domingo, 31 de maio de 2020

Pandemia avança na América Latina enquanto o mundo tenta retomar a vida normal

CORONAVÍRUS
Os especialistas projetam semanas muito duras para a América Latina

ERNESTO BENAVIDES | Crédito: AFP
Direitos autorais: AFP or licensors
Informação extraída do IPTC Photo Metadata.

A célebre Esplanada das Mesquitas em Jerusalém reabriu as portas neste domingo, em um novo exemplo do lento retorno à normalidade no mundo, algo muito distante para a América Latina, atual epicentro da pandemia, que superou a barreira de 50.000 mortes provocadas pelo coronavírus, quase 29.000 delas no Brasil.
Mais de seis milhões de pessoas foram infectadas e pelo menos 369.086 (balanço da AFP) morreram no mundo vítimas da COVID-19, que provoca profundas divisões na comunidade internacional sobre a maneira como enfrentar a pandemia.
A crise foi demonstrada pela decisão do governo dos Estados Unidos de romper com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acusada por Washington de ser muito indulgente com a China, onde o coronavírus foi detectado em dezembro.

Os especialistas projetam semanas muito duras para a América Latina. O Brasil, com 28.834 vítimas fatais, se tornou o quarto país com mais mortes, atrás dos Estados Unidos (103.472), Grã-Bretanha (38.161) e Itália (33.229).

O país, de 210 milhões de habitantes, registra ainda o segundo maior número de contágios confirmados no planeta: 498.444 casos.

A situação no Brasil é ainda mais complicada pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de expressar oposição ao confinamento decretado por vários governadores e prefeitos, seguindo as recomendações da OMS e da comunidade científica internacional.

Bolsonaro defende, inclusive, o retorno do futebol profissional no Brasil, paralisado desde março.
Mas o Brasil não é o único foco na América Latina. A pandemia também avança com força no México, com 9.779 mortes em uma população de 120 milhões, e Peru, com 4.371 vítimas fatais para 33 milhões de habitantes e que no sábado ultrapassou a barreira de 150.000 casos confirmados.
- Esplanada das Mesquitas reabre -
O papa Francisco fez sua oração dominical pela primeira vez em três meses diante dos fiéis reunidos na praça de São Pedro, durante a qual expressou preocupação com os povos indígenas da Amazônia "particularmente vulneráveis" à pandemia de COVID-19.

O pontífice também fez um pedido para que ninguém no mundo fique sem atendimento de saúde.

Em Jerusalém, a Esplanada das Mesquitas, que abriga o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, reabriu as portas neste domingo após dois meses de fechamento devido ao coronavírus, com fiéis de máscara e fitas no chão para marcar o distanciamento necessário.

A reabertura se une a da Basílica da Natividade na terça-feira em Belém, local de nascimento de Jesus de acordo com a tradição cristã, localizada na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel. Porém, a basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém, outro local emblemático, permanece fechada.

O retorno à normalidade após um longo período de confinamento é observado de maneira mais intensa na Europa, que registra quase metade das mortes no mundo por coronavírus (177.595) e dois milhões de casos declarados, mas donde a pandemia parece finalmente sob controle.

Muitos países europeus avançam com a flexibilização do confinamento por fases, com uma possível reabertura das fronteiras internas da UE em 15 de junho.

A França reabriu parques e jardins no fim de semana. Bares e restaurantes retomarão as atividades na terça-feira, mas em Paris, região considerada de risco, a medida acontecerá com algumas restrições.

A chegada do verão no hemisfério norte e a necessidade de retomar as atividades no setor do turismo, crucial para vários países europeus, marca o ritmo do desconfinamento.

A Espanha permitirá a entrada de turistas alemães, franceses e escandinavos a partir da segunda quinzena de junho em um projeto-piloto nas Ilhas Baleares e Canárias.

A Grécia, muito dependente do turismo, autorizará os voos procedentes da UE a partir de 15 de junho. Os passageiros destes aviões não terão que passar por uma quarentena, exceto aqueles procedentes das regiões mais afetadas pela COVID-19 nos Estados europeus.

