quinta-feira, 18 de junho de 2020

Estudantes da primeira infância retomam ano letivo no dia 29




Secretaria de Educação orienta: processo de aprendizagem remota envolve também os pais ou responsáveis

Por meio do programa Escola em Casa DF, da Secretaria de Educação (SEE), alunos das 59 unidades do Centro de Ensino da Primeira Infância (Cepi) poderão acessar a plataforma do Google Sala de Aula. O recurso estará disponível a partir do dia 29 deste mês, contemplando 18.820 estudantes de zero a 3 anos de idade e 4.563 de 4 a cinco anos.
A meta é que essa modalidade de aprendizagem inclua todos os alunos da rede pública de ensino. Também estão beneficiados os estudantes das 64 instituições parceiras da SEE – entidades filantrópicas, confessionais e sem fins lucrativos. A secretaria ofertará pacotes de dados para que ninguém seja excluído.
Ambientação e cadastro
Os familiares das crianças, bem como os demais alunos da rede, poderão se conectar ao Google Sala de Aula para ambientação entre os dias 22 e 26 deste mês. As áreas técnicas da SEE estão mobilizadas na criação dos e-mails institucionais para esse público, que vai depender do envio de dados, pelos gestores, sobre o quadro de funcionários de cada unidade parceira e dos Cepis.
Com os dados em mãos, a secretaria poderá concluir os cadastros dos e-mails em até 24 horas. Após serem criados os endereços eletrônicos, os responsáveis legais pelos estudantes devem se cadastrar na plataforma com as informações da matrícula das crianças.
“Qualquer pessoa com telefone celular, que tenha baixado o aplicativo do Escola em Casa DF e que seja pai, mãe ou responsável de um aluno da educação infantil, pode acessar gratuitamente”, orienta o coordenador do Escola em Casa DF, David Nogueira. “Ali, na plataforma, haverá as atividades da semana e orientações para desenvolvê-las em casa com os estudantes.”
Direitos garantidos
Para quem não tem como acessar a internet, a própria escola ou instituição parceira poderá ofertar materiais impressos – a serem posteriormente devolvidos às unidades – com os conteúdos e atividades. A entrega dos impressos vai valer como presença. A aferição da frequência das crianças da educação infantil inscritas será feita por meio da plataforma, tanto nas unidades escolares públicas quanto nas instituições parceiras.
“A Secretaria de Educação está empreendendo todos os esforços necessários para que não haja distinção entre as unidades escolares públicas e as instituições parceiras, pois todas as crianças fazem parte da rede pública e precisam ter garantidos os seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento”, destaca a diretora de Educação Infantil da SEE, Andréia Martinez.
A meta, explica a gestora, é garantir a autonomia na organização do trabalho pedagógico. O calendário escolar para as instituições parceiras e para os Cepis é o mesmo da rede pública, mas as gestões têm autonomia para implementar o teletrabalho dos funcionários celetistas. Caberá a cada instituição parceira a inserção dos conteúdos na plataforma.
Com informações da SEE
agência brasília 

Cultura abre consulta aos artistas sobre nova minuta padrão



Agentes culturais têm até 28 deste mês para encaminhar sugestões por e-mail

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) quer saber como pode aprimorar os editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e, com esse objetivo, abre consulta à comunidade com pedido de sugestões até o dia 28 de junho pelo e-mail novaminuta@cultura.df.gov.br.
O aperfeiçoamento da minuta padrão para os editais da principal linha de financiamento das artes e da cultura do GDF tem sido um pedido do Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF), fórum no qual o tópico vem sido discutido. O CCDF é o principal espaço de articulação e participação social na formulação de políticas públicas culturais do DF. Nesse sentido, a Secec tem ampliado os canais de escuta e diálogo com a comunidade cultural, mesmo com os impactos do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19.
A minuta vigente já foi utilizada em outros editais, como o FAC Regionalizado 2020 e o FAC Ocupação 2019. Ao longo dos anos, o apoio financeiro a fundo perdido que seleciona projetos na área por meio de editais públicos recebeu aprimoramentos importantes na facilitação do acesso aos recursos, nos métodos de análise das propostas e nas formas de pagamento e prestação de contas mais eficientes e ágeis.
“O FAC está em constante atualização, no sentido de atender aos interesses da sociedade e dos agentes culturais. Por isso, estamos buscando sugestões para a atualização da minuta padrão de editais”, diz o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural (Sufic), João Moro.
Serviço
Sugestões até o dia 28 de junho para nova minuta padrão do FAC
E-mail: novaminuta@cultura.df.gov.br
*Com informações da Secretaria de Cultura
 agência brasília 

