quarta-feira, 17 de junho de 2020

Ampliada a carga horária de servidores da Região de Saúde Oeste



Profissionais beneficiados atuam na linha de frente nas unidades de Ceilândia e Brazlândia

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal concedeu aumento de carga horária para 136 servidores lotados nos hospitais regionais de Ceilândia e de Brazlândia. Antes, os profissionais trabalhavam 20 horas semanais, agora  serão 40. A publicação saiu nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A amplificação foi para 83 servidores do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e 53 do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz).
O horário acrescido na carga horária do servidor foi para a área de enfermagem dos setores de emergência, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros serviços relacionados à assistência direta ao paciente. No entanto, médicos, enfermeiros, profissionais do laboratório e do administrativo e especialistas também foram beneficiados.
“Essas ampliações garantem às unidades contempladas melhores condições para gerenciar o agravamento do déficit de pessoal em razão da pandemia. O absenteísmo por adoecimento dos servidores da linha de frente inviabiliza as escalas e sobrecarrega os demais servidores em atividade”, avalia a subsecretária de Gestão de Pessoas, Silene Almeida.
De acordo com a gestora, muitos profissionais estão se afastando por estresse, esgotamento mental e depressão, além dos casos de Covid-19. “A gestão central está preocupada em garantir as condições de trabalho necessárias. Para tanto, dentre outras ações viabilizou a ampliação de carga horária”, informa.
Horas a mais 
Segundo Silene, a estratégia adotada pela gestão é ampliar carga horária de acordo com o serviço, considerando se vai haver a abertura ou aumento de um serviço em setores onde a situação é mais crítica. Para isso, os gestores locais apresentam a demanda, que é analisada e instruída pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), anexando a justificativa técnica para concessão ou não do benefício pelo secretário da pasta.
“Essa é a etapa de autuação e instrução. Para a execução, dependemos da análise da equipe da Secretaria de Economia, que é a área competente para deliberar sobre orçamento e financeiro”, explica.
Necessidade
O secretário de Saúde, Francisco Araújo, instalou o gabinete especial em Ceilândia no dia 4 de junho e constatou a necessidade da ampliação de carga horária para fortalecer as equipes que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, além de outras medidas como ampliação de leitos de UTI e instalação do hospital de campanha ao lado do HRC.
Diante disso, ele solicitou à superintendência que levantasse as necessidades de ampliação dos horários dos setores mais críticos da Região Oeste para que fossem empreendidas gestões junto à Secretaria de Economia com o objetivo de liberação do orçamento e recurso financeiro. Na oportunidade, o vice-governador do DF, Paco Britto, esteve na visita e na instalação do gabinete e garantiu o apoio para a concretização da demanda.
“Os servidores são o nosso capital mais valioso. Desde o início dessa gestão, sob a determinação do Governador Ibaneis, temos envidado esforços para valorizar os profissionais de saúde. Essa ampliação atende à necessidade da rede e contempla quem está na linha de frente dessa guerra! Reconhecemos o valor de nossas equipes!” finaliza o Secretário de Saúde.
* Com informações da Secretaria de Saúde
agência brasília 