- Divisões -
A pandemia revelou as profundas divisões na comunidade internacional e provocou fortes tensões geopolíticas.

A União Europeia, que pediu solidariedade ante a progressão do novo coronavírus, pediu no sábado ao presidente americano Donald Trump que reconsidere a decisão de sair da OMS.

Com 103.758 mortos e 1.769.776 casos, Estados Unidos lideram com folga a lista de países mais afetados do mundo. Trump, que disputará a reeleição em novembro, enfrenta uma gigantesca crise de saúde, assim como os protestos contra a violência policial e o racismo após a morte de um negro em uma ação da polícia em Minneapolis.

Para mostrar a vontade de utilizar o peso de seu país no cenário internacional, Trump anunciou no sábado o adiamento da reunião de cúpula do G7 prevista para junho e que convidará mais países para o encontro. "Não acredito que o G7 represente corretamente o que acontece no mundo. É um grupo de países muito obsoleto", afirmou.

As medidas de confinamento aplicadas em grande parte do mundo provocaram protestos em vários países e aumentam as pressões para que os governos autorizem a reabertura de setores vitais da economia, para enfrentar uma crise histórica.

Quase mil pessoas protestaram no sábado em Buenos Aires contra a quarentena obrigatória, em vigor desde 20 de março para frear a propagação do coronavírus.

A Argentina, país de 44 milhões de habitantes, anunciou no sábado o recorde de contágios em apenas um dia (795). O país tem um balanço de 16.201 casos positivos e 530 mortes.

No Equador, o governo anunciou que as ilhas Galápagos reabrirão ao turismo no dia 1 de julho
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FONTE: AFP




DF registra mais sete mortes neste sábado por covid-19

SAÚDE
Com os novos registros, Brasília soma 162 óbitos, 149 de moradores do DF e 13 de estados do país. Número de casos confirmados sobe para 9.474
DF registra mais 9 mortes por Covid-19 e total chega a 123; casos ...
FOTO: REPRODUÇÃO


O Distrito Federal registrou mais sete mortes de moradores por covid-19 neste sábado (30/5). Com os novos registros, são 162 óbitos pelo novo coronavírus, sendo 149 de moradores do DF e 13 de outras unidades federativas. Com mais 752 novos casos da covid-19, o DF soma 9.474 confirmações da doença.
 
As mortes foram registradas em Águas Claras, Gama, Lago Norte, Samambaia, Sobradinho, Taguatinga e Novo Gama (GO). As vítimas tinham mais de 60 anos, todas com comorbidades.  
  
Do total de casos confirmados, 4.185 estão ativos. Desses, 71 são pessoas em estado grave, 229 em grau moderado, 2.513 são casos leves e 1.372 estão em análise. No total, 5.127 pacientes estão recuperados.
 
Ceilândia ainda é a região administrativa com mais números confirmados da doença. A cidade contabiliza 934 infectados. Em seguida, está o Plano Piloto, com 871 contaminações. O Sistema Penitenciário também está no topo dos registros, com 757 casos confirmados da doença. 
Até às 18h, 42,24% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) com suporte de ventilação mecânica da rede pública estavam ocupados. Já os hospitais particulares têm 72,85% de leitos para o novo coronavírus ocupados. Dos 221, 60 estão vagos. 

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

sábado, 30 de maio de 2020

Governo promete analisar pedido de auxílio emergencial em até 20 dias

CORONAVOUCHER
Governo promete analisar pedido de auxílio emergencial em até 20 ...


