domingo, 7 de junho de 2020

MUNDO

Na contramão da Europa, Suécia optou por uma política relaxada em relação à pandemia. Agora um número considerável de imigrantes críticos à abordagem pretende ir embora do país assim que possível.

Moradores de Estocolmo aproveitam o domingo de sol em um dos parques da cidade em 22 de março — Foto: TT News Agency/Anders Wiklund via Reuters


Eva Panarese cresceu na Itália, de mãe sueca, e sempre sonhou ir morar na Suécia. Dois anos atrás, conseguiu fazer a mudança: ela, o marido e os filhos estavam felizes com sua nova vida. Como para tantos outros, porém, a chegada da pandemia de Covid-19 à Europa representou uma reviravolta.
Após retornarem de uma viagem de trabalho na Itália, em fevereiro, o marido e o filho ficaram doentes. "Fiquei bem chocada pelo modo como o hospital lidou com a situação: sem máscaras, nada, nós poderíamos ter levado o coronavírus para o hospital", comenta Panarese.
O diagnóstico foi pneumonia, seu filho se recuperou rapidamente, mas o marido continuou doente. Para evitar que ele contraísse Covid-19 das crianças, decidiu mantê-las em casa. Mas a escola se opôs, e a mãe passou a receber diariamente telefonemas e cartas ameaçadoras. "Eles não se importam se você tem uma pessoa em risco em casa, se o seu filho está saudável, ele tem que ir à escola", queixa-se.
Na Suécia é ilegal deixar de enviar à escola uma criança saudável, e cabe aos diretores decidirem se um aluno pode ficar em casa. A imprensa tem noticiado sobre diversos casos de escolas e prefeituras ameaçando pais que mantenham seus filhos em casa com multas, denúncias aos serviços de saúde ou reprovação do aluno.
A solução encontrada por Panarese foi abandonar seu país dos sonhos: "Vou manter meu emprego na Suécia e simplesmente me mudar para a Dinamarca que fica só a 30 minutos de carro , onde eles são sensíveis às famílias em risco."

Ameaça de deportação para trabalhadores estrangeiros

Enquanto a maioria dos países adotou medidas de confinamento para evitar o alastramento do vírus, a Suécia optou por outro caminho, divulgando diretrizes informais sobre distanciamento social, deixando abertas escolas, restaurantes e bares, e pedindo aos cidadãos para agirem com responsabilidade.

A estratégia suscitou tanto louvor quanto condenação, no país e no exterior. Atualmente, A Suécia, com 10,2 milhões de habitantes apresenta cerca de 42 mil casos de Covid-19, com 4.560 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Na última quarta-feira, era o quinto país do mundo em mortes para cada 100 mil habitantes (43,3). Ainda está abaixo de outros europeus mais atingidos pela pandemia, como Espanha (58,1), Reino Unido (58,9) e Itália (55,4). Mas supera de longe as vizinhas Dinamarca (9,9), Finlândia (5,8) e Noruega (4,4), que impuseram bloqueios muito mais duros no início da pandemia.
Assim como Panarese, os cidadãos que se sentem negativamente afetados pela política, ou que prefeririam que o país tivesse agido diferente, estão fazendo planos para se mudar, assim que a crise global tenha passado.

"A sequência da pandemia verá uma hemorragia de talentos estrangeiros", prevê Emanuelle Floquet, diretora de projetos do think tank sueco Working for Change Matters, dedicado à diversidade cultural nas empresas. "Muitos estão também perdendo o emprego e cairão para ainda mais baixo na lista de prioridades, muito atrás dos suecos."
Com base em postagens no Facebook, Floquet detecta duas tendências entre os grupos de imigrantes: os que apoiam fortemente a estratégia de Estocolmo e os que querem ir embora. Numa enquete informal, 350 estrangeiros indicaram que estão no processo de emigrar ou planejam fazê-lo.

O governo projeta uma taxa de desemprego de 9% em 2020, a mais alta em mais de 20 anos. Isso significa que 500 mil dos 6,4 milhões de cidadãos aptos estariam sem trabalho até o fim do ano. Por outro lado, de acordo com a lei sueca, estrangeiros com visto para trabalho têm até três meses para encontrar um novo emprego.
Contudo encontrar trabalho dentro desse prazo também pode não bastar para garantir a permanência. Uma especialista em TI nigeriana que não quer seu nome publicado, por medo de represálias relata ter recebido recentemente um aviso de deportação, apesar de ter encontrado emprego no prazo estipulado.