Aos 84 anos, paciente recupera-se da Covid-19 no Hospital de Apoio



Dona Inácia venceu a doença e está quase pronta para retornar ao conforto do lar

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde
Dona Inácia tem outras comorbidades, como Alzheimer e insuficiência cardíaca, e é querida pelos profissionais. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde
A emoção é inevitável. “Daqui a pouco eu vou para casa, estou feliz e quero ver meu filho, que é um menino importante”, diz, ansiosa, dona Inácia de Aquino, 84 anos, ou “dona Dalila”, como prefere ser chamada. Ela é uma das 17.887 pessoas que venceram a Covid-19 no Distrito Federal. Moradora de Samambaia Norte, dona Inácia está internada no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) recebendo assistência da equipe interdisciplinar de Cuidados Paliativos até que o retorno para casa seja possível.
Antes de chegar ao HAB, a paciente esteve na Unidade de Pronto Atendimento do Recanto das Emas (UPA), em 9 de maio, e foi transferida, no dia seguinte, para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), uma vez que existia a suspeita de estar com o novo coronavírus (Sars-CoV-2). Já no Hran, o teste confirmou a Covid-19 e, lá, ela permaneceu internada para tratar uma pneumonia provocada pelo Sars-CoV-2. Na última sexta-feira (12) foi transferida, já curada, para o HAB.

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Um exemplo de superação, a paciente que possui outras comorbidades, como Alzheimer e insuficiência cardíaca, é muito querida pelos profissionais que cuidam dela diariamente. Inácia conta histórias e lembra dos 16 filhos, sete ainda vivos. “Para nós é gratificante receber a dona Inácia, que é muito carinhosa, comunicativa, de bem com a vida. Estamos satisfeitos em poder contribuir para melhorar as condições de saúde e a qualidade de vida dela”, relata a médica residente Núbia Mendonça.
Cuidados paliativos
No HAB, o tratamento na Unidade de Cuidados Paliativos visa o alívio do sofrimento e a qualidade de vida dos pacientes. A paciente recebe cuidados voltados para controle dos sintomas, da falta de ar, das dores e da confusão mental. Tudo para que ela possa voltar para casa renovada.
Diariamente ela é acompanhada pelas equipes de medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, odontologia e assistência social. Além disso, a equipe de psicologia tem dado apoio à família. Graças ao tratamento, ela já consegue dar alguns passos.
Tratamento em casa
A Covid-19 tornou-a dependente de suporte de oxigênio. Por esse motivo, ao receber alta hospitalar, ela será acompanhada pela equipe do Núcleo Regional de Atendimento Domiciliar (NRAD) e terá o suporte em casa.
A família, que aguarda o regresso ansiosamente, já preparou tudo para ter a matriarca de volta. “Estamos ansiosos. Ela fica nervosa no hospital quando lembra de todos. A recuperação dela foi muito esperada. Ela venceu e está firme e forte, surpreendendo a todos”, comemora Jandira de Aquino, 47 anos, filha da paciente.
Foto: Arquivo pessoal
Dona Inácia está ansiosa para voltar para casa e encontrar a família, como seu filho especial. Foto: Arquivo pessoal
Além dela, moram com dona Jandira e o filho, que é especial e foi citado no início da matéria, outra filha e uma sobrinha. Todos testaram positivo para a Covid-19 e já estão recuperados, porém apenas dona Inácia precisou de internação. O grupo familiar ainda é composto por 19 netos e 19 bisnetos. E três bisnetos “estão chegando”.
O neto Alex Aquino, 26 anos, que também estava com o novo coronavírus, agradece os cuidados que a avó recebe no Hospital de Apoio e alerta a população para que se cuide. “Quem puder faça o possível para manter o isolamento e não saia de casa. A doença está aí e não pega só pessoas idosas, nem só quem tem doenças existentes. Usem máscara, cuidem-se, pois não é brincadeira”, alerta.
*Com informações da Secretaria de Saúde  agência brasília 