Ainda há 10,6 milhões de cadastros em análise para receber o auxílio emergencial

Atualmente, há 10,6 milhões de cadastros do auxílio emergencial que ainda não receberam resposta. O governo promete que esses pedidos serão analisados e receberão resposta em, no máximo, 20 dias.
A Advocacia-Geral da União fechou acordo com o Ministério da Cidadania e Caixa Econômica Federal, que é responsável pelo pagamento do auxílio de R$ 600. O acordo foi feito por causa de ação civil pública que a Defensoria Pública da União apresentou para que, em caso de atraso na resposta, a liberação seja automática.
A Caixa divulgou balanço sobre o benefício recentemente e revelou que 58,6 milhões de pessoas receberam o auxílio. O benefício é pago para microempreendedores individuais (MEIs), trabalhadores autônomos, informais e desempregados. Em caso de mães chefes de família, o valor de pagamento é de R$ 1.200. Recentemente, mães adolescentes também foram incluídas entre os contemplados pelo auxílio.
Apesar de parte dos cidadãos já terem recebido a segunda parcela, a Dataprev ainda tem 10,6 milhões de cadastros em análise. Deste número, 5,2 milhões estão sendo analisados pela segunda vez. A reanálise é feita quando há dados preenchidos incorretamente. O restante dos cadastros em análise são de cidadãos que tentam o auxílio pela primeira vez.

fonte: Notícias Concursos

Capital paulista prorroga quarentena até 15 de junho

COVID-19

Não haverá mudança de autorização para reabertura de nenhum setor

© Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, reforçou hoje (30) que a quarentena contra disseminação do novo coronavírus continuará normalmente na capital paulista. De acordo com Covas, não haverá nenhum tipo de mudança na autorização de funcionamento dos setores que atualmente estão proibidos de abrir à população.
Segundo decreto publicado hoje no Diário Oficial do Município, o atendimento ao público em todos os estabelecimentos de atividades consideradas não essenciais continua vedado na cidade de São Paulo até o próximo dia 15 de junho.
“Nada reabre na cidade de São Paulo a partir de 1º de junho. Já pedi tanto para a Vigilância Sanitária quanto para os fiscais das subprefeituras estarem atentos no 1º de junho porque nada reabre. Vai que tem algum desavisado que resolve reabrir no segunda-feira, ele precisa ser alertado que nada reabre a partir de segunda”, disse, em entrevista, após visitar as obras, retomadas hoje, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parelheiros, na zona sul da cidade.
De acordo com o prefeito, a partir de segunda-feira o município começará a receber propostas para a reabertura dos setores representativos das atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, comércios, escritórios e shopping centers. Esses setores deverão apresentar um planejamento, que inclui itens como a testagem dos funcionários, normas de higiene e regras de autorregulação para fiscalização. O detalhamento das exigências foram publicadas hoje no Diário Oficial do Município.
Uma vez apresentado o planejamento pelo setor à prefeitura, a proposta será avaliada pelas Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Secretaria da Saúde, depois terá de ser referendada pela Vigilância Sanitária. “Somente depois de assinado o acordo com a entidade representativa do setor é que o setor vai estar permitido a reabrir aqui na cidade de São Paulo”, destacou o prefeito.
Edição: Denise Griesinger

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Damares Alves fala das medidas tomadas no combate à Covid-19

BRASIL


Além da doença, ministra fala sobre outros efeitos da pandemia

Um conselho pra quem é pai de menina, mãe de menina: foge do ...
FOTO: REPRODUÇÃO JORNAL DO TOCATINS

A proteção aos Diretos Humanos não pode parar nunca, nem mesmo em meio a uma pandemia. Nesta semana, o Brasil em Pauta conversa com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Ela fala sobre as atividades da pasta no combate ao Covid-19 e outras questões como a violência contra a mulher que aumentou durante o distanciamento social.


