sábado, 20 de junho de 2020

Agricultura, o caminho para o crescimento



Em um ano e meio, investimentos transformaram o setor capaz de levar a capital a outros patamares

O Distrito Federal é uma grande área rural e é possível provar isso com números. Quer ver só? O DF tem uma área total de 578 mil hectares, sendo que 404 mil deles estão na área rural, o que representa 70% do nosso território. Todo esse tamanho reforça a importância de um grande diamante, ou melhor, um grande campo a ser lapidado: a agricultura.
É isso que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem feito neste um ano e meio de gestão: investir em ações e melhorias no setor por acreditar que ele pode, sim, transformar o DF. 
Coordenada pela Secretaria de Agricultura (Seagri), as medidas tomadas vão desde a compra de alimentos, financiamento, doação de insumos e aparelhos, treinamentos no campo e liberação de crédito rural até a recuperação de estradas de terra e de canais de irrigação.
“A agricultura é, hoje, responsável pelo equilíbrio da balança comercial do Brasil. Juntos, vamos construir uma agricultura melhor, mais forte e mais robusta para o crescimento do DF”, afirma o secretário de Agricultura, Cândido Teles.

Conheça as medidas que colocam a agricultura na linha de frente no combate à crise provocada pela pandemia:


Plantando iniciativas, colhendo resultados

O trabalho no campo junto aos produtores é feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF). Em 2019, ela realizou o maior número de atendimentos ao público desde 2016. Foram 170.360 atendimentos no ano passado, entre cursos, oficinas, dias de campo e visitas destinadas a agricultores familiares e produtores patronais.

Acompanhe a evolução com o passar dos anos:

Uma das iniciativas de atendimento ao público da Emater é o projeto Filhos deste Solo. Ele oferece curso gratuito de empreendedorismo para jovens rurais com o objetivo de transformar ideias em negócios.
Criado em 2019, se espalhou por núcleos rurais acolhendo jovens com boas ideias e que pretendem permanecer ou empreender no campo para desenvolver sua própria empresa ou negócio.
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
A bióloga Yara Ballarini foi da primeira turma do projeto Filhos deste Solo e hoje produz cogumelos comestíveis e medicinais. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Foi a partir do projeto que nasceu a Caliandra Cogumelos, idealizada pela bióloga Yara Ballarini.
Ela participou da primeira turma do Filhos deste Solo e atualmente produz cogumelos comestíveis e medicinais.
“Sempre fui apaixonada por sustentabilidade e conservação do meio ambiente. Apareceu essa oportunidade do cogumelo e vi que poderia juntar essas duas coisas. Já o curso foi ano passado, fiz no IFB de Planaltina. Foi muito legal porque foi a primeira vez que eu vi um curso de empreendedorismo voltado para o meio rural”, conta Yara.
“A gente sabe que o meio rural tem as suas particularidades, o seu tempo, não é de uma hora para outra. Tem toda uma lógica voltada para o campo e esse curso tinha essa lógica. Por isso, eu gostei tanto. Foi legal que tive todo o suporte da Emater, e ainda estou tendo”, complementa a empreendedora.

Conheça essa história:

Ceasa se vacina contra a crise

Manter as vendas e investir em tempos de pandemia é uma tarefa que se tornou ainda mais difícil. No entanto, há quem contrarie essa linha, assumindo um protagonismo no enfrentamento à crise. A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) tem provado, com diferentes iniciativas, que o coronavírus não vai derrubar um dos locais favoritos do brasiliense para comprar alimentos e insumos frescos.
A Ceasa tem procurado investir e tem feito investimento alto em nome da comunidade, do melhor atendimento ao produtor rural e ao grande atacadista, também. O que queremos é criar mais espaços para a comercialização porque a agricultura é a sustentação do nosso país.Onélio Teles, presidente da Ceasa-DF
Desde a chegada do coronavírus ao DF em março – quando foi confirmado o primeiro caso na região –, a venda de alimentos no local se manteve dentro da normalidade. Na Ceasa, produtos com origem do Distrito Federal aumentaram as vendas em 13% de fevereiro para março e em 3% de março para abril. Até 26 de maio, foram comercializados 22, toneladas de alimentos.
O desempenho do Mercado Livre do Produtor, a popular Pedra, também é positivo. Em 2017, eram 480 produtores ocupando o espaço, número que passou para 520 em 2019 e que vai atingir 553 em junho, com os novos contemplados. A Pedra ou Mercado Livre é o coração da Ceasa, onde os produtos são comercializados às terças e quintas-feiras.
Já a quantidade de feirantes do Varejão se manteve estável em 198 ocupantes, comprovando que as atividades por lá não foram arruinadas pela Covid-19.