Senadores sugerem alinhamento de pleitos em discussão de adiamento de eleições



Da Redação | 17/06/2020, 19h06
Na sessão de debates para falar sobre a possibilidade de adiamento das eleições municipais de 2020, os senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Zequinha Marinho (PSC-PA) sugeriram aproveitar o momento para promover o alinhamento definitivo entre os pleitos municipais e as eleições gerais.
Para Zequinha, não há nenhuma certeza de que em meados de novembro, nova data proposta para as eleições deste ano, o país teria a pandemia de covid-19 mais sob controle do que em outubro, quando o pleito está programado. Nesse caso, na sua opinião, o mais prudente seria não fazer o processo neste ano, e, sendo assim, seria a oportunidade ideal para que todas as eleições acontecessem juntas. As próximas eleições gerais serão em 2022.
— O Brasil precisa fazer isso. Há muito tempo fala-se, mas não se tem coragem para fazer esse enfrentamento — criticou ele, completando que, se não for possível fazer o alinhamento, a mudança de data ainda dentro de 2020 é 'o mínimo'.
Major Olimpio disse entender que a concentração de todas as eleições numa única data será uma questão de “economia”. Os recursos reservados para o pleito neste ano (cerca de R$ 4 bilhões, entre logística e fundo para campanhas), na sua avaliação, deveriam ser destinados à saúde pública.
— Estamos no imponderável. Não consigo ter otimismo de imaginar que em 15 de novembro vamos conseguir realizar as eleições.
No entanto, Olimpio observou que o alinhamento das eleições esbarra na necessidade de mudar o tamanho dos mandatos de prefeitos e vereadores. O senador Cid Gomes (PDT-CE) destacou que isso não pode ser feito para os mandatos atuais, mas sinalizou que seria favorável a prolongar os mandatos dos eleitos neste ano, de modo que as eleições municipais seguintes possam ser realizadas em 2026 — junto com as eleições gerais do mesmo ano.
Cid também afirmou que os senadores não têm “bola de cristal” para decidir sobre as eleições de 2020 com clareza. Ele sugeriu que, em vez do adiamento, o pleito poderia ser conduzido ao longo de três dias, em vez de um só. Nos primeiros dois dias compareceriam às urnas as mulheres e os homens entre 18 e 70 anos de idade, cujo voto é obrigatório. No último dia, os demais eleitores.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Eliziane Gama pede adiamento das eleições municipais de outubro



Da Redação | 17/06/2020, 19h08
A senadora Eliziane Gama defendeu nesta quarta-feira (17) o adiamento das eleições para prefeitos e vereadores, marcadas para outubro próximo, tendo em vista a exiguidade de tempo e a indefinição de quando a pandemia do coronavírus chegará ao fim.
Em sessão remota de debate sobre o tema, Eliziane Gama lembrou ainda que as redes sociais não são uma realidade para 46 milhoes de brasileiros sem acesso à internet, sobretudo na região Nordeste, conforme apontam estimativas oficiais.
— É muito grave partir para fazer um processo eleitoral neste momento em que não poderemos alcançar todos os eleitores. É fundamental, nesse momento o adiamento do processo eleitoral, e exaurir o debate mesmo por processo remoto — afirmou.

Suspensão                        

Também presente ao debate, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que ainda não há consenso em seu partido quanto ao adiamento das eleições municipais de outubro. O senador, no entanto, reconheceu a gravidade do momento e disse ser preciso colocar em primeiro lugar a salvação de vidas. Ele afirmou ainda que a decisão do adiamento deve ser do Congresso Nacional, e não do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Álvaro Dias destacou ainda que a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) defende a suspensão das eleições, a exemplo do que ocorreu com o Paraguai, Colômbia, Uruguai, México, Argentina e Peru. Os prefeitos alegam que, em razão da pandemia, aqueles integrantes dos grupos de risco estarão prejudicados e precisarão ficar isolados, sem contato com os eleitores.
— Há muitos candidatos que não possuem acesso à internet e não podem se valer de redes sociais para se comunicar com os eleitores. O acesso à internet também é comprometido no meio rural. Não há outra alternativa que o adiamento de 40 dias. Além disso, seria prorrogação de mandato, o que não deve ser o objetivo de ninguém — afirmou.