AGENCIA BRASIL

Coronavírus se espalha por plataformas de petróleo no Brasil e compromete setor

PETRÓLEO
Combustível, petróleo
Junto com indústrias como mineração e processamento de carnes, o setor de petróleo passou a ser alvo de atenção em meio à pandemia (Imagem: Reuters/Jamil Bittar)
A norueguesa Equinor e a anglo-francesa Perenco estão entre as ao menos cinco petroleiras que registraram casos de coronavírus entre empregados ou contratados em plataformas e embarcações na costa do Brasil até o momento, disseram à Reuters fontes do setor.
A anglo-holandesa Shell e a local Enauta (ENAT3) tiveram um caso cada, enquanto centenas de infecções foram verificadas em campos de petróleo operados pela estatal Petrobras (PETR3PETR4).
As infecções ilustram a ameaça que o vírus representa para funcionários que trabalham abrigados em plataformas com quartos apertados e a quilômetros da costa, e levantam questões sobre a efetividade de extensos esforços de testagem que têm sido realizados para conter a propagação da pandemia nessas unidades.
Além das plataformas, isso também acontece com trabalhadores em navios de serviço e acomodações flutuantes, os chamados “floatels”, onde um único caso de Covid-19 pode levar a uma rápida disseminação do vírus.
Em outros países, os surtos em plataformas têm sido limitados a números baixos até o momento. Nos Estados Unidos, uma associação do setor disse ter registrado apenas 99 casos de coronavírus entre trabalhadores em alto-mar no país, segundo dados compartilhados com a Reuters na semana passada.
petróleo
A estatal Petrobras já registrou mais de 300 casos entre trabalhadores (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)
No Brasil, que na semana passada tornou-se o segundo país em casos e Covid-19, depois dos EUA, esse número é significativamente maior.
A reguladora ANP registrou 544 casos de infecção ativa por coronavírus até quinta-feira passada entre trabalhadores que acessaram plataformas ou unidades offshore. Esse dado não inclui recuperados e o número total de infecções não é divulgado.
Junto com indústrias como mineração processamento de carnes, o setor de petróleo passou a ser alvo de atenção em meio à pandemia porque exige que empregados trabalhem, durmam e tenham suas refeições confinados nas plataformas em alto-mar.
A Equinor registrou cerca de 60 casos até a semana passada, principalmente no campo de Peregrino, segundo uma fonte com conhecimento direto de dados da ANP e uma fonte com conhecimento das operações da empresa.
A Perenco registrou aproximadamente 40 infecções em seu campo de Pargo, segundo uma fonte do governo e uma fonte familiarizada com as atividades da companhia.
Shell e Enauta, ao serem questionadas, disseram que registraram um caso cada uma.
Em comunicado à Reuters, a Equinor reconheceu que registrou casos, mas não detalhou e nem forneceu números. A Perenco recusou-se a confirmar ou negar infecções.
Equinor
A Equinor registrou cerca de 60 casos até a semana passada, principalmente no campo de Peregrino, (Imagem: Reuters/Ints Kalnins)
Todas as quatro empresas enfatizaram que estão comprometidas em proteger os trabalhadores.
A estatal Petrobras já registrou mais de 300 casos entre trabalhadores, incluindo terceirizados, segundo a fonte do governo.
A companhia reconheceu infecções e disse na sexta-feira que o número de casos ativos entre seus 46,4 mil funcionários diretos caiu para 181, de 243 anteriormente. O número não inclui recuperados e nem terceirizados.
A Petrobras disse que adotou diversas medidas de segurança, como testes em larga escala, destacando a recente estabilização no número de casos.

Medidas adotadas

Muitas empresas de petróleo estão aumentando os testes e exigindo longos períodos de quarentena dos trabalhadores antes que eles embarquem nas plataformas, que passam por esterilizações, mas as isso não tem sido suficiente para conter todos os surtos.
Equinor
As infecções no campo de Peregrino, maior ativo internacional de produção da norueguesa, se espalharam entre trabalhadores que realizavam obras em uma nova plataforma de petróleo  (Imagem: Reuters/Ints Kalnins)
As infecções no campo de Peregrino, da Equinor, maior ativo internacional de produção da norueguesa, se espalharam entre trabalhadores que realizavam obras em uma nova plataforma de petróleo e o surto ocorreu em várias ondas, disseram as duas fontes.
Por vezes, os esforços para conter o vírus levaram a Equinor a suspender algumas atividades de construção, disseram eles.
A empresa disse à Reuters que os trabalhadores foram infectados “apesar de todas as medidas preventivas e proativas” tomadas.
A Shell disse que seu único funcionário que testou positivo para o vírus teve a infecção detectada ao desembarcar de um navio contratado pela empresa e está em quarentena. Nenhum outro trabalhador parece ter sido infectado, segundo a companhia.
A Enauta disse que um de seus contratados contraiu o vírus, mas já se recuperou.
A Petrobras não vinha conseguindo fornecer testes universais para todos trabalhadores e contratados antes que eles embarquem nas plataformas, o que tem sido alvo de críticas de sindicatos.
PETR4 Petrobras
A Petrobras não vinha conseguindo fornecer testes universais para todos trabalhadores e contratados antes que eles embarquem nas plataformas (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)
Segundo a fonte do governo e uma quarta fonte, com conhecimento das operações da Petrobras, os testes têm sido realizados em diferentes ritmos a depender de cada região, em meio a dificuldades para encontrar laboratórios dispostos e capazes de processar os resultados.

Uma porta-voz da Petrobras disse à Reuters que a empresa tem aumentado sua capacidade de testagem conforme a disponibilidade do mercado e agora promove testes para todos os trabalhadores antes que eles embarquem, exceto no Rio Grande do Norte.

FONTE: REUTERS

Brasil abriu 846,9 mil empresas no primeiro trimestre

EMPRESAS
agencia brasil
No primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas, o que significa saldo líquido (abertura menos fechamentos) de 554.579 novos negócios no país de janeiro a março (Imagem, agencia brasil/Welton Máximo)
O país vinha abrindo mais empresas antes da pandemia do novo coronavírus, revela levantamento divulgado pelo Ministério da Economia. De janeiro a março, 846.957 empresas foram abertas em todo o Brasil.
Isso representa 14% a mais em relação ao último trimestre de 2019 e 8,6% a mais que o total de empresas abertas no primeiro trimestre do ano passado.
As atividades de maior crescimento foram, na ordem: cabeleireiros, manicure e pedicure (com 45.397 empresas abertas); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (42.864 empresas abertas); promoção de vendas (36.120 empresas abertas); obras de alvenaria (29.929 empresas abertas); e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar (23.383 empresas abertas).
No primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas, o que significa saldo líquido (abertura menos fechamentos) de 554.579 novos negócios no país de janeiro a março. O Brasil encerrou o período com 18.296.851 empresas ativas.
O tempo médio para a abertura de uma empresa no país no primeiro trimestre de 2020 ficou em 3 dias e 16 horas. Nos mesmos meses do ano passado, a média nacional estava em 5 dias e 9 horas.

Ferramenta

Os números foram obtidos por meio da ferramenta Mapa de Empresas <https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas>, lançada pelo Ministério da Economia para monitorar o empreendedorismo no país, com informações sobre a abertura e o fechamento de empresas, a localização dos negócios, o ramo de atividade, o tempo médio de abertura e a natureza jurídica (empresa individual, sociedade aberta, cooperativa e outros).
Segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o site expõe dados úteis para o desenvolvimento de empresas e a modificação dos negócios existentes.
Com base nessas informações, o empresário pode fazer análise de mercados, medir a concorrência e rastrear clientes e fornecedores por tipo de atividade econômica.
Os dados serão atualizados uma vez por mês. O sistema foi desenvolvido em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Cruzamento de informações

O cruzamento de informações foi possível por causa da desburocratização das Juntas Comerciais em todo o país. No fim do ano passado, a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) simplificou a abertura de empresas e de filiais, além de acelerar a transferência, a alteração e a extinção de registros <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-11/empresas-poderao-abrir-filiais-em-outros-estados-instantaneamente>.
Coordenada pelo Ministério da Economia em associação com entidades de empresas e representantes das Juntas Comerciais, a Redesim discutiu, por quase dois anos, medidas para simplificar o processo de abertura e de fechamento de empresas. Com os dados obtidos de forma mais rápida e regionalizada, as informações podem ser cruzadas.
Segundo o Ministério da Economia, a ferramenta pode ser usada na formulação de políticas públicas por prefeituras e governos estaduais. Isso porque o Mapa de Empesas permite verificar qual tipo de atividade está crescendo ou decaindo, em quais estados e municípios, e permite analisar o tempo médio para iniciar novos negócios em determinada localidade, buscando acelerar o processo nas áreas em que a demora é maior.
O tempo médio de abertura do negócio leva em conta o cumprimento da etapa da viabilidade – em que município e Junta Comercial confirmam a possibilidade de a empresa estabelecer-se no endereço indicado e usar o nome escolhido – e da etapa do registro – em que a Junta Comercial arquiva os documentos da empresa e fornece número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

EUA anunciam mais US$ 6 mi para ajudar Brasil no combate à pandemia

MUNDO
EUA anunciam mais US$ 6 mi para ajudar Brasil no combate à ...
FOTO: REPRODUÇÃO O DIA
A embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou a doação de mais US$ 6 milhões de dólares para ajudar o Brasil a mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. O total doado pelos EUA até o momento é de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões).
O novo recurso foi disponibilizado pela Assistência Internacional a Desastres (IDA) da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e deverá ser empregado em atividades emergenciais em saúde, água, saneamento e higiene. A prioridade é a ajuda a populações na região amazônica, informou a embaixada.
O anúncio da embaixada foi feito ontem (29), mesmo dia em que os EUA passaram a proibir a entrada de viajantes que tenham passado pelo Brasil nos 14 dias anteriores à viagem. O decreto que prevê a medida foi assinado em 24 de maio pelo presidente norte-americano Donald Trump.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Quem são os astronautas da Nasa (e melhores amigos) que foram ao espaço em nave da SpaceX

MUNDO

Lançamento, que aconteceu na tarde de sábado (30/05), será transmitido ao vivo pela Nasa


Bob Behnken e Doug Hurley na Flórida em 20 de maio, quando lançamento precisou ser adiado por conta do mau tempo (Foto: Reuters via BBC)

Doug Hurley e Bob Behnken protagonizam um episódio importantíssimo para a Nasa, a agência espacial americana, neste fim de semana.
Neste sábado (30/05), quebraram um hiato de nove anos para a agência espacial, que não lançava seus astronautas do próprio solo americano desde 2011, quando seus ônibus espaciais foram aposentados. O lançamento foi transmitido pelo site da Nasa.
Após a tragédia com a missão Columbia em 2003, a agência revisou completamente sua operação com ônibus espaciais, comprando assentos para seus astronautas — a um custo de dezenas de milhões de dólares por voo — na nave russa Soyuz.
Sua empresa e a Boeing foram escolhidas pela Nasa para participar do projeto C3PO, que abriu oportunidades comerciais para transporte de astronautas e carga para o espaço. Desde 2014, as empresas vêm refinando e testando seus projetos, supervisionados pela Nasa.
Foi uma fase transitória até que o programa Commercial Crew & Cargo Program Office (C3PO) desse seus primeiros frutos. É aí que entra o bilionário Elon Musk, fundador e diretor da SpaceX.
 O veículo de Musk foi o primeiro a ir para o espaço. Hurley e Behnken viajarão para a Estação Espacial Internacional na elegante cápsula Crew Dragon. "Já passou da hora de lançar um foguete americano da costa da Flórida para a Estação Espacial Internacional, e estou certamente honrado em fazer parte disso", disse Hurley, 53 anos, no início deste mês.
Behnken, 49 anos, acrescentou: "No meu primeiro voo (para o espaço) eu não tinha um filho, então estou realmente empolgado em compartilhar esta missão com ele".
A Crew Dragon será a primeira espaçonave desenvolvida por uma empresa privada a levar astronautas da Nasa para fora da Terra  (Foto: Nasa via BBC)
A Crew Dragon será a primeira espaçonave desenvolvida por uma empresa privada a levar astronautas da Nasa para fora da Terra (Foto: Nasa via BBC)
A Nasa escolheu dois de seus astronautas mais experientes para ajudar a SpaceX a preparar o Crew Dragon para o lançamento. Os dois também são amigos de longa data.
"Ter a sorte de voar com seu melhor amigo... acho que muitas pessoas gostariam disso", comemora Hurley.
Quando decolaram acoplados a um foguete Falcon 9, suas parceiras estavam muito atentas, não só por motivos pessoais, mas também profissionais. Explica-se: elas são astronautas também.