A justificativa das autoridades de imigração foi que a vaga não fora divulgada pela Agência Sueca de Emprego Público, mas só listada no Linkedin, onde a especialista a encontrou. Agora ela está insegura quando ou se poderá partir, já que o espaço aéreo nigeriano está fechado.

O preço de uma voz crítica

Em abril, diretor do departamento de imigração sueco declarou que assalariados e requerentes de asilo estrangeiros que perderam o emprego poderiam perder também seu visto para trabalho, sem uma nova legislação. Outros países da União Europeia, como a França, prorrogaram automaticamente todos os vistos por mais seis meses.
"Não sei se os talentos irão embora por causa da política da Suécia para o coronavírus", comenta Matt Kritteman, especialista em migração da Fundação Diversify, engajada pelos direitos dos trabalhadores estrangeiros. "Mas sabemos, sim, que as autoridades disseram muito claramente a todos o que vai acontecer seu uma legislação."
Para a epidemiologista belga Nele Brusselaers, é tarde demais: após oito anos na Suécia, ela pretende emigrar. Funcionária do prestigioso Instituto Karolinska, ela tem sido uma das opositoras mais veementes da estratégia nacional para a epidemia, e descobriu que se pronunciar criticamente pode ter um alto custo.
"Sou vítima de trolls e insultada porque me preocupo pela segurança dos meus alunos, amigos, colegas e suas famílias", comentou em e-mail à DW. Em sua opinião, a confiança que muitos residentes estrangeiros tinha na Suécia está abalada, possivelmente para sempre.
"Toda escola, por todo o mundo, se preocupa com a segurança dos seus professores e alunos menos na Suécia. Todo hospital ou estabelecimento de cuidados se preocupa com a saúde e segurança dos seus empregados, pacientes e residentes menos na Suécia. Ninguém assume responsabilidade, ninguém assume a culpa. Ninguém parece se importar."

FONTE: Deutsche Welle

GDF inicia campanha contra violação de direitos da criança e do adolescente

DIREITOS HUMANOS

Coordenada pela Secretaria de Justiça, ação tem como objetivo conscientizar a população para denunciar casos de violência contra os menores

Segundo análise do Ministério da Mulher relativa a 2019, 56% das violações de direitos de crianças e adolescentes ocorreram na casa da vítima | Foto: Divulgacão

O aumento no número destes casos de violação durante a pandemia infelizmente é uma tendência mundial. De acordo com dados divulgados pela ONG World Vision, que trabalha com projetos visando crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade, até 85 milhões de pessoas entre 2 e 17 anos poderão ser vítimas de violência física, emocional e sexual em todo o planeta nos próximos três meses.
Por isso, a Sejus reforça a importância do ato de denunciar estes casos, em situação de flagrante ou não. Crianças e adolescentes também são encorajadas a denunciar e, aliado a isso, Passamani também ressalta a importância de um outro trabalho realizado pela Sejus.
“É nosso papel orientar e conscientizar as crianças, por isso fazemos campanhas informativas, com abordagens específicas para cada idade e de um jeito atencioso, explicando sobre o seu corpo, o que pode e não pode, de uma forma que elas possam entender sem se sentirem agredidas. Com o propósito de prevenção a qualquer tipo de violência”, reforça Passamani.

Como denunciar?

Para que os casos sejam corretamente registrados e encaminhados aos órgãos responsáveis, algumas informações são solicitadas:
  • Identificação do denunciante, ou omissão caso queira guardar anonimato;
  • Um breve relato da situação – qual o tipo de violação e a frequência com que está ocorrendo;
  • Descrição dos envolvidos (crianças, adolescentes e agressores) por características físicas, idade e sexo; e
  • Endereço completo para averiguação e encaminhamento para o Conselho Tutelar da região. 
  • “É dever da sociedade comunicar esses casos de violência”Marcela Passamani, secretária de Justiça
Em casos de flagrante, a violação que está sendo cometida pode configurar um crime. Ainda assim, a Sejus solicita que os órgãos do Sistema de Garantia de Direitos sejam acionados e, conforme a especificidade da violação, a delegacia da região ou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente também serão mobilizadas.
Atualmente, existem três opções de denúncias de violações aos direitos da criança e do adolescente: Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca), Conselhos Tutelares e Disque 100.

Cisdeca

A coordenação possui uma central telefônica que recebe notificações de segunda à sexta, das 8h às 18h; e sábados, domingos e feriados durante 24 horas. Os telefones são: 3213-0657, 3213-0763 ou 3213-0766. As denúncias também podem ser feitas pelo e-mail cisdeca@sejus.df.gov.br.
A Cisdeca é vinculada à  Sejus através da Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes.

Conselhos Tutelares

As 40 unidades dos Conselhos Tutelares do DF recebem denúncias pelo telefone de segunda à sexta, das 8h às 18h, além de possuírem um celular institucional de plantão. Todos os números estão disponíveis neste link.

Disque 100

A terceira alternativa é administrada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH). O Disque 100 recebe denúncias pelo telefone por meio de ligações gratuitas e que podem ser feitas de qualquer terminal telefônico. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e também em feriados.

Violência sexual

Um dos dados mais alarmantes do levantamento feito pela Sejus trata da violência sexual. Entre 23 de março e 19 de maio deste ano, o número de denúncias desse tipo no DF aumentaram 70% – 51 casos registrados neste ano contra 31 no mesmo período do ano passado.

* Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania, da Agência Brasil e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
O perfil de quem comete atos de violência sexual contra crianças e adolescentes também foi traçado pelo ministério: 87% dos registros denunciados ao Disque 100 são do sexo masculino, e em 62% dos casos os agressores possuem entre 25 e 40 anos.

FONTE:AGÊNCIA BRASÍLIA

sábado, 6 de junho de 2020

Centenas de motoboys ganham itens de proteção do GDF

COVID-19

Máscaras, álcool em gel e cartilha com dicas para evitar a disseminação do coronavírus foram distribuídos pelo programa Todos Contra a Covid

 Foto Vinícius de Melo / Agência Brasília


O início da tarde deste sábado (6) foi de orientação e proteção para centenas de motoboys que receberam kits com álcool em gel, máscaras reutilizáveis e cartilhas, em ação promovida pelo programa Todos Contra a Covid, do Governo do Distrito Federal (GDF). Mais de 1,2 mil entregadores já receberam os itens de proteção até agora em dezenas de restaurantes da cidade.

 Desta vez, a Galeteria Serrana, na 404 Sul, foi o ponto de entrega.Para o empresário Luziano de Olveira, que mantém o estabelecimento há 12 anos, embora o faturamento nos tempos de pandemia representem, apenas, 30% do que vendia normalmente, o serviço de delivery é o que tem mantido a galeteria nestes últimos meses. “Nunca imaginei que passaríamos por isso, aliás, a expectativa para 2020 era muito boa. Para manter o empreendimento, contudo, tive que aderir aos aplicativos”, explicou.

E com o aumento significativo dos serviços de entrega em todo o Distrito Federal, orientar os motoboys tem sido uma grande arma para evitar a proliferação do coronavírus. “Eles estão hoje na linha de frente do comércio. Estamos abraçando a categoria que já foi tão marginalizada e agora está fazendo a economia girar”, ressaltou o vice-governador Paco Britto, que coordena o programa do GDF.

Além da distribuição dos kits, Paco e sua esposa, Ana Paula Hoff, explicam ponto a ponto, o que os profissionais devem fazer para evitar o contágio da Covid-19. “Esse vírus mata! As nossas armas, neste momento, são o uso da máscara, a higienização das mãos e das motos e a responsabilidade com o próximo”, enfatizou o vice-governador. “Cuidar de vocês é cuidar das suas famílias e cuidar das famílias para quem vocês estão entregando o alimento”, completou.

As máscaras doadas no kit foram confeccionadas pela Fábrica Social do GDF e o álcool gel doado pelo Grupo Brasal ao comitê. “É ótimo receber mais máscaras para a gente poder trocar ao longo do dia e o álcool então, nem se fala. A gente compra, mas acaba muito rápido e como hoje eu estou garantindo comida na mesa graças ao serviço como motoboy, qualquer economia conta”, disse o entregador Caio Oliveira, que aderiu ao serviço de aplicativo há apenas 3 semanas.

A entrega dos kits foi acompanhada, ainda, pelo presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Distrito Federal (Sindmoto-DF), Luíz Carlos Galvão. “Muito importante esse trabalho de conscientização e de ajuda aos motoboys”, frisou. O Sindmoto-DF representa os mais de 15 mil profissionais dos serviços de entregas existente na capital.

Cartilha

Aproveitando o momento em que as informações são a arma mais importante na luta contra a Covid-19, o programa do GDF juntou, na mesma cartilha, dicas de cuidados para prevenir a doença causada pelo coronavírus, mas também contra outra doença que tem crescido bastante no DF: a dengue. “São duas guerras importantes que temos que ganhar”, lembrou o vice-governador.No impresso, dicas de como higienizar as mãos, o uso das máscaras, informações sobre formas de contágio, importância da limpeza da casa e de itens de alimentação. 

Uma parte, porém, é toda dedicada às instruções de como combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de uma série de doenças, entre elas dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Doe para o comitê 

Todos Contra a Covid

Banco de Brasília (BRB) – 070

Agência: 0027

Conta Poupança: 0027.049528-2

CNPJ: 02.174.279/0001-55

Instituto BRB de Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Socioambiental

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Mortes por Covid-19 no Brasil superam as causadas pela gripe espanhola

COVID-19
Entre 1918 e 1920, 35 mil pessoas morreram no País, incluindo o então presidente da República eleito, Rodrigues Alves

Pandemia de gripe espanhola devastou o País no início do século 20 - Foto: Biblioteca Nacional Digital/Agência Senado


Com a confirmação de 35.026 mortes por Covid-19 no Brasil, segundo boletim do Ministério da Saúde dessa sexta-feira (5), o número ultrapassou o de óbitos causados pela gripe espanhola, há um século. Entre 1918 e 1920, 35 mil pessoas morreram no País, incluindo o então presidente da República eleito, Rodrigues Alves.

A pandemia de gripe espanhola é considerada “a mãe das pandemias” por ter matado mais de 50 milhões de pessoas ao redor do globo, cuja população era de 2 bilhões, com uma letalidade de 2,7%. Em números absolutos, a pandemia do novo coronavírus já pode ser considerada a mais mortal da história do Brasil. Na época da gripe espanhola, a população do País era de pouco mais de 28 milhões de habitantes. Hoje, são mais de 210 milhões.



Mortos por Covid-19 no BrasilFoto: AFP



Com os 35 mil mortos, o Brasil não foi dos países mais atingidos pela pandemia de gripe espanhola, que deixou de 12 a 17 milhões de mortos na Índia, mais 1 milhão na China e cerca de 600 mil nos Estados Unidos. Estima-se que a doença matou mais gente que nas duas Guerras Mundiais ocorridas no século 20 e mais que a Aids em 40 anos.

De acordo com a Biblioteca Nacional dos Estados Unidos, pelo menos um terço dos habitantes do planeta, algo em torno de 500 milhões de pessoas foram infectados pelo vírus H1N1, causador da gripe espanhola.

Agora, com a Covid-19, no entanto, o País é o atual epicentro da pandemia, com mais de 1 mil mortes a cada dia. O Brasil ocupa o segundo lugar no total de casos, atrás apenas dos Estados Unidos e o terceiro em mortes, com os EUA em primeiro e o Reino Unido em segundo. Em todo o mundo, o novo coronavírus já causou até este sábado (6) pelo menos 394 mil mortes.

Gripe espanhola
A epidemia de gripe espanhola, a partir de 1918, foi o surto de gripe mais grave do século 20. A doença era transmitida de pessoa para pessoa por meio de secreções respiratórias. A gripe foi causada por um subtipo H1N1 do vírus Influenza.

Estudos indicam que a epidemia começou a ser registrada nos Estados Unidos, no estado do Kansas. O primeiro surto ocorreu inicialmente em março de 1918, durante a Primeira Guerra Mundial. Em julho, o vírus atingiu a Polônia. A gripe era seguida, normalmente, de uma pneumonia, que podia matar poucos dias depois do aparecimento dos sintomas da gripe.

Como a Espanha foi neutra na Primeira Guerra Mundial, a imprensa local – que não estava sob censura em razão do conflito – noticiava normalmente as ocorrências relativas à pandemia no país. Nos demais países que participavam do conflito, o tema era censurado nos jornais. Dessa forma, ilusoriamente, a Espanha registrava maior número de casos da doença, que acabou sendo batizada com o nome do país europeu.

No Brasil, a epidemia chegou em setembro de 1918, por meio do navio inglês  Demerara, vindo de Lisboa, em Portugal. Dele, desembarcaram pessoas no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. Em pouco mais de duas semanas, além dessas cidades, surgiram casos de gripe em outras localidades do Nordeste e em São Paulo. Estima-se que, só no Rio de Janeiro, tenham morrido 14.348 pessoas. Em São Paulo, cerca de 2 mil pessoas morreram.

FONTE: PORTAL FOLHA PE

DF registra 34.456 casos de dengue

SAÚDE DF

FOTO: REPRODUÇÃO DIÁRIO DO AÇO
A dengue  é motivo de preocupação no Distrito Federal e a Secretaria de Saúde intensificou as ações para combater o Aedes aeypti por meio do Sanear Dengue. No entanto, mesmo com todo o esforço dos agentes de Vigilância Ambiental e de outros órgãos do governo do DF que participam dos trabalhos diariamente, é preciso que a população faça sua parte para que o mosquito seja vencido. Até a Semana Epidemiológica 21 (dados que compreendem o período de 29/12/2019 a 23/05/2020), 34.456 casos da doença foram registrados. Comparando com o mesmo período do ano passado, quando os registros apontavam 23.890 casos prováveis, o aumento foi de 44,2%.Já o número de óbitos por dengue caiu comparando com 2019. Esse ano foram registradas 25 mortes, sete a menos até a mesma semana epidemiológica ano passado. A regiões com registro, em 2020, foram: Gama (5), Ceilândia (3), Sobradinho I (3), Guará (2), Planaltina (2), Santa Maria, Riacho Fundo II, Fercal, Sobradinho II, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Lago Sul, Paranoá e Recanto das Emas registraram um óbito, cada.
O informativo traz ainda 41 casos de dengue grave e 548 casos de dengue com sinais de alarme, que podem evoluir para a forma grave. O tipo de vírus que circula na população em maior proporção é do tipo DenV-1.
Alerta
 O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, alerta que é preciso lembrar que a Dengue pode matar e a pessoa pode pegar mais de uma vez, pois há quatro tipos de vírus. “A Dengue continua sendo uma doença séria e grave, por isto o mais importante é a população prevenir, evitando, por exemplo, jogar recipientes plásticos, entulhos ao ar livre ou deixar vasos de plantas com água parada, calhas de telhado entupidas, tanques de água descobertos que acumulam água e favorecem a proliferação do mosquito”, ressaltou.
Para combater o problema, o Distrito Federal trabalha com ações de rotina, todos os dias e em todas as Regiões Administrativas, e com ações focais com o programa Sanear Dengue. A visitação de rotina acontece diariamente nas casas, comércio e prédios públicos com tratamento de foco e orientação da população pelas equipes dos núcleos de Vigilância Ambiental de suas cidades. Já no Sanear Dengue, é realizada uma força tarefa que passa pelos locais com maior registro da doença. A área vai, in loco, identificar os possíveis focos e faz o tratamento adequado dos potenciais criadouros.
O Sanear Dengue também faz o recolhimento de inservíveis, lixo, carcaças de carros, aplicação de UBV pesado (fumacê) móvel e intercostal, colocando armadilhas para captura do mosquito e tratamento de reservatórios com larvas. Além dos órgãos do GDF como Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros e Administração Regional, a Secretaria de Saúde conta com apoio de militares do Exército.
Para Edgar Rodrigues, diretor da Vigilância Ambiental, a luta diária precisa do apoio incondicional da população e lideranças comunitárias. Ele relata que, apesar da equipe fazer a varredura dos locais, na semana seguinte à ação, agentes de Vigilância Ambiental relatam lixo nos mesmos locais, como despejo de entulhos, móveis e materiais diversos que podem acumular água, se tornando um criadouro para o mosquito. Para Edgar, as ações do Sanear Dengue são um esforço a mais que só é possível mediante as parcerias que ajudam a aumentar a capacidade do grupo de trabalho já existente.
“Estamos diariamente nas ruas e não conseguimos fazer a parte que a população precisa colaborar. Temos muitas casas com reservatórios que ficam na altura do chão, que é o reservatório predominante no DF. Ou seja, a população pode cuidar. Isso pode ser balde, prato de plantas, bebedouro de cachorro, até piscinas que já achamos larvas. Então, batemos na tecla que o mosquito ama morar na sua casa e é lá que ele está presente em 90% dos casos. Inclusive, com o confinamento, as pessoas estão mais expostas a serem picadas. Estudos mostram esse comportamento do mosquito”, destacou.
Alta incidência
 Entre as regiões mais afetadas estão Ceilândia, Gama, Santa Maria, Taguatinga, Samambaia e Guará. Sobre as Regiões de Saúde do DF, a região de Saúde Sudoeste apresentou 8.282 casos (24%), seguida das Regiões Sul, 7.225 casos (21%), e Norte, 4.967 casos (14,4%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de casos, a Região Sul apresenta a maior taxa de incidência (2.646,92 por 100 mil habitantes) (Tabela 2). Isso quer dizer que há uma concentração maior da doença entre os moradores dessa região e, consequentemente, mais possibilidade de contágio.
No geral, o Distrito Federal está com alta incidência, estando uma região administrativa com média incidência (Sudoeste/Octogonal).
Prevenção
 O morador além de realizar o cuidado ambiental em sua casa e vizinhança, precisa utilizar alguns cuidados como o uso de repelentes, se possível colocar tela mosquiteira nas janelas, bem como evitar estar fora de sua casa em momentos em que o mosquito costuma atacar mais.
Próximas ações do Sanear Dengue:
Ceilândia – 08/06/2020
Pôr do Sol e Sol Nascente – 09/06/2020
Planaltina – 10/06/2020
Sobradinho I – 11/06/2020
Sobradinho II – 12/06/2020
Santa Maria – 15/06/2020
Gama – 16/06/2020
Guará – 17/06/2020
Paranoá – 18/06/2020
FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