Aumenta procura por programas de assistência



Secretaria de Desenvolvimento Social registra crescimento de 252% nas demandas entre março e maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019

A procura pelos programas de assistência social do governo local explodiu desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no DF e a declaração de pandemia mundial causada pelas contaminações do novo vírus. Os atendimentos feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aumentaram 252% entre março e maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Naqueles três meses de 2019, a Sedes atendeu 18.856 famílias carentes do DF. O número saltou para o total de 66.422 em março, abril e maio deste ano, época de isolamento social e outras medidas de combate à Covid-19. Só em maio, a busca por amparo do GDF cresceu 371%, com um aumento de 5.923 casos em 2019 para 21.985 em 2020.
66.422Total de famílias atendidas pela Sedes entre março e maio deste ano
Os números são de atendimentos feitos por toda a rede socioassistencial do DF, incluindo o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especial de Assistência Social (Creas) e o Centro Pop, que oferta serviço especializado para as pessoas em situação de rua.
A maior procura é por cestas básicas, entregues a famílias que estejam enfrentando dificuldades e insegurança alimentar. Só em maio, as unidades do Cras receberam 18.395 solicitações de cestas, 83% de todos os atendimentos feitos.
Cartão Prato Cheio
A demanda foi tão grande que levou o GDF a criar o Cartão Prato Cheio, um auxílio que permite a transferência de crédito para aquisição de itens da cesta de alimentos e de pão e leite, como forma de garantir alimentação às famílias carentes do DF. O valor do benefício é de R$ 250, com uso restrito em estabelecimentos alimentícios (o cartão não está habilitado para a função saque).
Até 1º de julho, 30 mil famílias que solicitaram as cestas básicas de alimentos em alguma das unidades de atendimento socioassistenciais do DF serão contempladas. Além dos 4 mil cartões já entregues, 26 mil unidades serão distribuídas entre os dias 22 deste mês e 1º de julho.
“Antes da pandemia, conseguíamos entregar as cestas emergenciais na casa das famílias em sete dias; com o aumento da demanda, esse prazo passou para 20, 40 dias”, relata a coordenadora de proteção básica da Sedes, Nathália Eliza de Freitas. “Muitas vezes, nem tínhamos a previsão de cesta no contrato”. Segundo a gestora, o Cartão Prato Cheio também vai permitir que as famílias comprem proteínas (a cesta básica vem com um pedaço de charque) e fomentar a economia local.
Outros atendimentos
Nathália conta que a maioria das famílias que buscam auxílio do governo pede a cesta básica emergencial, mas lembra que a Sedes tem uma rede de assistência que auxilia a população carente de várias maneiras, com benefícios que ajudam no pagamento do aluguel, na reconstrução de uma casa que pegou fogo ou de um muro que desabou em uma tempestade, no nascimento de um novo membro da família ou em caso de morte, por exemplo. “São apoios concedidos em situações emergenciais, não são benefícios concedidos por meses continuados”, explica.
O Creas tem um atendimento especializado para a proteção e atendimento a famílias e indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) em situação de ameaça ou violação de direitos – como violência física, psicológica ou sexual. Os psicólogos e assistentes sociais também atendem famílias de adolescentes que estejam cumprindo medidas socioeducativas ou se encontrem afastados do convívio familiar devido à situação de rua.
Atendimento remoto
O Cras e o Creas estão atendendo remotamente por telefone. A Sedes disponibilizou dois números por unidade (veja nos quadros abaixo) que funcionam tanto para os atendimentos iniciais quanto para o acompanhamento feito mensalmente pelos psicólogos e assistentes sociais. As visitas estão momentaneamente suspensas.
Na Estrutural, cerca de 70% dos trabalhadores são autônomos que enfrentam dificuldade de trabalhar durante a pandemia, 1,2 mil famílias se encontram em situação de extrema pobreza e 1,8 mil são beneficiárias do Bolsa Família. Quem conta é Samantha Côrrea, gerente do Cras da cidade. “A população aqui está passando por muitas dificuldades”, aponta. “As famílias são numerosas, os cômodos das residências são pequenos, a escolaridade da população é baixa. Mensalmente, entregamos cerca de 700 cestas emergenciais aqui”.
O Cras de Samambaia Sul atende mais de 100 ligações por dia. Há pessoas que vão até o portão da unidade porque não têm nem telefone em casa. Com a pandemia, várias famílias começaram a ser atendidas. “Muita gente perdeu emprego, teve o trabalho suspenso, teve queda na renda e está em situação difícil”, confirma o gerente da unidade, Ricardo Carvalho do Nascimento.
 
agência brasília 

Brasília é o lugar onde se abre empresa mais rápido



O dado foi apresentado pelo Ministério da Economia, a partir de boletim do primeiro quadrimestre de 2020

Brasília conquistou o posto de capital mais ágil em abertura de empresas no Brasil, segundo levantamento apresentado pelo Ministério da Economia. Além disso, entre as unidades federativas, o Distrito Federal também leva o primeiro lugar no quesito menor tempo.
O Boletim de Empresas do primeiro quadrimestre de 2020 foi apresentado, na manhã desta quinta-feira (18), pelos secretários adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubin;  de Governo Digital, Luis Felipe Salin Monteiro; e o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei), André Santa Cruz.
“Houve uma queda no tempo de 14 horas em relação ao terceiro quadrimestre de 2019. E, além das medidas tomadas pelo governo federal, devemos destacar que esse resultado deve-se ao processo de transformação digital que todas as juntas comerciais vêm fazendo”, apontou Santa Cruz.
O Distrito Federal foi a unidade da federação que apresentou o menor tempo de abertura de empresas neste primeiro quadrimestre de 2020: 1 dia e 1 hora, uma diminuição substancial de 2 dias e 7 horas (68,8%) em relação ao último quadrimestre de 2019. No mesmo período, o estado da Bahia registrou o maior tempo de abertura de empresas no Brasil: 10 dias e 8 horas.
Em relação às capitais, Brasília foi a melhor e, no outro extremo, Salvador teve o desempenho mais baixo entre as capitais, com tempo de 31 dias em média para abrir um novo negócio.
E no Brasil?No primeiro quadrimestre de 2020, foram abertas 1.038.030 empresas no Brasil, o que representa um aumento de 1,2% em relação ao último quadrimestre de 2019 e queda de 1,1% quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2019.
No mesmo período, foram fechadas 351.181 empresas, uma queda de 6,6% no quantitativo de empresas fechadas se comparado com o último quadrimestre de 2019 – e de 12% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Os resultados revelam um saldo positivo de 686.849 empresas abertas, com um número total de 18.466.444 empresas ativas. 
São Paulo é o estado com o maior número de empresas no Brasil, com 5,2 milhões, sendo 295 mil abertas somente no primeiro quadrimestre de 2020. Em seguida, aparecem Minas Gerais com quase 2 milhões de empresas, 115 mil abertas no 1º quadrimestre; e o Rio de Janeiro com 1,7 milhões, das quais 101 mil foram abertas no período. São Paulo também foi o estado que mais registrou empresas fechadas: 97 mil.
Com informações da Jucis-DF  agência brasília 

Avançam as obras de drenagem da DF-290, em Santa Maria



Além de bacia de detenção, serviços preveem a construção de canal e novo bueiro

Foto: Divulgação
A empresa responsável pelos serviços trabalha na escavação da bacia de detenção e na construção do canal e do bueiro. Foto: Divulgação
A Secretaria de Obras vistoriou na manhã desta quinta-feira (18) o andamento dos trabalhos de drenagem no Km 4 da DF-290, em Santa Maria. No momento, a empresa ARP Engenharia Ltda., responsável pelos serviços, trabalha na escavação da bacia de detenção e na construção do canal e do bueiro no método N.A.T.M (New Austrian Tunnelling Method). O investimento é de R$ 4,7 milhões.
“Conseguimos tirar do papel mais essa importante obra de drenagem para a região de Santa Maria. Com o crescimento da cidade, o atual sistema não suporta mais a carga das chuvas”, destacou Luciano Carvalho. “Estamos aproveitando a estiagem para avançar bem nos serviços. Após a conclusão das obras, não teremos mais os alagamentos que tanto prejudicam os usuários da DF-290”, complementa.
A obra será financiada pela Caixa Econômica Federal, uma vez que os recursos para a execução estão vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Pavimentação e Qualificação de vias urbanas no Setor Porto Rico (Santa Maria). O prazo de conclusão de obras é de 180 dias.
*Com informações da Secretaria de Obras
agência brasília 

Pacientes devem procurar o Hran apenas em caso de sintomas graves



Secretaria de Saúde orienta pessoas assintomáticas ou com quadro gripal leve a buscarem as unidades básicas de saúde (UBSs)

Foto: Divulgação / Agência Saúde


Referência para casos de Covid-19, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deve ser procurado apenas pelas pessoas que tiverem sintomas mais graves, como falta de ar e febre persistente. Pacientes com sintomas gripais mais leves, ou assintomáticos, devem buscar atendimento diretamente nas unidades básicas de saúde (UBSs) mais próximas das suas residências. O DF possui 172 UBSs, todas aptas a atender pessoas nessas condições.
A recomendação vem dos profissionais do Hran que atuam na linha de frente contra o coronavírus. “O que tem acontecido é que pacientes com sintomas leves têm ido para o hospital e, com isso, é prolongado o tempo de espera daqueles que estão em estado grave”, adverte o diretor de Atenção Secundária da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro. Um agravante, lembra, é o aumento dos riscos de contaminação, pelo contato com transmissores da Covid-19.
“Por isso, é importante a população procurar primeiro as UBSs quando os sintomas forem mais leves”, reforça Zancanaro. “Todas estão preparadas para fazer o atendimento e referenciar para os locais que aplicam os testes, caso precise. No Hran, caso venham todos, isso só tornará o atendimento moroso para todo mundo, com mais aglomerações, sendo que na UBS é possível ter uma avaliação inicial sem precisar fazer o teste.”
Quem também endossa o aviso é a diretora substituta da Atenção Secundária da Região Central, Fernanda Quirino. “Nunca fugimos da nossa missão de atender à população, mas queremos que as pessoas tenham segurança, sem se expor a qualquer risco desnecessário com a Covid-19”, frisa.
A especialista conta que pacientes com sintomas de dengue, semelhantes aos da Covid-19, já buscaram o hospital. “Dengue causa febre e dor no corpo, mas não é preciso ir ao Hran e correr o risco de entrar em contato com algum paciente com coronavírus”, alerta. Para esses casos, pontua, o indicado é procurar uma UBS.
Fluxo de atendimento
Assim que entram no hospital, os pacientes passam pelo atendimento inicial nas baias. Depois, acolhidos pela enfermagem e encaminhados à triagem médica, são consultados para saber se têm coronavírus. Caso a suspeita seja de pneumonia por Covid-19, a pessoa é encaminhada à avaliação pela clínica médica.
“Como há pacientes que vêm e não estão doentes, tentamos separá-los para evitar o risco de transmissão”, explica a gestora. “Depois de passar pela consulta, se o clínico pediu exames, ou [o paciente] vai para a tomografia, ou para o aparelho de raios-X, ou vai fazer os testes de sangue e swab, dependendo da situação de cada um.”
Quando os pacientes apresentam quadro mais grave, chegando com falta de ar, frequência respiratória mais alta ou comprometimento no pulmão – e se forem de um grupo de risco –, vão direto para a clínica médica e, caso necessário, para a Sala Vermelha. Lá são atendidas os pessoas com quadro clínico sugestivo ou já diagnosticado de Covid-19, além das que têm pneumonia e precisam de avaliação médica especializada.
“Juntamos nossa força médica com experiência para os que mais precisam”, resume Fernanda Quirino. “Os que não estiverem nessa situação, com quadro de infecção de vias aéreas superiores, podem ser indicados a voltar para casa, com todas as recomendações sendo seguidas.”
Com informações da SES  agência brasília 