Precipitação

Já o senador Wellington Fagundes (PL-MT) considera precipitado o adiamento das eleições sem um indicativo mais forte quanto à evolução da pandemia. O senador disse que a imprevisibilidade também afeta a democracia, “fazendo com que nenhum de nós e a ciência tenhamos certeza do dia de amanhã”, e que a definição do adiamento das eleições, neste momento, poderia criar expectativa na população.
— Se tivermos que protelar por mais 30 dias, temos que considerar outros aspectos, como as convenções partidárias. Há candidatos idosos e portadores de doenças físicas que não terão as mesmas condições de disputar. É preciso aguardar até agosto para que possamos tomar uma decisão. É antidemocrático promover eleição sem previsibilidade — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Eduardo Girão pede mais ajuda do governo para cultura



Da Rádio Senado | 17/06/2020, 16h15
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou, em pronunciamento nesta quarta-feira (17), a falta de apoio do governo federal à cultura durante a pandemia do novo coronavírus. Para ele, ainda existe muito a fazer. Girão também lembrou que o setor vai ser o último a retomar as atividades por causa das aglomerações.
— O governo ainda não mostrou a que veio com sucessivas modificações na Secretaria de Cultura e a coisa não está acontecendo. O Legislativo junto com o Poder Executivo a gente tem que também agradecer. Conseguiu fazer uma formatação de um auxílio. Na verdade, uma verba de R$ 3 bilhões que vai ser repassada para estados e municípios. É fundamental que esse dinheiro chegue na ponta. Que esse dinheiro não seja usado em questões políticas — disse.
Girão também pediu para que a população fiscalize estados e municípios e procure saber o que será feito com a verba. O senador ressaltou que os recursos aprovados pelo Congresso vão chegar numa boa hora para o setor cultural. Segundo ele, só no Ceará, quase R$ 72 milhões serão injetados na área.
— Cada município vai receber também uma parte desses R$ 3 bilhões. Acompanhe. Eu conto com você para fiscalizar esse dinheiro. Fiscalize esse dinheiro que vai para cultura, para que não pare na mão de graúdo. Tem que ajudar o pequeno produtor cultural, o artista. Ele precisa dessa ajuda porque está sofrendo — ressaltou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confúcio comemora plano de combate à covid-19 em comunidades indígenas



Da Rádio Senado | 17/06/2020, 16h16
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) destacou, em pronunciamento nesta quarta-feira (17), a aprovação pelo Senado, na terça (16), do projeto que cria um plano emergencial de combate ao novo coronavírus voltado aos indígenas, quilombolas e povos tradicionais.
Para ele, o PL 1.142/2020 pode evitar mais um "genocídio anunciado" dos povos indígenas que, ao longo da história, por diversas circunstâncias, sofrem com a possibilidade de extermínio.
Confúcio lembrou que os indígenas vivem em ambientes comunitários, propícios à disseminação do vírus. Por isso, medidas simples, como as previstas no projeto, podem impedir a disseminação da covid-19. Entre as mediadas estão a prestação de informações, a garantia de condições mínimas de vida, a oferta de serviços de internet, de água potável, de exames rápidos e de atendimento médico e a distribuição de materiais de higiene, limpeza e desinfecção.
— Esse projeto tem um senso de direito e resgate à vida indígena, à proteção. A sanção não pode demorar, não. Ele não precisa de veto algum. Nós apenas pleiteamos o orçamento, o amparo à Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena], a secretaria que protege o índio, para ter os elementos necessários de atenção ao índio, as equipes médicas, os medicamentos, enfim, tudo — disse.
O senador acrescentou que, pela proposta, serão resguardados os direitos sociais e territoriais dos quilombolas, dos povos tradicionais e dos indígenas, especialmente os de comunidades isoladas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Prêmios de loterias não reclamados podem ir para o combate ao coronavírus



