Junto com indústrias como mineração e processamento de carnes, o setor de petróleo passou a ser alvo de atenção em meio à pandemia (Imagem: Reuters/Jamil Bittar)
A norueguesa Equinore a anglo-francesa Perenco estão entre as ao menos cinco petroleiras que registraram casos de coronavírusentre empregados ou contratados em plataformas e embarcações na costa do Brasilaté o momento, disseram à Reuters fontes do setor.
A anglo-holandesa Shelle a local Enauta (ENAT3) tiveram um caso cada, enquanto centenas de infecções foram verificadas em campos de petróleo operados pela estatal Petrobras(PETR3; PETR4).
As infecções ilustram a ameaça que o vírus representa para funcionários que trabalham abrigados em plataformas com quartos apertados e a quilômetros da costa, e levantam questões sobre a efetividade de extensos esforços de testagem que têm sido realizados para conter a propagação da pandemia nessas unidades.
Além das plataformas, isso também acontece com trabalhadores em navios de serviço e acomodações flutuantes, os chamados “floatels”, onde um único caso de Covid-19 pode levar a uma rápida disseminação do vírus.
Em outros países, os surtos em plataformas têm sido limitados a números baixos até o momento. Nos Estados Unidos, uma associação do setor disse ter registrado apenas 99 casos de coronavírus entre trabalhadores em alto-mar no país, segundo dados compartilhados com a Reuters na semana passada.
A estatal Petrobras já registrou mais de 300 casos entre trabalhadores (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)
No Brasil, que na semana passada tornou-se o segundo país em casos e Covid-19, depois dos EUA, esse número é significativamente maior.
A reguladora ANPregistrou 544 casos de infecção ativa por coronavírus até quinta-feira passada entre trabalhadores que acessaram plataformas ou unidades offshore. Esse dado não inclui recuperados e o número total de infecções não é divulgado.
Junto com indústrias como mineraçãoe processamento de carnes, o setor de petróleo passou a ser alvo de atenção em meio à pandemia porque exige que empregados trabalhem, durmam e tenham suas refeições confinados nas plataformas em alto-mar.
A Equinor registrou cerca de 60 casos até a semana passada, principalmente no campo de Peregrino, segundo uma fonte com conhecimento direto de dados da ANP e uma fonte com conhecimento das operações da empresa.
A Perenco registrou aproximadamente 40 infecções em seu campo de Pargo, segundo uma fonte do governo e uma fonte familiarizada com as atividades da companhia.
Shell e Enauta, ao serem questionadas, disseram que registraram um caso cada uma.
Em comunicado à Reuters, a Equinor reconheceu que registrou casos, mas não detalhou e nem forneceu números. A Perenco recusou-se a confirmar ou negar infecções.
A Equinor registrou cerca de 60 casos até a semana passada, principalmente no campo de Peregrino, (Imagem: Reuters/Ints Kalnins)
Todas as quatro empresas enfatizaram que estão comprometidas em proteger os trabalhadores.
A estatal Petrobras já registrou mais de 300 casos entre trabalhadores, incluindo terceirizados, segundo a fonte do governo.
A companhia reconheceu infecções e disse na sexta-feira que o número de casos ativos entre seus 46,4 mil funcionários diretos caiu para 181, de 243 anteriormente. O número não inclui recuperados e nem terceirizados.
A Petrobras disse que adotou diversas medidas de segurança, como testes em larga escala, destacando a recente estabilização no número de casos.
Medidas adotadas
Muitas empresasde petróleo estão aumentando os testes e exigindo longos períodos de quarentena dos trabalhadores antes que eles embarquem nas plataformas, que passam por esterilizações, mas as isso não tem sido suficiente para conter todos os surtos.
As infecções no campo de Peregrino, maior ativo internacional de produção da norueguesa, se espalharam entre trabalhadores que realizavam obras em uma nova plataforma de petróleo (Imagem: Reuters/Ints Kalnins)
As infecções no campo de Peregrino, da Equinor, maior ativo internacional de produção da norueguesa, se espalharam entre trabalhadores que realizavam obras em uma nova plataforma de petróleo e o surto ocorreu em várias ondas, disseram as duas fontes.
Por vezes, os esforços para conter o vírus levaram a Equinor a suspender algumas atividades de construção, disseram eles.
A empresa disse à Reuters que os trabalhadores foram infectados “apesar de todas as medidas preventivas e proativas” tomadas.
A Shell disse que seu único funcionário que testou positivo para o vírus teve a infecção detectada ao desembarcar de um navio contratado pela empresa e está em quarentena. Nenhum outro trabalhador parece ter sido infectado, segundo a companhia.
A Enauta disse que um de seus contratados contraiu o vírus, mas já se recuperou.
A Petrobras não vinha conseguindo fornecer testes universais para todos trabalhadores e contratados antes que eles embarquem nas plataformas, o que tem sido alvo de críticas de sindicatos.
A Petrobras não vinha conseguindo fornecer testes universais para todos trabalhadores e contratados antes que eles embarquem nas plataformas (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)
Segundo a fonte do governo e uma quarta fonte, com conhecimento das operações da Petrobras, os testes têm sido realizados em diferentes ritmos a depender de cada região, em meio a dificuldades para encontrar laboratórios dispostos e capazes de processar os resultados.
Uma porta-voz da Petrobras disse àReutersque a empresa tem aumentado sua capacidade de testagem conforme a disponibilidade do mercado e agora promove testes para todos os trabalhadores antes que eles embarquem, exceto no Rio Grande do Norte.
No primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas, o que significa saldo líquido (abertura menos fechamentos) de 554.579 novos negócios no país de janeiro a março (Imagem, agencia brasil/Welton Máximo)
O país vinha abrindo mais empresas antes da pandemia do novo coronavírus, revela levantamento divulgado pelo Ministério da Economia. De janeiro a março, 846.957 empresas foram abertas em todo o Brasil.
Isso representa 14% a mais em relação ao último trimestre de 2019 e 8,6% a mais que o total de empresas abertas no primeiro trimestre do ano passado.
As atividades de maior crescimento foram, na ordem: cabeleireiros, manicure e pedicure (com 45.397 empresas abertas); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (42.864 empresas abertas); promoção de vendas (36.120 empresas abertas); obras de alvenaria (29.929 empresas abertas); e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar (23.383 empresas abertas).
No primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas, o que significa saldo líquido (abertura menos fechamentos) de 554.579 novos negócios no país de janeiro a março. O Brasil encerrou o período com 18.296.851 empresas ativas.
O tempo médio para a abertura de uma empresa no país no primeiro trimestre de 2020 ficou em 3 dias e 16 horas. Nos mesmos meses do ano passado, a média nacional estava em 5 dias e 9 horas.
Ferramenta
Os números foram obtidos por meio da ferramenta Mapa de Empresas <https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas>, lançada pelo Ministério da Economia para monitorar o empreendedorismo no país, com informações sobre a abertura e o fechamento de empresas, a localização dos negócios, o ramo de atividade, o tempo médio de abertura e a natureza jurídica (empresa individual, sociedade aberta, cooperativa e outros).
Segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o site expõe dados úteis para o desenvolvimento de empresas e a modificação dos negócios existentes.
Com base nessas informações, o empresário pode fazer análise de mercados, medir a concorrência e rastrear clientes e fornecedores por tipo de atividade econômica.
Os dados serão atualizados uma vez por mês. O sistema foi desenvolvido em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Cruzamento de informações
O cruzamento de informações foi possível por causa da desburocratização das Juntas Comerciais em todo o país. No fim do ano passado, a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) simplificou a abertura de empresas e de filiais, além de acelerar a transferência, a alteração e a extinção de registros <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-11/empresas-poderao-abrir-filiais-em-outros-estados-instantaneamente>.
Coordenada pelo Ministério da Economia em associação com entidades de empresas e representantes das Juntas Comerciais, a Redesim discutiu, por quase dois anos, medidas para simplificar o processo de abertura e de fechamento de empresas. Com os dados obtidos de forma mais rápida e regionalizada, as informações podem ser cruzadas.
Segundo o Ministério da Economia, a ferramenta pode ser usada na formulação de políticas públicas por prefeituras e governos estaduais. Isso porque o Mapa de Empesas permite verificar qual tipo de atividade está crescendo ou decaindo, em quais estados e municípios, e permite analisar o tempo médio para iniciar novos negócios em determinada localidade, buscando acelerar o processo nas áreas em que a demora é maior.
O tempo médio de abertura do negócio leva em conta o cumprimento da etapa da viabilidade – em que município e Junta Comercial confirmam a possibilidade de a empresa estabelecer-se no endereço indicado e usar o nome escolhido – e da etapa do registro – em que a Junta Comercial arquiva os documentos da empresa e fornece número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).
A embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou a doação de mais US$ 6 milhões de dólares para ajudar o Brasil a mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. O total doado pelos EUA até o momento é de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões).
O novo recurso foi disponibilizado pela Assistência Internacional a Desastres (IDA) da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e deverá ser empregado em atividades emergenciais em saúde, água, saneamento e higiene. A prioridade é a ajuda a populações na região amazônica, informou a embaixada.
Lançamento, que aconteceu na tarde de sábado (30/05), será transmitido ao vivo pela Nasa
Bob Behnken e Doug Hurley na Flórida em 20 de maio, quando lançamento precisou ser adiado por conta do mau tempo (Foto: Reuters via BBC)
Doug Hurley e Bob Behnken protagonizam um episódio importantíssimo para a Nasa, a agência espacial americana, neste fim de semana.
Neste sábado (30/05), quebraram um hiato de nove anos para a agência espacial, que não lançava seus astronautas do próprio solo americano desde 2011, quando seus ônibus espaciais foram aposentados. O lançamento foi transmitido pelo site da Nasa.
Após a tragédia com a missão Columbia em 2003, a agência revisou completamente sua operação com ônibus espaciais, comprando assentos para seus astronautas — a um custo de dezenas de milhões de dólares por voo — na nave russa Soyuz.
Sua empresa e a Boeing foram escolhidas pela Nasa para participar do projeto C3PO, que abriu oportunidades comerciais para transporte de astronautas e carga para o espaço. Desde 2014, as empresas vêm refinando e testando seus projetos, supervisionados pela Nasa.
Foi uma fase transitória até que o programa Commercial Crew & Cargo Program Office (C3PO) desse seus primeiros frutos. É aí que entra o bilionário Elon Musk, fundador e diretor da SpaceX.
O veículo de Musk foi o primeiro a ir para o espaço. Hurley e Behnken viajarão para a Estação Espacial Internacional na elegante cápsula Crew Dragon. "Já passou da hora de lançar um foguete americano da costa da Flórida para a Estação Espacial Internacional, e estou certamente honrado em fazer parte disso", disse Hurley, 53 anos, no início deste mês.
Behnken, 49 anos, acrescentou: "No meu primeiro voo (para o espaço) eu não tinha um filho, então estou realmente empolgado em compartilhar esta missão com ele".
A Crew Dragon será a primeira espaçonave desenvolvida por uma empresa privada a levar astronautas da Nasa para fora da Terra (Foto: Nasa via BBC)
A Nasa escolheu dois de seus astronautas mais experientes para ajudar a SpaceX a preparar o Crew Dragon para o lançamento. Os dois também são amigos de longa data.
"Ter a sorte de voar com seu melhor amigo... acho que muitas pessoas gostariam disso", comemora Hurley.
Quando decolaram acoplados a um foguete Falcon 9, suas parceiras estavam muito atentas, não só por motivos pessoais, mas também profissionais. Explica-se: elas são astronautas também.
A esposa do coronel Hurley, Karen Nyberg, já foi para o espaço duas vezes, a bordo do ônibus espacial da agência e da Soyuz, se aposentando da Nasa este ano. Eles têm um filho de 10 anos, Jack, cujos primeiros anos de vida foram comemorados em meio às incusões espaciais dos pais.
Nyberg começou seu treinamento para uma missão na estação espacial apenas alguns meses após o nascimento de Jack. Enquanto isso, Hurley estava se preparando para seu próprio voo — pilotando a última missão de um ônibus espacial da Nasa. Às vezes, Nyberg levava Jack para a Rússia, outras vezes a criança ficava em casa no Texas.
"Literalmente, desde que Jack tinha idade suficiente para compreender as coisas, ele estava viajando para a Rússia ou falando através do Skype com a mamãe", contou Hurley ao jornal Houston Chronicle em 2013.
O coronel da Força Aérea Behnken é casado com Megan McArthur, que voou na última missão de serviço ao Telescópio Espacial Hubble em 2009.
Como membro ativo do corpo de astronautas, ela é uma candidata em potencial para ser a primeira mulher a pisar na Lua em 2024, segundo o cronograma da Nasa. O filho deles, Theo, tem seis anos.
Hurley, Behnken, Nyberg e McArthur se formaram na mesma classe de astronautas (2000) e estiveram presentes nos casamentos uns dos outros.
Sendo tão próximos, eles "conseguem prever, até por linguagem corporal, qual é a opinião ou a próxima ação" do colega, disse Behnken à rede CNN no início deste mês sobre a parceria com Hurley.
"Fazemos isso há tanto tempo que é como ter um segundo par de mãos".
Hurley disse sobre Behnken: "Sei instantaneamente quando fiz algo errado. Ele não sabe esconder bem".
Mas Behnken admite que Hurley é o mais organizado dos dois.
O mais velho dos dois homens foi criado no vilarejo de Apalachin, no norte de Nova York.
"Era apenas uma grande existência em uma cidade pequena... nós só tivemos semáforo quando eu estava na faculdade", contou Hurley em 2009.
Behnken vem de St Ann, um subúrbio de St Louis, Missouri. Em 2010, ele descreveu um lugar como "uma espécie de bairro de trabalhadores", acrescentando: "Acho que, na minha bagagem... sou mais uma pessoa da classe trabalhadora".
Hurley pilotou o lançamento que encerrou a era dos ônibus espaciais na Nasa, em 2011 (Foto: Robert Markovitz/Nasa)
Ele trabalhou na construção civil antes de decidir que trabalhar ao ar livre no calor do verão não era para ele.
Os dois foram para a faculdade com bolsas militares e se formaram em engenharia. Enquanto Behnken concluiu o doutorado na Caltech — universidade de elite exibida na série de TV The Big Bang Theory —, Hurley tornou-se um oficial dos fuzileiros navais.
Os dois treinaram posteriormente como pilotos de teste em escolas militares. Esta tem sido a trajetória padrão dos astronautas da Nasa.
Candidatos a se tornarem astronautas, Hurley e Behnken foram selecionados três anos antes de o ônibus espacial Columbia se desintegrar em sua volta à Terra, matando os sete tripulantes. Após o desastre, a Nasa decidiu que aposentaria o ônibus, delegando o transporte à estação espacial para empresas privadas.
Assim, quando os dois foram finalmente designados para seus lançamentos, o programa de ônibus espaciais estava em sua fase final. Suas missões se concentraram em cumprir os compromissos anteriores da Nasa de concluir a construção da estação espacial.
Depois, a dupla foi incluída na equipe do programa Commercial Crew & Cargo Program Office (C3PO).
Em agosto de 2018, Hurley e Behnken foram anunciados como a tripulação principal do Demo-2, o primeiro voo da espaçonave da SpaceX com humanos a bordo.
"Bob e eu, nos últimos dois anos, vivemos essencialmente na Califórnia, trabalhando lado a lado com o pessoal da SpaceX para nos trazer a esse ponto", relatou Hurley recentemente.
Eles tiveram que se acostumar com o controle por meio de tela sensível ao toque da Crew Dragon, depois de trabalhar com os botões gorduchos dos painéis dos ônibus espaciais.
Hurley diz que a experiência na avaliação de aeronaves militares como piloto de teste se mostrou crucial no trabalho com a SpaceX.
"Isso, por si só, ajudou tremendamente a nós dois, porque durante todo o processo que você acompanha nas forças armadas, há atrasos, desafios técnicos, imprevistos com os quais vocês não espera ter que trabalhar."
Os contratempos — incluindo duas explosões monumentais que destruíram um foguete e uma das cápsulas do Crew Dragon — viram o lançamento deste fim de semana ser postergado quase quatro anos da data original de outubro de 2016.
"Estávamos bem preparados para isso, então acho que o não cumprimento das datas de lançamento (originais) causou alguma frustração na Nasa", explicou Hurley.
Apesar dos obstáculos, o entusiasmo de Behnken permanece ali: "Provavelmente é o sonho de todo piloto de teste em formação ter a oportunidade de voar em uma nave espacial nova".
Hurley disse à CNN: "Do ponto de vista do primeiro voo, certamente, pode haver algum risco relativamente maior, em certo nível."
"Mas provavelmente não diferente de qualquer outro voo espacial em que já embarcamos humanos antes."
Quando os pacientes belgas que temem ter sido contaminados pelo coronavírus comparecem ao hospital universitário da cidade da Antuérpia, o primeiro rosto que observam não é o de uma enfermeira de máscara, e sim o de um robô.
O aparelho, construído pela empresa belga Zorabots, saúda os recém-chegados e lê os dados do paciente proporcionados por um questionário preenchido pelo potencial enfermo.
O robô mede a temperatura da pessoa e assegura que ela usa a máscara de maneira correta, antes de avaliar a probabilidade e a gravidade da infecção, com o envio para o local apropriado da clínica.
O processo não é um diagnóstico, mas uma etapa útil que reduz os contatos da equipe médica com pacientes potencialmente infectados antes de serem internados no hospital.
"Se o paciente tem uma temperatura elevada ou não usa a máscara corretamente, na tela aparece a mensagem: 'você tem um problema, não pode entrar diretamente no hospital'", explica o médico Michael Vanmechelen.
"Então, a pessoa deve ser examinada. O robô nunca trabalha sozinho, sempre atua em apoio a um funcionário do hospital", completou.
No período de progressivo retorno à normalidade, após um longo confinamento da população, "muitas pessoas deverão ser submetidas a testes", disse Fabrice Goffin, um dos diretores da Zorabots.
Com mais de 9.000 mortes, a Bélgica tem uma das taxas de letalidade mais elevadas do mundo por número de habitantes.
Mas o número deve ser examinado com cautela porque a Bélgica inclui em seu balanço casos não confirmados com teste, apenas suspeitos, quando uma pessoa morre em uma casa de repouso na qual foram detectados casos de coronavírus.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Policiais israelenses mataram um palestino na Cidade Velha de Jerusalém neste sábado (30).
Segundo um porta-voz da polícia, os agentes suspeitaram que o homem carregava uma arma, mas, segundo autoridades palestinas e a mídia local, ele estava desarmado. A vítima tinha distúrbios mentais.
"Policiais que patrulhavam o local identificaram um suspeito com um objeto que parecia uma pistola. Eles pediram que o homem parasse e começaram a persegui-lo a pé. Durante a perseguição, os policiais atiraram no suspeito", informaram as forças de segurança em um comunicado.
"Nenhuma arma foi encontrada no lugar", acrescenta o texto.
Segundo o porta-voz Micky Rosenfeld, o palestino morava em Jerusalém Oriental. A investigação corre sob segredo de justiça e a polícia não confirmou que o homem estava desarmado.
FONTE: FOLHAPRESS
Em uma rede social, o secretário-geral da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, condenou o incidente.
"As forças de ocupação israelenses em Jerusalém Oriental assassinaram Iyad Khayri, 32, um palestino com deficiência. Esse crime ficará impune, a menos que o mundo pare de tratar Israel como um Estado acima da lei e o Tribunal Penal Internacional cumpra sua função", disse.
Também por meio de uma rede social, o ministro de Segurança Pública de Israel, Amir Ohana, lamentou a morte do homem e afirmou que a conclusão da investigação será usada para evitar que incidentes como esse voltem a acontecer.
As tensões vêm crescendo nas últimas semanas desde que o governo israelense afirmou que pretende implementar um plano que dará ao país soberania sobre assentamentos no vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada. Isso seria, na prática, uma anexação de território que comporia um futuro estado palestino.
Países árabes e europeus, além da ONU, condenaram o plano e, em protesto, os palestinos suspenderam a cooperação em segurança com Israel e seu aliado, os Estados Unidos.
MUNDO Luis Lacalle Pou espera resultado de teste após se reunir com Natalia López, diretora do Ministério do Desenvolvimento Social (Mides), diagnosticada com Covid-19.
Luis Lacalle Pou — Foto: Eitan Abramovich / AFP
O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, entrou em quarentena depois de estar em contato com a diretora do Ministério do Desenvolvimento Social (Mides), diagnosticado com coronavírus, informou nesta sexta-feira (29) o escritório da Presidência.
O presidente e outras autoridades serão testados para o coronavírus neste sábado (30) e "permanecerão em quarentena até saírem os resultados dos testes", informou a Presidência.
Lacalle Pou, assim como o ministro da Defesa Nacional, Javier García, e o secretário da Presidência, Álvaro Delgado, se encontraram na segunda-feira(25) com Natalia López, diretora do Mides, em Rivera, cidade na fronteira com o Brasil.
A Presidência informou na mesma nota que, na sexta-feira, "o caso positivo da Covid-19" era conhecido por López.
A reunião à qual o presidente compareceu se concentrou no tratamento de um surto de coronavírus naquela região.
O Uruguai registra 816 casos do novo coronavírus, embora apenas 114 permaneçam doentes, dos quais 42 estão em Rivera.
Depois de conversar com presidente Jair Bolsonaro, Lacalle Pou anunciou na segunda-feira a ativação de um tratado de ação sanitária binacional.
"Reunimos a aprovação do presidente brasileiro para aplicar esse tratado e, nas próximas horas, o colocaremos em prática", afirmou, acrescentando que há "preocupação recíproca com o que está acontecendo na fronteira".
O presidente uruguaio informou que os ministérios do Interior e da Defesa adicionarão dois "postos de controle sanitário migratório" aos dois já existentes na fronteira.