Ampliação da área

Aliado aos dados estáveis de volumes comercializados em 2020, a Ceasa-DF investiu R$ 22 milhões – com recursos da própria receita – na construção de três novos pavilhões. Dois deles são compostos de 18 boxes de 288m² cada, e um outro pavilhão com cinco boxes de 233m², cada. Os três boxes possuem pé direito de 10,5m de altura, o que permite a estocagem vertical, ou seja, mais mercadorias utilizando menos espaço.
Luciano Vilela é um dos permissionários desses novos pavilhões. Nascido e criado na Ceasa, o proprietário da empresa Banco de Caixas está animado. “Esses pavilhões representam uma ampliação das atividades dos permissionários que aqui estão e de novos mercados que são criados, novas demandas em relação à modernidade desses pavilhões. Eles são um prelúdio do que é uma Ceasa moderna”, conta Vilela.

Conheça a história dele e dos novos pavilhões:

Investimento e quitação de dívidas

Toda essa ampliação da Ceasa, que pode ser vista de longe por quem cruza a Estrutural, por exemplo, e de perto por quem visita o local, conta com apoio em outra ponta: das finanças.
Em um esforço concentrado da diretoria financeira nos últimos seis meses, a empresa quitou dívidas contraídas em gestões anteriores, buscou o equilíbrio e realizou, com recursos próprios, investimentos, obras de melhorias e revitalização na ordem de R$ 7.192.663,79. Atuação que traz retorno de caixa no curto prazo.
No primeiro semestre de 2019, a Ceasa teve uma arrecadação de R$ 19.342.630,58, o que representa um aumento de 48,16% em relação ao montante arrecadado no mesmo período de 2018.
A Ceasa-DF também focou no controle da inadimplência, que teve redução de 32%, o que significa um maior equilíbrio das contas e maior efetividade na arrecadação.
Outra frente bem-sucedida da Ceasa é o Banco de Alimentos, responsável pelo combate à insegurança alimentar, que é a falta de acesso aos alimentos por parte da população. O desempenho em 2019 fez com que esse braço da Ceasa-DF ganhasse novas frentes.
No ano passado, as doações chegaram a 1 tonelada, sendo mais de 500 kg de alimentos doados por meio do eixo de Aquisição; mais de 300 kg pelo eixo Desperdício Zero e mais de 100 kg de alimentos a partir do eixo de Doação Solidária, promovido a partir de parceria com empresas do setor público e privado da capital.
Agora em 2020, devido às diversas parcerias e ao aumento significativo de doações, o Banco de Alimentos estendeu seu atendimento para além das instituições, assistindo, também, famílias em situação de vulnerabilidade alimentar. Ainda houve incremento no número de instituições cadastradas. 
Neste ano, foram 222,5 toneladas de alimentos distribuídos. Em abril, destaque para o Eixo Doação Solidária, responsável por 45,1 toneladas deste montante.
Outra novidade é que o Banco de Alimentos passou a doar proteína animal. O gesto partiu de um ato solidário da Associação de Criadores de carne suína, DFSUIN e Sindsuínos com donativo de 1,5 tonelada de carne suína. Além disso, no início deste ano, a partir da parceria com a Secretaria de Esportes do Distrito Federal, foram arrecadados, na Corrida de Reis, 58 toneladas de alimentos não perecíveis que foram repassados para as instituições atendidas pelo Banco de Alimentos.
agência brasília 

Mutirão limpa e higieniza Setor Comercial Sul



Região recebeu carro fumacê, reforma em calçadas e retirada de lixo e entulho, além de doação de duas mil máscaras, entre outras ações

Foto: Divulgação
Vários órgãos do GDF participaram da ação, como o SLU. Foto: Divulgação
Pela segunda vez neste mês, o Setor Comercial Sul (SCS) recebeu várias ações do Governo do Distrito Federal (GDF). O programa Sanear-DF higienizou e sanitizou os corredores e plataformas do local para reforçar o combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus. Para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – o Aedes aegypti – o carro fumacê também percorreu ruas e praças. 
Gerente de uma ótica da região, Antônio Leocy, 25 anos, comentou que o local estava precisando desses serviços. “Principalmente por causa do coronavírus e da dengue”, reforça. “Desde que foram retomadas as atividades do comércio aqui, o GDF higieniza e sanitiza duas ou três vezes por semana”, lembra.  
Em parceria com o programa GDF Presente, a operação trabalhou na manutenção e reconstrução de oito bocas de lobos e, ainda, reformou calçadas em frente ao posto policial. Com o apoio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), foram retirados oito caminhões de lixo e entulho. Ao mesmo tempo, os garis varreram e lavaram os becos do subsolo e calçadas, além de pintar os meios-fios. 
Laís Moura, 29 anos, gerente há uma ano de uma loja de joias, aprovou a operação do governo local. “Por ser uma área central e ter muita gente circulando, precisávamos desse tipo de ação”, ressalta. Dessa forma, nos sentimos mais protegidos contra o coronavírus e a dengue”, garante. 
A chefe da Unidade de Projetos da Secretaria de Governo (Segov), Beth Guilherme, explica que o objetivo foi desinfectar uma região que tem muitos comércios e grande circulação de pessoas. “O movimento no Setor Comercial Sul é grande. A meta é garantir que as lojas funcionem com segurança”, destaca. 
População vulnerável 
Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) abordou pessoas em situação de rua para orientar sobre os serviços oferecidos pela pasta, principalmente neste período de frio, além de distribuir duas mil máscaras. A ação contou com a ajuda da Administração Regional do Plano Piloto, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Cerca de 60 pessoas participaram da operação. 
Em abril deste ano, as ruas do Setor Comercial Sul receberam uma limpeza reforçada, em parceria da Defesa Civil e do SLU. O objetivo foi diminuir o risco de contaminação por Covid-19 da população em situação de rua. Segundo a Sedes, mais de 300 pessoas vivem em situação vulnerável na área central do Plano Piloto. 
agência brasília 

Visita virtual é implementada na Penitenciária Feminina



Ligações de vídeo, por meio de WhatsApp instalado em tablets, serão realizadas de segunda a sexta-feira