Da Redação | 17/06/2020, 16h24
Os recursos dos prêmios de loterias não reclamados durante o período de calamidade pública podem ser destinados a ações de combate ao coronavírus. É o que prepõe o PL 3.341/2020, apresentado pela senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A atual legislação prevê que os prêmios não reclamados pelos apostadores serão revertidos ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
De acordo com o texto, os recursos de prêmios não reclamados serão aplicados exclusivamente na aquisição de ventiladores pulmonares e equipamentos de proteção individual (EPIs). A medida será válida até o fim do Decreto Legislativo 6, de 2020, que reconheceu o estado de calamidade pública, e de suas eventuais prorrogações.
A senadora explica que a pandemia do coronavírus impôs enormes desafios ao mundo, como os estragos sanitários e econômicos. Do ponto de vista econômico, Rose ressalta que a pandemia levou ao cenário de isolamento social, restrições ao consumo, aversão a riscos e interrupção da atividade de diversos setores. Já do ponto de vista da saúde pública, ela destaca o aumento da demanda por atendimento médico e leitos hospitalares, chegando a uma situação de colapso em vários estados brasileiros.
Para Rose, um ponto crítico no sistema de saúde pública é a falta de respiradores (ventiladores pulmonares) e de equipamentos de proteção individual (EPIs). A senadora justifica que o direcionamento dos prêmios de loterias não reclamados podem ser uma solução para essa finalidade. Esses recursos somaram R$ 331,9 milhões em 2019, segundo dados da Caixa Econômica Federal.
“Não é aceitável que doentes morram por falta de equipamentos de ventilação mecânica, absolutamente necessários em casos mais graves, e que profissionais de saúde sejam contaminados por falta e equipamento de proteção, como máscaras e vestimentas médicas adequadas. Para enfrentar essa situação, urge direcionar recursos para atender essas necessidades prementes do sistema de saúde pública”, destaca.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Paim defende nova política de valorização do salário mínimo



Da Redação | 17/06/2020, 16h24
Em pronunciamento nesta quarta-feira (17), o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a decisão do governo federal de acabar com a política de valorização do salário mínimo adotada em 2004 e estabelecida por lei desde 2007. Segundo o senador, o salário mínimo beneficia indiretamente 100 milhões de brasileiros, o que representa quase metade da população do país. O senador acrescentou que o salário mínimo valorizado é um importante distribuidor de renda, que precisa ser corrigido anualmente para garantir melhores condições de vida, principalmente à população mais vulnerável. 
— Ele funciona como referencial para os valores pagos para uma série de trabalhadores. Por exemplo: em programas sociais, não gera inflação ao aumentar a renda das camadas mais pobres da sociedade; faz com que a roda gire e com isso gere aumento de produção, de consumo, criando um círculo virtuoso progressista; gera emprego e melhora inclusive as condições de vida de nossa gente. Ajuda também a reduzir as desigualdades sociais e a enorme concentração de renda que existe no nosso país — afirmou.
Paim ressaltou que a pandemia de covid-19 agravou ainda mais a situação econômica e social do Brasil. A crise sanitária, disse, aumentou o desemprego, cortou salários, suspendeu contratos de trabalho, e fechou de muitas empresas. Portanto, o senador defendeu que, ao fim do estado de calamidade pública, o Congresso Nacional retome o debate sobre a política de valorização do salário mínimo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pandemia escancarou racismo e péssima condição de vida dos negros, diz Jean Paul



Da Rádio Senado | 17/06/2020, 16h29
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) criticou, em pronunciamento nesta quarta-feira (17), a falta de ações de combate ao racismo no Brasil. Ele disse que a pandemia de coronavírus escancarou o racismo e a péssima condição de vida da população negra no país, despertando o sentimento de injustiça.
Para Jean Paul, é preciso definir prioridades ao construir uma pauta voltada para a população negra.
— Eu defendo que pautemos com urgência no Plenário do Senado o fim de um instituto infame, o "auto de resistência". Essa matéria é originada da CPI do Senado que apurou o assassinato de jovens no país. Já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e está pronta para apreciação no Plenário. O policial mata um suposto suspeito, quase sempre negro, alega legitima defesa e que houve resistência à prisão. A ocorrência então é registrada como um “auto de resistência” e as testemunhas são os próprios policias que participaram da ação.
Jean Paul afirmou que a população negra vive uma sensação de impotência diante de uma sociedade que não assume ser racista. Segundo ele, é preciso uma enorme revisão na legislação que trata da discriminação.
O senador também criticou o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, o qual afirmou não representar a população negra do país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Veneziano defende a prorrogação do auxílio emergencial por dois meses



