim uma realidade que se impõe e que o Congresso precisa enfrentar.
— Não é uma questão de nós querermos ou não. Está sendo imposta a nós uma decisão, e nós a faremos amanhã [terça-feira]. O mais importante de tudo isso é que nós estamos preservando o direito constitucional da periodicidade das eleições, fazendo com que seja assegurado o exercício democrático do cidadão brasileiro — disse Braga.
Esperidião Amin (PP-SC) apontou que é doloroso ter que adiar a eleição por conta da pandemia, mas disse que é preciso suprir lacunas. Nelsinho Trad (PSD-MS), por sua vez, ressaltou que a covid-19 mudou o mundo e a vida das pessoas. O senador por Mato Grosso do Sul, que foi contaminado com essa doença logo no início da pandemia, afirmou que o fato de o Brasil ser um país continental leva à necessidade de uma maior flexibilização na legislação eleitoral.

Campanhas

Vários senadores também demonstraram preocupação com a campanha eleitoral em um período atípico como o que o país vive. Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) lembrou que a campanha, especialmente para o cargo de vereador, é marcada por eventos que promovem o contato com outras pessoas, como almoços e reuniões. Para ele, é preciso pensar não apenas na data das eleições, mas também no risco de contágio nesses eventos.
— Eu não tenho grandes preocupações com o dia da eleição em si. Eu acho que aí nós podemos realmente tomar providências de forma a minimizar a questão do contágio. A minha grande preocupação está exatamente na campanha, e ela vai acontecer bem antes das eleições propriamente ditas — alertou Oriovisto, que defendeu um adiamento maior, para 2021.
A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) se somou ao questionamento feito pelo colega e também se disse preocupada com a maneira como serão feitas as campanhas eleitorais em meio a tantas restrições.
Ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) concorda com a recomendação para se evitar aglomerações, como é o caso de comícios e visitas dos candidatos às casas de eleitores. Por essa razão, segundo ele, surge a preocupação de que uma campanha feita basicamente em redes sociais, rádio e de televisão quebre a equidade na disputa eleitoral.
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) demonstrou preocupação com a possibilidade de um prazo muito curto entre o primeiro e o segundo turno. Para ele, é preciso que o eleitor tenha tempo para conhecer as ideias dos candidatos. As datas provavelmente só serão definidas depois da aprovação da proposta de adiamento, que deixará uma janela de tempo para que o pleito seja realizado.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, explicou que a campanha por meio de rádio, televisão e redes sociais está disciplinada em leis que valem para todo o país. Já as restrições ligadas ao isolamento e ao distanciamento social dependem de regras estaduais e municipais, ou seja: variam de acordo com o local do país.
O senador Weverton explicou que, como forma de evitar abusos, seu relatório deve sugerir a inclusão, na PEC, de uma regra para determinar que os atos de propaganda eleitoral não poderão ser limitados pela legislação municipal ou pela Justiça Eleitoral. Para que isso aconteça, será preciso fundamentar a decisão com parecer técnico prévio emitido por autoridade sanitária estadual ou nacional.
— Assim, você vai dar mais segurança para que os candidatos e todos possam livremente fazer a sua campanha, seguindo, claro, as normas sanitárias que vão ser divulgadas — informou.

Voto facultativo

Senadores também manifestaram apoio ao voto facultativo, em decorrência da pandemia. Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou ser favorável ao fim da obrigatoriedade do voto. Para ele, esse é um desejo antigo dos brasileiros, e o momento da pandemia pode servir como um teste.
— Este ano poderia ser um teste com relação a isso, até para preservar os idosos e as pessoas com comorbidades dessa pandemia. Eu acho que seria uma saída humanitária interessante, já que o Brasil é um dos poucos países do mundo onde o voto ainda é obrigatório — defendeu.
Médico e ex-ministro da saúde, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) também defendeu o voto facultativo em razão da pandemia. Ele lembrou que a função principal do poder público é fazer todo o esforço para preservar vidas.
— Apresentei uma emenda para que, somente nesta eleição, o voto seja facultativo para todos, até para nós dividirmos a responsabilidade, porque não é justo que nós coloquemos a vida de alguém em risco — argumentou Castro, autor de PEC 16/2020, que dá ao Tribunal Superior Eleitoral o poder de decidir as datas para as eleições municipais, entre 4 de outubro deste ano e 25 de abril do ano que vem.
Em resposta, Weverton disse que não poderia acatar a sugestão em sua PEC, pois a democracia brasileira ainda precisa de “um empurrão”. Ele sinalizou com uma anistia para quem não se sentir seguro e deixar de votar.