Novo formato de visita será estendido aos demais presídios | Foto: Secretaria de Segurança Pública
A partir desta sexta-feira (19), internas que cumprem pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) passam a contar com mais uma forma de contato com familiares: a visita virtual. A medida foi implementada de forma pioneira na unidade prisional, pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), para viabilizar o contato de familiares e amigos com internos durante a suspensão das visitas – medida adotada como parte das ações de combate à pandemia de Covid-19.
O novo formato de visita será estendido aos demais presídios. A medida foi uma iniciativa conjunta entre Seap, o Ministério Público, a Vara de Execução Penal (VEP) e o Departamento Penitenciário (Depen). Internos da Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) também terão acesso ao novo formato de comunicação.
As ligações de vídeo, por meio do aplicativo WhatsApp instalado em tablets, serão realizadas de segunda a sexta-feira. Diariamente poderão ser realizadas até trinta ligações, de três minutos cada uma. O agendamento ocorre após indicação do interno ou interna sobre o familiar ou amigo cadastrado e autorizado como visitante.
“Esta é mais uma forma de minimizarmos a suspensão das visitas. Já havíamos implementado o envio de mensagens por meio de nosso site. Agora estamos viabilizando mais este meio de comunicação. O contato com os familiares serão acompanhados por policiais penais da unidade”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, o delegado Adval Cardoso.
Antes da ligação ser realizada será feito um contato prévio com o familiar ou amigo cadastrado. Mas o objetivo é disponibilizar os horários por meio do site da pasta. “Por isso é tão importante que o cadastro do visitante esteja atualizado, mesmo com a suspensão das visitas presenciais”, acrescentou o secretário.
Trabalho conjunto
Representantes do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri/MPDFT), da VEP e do Depen acompanharam a demonstração das visitas virtuais, na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF). As ligações serão realizadas por meio dos cinco tablets entregues pelo Depen à Seap. A doação foi resultado das tratativas do MPDFT e da VEP para diminuir o impacto da suspensão das visitas durante a pandemia de Covid-19.
Atualmente há 654 detentos na PFDF, entre os quais 547 mulheres e mais 107 pessoas de ambos os gêneros na ala de tratamento psiquiátrico. Até o momento não há registro de caso de coronavírus na unidade.
Para a juíza da VEP, Leila Cury, a implementação da visita virtual é um alento para familiares e reeducandos. “Quando falamos que a visita será virtual nos remete a algo frio, pois será feita por meio de máquinas. Mas, diante deste cenário pandêmico, é imprescindível o uso desses equipamentos para aproximação. A aproximação entre familiares e reeducandos é essencial para ambos. Acompanhamos as primeiras visitas virtuais hoje e foi muito emocionante”, relatou Leila.
Mais perto
A nova modalidade agradou as sentenciadas. Para uma delas, que fez a ligação para a filha, esta é uma forma de estar mais perto da família. “Esta é uma oportunidade de olharmos para nossos familiares e ver que realmente está tudo bem, pois desde da suspensão das visitas o contato tem sido feito por meio de cartas. Só posso agradecer”, afirmou.
Em abril, a Seap passou a disponibilizar um canal para troca de mensagens entre familiares e internos em abril, por meio do link do cadastro de visitantes. O familiar ou amigo cadastrado acessa o mesmo link em que retira senhas para realizar visitas.
Após confirmação de dados será aberto um espaço para incluir as informações. A mensagem será impressa e entregue ao interno, pela equipe do Núcleo de Visitas de cada unidade prisional, e poderá responder à mensagem.
Reeducandos em quarentena ou contaminados pela Covid-19 também estão contemplados com a medida. Independentemente das mensagens, as informações do estado de saúde de cada um continuam a ser repassadas às famílias por meio das equipes das unidades prisionais.

* Com informações da Secretaria de Segurança Pública
agência brasília

“Generais não sabem fazer saúde”, afirma Mandetta sobre Saúde

POLÍTICA
Além de militarização da pasta, ex-ministro aborda retomada econômica, amizade com Moro e carreira na política
Agência Brasil/Marcello Casal JR"Vai que rola" , diz Mandetta sobre possível candidatura para presidência em 2022

Em nova entrevista concedida à AFP, Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde, voltou a comentar a ocupação de militares no Ministério da Saúde diante da pandemia, classificando-a como “decepcionante”. No meio da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu Mandetta por discordâncias sobre o combate ao vírus.

Em nova entrevista concedida à AFP, Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde, voltou a comentar a ocupação de militares no Ministério da Saúde diante da pandemia, classificando-a como “decepcionante”. No meio da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu Mandetta por discordâncias sobre o combate ao vírus .

Com suas ações de combate à Covid-19, a imagem de Mandetta ganhou muita força política e credibilidade entre autoridades. Ele comentou brevemente sobre um futuro seu na política, diz que é amigo do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e avaliou a retomada econômica dos estados.

Mandetta revela ainda que nem o sucessor na pasta, Nelson Teich, e o atual ministro interino, Eduardo Pazuello , tentaram contato com ele durante suas gestões. Pazuello, que é general, chegou a nomear mais de vinte militares para cargos na Saúde , o que Mandetta enxerga como uma “perda de credibilidade”.

Mesmo seguindo uma ordem em que não pode falar publicamente sobre a pandemia até outubro deste ano, o médico afirma que tem ajudado outros estados de maneira voluntária.

Dados oficiais

Nas últimas semanas, os dados oficiais do Ministério da Saúde são vistos com descrença, já que o órgão, há algumas semanas, parou de exibir os casos e óbitos por Covid-19 em sua totalidade , mantendo no registro oficial apenas os dados das últimas 24 horas.

“Toda vez que você muda a metodologia de número, aquilo quebra a confiança da população”, explicou Mandetta à AFP. A questão, segundo ele, não é afirmar se há credibilidade, mas avaliar a postura da pasta “junto a entidades e à sociedade civil”.

“É lastimável eles terem perdido a credibilidade que foi construída com base em números, transparência e divulgação plena à sociedade”, lamentou.

Militares na Saúde

Mandetta usa as palavras “decepcionante” e “chato” para definir a decisão de Bolsonaro de entregar a pasta à ala militar. “Os médicos não sabem fazer guerra e os generais não sabem fazer saúde”, disse o ex-ministro. “A história vai dizer, os números vão dizer, desde que se tenha clareza e que não haja censura a eles”, continuou.

Ele comentou ainda a alteração no protocolo do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 , permitida por Pazuello. Mandetta foi relutante ao fazer essa mudança, já que a hidroxicloroquina, até hoje, não é garantida pela ciência como eficaz contra a doença.

“Não é uma questão de torcer a favor ou contra. Vemos aqui uma estratégia militar nesse tipo de publicação, quando um presidente capitão propõe e um ministro general publica esse protocolo. Me parece o mais próximo de um estudo às cegas. Eles são duas pessoas que não têm nenhum compromisso com a área da saúde, eles têm compromisso com a área política e da lógica militar. Infelizmente o ministério da Saúde hoje não exerce hoje uma função de gestão da saúde, é um ministério sob ocupação militar e de números militares”, disse Mandetta.

A atual situação da pandemia no Brasil

Segundo Mandetta, o pior já passou para estados como Manaus e Belém do Pará. Ele analisa que São Paulo e Rio de Janeiro podem estar entrando em um platô, mas reconhece que os casos estão crescendo em Minas Gerais, que sofre com a interiorização da doença e  pretende decretar lockdown em alguns pontos.

O médico afirma ainda que só agora o novo coronavírus ganhou força no Centro-Oeste, mas ainda não chegou ao Sul. “Se você fala do Brasil como um todo, a epidemia só poderá ser analisada com a estabilização da curva em todas as regiões, o que deve ocorrer no final de agosto ou no início de setembro”, analisou.

Segundo ele, o que tem segurado as pontas é o Sistema Único de Saúde (SUS). Mandetta argumentou que o Brasil não teve óbitos por desassistência. Logo, o sistema de saúde público tem conseguido dar conta dos atendimentos. “Se olhamos na relação de óbitos por milhão, o Brasil guarda uma posição mediana”, disse.

Retomada econômica

Mandetta critica o fato de a decisão da reaberturas estar nas mãos de gestores municipais e estaduais, o que acontece justamente pela falta de um ministro. Por conta das eleições, os prefeitos estariam se posicionando de acordo com o calendário eleitoral.

“Se permanecerem fechados por mais tempo, os empresários, cultos e comércios reclamariam que o fechamento os prejudicava. Se liberassem muito precocemente superlotariam seus hospitais. Logo, essa decisão é tomada de maneira assimétrica”, afirmou.

O ex-ministro diz que alguns estados têm melhor assistência que outros. “É um país de muito contraste. Vamos ver com o tempo como as coisas vão se dar.”

Futuro na política

Mandetta afirmou que conversa com Sérgio Moro e que os dois têm um laço de amizade. “Me dou bem com ele”, disse. Ele diz ainda que ambos veem “dever como cidadão” em participar “ativamente” das próximas eleições presidenciais em 2022.

Desta forma, o ex-ministro da Saúde vê uma chance de “fortalecer a democracia brasileira” e que “com certeza” participará das eleições de 2022. Questionado se não há nada descartado, Mandetta confirma que não. “Vai que rola”.


Fonte: Último Segundo






















































sexta-feira, 19 de junho de 2020

Covid-19: após receber alta, secretário de Governo do DF volta a hospital

DF

José Humberto Pires foi diagnosticado com a doença na terça-feira (16/06), quando acabou internado no DF Star e recebeu alta logo depois

GS1 BRASIL/FLICKR

Com diagnóstico positivo para o novo coronavírus desde a última terça-feira, quando foi internado e recebeu alta, o secretário de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires, retornou ao Hospital DF Star na tarde desta sexta-feira (19/06). A primeira internação foi revelada pela coluna Grande Angular, do Metrópoles.

A reportagem apurou que a nova internação é preventiva, já que os sintomas da doença voltaram nos últimos dias. O quadro é considerado estável.

Outros integrantes do primeiro escalão do Governo do Distrito Federal (GDF) tiveram diagnóstico positivo para coronavírus.

O vice-governador do DF, Paco Britto (Avante), também está com a Covid-19. Paco foi internado no Hospital DF Star nesse domingo (14/06), após apresentar fortes dores de cabeça. Ele segue internado, com bom quadro de saúde.

Tratamento

O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Julian Rocha Pontes, teve resultado positivo para a doença no dia 9 de junho. Segundo a corporação, o chefe da PMDF “está em tratamento e evoluindo bem”.

No final de maio, o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev), Ney Ferraz Júnior, foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ferraz se recuperou da Covid-19 em casa.


Soja transgênica reina no MS e apenas 7,3% do plantio é do grão convencional


AGRO

Quatro estados produzem 87,5% da área de soja convencional, Mato Grosso, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul são os maiores

Mato Grosso do Sul cultivou 3,2 milhões de hectares na última safra (Divulgação)
A soja transgênica encontrou campos férteis e reina quase que absoluta no solo sul-mato-grossense. Pelo menos é o que aponta levantamento realizado pelo Instituto Soja Livre, que mostra que na última safra, Mato Grosso do Sul cultivou 85,5 mil hectares (7,3%) dO grão não transgênico.
A produção de soja convencional vem diminuindo no Brasil desde a introdução das sementes geneticamente modificadas. A soja livre de transgenia, porém, traz vantagens aos produtores rurais interessados em nichos de mercado e em se manterem livres para escolher quais variedades e produtos usar em suas lavouras.

Mato Grosso é o principal produtor de soja convencional do País, utilizando 602,2 mil hectares para estas cultivares, o que significa 52,8% do total da área destinada para estas cultivares. Em seguida vem o Paraná, com 206,3 mil hectares (17,8%), Goiás com 113,4 mil hectares (9,6%)

Os estados de Roraima, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal, São Paulo, Maranhão, Bahia, Santa Catarina e Pará representam 12,6% da área total plantada com soja convencional.

Pequenos - O presidente do Instituto Soja Livre, Endrigo Dalcin, ressalta que cada estado tem a sua particularidade e afirma que os pequenos e médios produtores têm mantido a produção de soja convencional e conseguido renda extra e que há mercado internacional para o produto.

“Precisamos de prêmios firmes para que o agricultor brasileiro continue e volte a plantar soja convencional. Sabemos que pode trazer mais renda para os produtores rurais nas pequenas e médias propriedades”, diz Dalcin.

O Brasil cultivou na safra 2019/20 cerca de 1,5 milhão de hectares de soja convencional com produção de 5,1 milhões de toneladas. Mato Grosso ocupou metade desta área, produzindo 2 milhões de toneladas de soja sem modificação genética.

O Instituto Soja Livre trabalha com a FoodChain ID, empresa que faz certificações internacionais para a soja. O objetivo é que, em médio prazo, a soja convencional brasileira possa ser certificada e consiga livre acesso aos mercados europeus e também chinês.
Para Augusto Freire, da FoodChain ID, o mercado internacional varia bastante em relação ao abastecimento com soja convencional. “A Índia é um grande país produtor de soja convencional e abastece muitos países europeus, por isso há anos que o prêmio é melhor e outros, pior. Buscamos a certificação porque será um grande diferencial em relação a este concorrente que não tem preocupação com sustentabilidade, por exemplo”.

Outro mercado focal da soja convencional brasileira é o chinês. Freire explica que a classe média chinesa é maior que toda a população brasileira e têm interesse em produtores livres de transgênicos para consumo humano.

“Quando este mercado engrenar será um grande salto para a nossa produção e já existem projetos pilotos de embarque de conteiners para a China. Precisamos informar isso aos europeus e exigir que voltem a fazer contratos de longo prazo com os produtores brasileiros com prêmios atrativos”, conclui.
Por Rosana Siqueira | 16/06/2020 16:05
 - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Embrapa orienta sobre controle da mela em feijão-vagem




Embrapa orienta sobre controle da mela em feijão-vagem - Notícias ...



O comunicado técnico Mela em feijão-vagem, que a Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) acaba de disponibilizar ao público, permite aos produtores e extensionistas identificarem e controlarem de maneira adequada uma das doenças que mais causa prejuízos nas lavouras de vagem, hortaliça bastante cultivada no Brasil.
Originário das Américas do Sul e Central, o feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.), é rico em fibras e quantidades expressivas de vitaminas B1 e B2, além de apresentar fósforo, flúor, potássio, cálcio, ferro e vitaminas A e C. Como ainda não existe cultivar (variedade melhorada por método científico) de vagem resistente à mela – doença também conhecida como murcha da teia micélica – a principal medida de controle recomendada é a prevenção. Acesse a publicação.
Estudos já revelaram que as doenças do feijão-vagem são causadas principalmente por fungos, bactéria e vírus. No caso da mela, o patógeno (agente causal da doença) é o fungo Rhizoctonia solani (=Thanatephorus cucumeris). Em 2019, foram identificados sintomas da doença em feijão-vagem no estado do Pará causados por R. solani com características de ramificação específicas (associadas ao grupo de anastomose AGI-1).
O fungo da mela nas plantas de feijão-vagem é um micro-organismo que pode sobreviver anos no solo, disseminando-se por meio de sementes infestadas, do próprio patógeno já estabelecido no solo e de restos das culturas. Existe o risco de epidemias ocorrerem em período de alta pluviosidade (muita chuva), umidade relativa e temperaturas elevadas.
Manejo preventivo
“Precisamos evitar que o agente causador da doença entre na área de cultivo, e isso podemos fazer por meio do uso de sementes sadias. Porém, se o fungo já se estabeleceu, conseguimos reduzir sua presença no campo com práticas de manejo adequadas, eliminando os restos culturais após a última colheita e fazendo rotação de culturas, com milho e sorgo por exemplo”, alerta a pesquisadora Alessandra de Jesus Boari, da Embrapa Amazônia Oriental, uma das quatro autoras do comunicado técnico.
A pesquisadora também orienta que o cultivo seja feito em período de baixa pluviosidade (pouca chuva). As chuvas intensas favorecem a ocorrência da mela, portanto, nos períodos de alta pluviosidade, é recomendado o cultivo protegido com cobertura plástica e laterais abertas.

Outra recomendação técnica para driblar a mela é utilizar cultivares de feijão-vagem de porte ereto ou tutoradas, pois, na posição vertical, “escapam” parcialmente da doença já que ficam molhadas menos tempo em comparação às cultivares de porte prostrado (deitado).
As demais autoras de Mela em feijão-vagem são Ayane Ferreira Quadros, engenheira-agrônoma mestranda da Universidade Federal de Viçosa (MG); Kátia de Lima Nechet, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e Caterynne Melo Kauffmann, graduanda de Agronomia da Universidade Federal da Amazônia (Belém, PA). O trabalho descreve aspectos da sintomatologia, epidemiologia, agente causal e manejo da mela do feijão-vagem.
Todo esse conteúdo encontra-se disponível no Portal Embrapa, para consultas e downloads, neste link de acesso.
Identificando os sintomas
O feijão-vagem é suscetível de contrair as mesmas doenças do feijão-comum no Brasil, sendo que a mela pode ocorrer também nas plantações de feijão-caupi, soja e milho, particularmente em regiões quentes e úmidas, de baixa latitude, conforme descrito na publicação.
Como atestaram os estudos, de uma forma geral o patógeno da mela causa tombamento em plântulas, o chamado damping-off. “Entretanto, em regiões de alta umidade relativa e temperatura alta, a doença ataca a parte aérea das plantas em qualquer fase da cultura, causando graves perdas na produção, que podem atingir 100%”, explica a pesquisadora Alessandra Boari.
O comunicado técnico da Embrapa contém fotografias da planta, da cultura do fungo e de microscopia, que ilustram com clareza a aparência do patógeno e a evolução da doença no vegetal. No início, a mela se caracteriza pelo aparecimento, nas folhas, de pequenas lesões circulares de coloração parda com borda marrom, que aumentam de tamanho e se juntam. Quando em condições de alta umidade, as lesões evoluem rapidamente e se coalescem (se unem), necrosando totalmente as folhas, pecíolos, vagens e hastes.
Tags:
 
Fonte:
 Embrapa