Da Rádio Senado | 17/06/2020, 17h00
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) defendeu nesta quarta-feira (17) a extensão por mais dois meses do auxílio financeiro emergencial aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados. O auxílio é pago em razão da pandemia da covid-19, que gerou paralisação de atividades econômicas.
O parlamentar afirmou que tem insistido, com outros senadores, junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e outras autoridades no intuito de manter essa ajuda em R$ 600, sem que haja redução no valor, como chegou a ser cogitado pelo governo.
Veneziano também considerou importante a aprovação pelo Senado da Medida Provisória (MP 936/2020), que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução de salário e de jornada neste período de pandemia. Para ele, a medida evitou demissões, beneficiando milhões de trabalhadores e milhares de empresários, afetados pela grave redução das atividades econômicas, e agora poderá ser prorrogada.
— Essa medida provisória expirou e precisava ser votada. E nós votamos nesta semana, foi aprovada por unanimidade. E o que ela traz de bom, essa votação e essa aprovação? Ela permitirá, com a sanção presidencial do projeto de lei que foi convertido, que haja, por meio de decreto, a prorrogação [da MP] por pelo menos mais dois meses — afirmou o senador. 
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Eleições municipais: Izalci, Ciro e Wagner opinam sobre possibilidade de adiamento



Da Redação | 17/06/2020, 18h15
Durante a sessão temática do Plenário do Senado Federal desta quarta-feira (17) sobre um possível adiamento das eleições municipais de 2020, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que seu partido tende a concordar em adiar a data do primeiro turno de 4 de outubro para 15 de novembro, e do segundo turno de 24 de outubro para 29 de novembro ou 6 de dezembro.
Para Izalci, os parlamentares também devem avaliar a possibilidade de aumentar o número de locais de votação para diminuir a concentração de pessoas. Ele também sugeriu que as eleições poderiam ser feitas em dois dias seguidos, sábado e domingo, ao invés de um dia apenas como é tradicional, o que também ajudaria a reduzir aglomerações.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) frisou que o adiamento das eleições de 2020 está em debate e que nada foi decidido ainda. Ele afirmou que muitos prefeitos preferem que sejam mantidas as datas atuais, sem adiamento. O senador acha difícil que a maioria dos deputados federais concorde com a prorrogação das datas.
— Sabemos que a Câmara dos Deputados é muito suscetível à opinião dos prefeitos. O Congresso Nacional tem que tomar uma decisão o mais rapidamente possível, se sim ou se não, se vai haver esse adiamento — afirmou Ciro.
Uma das sugestões do senador pelo Piauí é tornar o voto facultativo para pessoas acima de 60 anos, já que os idosos são grupo de risco para a covid-19. Ele também disse achar boa a ideia de aumentar o tempo da votação, começando mais cedo e terminando mais tarde, para evitar aglomerações.
Por sua vez, o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o adiamento para 15 e 29 de novembro é razoável.
— A gente não deve correr o risco de fazer uma eleição em uma situação de absoluta interrogação e podermos ter um quórum baixíssimo nas eleições — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Randolfe, Zenaide e Rose defendem adiamento das eleições