Área central do Plano Piloto passa por revitalização



Com a participação de vários órgãos do governo, mutirão social e de limpeza vai atuar por dois dias no Setor Comercial Sul

A ação contemplou um dos pontos mais movimentados do Plano Piloto: foco na prevenção para todos | Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Um mutirão social e de limpeza tomou conta do Setor Comercial Sul (SCS) na manhã desta quinta-feira (18). Coordenada pela Secretaria de Governo, a ação envolve oito órgãos do GDF e será empreendida em dois dias, oferecendo serviços e orientações para evitar a propagação da Covid-19 – como a distribuição de 2 mil máscaras. Cerca de 80 servidores, juntamente com 20 reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), participam da operação.
“O governador está muito preocupado com esse setor por conta do fluxo de gente, que é muito grande, daí a determinação para higienizar e sanitizar cada cantinho, não deixar de limpar nada”, explica a chefe da Unidade de Projetos Especiais da Secretaria de Governo, Débora Guilherme.
“Já tínhamos feito esse trabalho nessa região, mas não nessa magnitude”, informa o coordenador do Polo Central I Adjacente, Alexandro César. “É um local muito movimentado, com várias demandas pendentes, e agora vai melhorar.”
População aprova
A movimentação chamou atenção das pessoas que passavam. Muitas ficaram observando a realização dos trabalhos. Duas caminhonetes do Sanear-DF circulavam borrifando cloro pelos prédios. Três caminhões-pipas da Novacap jogavam água quente pelas calçadas e, a seguir, aplicavam um produto de sanitização usado em hospitais e que tem 99% de eficiência para matar o vírus.
Juliana Rother: “Isso mostra que o Estado está presente”
“É importante essa atuação do governo”, elogiou a supervisora de vendas Juliana Rother, 41 anos. “Cheguei cedo aqui e já tinha gente entregando máscara, o carro dedetizando. Isso mostra que o Estado está presente”.  O vendedor Francisco Rodrigues Araújo, 43 anos, também comemorou: “É ‘o ouro’ essa limpeza que estão fazendo! Estava precisando mesmo, porque aqui passa muita gente”.
Servidores da Novacap, pelo programa GDF Presente, atuaram na poda de árvores, capina dos matos e recuperação de calçadas. A parte de recolhimento de lixo e pintura e dos meios-fios ficou com as equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Ao Detran coube a revitalização dos quebra-molas e faixas de pedestres, a maioria quase apagadas. “Nem dá para ver direito, e são sinalizações importantes, porque é segurança para nós que transitamos muito aqui”, observou a dentista Fabrícia Gonçalves, 36 anos.
População vulnerável
Servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) vão fazer o levantamento e o cadastramento da população em situação de rua que vive no local. Segundo a Secretaria de Governo, atualmente cerca de 100 desabrigados vivem no Setor Comercial Sul. Todos serão convidados a ir para um abrigo. Aqueles que aceitarem serão submetidos à testagem para o novo coronavírus. Para tanto, uma ambulância do Corpo de Bombeiros estará à disposição.
“Essa ajuda é uma bênção, caiu do céu, vai nos ajudar muito, ainda mais porque está fazendo muito frio”, destacou Alberto Quadros, que há sete anos vive em situação vulnerável.
agência brasília