A esposa do coronel Hurley, Karen Nyberg, já foi para o espaço duas vezes, a bordo do ônibus espacial da agência e da Soyuz, se aposentando da Nasa este ano. Eles têm um filho de 10 anos, Jack, cujos primeiros anos de vida foram comemorados em meio às incusões espaciais dos pais.

Nyberg começou seu treinamento para uma missão na estação espacial apenas alguns meses após o nascimento de Jack. Enquanto isso, Hurley estava se preparando para seu próprio voo — pilotando a última missão de um ônibus espacial da Nasa. Às vezes, Nyberg levava Jack para a Rússia, outras vezes a criança ficava em casa no Texas.
O coronel da Força Aérea Behnken é casado com Megan McArthur, que voou na última missão de serviço ao Telescópio Espacial Hubble em 2009.
Como membro ativo do corpo de astronautas, ela é uma candidata em potencial para ser a primeira mulher a pisar na Lua em 2024, segundo o cronograma da Nasa. O filho deles, Theo, tem seis anos.
Hurley, Behnken, Nyberg e McArthur se formaram na mesma classe de astronautas (2000) e estiveram presentes nos casamentos uns dos outros.
Sendo tão próximos, eles "conseguem prever, até por linguagem corporal, qual é a opinião ou a próxima ação" do colega, disse Behnken à rede CNN no início deste mês sobre a parceria com Hurley.
"Fazemos isso há tanto tempo que é como ter um segundo par de mãos".
Hurley disse sobre Behnken: "Sei instantaneamente quando fiz algo errado. Ele não sabe esconder bem".
Mas Behnken admite que Hurley é o mais organizado dos dois.
O mais velho dos dois homens foi criado no vilarejo de Apalachin, no norte de Nova York.
"Era apenas uma grande existência em uma cidade pequena... nós só tivemos semáforo quando eu estava na faculdade", contou Hurley em 2009.
Behnken vem de St Ann, um subúrbio de St Louis, Missouri. Em 2010, ele descreveu um lugar como "uma espécie de bairro de trabalhadores", acrescentando: "Acho que, na minha bagagem... sou mais uma pessoa da classe trabalhadora".
Hurley pilotou o lançamento que encerrou a era dos ônibus espaciais na Nasa, em 2011 (Foto: Robert Markovitz/Nasa)
Hurley pilotou o lançamento que encerrou a era dos ônibus espaciais na Nasa, em 2011 (Foto: Robert Markovitz/Nasa)
Ele trabalhou na construção civil antes de decidir que trabalhar ao ar livre no calor do verão não era para ele.
Os dois foram para a faculdade com bolsas militares e se formaram em engenharia. Enquanto Behnken concluiu o doutorado na Caltech — universidade de elite exibida na série de TV The Big Bang Theory —, Hurley tornou-se um oficial dos fuzileiros navais.
Os dois treinaram posteriormente como pilotos de teste em escolas militares. Esta tem sido a trajetória padrão dos astronautas da Nasa.
Candidatos a se tornarem astronautas, Hurley e Behnken foram selecionados três anos antes de o ônibus espacial Columbia se desintegrar em sua volta à Terra, matando os sete tripulantes. Após o desastre, a Nasa decidiu que aposentaria o ônibus, delegando o transporte à estação espacial para empresas privadas.
Assim, quando os dois foram finalmente designados para seus lançamentos, o programa de ônibus espaciais estava em sua fase final. Suas missões se concentraram em cumprir os compromissos anteriores da Nasa de concluir a construção da estação espacial.