Da Redação | 17/06/2020, 18h28
Em defesa da proposta de adiamento das eleições municipais de 2020, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que a pandemia do coronavírus, ainda fora de controle, exige enfrentar uma situação extraordinária com soluções extraordinárias.
— É um fenômeno da ciência, não da política. Não quero ser irresponsável para ir contra as recomendações emanadas pelos cientistas — disse o senador.
Randolfe sublinhou a opinião unânime dos especialistas ouvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): eles recomendam o adiamento das eleições em face da imprevisibilidade da trajetória de contaminação. No entanto, ele rejeitou propostas que levem à ampliação dos mandatos — situação que caracterizaria violação de cláusula pétrea da Constituição, conforme avaliou — e admitiu que será difícil estebelecer medidas sanitárias que restrinjam o acesso do eleitor às urnas.
A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) citou a posição majoritária da ciência e as determinações da Organização Mundial de Saúde para defender o adiamento das eleições. Ela mostrou preocupação com o aumento de casos de coronavírus, aumentando a insegurança sobre o cumprimento do calendário eleitoral, e manifestou descrença em mecanismo de eleição à distância — segundo ela, o fator corpo-a-corpo é essencial numa campanha eleitoral, especialmente para prefeitos e vereadores.
— É praticamente um consenso: não vamos ter garantias no início de outubro. Se tivermos como adiar, por que não? — indagou.
Por sua vez, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) disse que não é possível ser “mais realista que o rei” num momento de pandemia que classificou como cruel. A parlamentar considera “fora de questão” não adiar a eleição, e propôs a realização do pleito em dois dias para que a população participe com menos riscos.
— Não sei como o candidato poderá ir para a rua, bater no ombro do eleitor, fazer reuniões — declarou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Gurgacz cobra apoio do governo para o agronegócio após a pandemia



Da Rádio Senado | 17/06/2020, 18h45
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) em pronunciamento nesta quarta-feira (17) questionou o governo sobre o que está sendo feito diante do alerta da Embrapa a respeito de medidas tomadas pela China para fortalecer a produção interna e se reposicionar no mercado global pós pandemia. O senador disse que essas ações terão impacto sobre o agronegócio do Brasil.
Gurgacz cobrou um planejamento "bem definido" para o agronegócio brasileiro continuar exportando e garantindo a segurança alimentar da população. Ele disse acreditar que, apesar do cenário de recessão da economia mundial, o setor pode crescer no período posterior à pandemia.
— É importante uma política externa bem definida e o relacionamento harmonioso com o resto do mundo, além dos investimentos na infraestrutura e na agricultura familiar, que irão garantir a comida da mesa da população brasileira. Mesmo na crise temos que assegurar alimentos para a nossa gente e termos condições de manter a nossa veia exportadora. Mas para isso o governo precisa fazer a sua parte. Eu tenho colocado sempre que a agricultura precisa da ajuda do governo porteira afora, pois porteira adentro ela vai muito bem.
Entre as medidas tomadas pela China, disse Gurgacz, estão o investimento chinês em logística e a adoção de novas rotas para o agronegócio internacional junto a vários países da Ásia, Europa e África, o que ele considera negativo para o Brasil.
Outros dois pontos que podem ter resultados negativos para o agronegócio brasileiros foram ressaltados por Gurgacz: o novo acordo pelo qual a China deverá aumentar as importações de grãos dos Estados Unidos e a modernizar a agricultura familiar chinesa com aumento de subsídios.
Acir Gurgacz afirmou que “os produtores rurais e empresários brasileiros estão de mãos atadas sem saber a quem pedir socorro”.  Ele também criticou o sucateamento da logística e da infraestrutura, o que aumenta os custos de escoamento da produção e da exportação, além da falta de suporte do governo federal e de investimentos públicos para o setor.
— As únicas notícias são sobre algumas linhas de crédito que ainda não estão funcionando. A MP do Agro [Lei 13.986/2020] ainda não decolou, pois favorece também apenas os banqueiros. O Pronamp Rural [Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural] e o Pronampe das Pequenas Empresas [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte] também não chegaram aos produtores e empresários, pois todas as medidas que facilitariam a tomada de créditos elas foram vetadas pela presidência da república — lamentou Gurgacz.
O senador também pediu que o governo “não espere a pandemia passar” e seja ágil para implementar as medidas aprovadas recentemente pelo Senado em apoio ao produtor rural.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado