Já são quase 250 casos confirmados entre funcionários e cerca de 20 mil trabalhadores expostos, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.
O rápido aumento de infecções preocupa as autoridades de saúde porque este é um segmento intensivo em mão de obra - e sua própria estrutura operacional favorece a disseminação do novo coronavírus.
O setor emprega 65 mil pessoas no Estado, calcula a procuradora do trabalho Priscila Dibi Schvarcz, que coordena o Projeto de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos.
Por estar incluído na lista de atividades essenciais, ele não foi obrigado pelos decretos de quarentena a suspender os trabalhos.
Devido à multiplicação de casos em poucos dias, entretanto, nas duas últimas semanas pelo menos 4 fábricas tiveram de interromper a produção - total ou parcialmente.
Na quinta e sexta-feira da última semana, o Tribunal de Justiça do RS determinou a paralisação integral de um frigorífico da BRF na cidade de Lajeado e parcial de uma unidade da Minuano na mesma cidade, que deve operar com 50% da mão de obra por duas semanas.
Dias antes, a empresa Nicolini havia informado decisão de fechar por três dias a unidade em Garibaldi para limpeza das áreas internas e externas depois de registrar 60 casos de covid-19 entre os 1,5 mil funcionários. As medidas foram firmadas por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS).
No fim de abril, uma fábrica da JBS em Passo Fundo foi interditada pela Justiça após o registro de 62 casos entre 2,4 mil trabalhadores. A empresa havia obtido uma liminar para retomar as atividades na unidade, mas na última quinta-feira (07/05) a prefeitura de decidiu manter a interdição.
--:--/--:--
Frigoríficos têm aumento nos casos de Covid-19 no RS
Passo Fundo, que contabiliza pouco mais de 200 mil habitantes, está "empatada" com Porto Alegre em número de mortes causadas pela covid-19 - foram 18 até o dia 11/05.
O volume de casos é cerca de metade (267) do registrado na capital (529), mas, por se tratar de um município menor, a incidência é bem mais elevada: são 135,7 casos a cada 100 mil habitantes, ante 35,8 a cada 100 mil habitantes na capital.
Trabalho 'ombro a ombro'
A dinâmica de trabalho nos frigoríficos, por suas próprias características, favorece a disseminação do novo coronavírus, pondera a procuradora Priscila Dibi Schvarcz.
O setor é intensivo em mão de obra - são centenas e às vezes milhares de trabalhadores em algumas unidades, muitos trabalhando "ombro a ombro", muito próximos, diante das esteiras por onde passa a proteína animal que eles têm de cortar ou desossar, por exemplo.
Procuradora diz que renovação do ar é um dos problemas que facilitam a disseminação do coronavírus nos frigoríficos — Foto: Getty Images via BBC
"Além disso, há um problema de renovação de ar principalmente nos ambientes refrigerados, em razão das próprias normas sanitárias que regulam a qualidade do produtos."
É possível adequar os ambientes para que o ar seja renovado com maior frequência, ela ressalva, mas essa é uma medida cara.
Há ainda vários pontos do espaço físico da fábrica que favorecem aglomerações, como as salas para pausas psicofisiológica (uma medida em vigor nos frigoríficos no Brasil desde 2013, já que o trabalho no setor em geral exige muito esforço repetitivo) e os refeitórios.
Não por acaso, frigoríficos em outros países acabaram se tornando foco da doença causada pelo novo coronavírus. Nos Estados Unidos, por exemplo, a disseminação de covid-19 entre trabalhadores do setor levou empresas como a gigante Tyson Foods a paralisar temporariamente as atividades nas últimas semanas.
Deslocamento preocupa
O caso do Brasil tem uma particularidade que acaba sendo mais fator que facilita o contágio. Parte dos trabalhadores vive em municípios diferentes daqueles em que trabalham, deslocando-se até duas horas para chegar ao serviço em veículos fretados pelas empresas.
Eles se distribuem muitas vezes entre dezenas de pequenos municípios localizados no entorno das fábricas - estas frequentemente já localizadas em cidades pequenas ou médias.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Alimentação do RS, Paulo Madeira, calcula que mais ou menos metade da força de trabalho do setor no Estado se encaixe nesse perfil.
"Muitos estão levando a doença para suas pequenas cidades", ressalta Priscila Schvarcz, do MPT.
Ela cita o caso de Ibirapuitã, com menos de 5 mil habitantes, que contabiliza 15 diagnósticos positivos para covid-19 e um dos maiores índices de incidência da doença no Estado: 360 para cada 100 mil habitantes.
Os primeiros casos, diz a procuradora, foram "importados" da unidade da JBS de Passo Fundo, a pouco mais de 50 km, onde alguns moradores da cidade trabalham.
Segundo a procuradora, além de Passo Fundo, Lajeado e Garibaldi, há diagnósticos com origem em frigoríficos em municípios como Encantado, Tapejara, Marau, Trindade do Sul, Carlos Barbosa e Serafina Corrêa.
O coordenador do Centro de Operações e Emergência do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado, Marcelo Vallandro, diz que a possível interiorização da doença provocada por essa dinâmica é algo que preocupa as autoridades de saúde - por isso o contato frequente com prefeituras e vigilâncias municipais para monitorar a evolução dos casos em áreas consideradas mais críticas.
Nesse sentido, ele destaca também a importância de que os trabalhadores sigam as orientações de isolamento social e as medidas de precaução no dia a dia fora do ambiente de trabalho - o que em alguns casos não vinha acontecendo.
"A transmissão intradomiciliar também tem sido algo importante", pontua.
O presidente da federação dos trabalhadores do setor no Estado faz coro: "Tivemos aqui um caso de trabalhador afastado (com suspeita da covid) que foi viajar em vez de cumprir os dias de isolamento domiciliar."
Resistência no setor
O MPT publicou as primeiras recomendações para a adequação dos frigoríficos ainda no fim de março.
Entre diversos pontos, o órgão sugeria a reorganização das linhas de produção para que os trabalhadores ficassem a uma distância mínima de 1,8 metro um do outro, um rearranjo do transporte para que os funcionários que tomassem ônibus fretados não se aglomerassem na entrada e saída e para que sentassem a uma distância maior uns dos outros dentro dos veículos.
O MPT-RS também recomendava uma vigilância ativa por parte das empresas, para tentar localizar os casos no início, isolar os funcionários afetados e aqueles que tiveram contato com eles.
O MPT sugeriu a reorganização das linhas de produção para que os trabalhadores ficassem a uma distância mínima de 1,8 metro um do outro — Foto: Getty Images via BBC
"Quando existe afastamento precoce, se quebra esse ciclo de contaminação exponencial - e houve muita falha nesse processo de vigilância."
Segundo a procuradora, as empresas tiveram grande resistência em adotar as medidas inicialmente, argumentando que elas eram "obrigações inexequíveis e exageradas".
"Mas, depois que começaram a surgir os casos, o próprio setor percebeu a importância das medidas", completa.
No frigorífico da Nicolini em Garibaldi, diz ela, o número de casos saltou de 10 para 60 em apenas 4 dias. O Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela empresa previa que, após os dias de fechamento, as atividades fossem retomadas com apenas 25% dos trabalhadores nesta segunda-feira (11/05).
Os 75% restantes ficarão em quarentena pelos próximos 14 dias.
'Medo' de trabalhar e preconceito
O caso mais problemático até o momento é o do frigorífico da JBS em Passo Fundo, que foi interditado por duas semanas pela Justiça em 24 de abril.
Antes que as atividades pudessem ser retomadas, a prefeitura do município acatou recomendação da vigilância em saúde local e impôs uma interdição cautelar por outros 15 dias na última quinta (07/05).
Em comunicado, a prefeitura afirma que "foram desrespeitadas regras sanitárias e epidemiológicas, o que pode colocar em risco a saúde de toda a população". Além disso, teria pesado o fato de a empresa não estar monitorando devidamente todos os trabalhadores afastados.
Paulo Madeira, da Federação dos Trabalhadores na Alimentação do Estado, diz que a gerência da unidade foi uma das mais resistentes em implementar as medidas recomendadas para evitar surtos de covid-19 entre os empregados.
"Tive medo de trabalhar. Qualquer sintoma de gripe achava que tinha pegado", diz um dos funcionários, que pediu para ter a identidade preservada.
Segundo ele, os trabalhadores não foram informados sobre os primeiros casos na unidade.
Quando começou a ver pessoas próximas sendo afastadas com a doença, ele e outros colegas chegaram a conversar com supervisores.
"Falaram que não podiam fazer nada, que também estavam com medo de trabalhar, como a gente."
Um caso emblemático para ele foi de um funcionário da limpeza que vinha se queixando de muita dor nas costas e, posteriormente, teve o diagnóstico de covid confirmado.
"Nem febre ele teve. Às vezes essa doença não dá febre. E tem ainda aqueles assintomáticos, que não sentem nada e estão passando a doença para outras pessoas."
Enquanto isso, em diversas cidades, trabalhadores da fábrica começaram a ser alvo de preconceito de moradores que os acusavam de estar "trazendo o vírus".
"A gente não tem culpa, tem que trabalhar. Tem gente ignorante que diz: 'Por que você foi?', mas a gente precisa sustentar nossa família."
"E a gente não gente estava lá produzindo pra essas pessoas comerem?", acrescenta. "O que eles vão comprar no mercado é a gente que produz."
Quando a unidade foi interditada, a sensação foi de alívio, ele conta.
O trabalhador com quem a reportagem conversou vive com outros 7 parentes em casa. Nas últimas semanas, dois testaram positivo para covid-19. Um foi hospitalizado e, na última vez em que a família conseguiu fazer contato, "com a voz já bem ruinzinha", ele disse que teria de ser entubado.
"Depois disso, a gente não teve mais notícia, o hospital não passava informação, nada."
Quando notificados sobre a morte, os familiares foram avisados de que teriam duas horas para velar o caixão fechado e se despedir.
'Tive medo de trabalhar. Qualquer sintoma de gripe achava que tinha pegado', diz um dos funcionários, que pediu para ter a identidade preservada — Foto: Getty Images via BBC
"Ainda dói. A gente não quer que outras famílias passem pelo que a gente está passando."
"Dinheiro a gente recupera, mas a vida dos nossos familiares, não. Se for necessário continuar fechada (a fábrica), que fique; se for para abrir, que seja com medidas rigorosas (de proteção)."
Questionada sobre a informação de que os funcionários não teriam sido notificados sobre os primeiros casos e sobre as observações do MPT de que parte dos frigoríficos foi resistente em adotar medidas de precaução, a JBS enviou uma nota em que afirma:
"A JBS refuta os argumentos apresentados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a tentativa de responsabilizar a Companhia como foco de contaminação da Covid-19 em Passo Fundo (RS).
Entre os falsos argumentos presentes nos autos, pesa o fato de que o número de casos não corresponde à realidade e que, diferentemente do que informa o MPT, a unidade não apresentou 62 casos. A planta de Passo Fundo conta, conforme devidamente registrado na Vigilância Sanitária, 47 casos confirmados, sendo que desse total 20 pessoas estão curadas, e 27 seguem em recuperação, todos com acompanhamento permanente da empresa.
Também cumpre informar que não há casos de morte relacionados aos funcionários da empresa - todos os colaboradores que, infelizmente, tiveram óbitos em sua rede familiar, fizeram os testes e tiveram acompanhamento clínico. Nenhum deles apresentou sintomas e, em testes para confirmar contaminação, os resultados foram negativos.
Todas as medidas adotadas pela JBS estão de acordo com os mais altos padrões dos órgãos de saúde e em conformidade com a recomendação da Consultoria do Hospital Albert Einstein e médicos especializados contratados pela empresa para apoiar na definição dos protocolos de saúde e que estão em vigor em todas as unidades da empresa.
É relevante informar ainda que o protocolo de segurança adotado pela empresa foi avaliado e confirmada a veracidade da aplicação das medidas, conforme laudo da perícia técnica realizada por especialista em medicina do trabalho em 23 de abril de 2020."
A BRF, por sua vez, informa que até o momento as atividades na unidade de Lajeado seguem paralisadas.
"A Companhia reforça que está muito segura do cumprimento efetivo de todas as medidas protetivas e protocolos indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. A empresa tem mantido uma interação muito próxima e frequente com diversos níveis de autoridades, bem como com o sindicato dos trabalhadores local e a Prefeitura da cidade, com o intuito de propor e discutir soluções que assegurem a saúde e a integridade física de seus colaboradores.
Desde o início da pandemia, a BRF já implementou uma série de ações protetivas em todas as suas operações, contando com um Comitê Permanente de Acompanhamento Multidisciplinar, composto por executivos e especialistas, como o infectologista da Universidade de São Paulo, Esper Kallas.