Depois, a dupla foi incluída na equipe do programa Commercial Crew & Cargo Program Office (C3PO).

Em agosto de 2018, Hurley e Behnken foram anunciados como a tripulação principal do Demo-2, o primeiro voo da espaçonave da SpaceX com humanos a bordo.
"Bob e eu, nos últimos dois anos, vivemos essencialmente na Califórnia, trabalhando lado a lado com o pessoal da SpaceX para nos trazer a esse ponto", relatou Hurley recentemente.
Eles tiveram que se acostumar com o controle por meio de tela sensível ao toque da Crew Dragon, depois de trabalhar com os botões gorduchos dos painéis dos ônibus espaciais.
Hurley diz que a experiência na avaliação de aeronaves militares como piloto de teste se mostrou crucial no trabalho com a SpaceX.
"Isso, por si só, ajudou tremendamente a nós dois, porque durante todo o processo que você acompanha nas forças armadas, há atrasos, desafios técnicos, imprevistos com os quais vocês não espera ter que trabalhar."
Os contratempos — incluindo duas explosões monumentais que destruíram um foguete e uma das cápsulas do Crew Dragon — viram o lançamento deste fim de semana ser postergado quase quatro anos da data original de outubro de 2016.
"Estávamos bem preparados para isso, então acho que o não cumprimento das datas de lançamento (originais) causou alguma frustração na Nasa", explicou Hurley.

Apesar dos obstáculos, o entusiasmo de Behnken permanece ali: "Provavelmente é o sonho de todo piloto de teste em formação ter a oportunidade de voar em uma nave espacial nova".
Hurley disse à CNN: "Do ponto de vista do primeiro voo, certamente, pode haver algum risco relativamente maior, em certo nível."
"Mas provavelmente não diferente de qualquer outro voo espacial em que já embarcamos humanos antes."


  • BBC NEWS BRASIL

Robô verifica temperatura e uso de máscara em cidade belga

TECNOLOGIA
Kenzo Tribouillard/AFP
Quando os pacientes belgas que temem ter sido contaminados pelo coronavírus comparecem ao hospital universitário da cidade da Antuérpia, o primeiro rosto que observam não é o de uma enfermeira de máscara, e sim o de um robô.

O aparelho, construído pela empresa belga Zorabots, saúda os recém-chegados e lê os dados do paciente proporcionados por um questionário preenchido pelo potencial enfermo.

O robô mede a temperatura da pessoa e assegura que ela usa a máscara de maneira correta, antes de avaliar a probabilidade e a gravidade da infecção, com o envio para o local apropriado da clínica.

O processo não é um diagnóstico, mas uma etapa útil que reduz os contatos da equipe médica com pacientes potencialmente infectados antes de serem internados no hospital.

"Se o paciente tem uma temperatura elevada ou não usa a máscara corretamente, na tela aparece a mensagem: 'você tem um problema, não pode entrar diretamente no hospital'", explica o médico Michael Vanmechelen. 

"Então, a pessoa deve ser examinada. O robô nunca trabalha sozinho, sempre atua em apoio a um funcionário do hospital", completou.

No período de progressivo retorno à normalidade, após um longo confinamento da população, "muitas pessoas deverão ser submetidas a testes", disse Fabrice Goffin, um dos diretores da Zorabots.

Com mais de 9.000 mortes, a Bélgica tem uma das taxas de letalidade mais elevadas do mundo por número de habitantes. 

Mas o número deve ser examinado com cautela porque a Bélgica inclui em seu balanço casos não confirmados com teste, apenas suspeitos, quando uma pessoa morre em uma casa de repouso na qual foram detectados casos de coronavírus.


FONTE: AFP