sexta-feira, 5 de junho de 2020

CGU tem canal para denúncia sobre possíveis fraudes no auxílio emergencial

BRASIL

CGU tem canal para denúncia sobre possíveis fraudes no auxílio ...

30.abr.2020 - Pessoas se aglomeram em frente a uma agência da Caixa enquanto esperam para sacar o auxílio emergencial de R$ 600Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta sexta-feira (5) a lista de todos os brasileiros que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 do governo por conta da pandemia de coronavírus.

Na listagem publicada hoje, onde aparece o nome e alguns números do CPF do beneficiário, há a opção para denunciar um benefício concedido de forma indevida ou ainda apontar que o próprio cidadão recebeu o crédito indevidamente. Neste caso, o indivíduo por pedir para fazer a devolução.

De acordo com a CGU, a denúncia sobre supostas irregularidades pode ser feita de forma anônima, bastando escolher a opção "Não identificado". Clique aqui para fazer uma denúncia.

O órgão firmou uma parceria com o Ministério da Cidadania para apurar as irregularidades na concessão do benefício. O acordo inclui o tratamento de denúncias, bem como a análise de indícios de fraudes detectados pelo órgão. "As inconsistências detectadas são encaminhadas ao MCid para análise e, caso se confirme a fraude, realizar a suspensão do benefício e cobrança de parcelas pagas indevidamente", explicou a assessoria da CGU.

O acordo de Cooperação Técnica (ACTA) entre os dois órgãos prevê a troca de informações e de documentos, além do acesso às bases de dados relacionadas ao Programa Bolsa Família (PBF), Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Cadastro Único, necessários à fiscalização do cumprimento aos requisitos legais exigidos para pagamento do auxílio emergencial.

Criado em abril para atender a população de baixa renda durante a pandemia de coronavírus, o auxílio emergencial de R$ 600 também foi parar no bolso de muitas pessoas que não têm direito a ele. Conforme mostrou reportagem do UOL, quem fraudou o sistema para receber o dinheiro ou o recebeu indevidamente e não devolveu pode responder criminalmente por isso.


FONTE: UOL

Pão de banana sem glúten

RECEITAS

FOTO: REPRODUÇÃO  CLICK BAHIA

Rendimento: 12 fatias
Tempo de cozimento: 1 hora, 20 minutos
Tempo total: 1 hora, 30 minutos

Ingredientes

  • 1/2 xícara de óleo de abacate
  • 2 ovos batidos
  • bananas maduras , amassadas
  • 1/2 xícara de mel ou xarope de bordo
  • 1/4 xícara de leite de sua preferência (idealmente sem açúcar, se você estiver usando leite vegetal)
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • 1 3/4 xícaras de farinha de trigo sem glúten
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 2 colheres de sopa de linho moído
  • 1/2 xícara de lascas de chocolate semidoces ou 1/2 xícara de nozes picadas (opcional)

FONTE: CLICK BAHIA

instruções

  1. Pré-aqueça o forno a 325 graus Fahrenheit. Unte uma forma de pão com óleo de abacate ou spray de óleo ou alinhe-o com papel manteiga.
  2. Amasse as bananas, bata os ovos e, em seguida, misture as duas com óleo, mel, leite e baunilha em uma tigela grande.
  3. Adicione a farinha, o bicarbonato de sódio e o linho e misture até ficar bem combinado.
  4. Dobre em pedaços de chocolate e / ou nozes picadas, se estiver usando.
  5. Despeje a massa em uma forma untada e leve ao forno por 1 hora e 20 minutos ou até que um palito inserido no centro saia limpo.
  6. Armazene o pão de banana sem glúten em um recipiente hermético; permanecerá no balcão por três a quatro dias e na geladeira por mais tempo.
Informações nutricionais por fatia *: 238 calorias, 11g de gordura, 1,5g de gordura saturada, 30g de carboidratos, 12g de açúcar, 4g de proteína, 4g de proteína, 2g de fibra
* Quando feito com 2% de leite, sem chocolate ou nozes – as informações nutricionais exatas variam de acordo com o tipo de farinha, leite e qualquer adição.

Bolsonaro diz que Brasil pode sair da OMS

GOVERNO

Presidente fez críticas ao trabalho da organização na pandemia


© Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) na pandemia e disse que o governo pode deixar a organização, que atuaria, segundo ele, "com viés ideológico". No fim de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da OMS, congelando repasses que o governo norte-americano faria à entidade.
"E adianto aqui, os Estados Unidos saíram da OMS, e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem viés ideológico, ou vamos estar fora também. Não precisamos de ninguém de lá de fora para dar palpite na saúde aqui dentro", disse Bolsonaro a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada, na noite desta sexta-feira (5).
O presidente fez referência à controvérsia causada pelas pesquisas que a OMS conduzia sobre a hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus. "Para que serve essa OMS? A OMS recomendou há poucos dias não prosseguir mais com os estudos sobre a hidroxicloroquina, e agora voltou atrás. É só tirar a grana deles que eles começam pensar de maneira diferente", disse Bolsonaro.
A OMS retomou esta semana os estudos com o medicamento, após aplicar uma suspensão dos testes por 10 dias, depois da revisão de um estudo publicado pela revista médico-científica The Lancet.
A Organização Mundial da Saúde é uma agência internacional especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). Sua sede é em Genebra, na Suíça. A OMS é composta por 194 Estados-Membros e dois membros associados. No caso do Brasil, para aderir à organização, o país ratificou internamente um tratado internacional de criação da agência. Uma eventual saída desse tratado teria que passar pelo Congresso Nacional.

Divulgação de balanço

Durante a entrevista, o presidente Jair Bolsonaro também comentou a mudança de horário na divulgação do balanço das infecções e mortes por covid-19, atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde. Desde a última quarta-feira (3), a pasta só envia os dados consolidados do dia por volta das 22h. Antes, esse balanço era enviado por volta das 19h.
"É para pegar os resultados mais consolidados e tem que divulgar os mortos do dia. Ontem, os mortos eram de dias anteriores. Se quiser, faz um consolidado para trás, mas tem que mostrar os mortos do dia", disse Bolsonaro, sobre a metodologia de divulgação adotada pelo Ministério da Saúde.
Em comunicado à imprensa, o ministério informou que os números de casos de covid-19 e de mortes causadas pela doença são repassados à pasta pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. O ministério acrescenta que analisa e consolida os dados e que em alguns casos "há necessidade de checagem junto aos gestores locais". "Desta forma, o Ministério da Saúde tem buscado ajustar a divulgação dos dados, que são publicados diariamente na plataforma covid.saude.gov.br", destaca o texto.
Edição: Juliana Andrade

FONTE: AGÊNCIA BRASIL