Divisão

Outra sugestão feita por senadores foi a divisão de cada turno das eleições em mais de um dia. Para Rose de Freitas (Podemos-ES), as votações deveriam ser feitas em dois dias por turno, com os dois turnos ocorrendo em dezembro. Izalci Lucas (PSDB-DF), por sua vez, argumentou que a divisão de cada votação em dois dias poderia prevenir grandes aglomerações, que ofereceriam um risco maior de contágio.
— Acho que amenizaria bastante se fosse possível realizar a eleição durante o sábado e o domingo para realmente não deixar aglomerar muita gente — alertou Izalci.
Em resposta, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, disse que há um problema no custo das eleições, já que um dia a mais de votação significaria R$ 191 milhões a mais para os cofres públicos. Ele também apontou que o TSE vai fazer uma campanha para evitar aglomerações, recomendando horários específicos para grupos de risco.
Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que eleição é a "festa de democracia", mas lembrou que não é possível deixar de lado a questão sanitária. Ela sugeriu postergar ao máximo possível as datas e também ampliar o horário de votação, para proteger os mais vulneráveis à doença.
— Estamos em um momento excepcional e precisamos buscar formas para que o processo ocorra de forma mais tranquila — declarou.

Questões regionais

O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) lembrou as diferenças do avanço da pandemia nas diferentes partes do Brasil. Ele ressaltou que há a possibilidade de  uma cidade estar com a situação controlada e outra com alto índice de contágio. O presidente do TSE afirmou que situações específicas poderão demandar ações específicas.
— Onde houver dramático risco para a saúde pública, vamos ouvir os médicos. O Tribunal Superior Eleitoral vai priorizar a saúde — explicou Barroso.
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) destacou que Mato Grosso vive uma situação específica, pois a Justiça Eleitoral determinou uma nova eleição para senador no estado, depois da cassação da ex-senadora Juíza Selma. Wellington ainda defendeu a coincidência de mandatos, com eleições para todos os cargos em uma mesma data, tema de uma proposta que apresentou (PEC 19/2020).
Paulo Paim (PT-RS), por sua vez, disse considerar que o Brasil está sem “timoneiro”, numa crítica à condução do presidente Jair Bolsonaro diante da crise de coronavírus.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Weverton diz que adiamento das eleições municipais é quase consenso



Carlos Penna Brescianini | 22/06/2020, 21h08
O relator da proposta de emenda à Constituição que adia as eleições municipais de 2020, senador Weverton Rocha (PDT-MA), declarou que não é mais possível realizar o primeiro turno desse pleito no dia 4 de outubro. Weverton, que nesta segunda-feira (22) presidiu a sessão de debates sobre o tema no Senado, avalia que o adiamento já é quase consenso. A questão, segundo ele, é o fechamento das datas do primeiro e do segundo turno entre novembro e dezembro.
— A questão do adiamento da data [do primeiro turno] para 15 de novembro é tranquila. Mas vi que vários líderes estão fazendo um apelo para que o segundo turno não ocorra em 29 de novembro, e sim em 6 de dezembro. Isso é uma dúvida que eu [como relator da PEC] ainda não resolvi. Temos também de ver a conveniência, devido às questões legais e políticas, dos prazos dos registros das candidaturas e das convenções.
O debate promovido pelo Senado nesta segunda-feira contou com a participação de epidemiologistas e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, entre outros.
Segundo Weverton, seu relatório sobre a PEC 18/2020 poderá ser entregue ainda na noite desta segunda-feira, após reunião com líderes partidários.
— Faço questão de manter essa transparência para podermos ter acordo com o máximo de líderes partidários. Vejo que ainda não está resolvida a possibilidade de instituir o voto facultativo para esta eleição, especificamente, devido à covid-19. Por enquanto, estou mantendo em meu relatório o voto obrigatório. Há uma predisposição do Senado em discutir uma eventual anistia aos eleitores que não possam comparecer devido à pandemia, entre o público de 60 a 70 anos de idade — afirmou.
Outro que ponto importante, de acordo com explicação dada por Weverton Rocha, é a data-limite de 27 de dezembro para a realização de eleições suplementares em municípios que tenham as eleições suspensas devido à pandemia.

Votação da PEC

Ao longo do debate desta segunda-feira, formou-se um consenso — entre os epidemiologistas presentes, o presidente do TSE, Luis Barroso, e os senadores — de que não será aceito colocar em risco a vida da população com a realização das eleições em outubro. Para Weverton, não há problema em relação à facilidade da promulgação da PEC, bastando o texto ser votado pela Câmara e pelo Senado.
— Se o Senado votar nesta terça-feira e encaminhar a PEC à Câmara na quarta-feira, sendo votado pelos deputados em seguida, não há problema algum de o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, promulgá-la já na quinta-feira. E, se for votada [pelas duas Casas] até sexta-feira, não há problema em ser promulgada no sábado. É necessário o Congresso Nacional resolver essas datas logo. Se o Senado votar o texto nesta terça-feira e em seguida, após o interstício, encaminhá-lo para a Câmara dos Deputados analisá-lo e votá-lo, estaremos garantindo a segurança jurídica do processo — argumentou Weverton.
O senador lembrou que na próxima semana começam a vencer os prazos eleitorais para desincompatibilização de comunicadores e de servidores públicos, caso as eleições não sejam adiadas. Também há limitações para os prefeitos participarem de inaugurações e realizarem alguns tipos de gastos. Por isso, avaliam parlamentares, a votação da PEC seria urgente.
— É preciso dar segurança jurídica para todo o processo. Por princípio, estamos apenas trabalhando em manter as mesmas proporcionalidades de tempos, apenas movimentando o calendário adiante — disse Weverton.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado vota nesta terça adiamento de eleições e medida provisória do Sistema S



Da Redação | 23/06/2020, 08h29
O Senado analisa em sessão remota nesta terça-feira (23) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2020, que adia as eleições municipais, inicialmente previstas para outubro, em decorrência da pandemia de coronavírus.
O relator da proposta, senador Weverton (PDT-MA), deve apresentar seu relatório até a manhã desta terça-feira. Ele quer reunir no parecer as sugestões feitas durante a sessão temática sobre o assunto realizada pelo Senado nesta segunda-feira (22). A sessão contou com a participação de especialistas em saúde e direito eleitoral, além do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
A PEC inclui o artigo 115 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para adiar as eleições deste ano para prefeito, vice-prefeito e vereador.
Apesar do adiamento, o fato de as eleições continuarem previstas para este ano garante que o período dos atuais mandatos e a data da posse dos eleitos permaneçam inalterados. Prefeito, vice-prefeito e vereadores têm mandato de quatro anos e tomam posse em 1º de janeiro.
A proposta torna sem efeito, somente para as eleições municipais deste ano, o artigo 16 da Constituição, segundo o qual qualquer lei que alterar o processo eleitoral só se aplicará à eleição que ocorrer após um ano de sua vigência.
Por acordo de líderes, os senadores devem votar os dois turnos da PEC na sessão desta terça-feira. Se aprovada, a proposta seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Sistema S

Além da PEC, os senadores vão apreciar também a Medida Provisória (MP) 932/2020, que, em seu texto original, corta pela metade a contribuição devida por empresas para financiar o Sistema S durante os meses de abril, maio e junho. Aprovada na Câmara como Projeto de Lei de Conversão 17/2020, a medida integra o pacote do governo federal para minimizar os impactos da pandemia de coronavírus na economia.
A MP original determina um corte de 50% dessas contribuições nos meses de abril, maio e junho, mas o projeto aprovado pela Câmara restringiu o corte aos meses de abril e maio, mantendo as contribuições no valor cheio em junho.
O Sistema S reúne um conjunto de entidades privadas vinculadas ao sistema sindical patronal responsável por aplicar recursos na formação profissional e na prestação de serviços sociais aos trabalhadores. As entidades são mantidas pelas contribuições, pagas compulsoriamente pelos empregadores, que incidem sobre a folha de salários com alíquotas variadas.
A medida alcança as contribuições cobradas pelas seguintes entidades: Sescoop (setor de cooperativas), Sesi e Senai (indústria), Sesc e Senac (comércio), Sest e Senat (transporte) e Senar (rural).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 22 de junho de 2020

CEB fará manutenção em três cidades nesta terça (23)



Por conta disso, Riacho Fundo, Sobradinho e Park Way ficarão sem energia entre às 8h40 e às 16h

A Companhia Energética de Brasília (CEB) fará a substituição de dois postes na AR 14 de Sobradinho, nesta terça-feira (23). Além disso, será feita manutenção preventiva de componentes elétricos. Por segurança, será necessário desligar a energia entre 8h40 e 16h, afetando o fornecimento nos conjuntos 18 e 20.
Também nesta terça, entre 8h40 e 16h, a CEB fará manutenção preventiva na rede elétrica da Colônia Agrícola Riacho Fundo e no Setor de Mansões Park Way. O serviço inclui poda de árvores. Será necessário interromper o fornecimento de energia durante os trabalhos.
Ficarão sem energia as chácaras 15 a 17 e da 33 a 36 da Colônia Agrícola Riacho Fundo e a Quadra 13, do Park Way, Conjunto 4/5 e chácaras 1 a 3, 9 a 11, 13 a 16, 19, 21-C, 22 a 24, 26, 28 e 29.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

HRSM tem odontologia exclusiva para pacientes com Covid-19



Profissionais fazem higienização bucal de internados na UTI e de pacientes menos graves

Pacientes em estado grave na UTI passam por higienização bucal frequente | Foto: Iges-DF
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) destinou três equipes de odontologia exclusivamente para fazer o atendimento diário de pacientes diagnosticados com a doença e internados na unidade. Referência para casos de Covid-19, o HRSM é administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
Apesar dos desafios e riscos enfrentados durante pandemia, a rotina de cuidados é diária. Os pacientes que estão em estado grave na UTI passam por higienização bucal frequente. Já os demais pacientes menos graves internados recebem devidamente a assistência em casos emergenciais.
No total, três cirurgiões-dentistas, sete residentes e seis técnicos de saúde bucal dividem-se em três grupos para fazer o atendimento no leito. Cada equipe assiste em torno de 30 pacientes por dia na UTI Covid-19.
“Quando o paciente está menos grave, mas precisa de assistência especializada, ele também tem acesso a duas salas da odontologia exclusivas e bloqueadas especificadamente para esse atendimento”, contou a técnica de higiene bucal Vanessa Araújo.
Cada vez que um paciente com Covid-19 é atendido, o espaço passa por desinfecção e é necessário aguardar três horas para o próximo atendimento. “Prestar o serviço de odontologia para esses pacientes demonstra o comprometimento do Hospital Regional de Santa Maria mesmo durante a pandemia”, ressaltou o superintendente do HRSM, Olavo Muller.
Entenda
O Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM passou por diversas adequações para manter todos os serviços funcionando durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A equipe faz atendimentos de urgência, centro-cirúrgico para trauma de face e cirurgia bucomaxilofacial, além do atendimento de pessoas com necessidades especiais e de pacientes internados na UTI.
A unidade conta com seis serviços. São eles o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Cirurgia Bucomaxilofacial/Deformidades de Face – Centro Cirúrgico (CC), Odontologia Hospitalar (OH), Odontologia Intensiva, Radiologia Odontológica e Pronto-Socorro.
| Foto: Iges-DF
A unidade conta com os seguintes ambulatórios de especialidades: endodontia, periodontia, cirurgia oral e estomatologia. Realiza também atendimento de pacientes com disfunção temparo-mandibular (DTM) e cirurgia bucomaxilofacial de pacientes com traumas e tumores faciais, bem como correção de deformidades de face.
Há também laserterapia, odontopediatria, ortodontia para cirurgia ortognática, atendimento de pacientes com deficiência, atendimento clínico e cirúrgico aos internados e com comprometimentos sistêmicos nas clínicas, no pronto-socorro e nas UTIs.
Outros serviços são a realização de radiografias odontológicas extra e intraorais com laudos e atendimento de urgências e emergências hospitalares e de trauma de face.
A unidade é referência em serviço para Região de Saúde Sul, em que as vagas são geridas pelo Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde, que executa o agendamento solicitado em unidades básicas de saúde (UBSs).

* Com informações do Iges-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Obras dos papa-entulhos em Santa Maria vão começar



Cidade receberá duas primeiras unidades para ajudar a manter as ruas limpas. A meta é levar serviço a 62 pontos do Distrito Federal 

Foto: Arquivo / Agência Brasília
O projeto de construção de dois papa-entulhos em Santa Maria passou por mais uma fase: a assinatura da ordem de serviço. A empresa contratada por R$ 421.353,09 tem prazo de 120 dias, contados a partir de 17 de junho, para erguer os equipamentos públicos que vão receber a entrega voluntária de materiais. A expectativa é que medida ajude a manter as ruas limpas, já que são recolhidos, em média, 60 toneladas por mês na região.
O modelo seguirá os padrões dos outros dez papa-entulhos já em funcionamento no Distrito Federal, que se alteram apenas conforme configurações dos terrenos. O contrato, assinado por um valor 19% menor que a estimativa inicial, vem de verba de emenda parlamentar paga com recursos do GDF. Os equipamentos serão erguidos na Fazenda Saia Velha e no Núcleo Rural Alagado, com gestão do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
Engenheiro do SLU, Edmundo Gadelha explica que, em cada ponto, serão instalados quatro contêineres, cada um com cinco metros cúbicos – equivalente a mil litros de capacidade –, para que os moradores despejem voluntariamente entulho, podas, volumosos, materiais recicláveis e óleo de cozinha usado. O período de descarte vai das 7h às 18h. Cada cidadão pode descartar até um metro cúbico de resíduo por dia, seja com contratação de carroceiros, seja com veículo próprio. 
“As instalações criam a possibilidade de que as pessoas possam levar esse material próximo de casas e não sejam descartados em qualquer lugar. Sabemos que mais de 80% do entulho produzido no DF é de pequenas reformas em casa. De quem ajeita um banheiro ou troca um piso, por exemplo”, diz o engenheiro Edmundo Gadelha. Em Santa Maria, o cercamento da área para início das obras deve acontecer nesta semana. 
Por qualidade de vida
Administrador Regional de Santa Maria, Renato Couto conta que esses espaços servirão para melhorar a qualidade de vida da população em forma de conscientização. “Identificamos que os locais onde serão instalados os papa-entulhos são os que tem maior número de descarte irregular de lixo e entulho, com grandes focos de dengue”, conta. 
De acordo com ele, são retirados das ruas da cidade cerca de 60 metros cúbicos de lixo e entulho por mês. “A comunidade, por falta de informações ou até falta de espaços como esses que ganharemos agora, acaba jogando rejeitos em lugares indevidos. Com os dois equipamentos, que serão os primeiros da cidade, conseguiremos melhorar um pouco esse costume”, planeja.  
Morador do Núcleo Rural Alagados há 12 anos, o pedreiro Marcelo Gonçalves aponta mais uma vantagem para a instalação. “A gente sabe que as coisas jogadas na rua juntam água e é lugar pro mosquito da dengue aparecer”, diz. Diagnosticado duas vezes com a doença transmitida pelo Aedes aegypti, ele espera redução dos riscos nas redondezas. 
Por todos os cantos
Hoje, há dez equipamentos em pleno funcionamento: Taguatinga, Planaltina, Gama, Guará, Asa Sul, dois em Brazlândia e três em Ceilândia. É possível identificar o papa-entulho mais próximo de casa no site do SLU. O uso para descarte é gratuito. Além de preservar o meio ambiente e manter a beleza da cidade, o cidadão evita o risco de ser flagrado pelos órgãos de fiscalização cometendo irregularidades. No primeiro trimestre deste ano, eles receberam 3.403 toneladas de resíduos. Em 2019, foram 8.659 mil quilos.  
A meta é instalar 62 pelo DF. “Quanto mais equipamentos espalhados, mais possibilidades há para a população, que sente que pode usar de forma fácil e segura. Precisamos oferecer isso para o cidadão”, diz o engenheiro do SLU, Edmundo Gadelha. Além de Santa Maria, a obra da unidade de Águas Claras está em fase final, aguardando apenas a instalação da subestação de energia elétrica para entrar em operação. 
No Recanto das Emas e no Paranoá, a licitação deve sair em breve. Aguardam a cessão de uso duas instalações no Jardim Botânico, duas no Park Way, uma no Lago Sul e outra no Guará I.  Além disso, dez áreas já têm permissão: Gama, Riacho Fundo I, Núcleo Bandeirante, São Sebastião, Paranoá, Estrutural, Varjão, duas em Sobradinho, e uma segunda unidade em Taguatinga. 
Não é permitido descartar nos papa-entulhos: resíduos domésticos (orgânicos e rejeitos); industriais; de serviços de saúde; eletrônicos; pneus; embalagens de agroquímicos; de produtos fitossanitários e de óleos lubrificantes; lâmpadas, pilhas e baterias; equipamentos ou materiais que tenham metais pesados; gesso; espelhos; vidros; amianto; tintas; solventes e tonner.
Confira a localização de cada papa-entulho em funcionamento: 
ASA SUL
  • Endereço: Núcleo de Limpeza de Brasília, Avenida das Nações (L4 Sul, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto Brasília Sul)
CEILÂNDIA
  • Endereço: Núcleo de Limpeza de Ceilândia – localizado na QNN 29 Módulos G a K Área Especial, próximo ao IESB
  • Endereço: QNP 28 Área Especial – P Sul s/nº Área da Usina do SLU (depois do Terminal Rodoviário do Setor P Sul)
  • Endereço: QNM 27, lote C – Pátio de Serviço da Administração Regional de Ceilândia
TAGUATINGA
  • Núcleo de Limpeza Urbana de Taguatinga – localizado na QNG 47 Área Especial nº 09
BRAZLÂNDIA
  • Núcleo de Limpeza de Brazlândia – localizado na Área Especial 02 Norte, Lote K, Setor Norte (próximo à 18ª Delegacia de Polícia)
  • Quadra 33, Área Especial nº 3, Vila São José, BR 430, Km 01, Sentido Capão da Onça – Rodeador
GAMA
  • Núcleo de Limpeza do Gama – Avenida Contorno localizado na Área Especial, Lote 02, Setor Norte (ao lado do Detran)
GUARÁ
  • SRIA IIA QE 25 Área Especial do CAVE (próximo à Feira Permanente)
PLANALTINA
  • Núcleo de Limpeza Urbana de Planaltina – localizado na Área Especial 02, lote 11/12 Setor Norte (próximo ao Batalhão da PMDF)
  • AGÊNCIA BRASÍLIA