quarta-feira, 27 de maio de 2020

China amplia em 2,6% as importações de soja junto ao Brasil em abril

MUNDO
As importações junto ao Brasil em abril foram quase o triplo do verificado em março, quando os embarques foram atrapalhados por pesadas chuvas.
Bom desempenho da produção do campo e câmbio favoreceram a exportação de soja do Brasil — Foto: Appa/Divulgação
As importações chinesas de soja junto a seu principal fornecedor, o Brasil, aumentaram em 2,6% em abril na comparação com mesmo período do ano passado, segundo dados de alfândega, à medida que cargas atrasadas pelo clima desfavorável no país da América do Sul começaram a chegar aos portos.

Compras dos EUA

China, maior comprador global de soja, importou 5,939 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em abril, ante 5,786 milhões de toneladas no ano passado, de acordo com os dados da Administração Geral de Alfândegas na noite de segunda-feira (25), que detalham origens e destinos de embarques de commodities.
As importações junto ao Brasil em abril foram quase o triplo do verificado em março, de 2,099 milhões de toneladas, quando os embarques foram atrapalhados por pesadas chuvas.
As importações totais de soja pela China no mês caíram em 12% na comparação anual, para 6,714 milhões de toneladas, segundo dados divulgados anteriormente.
Os estoques de soja e farelo de soja da China caíram para mínimas históricas como resultado do atraso nos embarques, forçando alguns processadores de soja a reduzir produção.
A escassez de oferta começou a ter alívio na segunda metade de abril, com a chegada de mais carregamentos do Brasil.
Os desembarques de soja na China em maio, junho e julho deve alcançar 9 milhões de toneladas por mês, bem acima dos níveis normais, com a maior parte proveniente do Brasil, pressionando os preços do farelo de soja e as margens de esmagamento.

China, maior comprador global de soja, importou 5,939 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em abril, ante 5,786 milhões de toneladas no ano passado, de acordo com os dados da Administração Geral de Alfândegas na noite de segunda-feira (25), que detalham origens e destinos de embarques de commodities.
As importações junto ao Brasil em abril foram quase o triplo do verificado em março, de 2,099 milhões de toneladas, quando os embarques foram atrapalhados por pesadas chuvas.
As importações totais de soja pela China no mês caíram em 12% na comparação anual, para 6,714 milhões de toneladas, segundo dados divulgados anteriormente.
Os estoques de soja e farelo de soja da China caíram para mínimas históricas como resultado do atraso nos embarques, forçando alguns processadores de soja a reduzir produção.
A escassez de oferta começou a ter alívio na segunda metade de abril, com a chegada de mais carregamentos do Brasil.
Os desembarques de soja na China em maio, junho e julho deve alcançar 9 milhões de toneladas por mês, bem acima dos níveis normais, com a maior parte proveniente do Brasil, pressionando os preços do farelo de soja e as margens de esmagamento.

Compras dos EUA

A China comprou 665.591 toneladas de soja dos Estados Unidos em abril e foi o segundo maior fornecedor, mas o volume caiu 62% na comparação com mesmo mês do ano passado (1,75 milhão de toneladas).
A China agendou carregamentos de soja dos EUA em diversas rodadas de compras, a maior parte para entrega nos próximos meses, após os dois países terem assinado um acordo comercial de Fase 1 em janeiro, sob o qual o governo chinês se comprometeu a aumentar compras de produtos agrícolas dos EUA.
A China tem pedido que importadores estatais e privados aumentem seus suprimentos de culturas incluindo soja em preparação para eventuais problemas na cadeia de suprimento global devido ao coronavírus. Os EUA e o Brasil estão entre os países mais duramente impactados pelo vírus.

FONTE: REUTERS

Latam vai reduzir número de funcionários no Brasil

BRASIL
A linha aérea opera hoje no Brasil com 5% de sua capacidade, e prevê uma retomada paulatina dos voos pelos próximos meses
Latam vai reduzir número de funcionários no Brasil
(Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

Ivan Martínez Vargas
São Paulo, SP
A Latam Brasil vai iniciar nesta quarta (27) uma nova negociação com os sindicatos de tripulantes e aeroviários (trabalhadores em solo) a fim de reduzir o número de funcionários da companhia aérea, segundo o diretor-executivo da empresa, Jerome Cadier.
O grupo Latam, que tem dívidas de quase US$ 18 bilhões (R$ 96,35 bilhões), anunciou na madrugada desta quarta-feira (26) que formalizou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos de suas operações em Chile, Peru, Colômbia, Equador e nos EUA. As filiais da aérea em Argentina, Brasil e Paraguai não fazem parte do pedido de proteção à falência.
A Latam emprega no Brasil cerca de 21 mil pessoas, segundo Cadier. À Folha de S.Paulo o executivo diz que a empresa precisa reduzir de tamanho para se adequar à queda brusca de demanda resultante da pandemia do novo coronavírus.
A linha aérea opera hoje no Brasil com 5% de sua capacidade, e prevê uma retomada paulatina dos voos pelos próximos meses. A empresa fez um acordo coletivo com os sindicatos em março que previa licenças não remuneradas e cortes salários que, na prática, chegaram a 80%. Como contrapartida, prometeu não fazer demissões até o fim de junho.
“A Latam continua honrando o acordo com o sindicato [dos aeronautas]. A partir de amanhã [27], entraremos em negociação com os sindicatos para entender qual é a melhor forma da gente ajustar o tamanho da companhia à nova realidade de mercado. A demanda caiu a curto prazo violentamente e vai cair a longo prazo. Vamos operar de 30% a 40% a menos que no ano passado no fim do ano. A Latam não pode manter o mesmo tamanho”, disse Cadier.
O executivo afirma que entre os formatos possíveis de cortes estão a realização de um PDV, a extensão de licenças não remuneradas, suspensões de contrato, reduções de jornada.
A jornalistas, o presidente do grupo, Roberto Alvo disse não descartar demissões na companhia.
Sobre o pacote de socorro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor aéreo, Alvo disse estar confiante quanto às negociações com o banco estatal, cuja oferta prevê participação de instituições financeiras privadas e outros agentes de mercado.
“Acho que a estrutura [financeira do pacote de socorro] que o banco propôs é um pouco complexa. Acreditamos que os países em que estamos entendem a importância que tem a indústria aérea e a Latam em particular para suas economias e vamos continuar conversando tanto com o BNDES quanto com o governo do Brasil. Estou confiante de que podemos encontrar uma solução”.Alvo diz que 95% das dívidas do grupo estão concentrados na holding chilena e o restante está dividido em filiais como a brasileira. O montante listado pelo grupo em seu pedido de recuperação judicial chega a US$ 17,96 bilhões (R$ 96,35 bilhões no câmbio atual). A empresa diz esperar que a reestruturação termine em, no máximo, 18 meses.
A concentração das dívidas fora do Brasil e a conversa em andamento com o BNDES são fatores pelos quais a empresa não pediu recuperação judicial aqui, segundo Jerome Cadier.
“Temos uma discussão na mesa há várias semanas com o BNDES que está caminhando para uma situação positiva em que o banco pode ajudar a operação brasileira e a gente daria a garantia ao banco que esse dinheiro seria usado só no Brasil. É uma das preocupações deles. Se entrássemos [em recuperação judicial] aqui também, seria mais difícil garantir que o dinheiro ficaria no país”, afirmou.
A reestruturação nos Estados Unidos já prevê uma renegociação dos contratos de leasing e uma redução de frota em todas as empresas do grupo, segundo Cadier. A companhia deverá devolver 20 aeronaves já nesta terça (26). Segundo ele, o processo de reestruturação permite a quebra de contratos de arrendamento antes do fim originalmente estipulado.
“Temos de nos preparar para reduzir entre 30% e 40% a frota durante este ano e depois, à medida que a demanda for voltando, voltarmos a crescer. O ajuste é dessa ordem de grandeza, da frota e das rotas de voo”, afirma ele.
Precisamos negociar uma redução dos preços [de leasing de aeronaves] também. A gente tem que mirar uma redução da ordem de 30% no mínimo. É mais ou menos o que vai acontecer com o preço de mercado no geral. A companhia tem que ser capaz de capturar o preço mais baixo de mercado. Ninguém pode pagar mais o preço pré-Covid, ele não existe mais”, disse.
As informações são da FolhaPress



Polícia Federal cumpre 29 mandados em inquérito do STF sobre fake news; entre os alvos estão Roberto Jefferson e Luciano Hang

BRASIL
As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina
SÃO PAULO – A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (27), 29 mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito 4781 do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, disse a PF em comunicado. O inquérito trata sobre fake news.
Entre os alvos estão o ex-deputado federal, Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, e o blogueiro Allan dos Santos. Além deles, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) também ligado ao presidente Jair Bolsonaro, é outro investigado pelo compartilhamento de notícias falsas.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. No Rio, as buscas são na casa de Jefferson, em Santa Catarina são na casa de Hang, em São Paulo são na Assembleia Legislativa e em Brasília são na casa de Allan dos Santos.
Mesmo após a troca do diretor-geral da PF por Bolsonaro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a manutenção dos delegados responsáveis pelo inquérito das fake news.

FONTE: INFOMONEY 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Validade de pontos e milhas aéreas deve ser prorrogada, prevê projeto

BRASIL
Com o objetivo preservar os direitos dos consumidores no período de pandemia, foi apresentada no Senado proposta que prorroga por 180 dias o prazo de validade de pontos, milhas ou qualquer outro tipo de bonificação acumulados em programas de fidelização de clientes que tenham o prazo de vencimento no período de vigência do estado de calamidade pública. O PL 2.818/2020 foi apresento pelo senador Romário (Podemos-RJ).
Na justificativa da proposta, o senador afirma que milhões de consumidores têm sido impedidos de usar pontos da maneira planejada, diante das regras de isolamento social. Romário ressalta ainda que milhas, pontos e bonificações possuem prazos de validade, perdendo o seu valor caso não sejam utilizados dentro de determinado intervalo de tempo, estabelecido contratualmente.
“A pandemia do coronavírus praticamente paralisou diversas atividades econômicas, obrigando fornecedores e consumidores a rever e renegociar os mais diversos tipos de contratos. Enquanto permanecer o estado de incerteza, planos de férias, por exemplo, não poderão ser feitos, ou até mesmo os já realizados precisarão ser revisados”, justifica Romário.


Fonte: Agência Senado

Suspensão de cobertura da imprensa no Alvorada repercute entre senadores

Alguns veículos de comunicação decidiram suspender temporariamente a cobertura que realizavam diariamente no Palácio da Alvorada alegando falta de segurança aos profissionais da imprensa. O posicionamento repercutiu entre os senadores que, em seus perfis nas redes sociais, apoiaram a iniciativa dos veículos e condenaram a postura da Presidência da República por não garantir ambiente seguro aos que fazem a cobertura das atividades no local.
Para os senadores, o governo tem atuado contra a democracia e a liberdade de imprensa ao permitir que recorrentes atos de hostilidade praticados pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra os jornalistas continuem acontecendo no Palácio da Alvorada, como ressaltou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
“É muito grave quando empresas do porte do Grupo Globo e da Folha não veem garantias de segurança em cobertura presidencial. Isso só ocorre em países ditatoriais ou em governos que almejam essa condição. A democracia não tolera cerceamento da liberdade de imprensa”, disse no Twitter.
Além do Grupo Globo e do jornal Folha de SP, também decidiram interromper a cobertura no Alvorada o Grupo Metrópoles, o portal de notícias Uol e o Grupo Band após manifestantes repetirem insultos aos jornalistas que estavam no local na segunda-feira (25). Segundo relatos publicados pelos próprios profissionais, os apoiadores do presidente quase invadiram o espaço destinado à imprensa, sem que fossem contidos pelos seguranças.
Pelo Twitter, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse apoiar a decisão das empresas de comunicação e que as condições de trabalho oferecidas no “curralzinho”, conhecido como o local direcionado à imprensa no Alvorada, já tinham sido expostas por ele diversas vezes.
“Há tempos implico com esse curralzinho humilhante somado a uma dinâmica de [entrevista] coletiva com claque. Os principais veículos de comunicação e jornalismo não precisam sujeitar seus/suas repórteres a isso. Finalmente reagiram. Antes tarde, do que nunca”, ressaltou.
O apoio aos profissionais da mídia foi reforçado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). “Mais uma empresa jornalística suspende a cobertura no Alvorada. A população é prejudicada em seu direito constitucional de ser informada porque o presidente e sua segurança permitem que uma horda os hostilize. Reitero apoio aos jornalistas e às empresas”, ressaltou no twitter.
O cenário no Alvorada foi descrito pelos senadores Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como de ameaça e medo, gerados, segundo eles, para tentar calar o trabalho da imprensa. Para eles, Jair Bolsonaro comete crime ao não evitar que as agressividades ocorram.
“Não existe democracia sem jornalismo livre! Esse é mais um dos graves crimes que Bolsonaro comete. Em que democracia jornalistas se sentem ameaçados ao cobrir um presidente? Ofereço aos profissionais de imprensa, além de solidariedade, todo o meu apoio!”, afirmou o senador Randolfe no twitter.

Proteção

O líder do PDT, senador Weverton (MA), disse ser inaceitável o comportamento “hostil e desrespeitoso” dos seguidores do presidente. Como tentativa de combater esse tipo de violência, ele informou no Twitter que apresentou o Projeto de Lei (PL) 2.874/2020 que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) para agravar de um a dois terços a pena cometida ao crime de lesão corporal a jornalistas e profissionais de imprensa no exercício da sua profissão. Atualmente, a legislação prevê pena de detenção de três meses a um ano para esse tipo de crime e penas maiores para casos graves, que levem à incapacidade ou à morte do profissional.
“É inaceitável o crescente número de agressões contra jornalistas. Apresentei um projeto que agrava a pena para quem cometer crime de lesão corporal contra profissionais de imprensa no exercício da sua profissão ou em razão dela. A imprensa livre é um dos pilares da democracia”, enfatizou.
O agravamento da pena para esse tipo de crime também tramita na Casa no PL 2.813/2020, do senador Lucas Barreto (PSD-AP). O texto altera o Código Penal para incluir o crime contra profissionais de imprensa entre as agravantes genéricas, que são circunstâncias legais, de natureza objetiva ou subjetiva, que não integram, a estrutura do tipo penal, mas que a ele se ligam com a finalidade de aumentar a pena.

Ditadura

Ainda no Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a última vez em que o país acompanhou iniciativas da imprensa semelhantes às atuais foi no período da ditadura militar.
“A última vez que a imprensa cruzou os braços à cobertura presidencial, o Planalto tinha um general-ditador”, disse o senador ao publicar uma foto feita em 1984 quando fotógrafos credenciados que cobriam a presidência cruzaram os braços e se recusam a fotografar o presidente João Batista Figueiredo descendo a rampa do Palácio do Planalto.
O protesto foi uma reação à ordem do general-presidente proibindo fotos em seu gabinete. Enquanto vigorou a proibição, apenas o fotógrafo oficial do Planalto podia registrar as audiências.


Fonte: Agência Senado

Governo libera mais R$ 29 bilhões para despesas com coronavírus


Ministro da Educação terá que explicar ao Senado ataques ao STF

POLÍTICA
Ministro da Educação terá que explicar ao Senado ataques ao STF
Ministro da Educação, Abraham Weintraub - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Plenário do Senado aprovou nesta segunda-feira (25) a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Segundo a autora do requerimento, senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), o ministro deve explicações pela afirmação de que “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Rose considera que a fala, feita na reunião ministerial do dia 22 de abril, é uma ofensa tanto ao Poder Judiciário quanto ao Poder Legislativo. Mais informações com o repórter Maurício de Santi, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Vídeo: embriagada, PM de Goiás dá “carteirada” em blitz no DF e é presa

DF

Imagens mostram a 1º sargento da PMGO Fernanda Sampaio da Fonseca zombando de colegas: “vocês são lixo”

ARQUIVO PESSOAL


Um vídeo feito por policial militar do Distrito Federal mostra quando uma colega de profissão, 1° sargento da PM de Goiás, se recusa a colaborar com uma blitz realizada na capital federal. Nitidamente embriagada, Fernanda Sampaio da Fonseca estaria alcoolizada e afirmou trabalhar no Gabinete Militar, no governo de Goiás, na tentativa de ser dispensada.Diante da frustração na tentativa de “carteirada”, a 1º sargento tentou zombar dos policiais, que teriam patentes mais baixas, mas acabou autuada por desacato: “Vocês são lixo”, disse. A data da abordagem ainda não foi confirmada.
O registro foi feito por um policial que presenciou a cena e foi publicado originalmente no perfil do Delegado Waldir no Instagram. Até a manhã desta terça-feira (26/05) havia mais de 27 mil visualizações.
Veja os vídeos e leia a reportagem completa no site Mais Goiás, parceiro do Metrópoles.

FONTE: METRÓPOLES

Mulher infectada pelo novo coronavírus é presa no DF após cuspir em policiais

CORONAVÍRUS
Antes, jovem de 20 anos havia sido detida por dano a carro da PM. Por risco de contaminação, agentes foram afastados do trabalho; caso ocorreu no Paranoá.
Fachada da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) do Distrito Federal, onde foi registrada ocorrência de sequestro-relâmpago — Foto: TV Globo/Reprodução
Uma mulher de 20 anos foi presa, nesta segunda-feira (25), após cuspir em dois policiais civis quando saia de uma delegacia no Distrito Federal. A jovem está infectada pelo novo coronavírus e, segundo a Polícia Civil, estaria "transtornada".
O caso ocorreu na 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá. A mulher foi detida ainda na porta da unidade, após pagar a fiança por outro crime. Agora, ela deve responder por negligência a cuidados sanitários e por perigo de contágio de doença grave, já que estava sem máscara. Nesses casos, a pena pode chegar a cinco anos de prisão.
A suspeita estava presa por dano a bem público e seria liberada. Segundo a delegada Jane Klébia, que investiga o caso, antes de deixar a delegacia, a suspeita tentou agredir os policiais.
"Ainda transtornada, ela passou a desacatar os policiais e chegou a cuspir mais de uma vez neles. Na carceragem, a mulher foi testada e deu positivo para a Covid-19."
Após o ocorrido, a Polícia Civil informou que afastou os policiais e que toda a equipe da delegacia será testada para confirmar ou descartar a infecção pelo vírus.

FONTE: G1 DF

Governador do DF passa por cirurgia de urgência em Brasília

GDF
Ibaneis Rocha deu entrada em um hospital particular na tarde de segunda-feira, 25, com quadro de dor abdominal aguda, informou assessoria



O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), precisou passar por uma cirurgia de urgência no aparelho digestivo, na madrugada desta terça-feira, 26.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
Foto: José Cruz/Agência Brasil -26/3/2019 / Estadão Conteúdo
Segundo a assessoria do governo do DF, o político deu entrada em um hospital particular de Brasília, às 14h30 de segunda-feira, 25, com quadro de dor abdominal aguda e, após avaliação médica, foi verificada a necessidade do procedimento cirúrgico.
A cirurgia está sendo feita por laparoscopia, uma técnica menos invasiva em comparação ao procedimento tradicional. O médico responsável é o cirurgião Ronaldo Cuenca, do Hospital DF Star.
Ainda de acordo com a nota da assessoria, a previsão é de que um novo boletim médico do governador seja divulgado às 8h desta terça.
Na semana passada, Ibaneis ficou internado uma noite para a realização de exames de rotina e acompanhamento médico devido a uma cirurgia bariátrica feita há seis anos.
Estadão Conteúdo

DF tem a menor taxa de letalidade por Covid-19 do país

COVID-19

A unidade da Federação apresenta 1,57% de mortes em relação ao número de casos confirmados
Covid-19: falta de testes aumenta taxa de letalidade no Brasil
FOTO: REPRODUÇÃO

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON

O Distrito Federal é a unidade da Federação que apresenta a menor taxa de letalidade (1,57%) – número de óbitos em relação aos casos confirmados – por Covid 19 no país, dividindo o último lugar do ranking com Santa Catarina.
Os dados do Ministério da Saúde se referem ao dia 24 de maio e constam na sexta edição do Boletim Codeplan Covid-19, divulgado nesta terça-feira (26).
O maior número de óbitos, segundo o documento, ocorreu em Ceilândia, que registrou 22 mortes até o dia 24 de maio, seguida de Samambaia, com 11 óbitos. Quando são analisados os casos em proporção, o Lago Sul lidera o número de contaminados, com taxa de 552,90 casos para cada 100 mil habitantes.
O presidente da Codeplan, Jean Lima, ressalta que o resultado mostra a eficácia das medidas de prevenção e combate. “Nós estamos tratando de um vírus muito contagioso, num cenário global de crescimento de casos, mas há êxito em curar as pessoas que foram contaminadas e preservar vidas, que é um trabalho feito diretamente pelas secretarias de Saúde e Segurança”, afirmou.
Houve uma mudança da ocorrência de mortes quanto à análise de gênero. Na última semana, houve aumento relativo do número de óbitos de homens em relação às mulheres, o que inverteu o cenário, e a taxa de letalidade entre os homens ultrapassou a de mulheres no Distrito Federal.
Em relação ao coeficiente de mortalidade – número de óbitos por 100 mil habitantes – caiu drasticamente no Distrito Federal, que ocupa o 17º lugar nacional, com uma taxa de 3,4 mortes.
* Com informações da Codeplan

CEB faz 32 mil atendimentos on-line durante pandemia

SERVIÇOS

Sete serviços que só podiam ser realizados presencialmente agora estão disponíveis online. Volume em 60 dias equivale à média de quatro agências físicas 

Nos últimos 60 dias, a Agência Digital da Companhia Energética de Brasília (CEB) fez mais de 32 mil atendimentos. Pelo portal, podem ser realizados sete serviços expressos oferecidos pela empresa – que, até março, exigiria a presença física do consumidor em uma das agências da cidade. Como os postos precisaram ser fechados para prevenir a disseminação do coronavírus, o cronograma de inclusão de ações foi modificado. 
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
“O número de atendimentos é impactante e representa a quantidade média de quatro agências por mês”, revela o diretor de Atendimento ao Cliente e Tecnologia da Informação da CEB, Gustavo Alvares. “È preocupação com o bem estar da população que pode resolver problemas e demandas de dentro de casa, com conforto e proteção. Neste momento, sabemos que quanto mais a pessoa ficar em casa, melhor”, reforça.
Pelo portal, que pode ser acessado tanto pelo computador quanto pelo celular, o consumidor tem a possibilidade de solicitar nova ligação de energia elétrica ou seu desligamento, além de alterar a titularidade da conta
Clientes das classes comercial, rural, industrial e do poder público que tiveram as faturas emitidas pela média de consumo podem verificar a leitura do medidor. Além disso, é possível fazer a Auto Leitura para não ser faturado desta forma. 
Também é possível requerer cadastramento para Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) – que dá desconto a consumidores baixa renda conforme o consumo – e no Cliente Sobrevida, destinado para moradores com doença em que o tratamento necessite do uso contínuo de equipamentos ligados à energia. 
O plano de digitalização de serviços da companhia está desenhado desde dezembro, antes mesmo de a doença causada pelo coronavírus chegar à capital. No entanto, as novas circunstâncias, orientações de isolamento social e suspensão de atendimentos presenciais no Na Hora, fizeram com que as possibilidades de ações online fossem revistas. “Antecipamos prioridades para atender essa demanda”, explica o diretor. 
Moradora de Ceilândia, Marcela de Sousa conheceu o portal recentemente. De mudança para novo endereço de aluguel, a secretária de 37 anos precisou alterar a titularidade da conta para ter um comprovante de residência. “Tive que preencher um formulário na internet mesmo, com meus dados, e anexar fotos de documentos, além de uma selfie segurando a identidade”, conta. Ela classifica o serviço como seguro e fácil.

Brasil mantém protocolo sobre cloroquina, apesar de OMS suspender estudos

CORONAVÍRUS
Conselho Nacional de Saúde recomenda suspensão do uso da ...
FOTO: REPRODUÇÃO O DIA


Entidade internacional levou em conta pesquisa com quase 100 mil pacientes que apontou riscos do remédio no tratamento da covid-19. Ministério da Saúde diz que estudo não é suficiente para pasta mudar sua orientação.Mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspender os testes clínicos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 e pesquisas apontarem até mesmo o risco de morte devido ao uso do medicamento, o governo federal disse que vai manter as orientações que ampliam o uso da droga no combate ao novo coronavírus.

"Estamos muito tranquilos e muitos serenos em relação a nossa orientação divulgada na nota", disse a secretária de gestão em trabalho na saúde, Mayra Pinheiro, nesta segunda-feira (25/05).
Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou, sem base científica, um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. Inicialmente, a orientação era apenas para casos graves. A medida foi tomada após insistência do presidente Jair Bolsonaro.
A decisão da OMS de suspender as pesquisas, anunciada nesta segunda-feira, foi tomada com base em um artigo divulgado no jornal científico The Lancet, um dos mais conceituados do mundo. O estudo revelou que o medicamento pode causar efeitos colaterais graves, em particular, arritmia cardíaca, e elevar até mesmo o risco de morte.

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou, sem base científica, um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. Inicialmente, a orientação era apenas para casos graves. A medida foi tomada após insistência do presidente Jair Bolsonaro.
A decisão da OMS de suspender as pesquisas, anunciada nesta segunda-feira, foi tomada com base em um artigo divulgado no jornal científico The Lancet, um dos mais conceituados do mundo. O estudo revelou que o medicamento pode causar efeitos colaterais graves, em particular, arritmia cardíaca, e elevar até mesmo o risco de morte.
Os pesquisadores examinaram registros hospitalares de 96 mil pacientes em 671 hospitais em seis continentes. "Após lermos a publicação, decidimos, em meio às dúvidas, ser cautelosos e suspender temporariamente a adesão ao medicamento", afirmou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
Apesar da abrangência do estudo, do prestígio do The Lancet e da afirmação da OMS, o governo federal não considera a publicação confiável para mudar o protocolo brasileiro. "Não se trata de um ensaio clínico, é apenas um banco de dados, coletado de vários países. Isso não entra num critério de um estudo metodologicamente aceitável para servir de referência para nenhum país do mundo e nem para o Brasil", justificou Pinheiro.
"Nesses estudos, a forma de seleção dos pacientes, onde não havia uma dose padrão, uma duração padrão, uma medicação padrão para que possa ser considerado um ensaio clínico, nos faz refutar qualquer possibilidade de citar esse estudo como referência para que o Brasil recue na sua orientação de respeitar a autonomia ética", disse a secretária, que coordenou a elaboração do protocolo ampliando o uso da cloroquina.
Segundo ela, a nota expedida pelo governo brasileiro segue orientação do Conselho Federal de Saúde, que dá autonomia para que os médicos possam prescrever a medicação "para aqueles pacientes que assim desejarem".
"Isso é o que nós vamos repetir diariamente. Estamos muito tranquilos a despeito de qualquer instituição ou entidade internacional cancelar os seus estudos com a medicação", afirmou.
Pinheiro acrescentou que o Ministério da Saúde está conduzindo e apoiando pesquisas, e se for constatado que não há comprovação dos benefícios do medicamento, o protocolo pode mudar. Também afirmou que a pasta conta com um banco de informação com 216 protocolos de hidroxicloroquina e cloroquina usados no mundo, em países como Turquia, Estados Unidos e Índia.
O secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Antônio Elcio Filho, também defendeu o protocolo brasileiro e, para isso, citou o uso da droga no combate a outras doenças.
"O país já tem experiência na administração da cloroquina para várias viroses. Meu filho, por exemplo, pegou malária esse ano e tomou a cloroquina. Eu participei de uma missão em Angola em 1996 e tomei a mefloquina, que tem o mesmo princípio, durante seis meses, ininterruptos, diariamente."
A OMS afirmou que continuará a coletar dados para confirmar o estudo publicado no The Lancet e revisará a decisão em reuniões com autoridades médicas dos países que realizam os testes dentro do programa Solidarity Trial, apoiado pela entidade, realizados em mais de 400 hospitais em 35 países, envolvendo em torno de 3,5 mil pacientes.
A hidroxicloroquina, normalmente utilizada no tratamento contra a artrite, vinha sendo alardeada pelo presidente americano, Donald Trump, como benéfica no combate à doença. Trump, inclusive, chegou a afirmar que estava se tratando preventivamente com o medicamento.
O estudo com quase 100 mil pacientes
O artigo publicado no The Lancet não é um teste específico do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, mas se trata da maior avaliação já feita sobre os resultados de suas aplicações em ambientes no mundo real.
Apesar de apenas observacional, o tamanho e a amplitude do estudo trazem um impacto significativo, segundo avalia o diretor do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, David Aronoff. "Isso realmente nos dá um grau de confiança de que é improvável que vejamos maiores benefícios desses medicamentos no tratamento da covid-19", afirmou.

Os pesquisadores calculam que a taxa de mortalidade entre os pacientes tratados com hidroxicloroquina é de 18% e, no caso da cloroquina, 16,4%. Sem a aplicação dessas drogas, essa taxa ficou em 9%. Já entre os pacientes que receberam os medicamentos em combinação com antibióticos, a taxa foi muito maior, chegando a 22,8% com a cloroquina e 23,8% com a hidroxicloroquina.
"Não apenas não há benefício, mas também vimos sinais muito consistentes de danos à saúde", afirmou Mandeep Mehra, autor do estudo e diretor-executivo do Centro para Doenças Cardíacas Avançadas do Hospital Brigham and Women's em Boston, nos EUA.
Trump fez a primeira menção à hidroxicloroquina em 21 de março, após o suposto potencial da droga ter sido propagado em círculos de extrema direita na internet que promovem teorias conspiratórias e desconfiança contra o establishment científico.
A informação teve origem em um anúncio do controverso pesquisador francês Didier Raoult, que revelou no dia 17 de março que um estudo preliminar em 24 pacientes havia apontando que a hidroxicloroquina havia sido eficaz no tratamento da covid-19. No entanto, o estudo de Raoult foi criticado em círculos científicos por causa da sua amostra limitada.
Em 23 de março, dois dias após Trump mencionar o remédio, foi a vez do presidente Jair Bolsonaro seguir o exemplo do americano e passar a sistematicamente promover tanto a hidroxicloroquina quanto a cloroquina, mesmo sem estudos amplos que comprovem a eficácia. Ele chegou a chamar os fármacos de "cura".
FONTE: TERRA