A empresa conta ainda com uma consultoria global especializada em gestão de riscos e com esse suporte instituiu um centro de inteligência, que, entre outras funções, possibilita estar em contato com companhias em outros países, como China, Estados Unidos e Itália, para aprender com a experiência desses países e aplicar melhores práticas, acompanhando em tempo real o que vem acontecendo na Ásia, Europa e América.
Vale ressaltar ainda que, em abril, a Companhia assinou um compromisso junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em nível nacional, que endossa práticas de proteção aos colaboradores que já vinham sendo adotadas. Entre as iniciativas adotadas pela empresa estão o uso obrigatório de máscaras, distanciamento mínimo entre funcionários, medição de temperatura nas entradas das unidades, afastamento de colaboradores do grupo de risco e casos suspeitos, reforço de higienização em diversas áreas e nos veículos de transporte fretado e busca ativa de potencial contaminação com o intuito de mitigar a exposição ao vírus.
A empresa destaca ainda que o setor de produção de alimentos é essencial e, por esse motivo, não poupa esforços para manter seu compromisso com a saúde e segurança dos colaboradores, da cadeia produtiva e com o abastecimento à população, trabalhando de forma colaborativa com as autoridades de saúde e os municípios onde está presente."
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também se manifestou sobre o tema por meio de nota:
"A ABPA informa que constituiu, juntamente com seus associados, diversos comitês temáticos para o enfrentamento da crise de Covid-19, onde são definidos e constantemente atualizados protocolos para a preservação da saúde dos colaboradores e de todos os envolvidos no sistema produtivo.
Antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários estados de todo o país, a associação se certificou de que as suas empresas associadas adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção.
Essas medidas incluem o imediato afastamento de todos os colaboradores identificados como grupo de risco (com idade acima de 60 anos, doenças pré-existentes e outros), a intensificação das ações de vigilância ativa nas unidades frigoríficas e monitoria da saúde dos trabalhadores (com a verificação constante de temperatura), entre outras iniciativas.
As empresas reforçaram todos os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde - grande parte destes cuidados já eram rotina. E, de forma adicional, incluiu várias outras medidas preventivas, como, por exemplo:
Aumento da rotina de higienização de todos os ambientes dentro e fora do frigorífico, como o transporte e outros; adoção de medidas contra a aglomeração, com a redistribuição de horários de refeição e contratação de mais veículos de transporte; monitoria constante do estado de saúde dos trabalhadores enquanto estão no espaço do frigorífico; reforço nas orientações de cuidados para a saúde por meio de orientações diretas, folhetos e outras formas de comunicação interna.
O nosso setor faz parte do rol de atividades essenciais ao país. Para que possamos garantir a produção de alimentos seguros e a oferta de alimentos para a população, a saúde das equipes é prioridade indiscutível.
Sabemos de nossa missão e trabalharemos para que não falte alimentos para as famílias de todo o país".
A Minuano não respondeu ao pedido de posicionamento feito pela reportagem.
Modelos parecem baratos quando comparados aos preços em outros países Divulgação/Ford
Com dólar aquecido, os carros brasileiros estão cada vez mais baratos em relação aos estrangeiros. Quer dizer… se você for algum estrangeiro querendo gastar seu dinheiro por aqui – caso contrário, prepare seu bolso. Mas quão desvalorizados nossos modelos estão em relação a outros países?
Para fazer essa comparação, QUATRO RODAS separou cinco veículos comercializados lá fora e que são praticamente iguais àqueles oferecidos no Brasil, ou seja: modelos comercializados com versões e motorizações similares. É claro que, para isso, não foi levado em consideração o poder de compra (exemplificado aqui pelo salário mínimo).
Nos Estados Unidos, utilizamos como base valores e impostos praticados no estado da Flórida, além da cotação fixada em R$ 5,90. Para a Europa, os preços foram calculados pela Alemanha, que pratica uma das menores taxa do bloco econômico, e cotação a R$ 6,38.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Volkswagen Polo
Principal diferença do brasileiro está no conjunto mecânico e nos itens de série Christian Castanho/Quatro Rodas
O hatch é vendido a R$ 86.690 na versão topo de linha Highline com motor 1.0 TSI. Se fosse na Alemanha, você teria que desembolsar 22.530 euros pela configuração equivalente, também chamada Highline. E quanto isso custaria? R$ 143.741 em conversão direta.
Na verdade, para ter nível de equipamento semelhante, o Polo europeu precisa receber rodas aro 17 diamantadas, quadro de instrumentos digital, acendimento automático de faróis, ar-condicionado digital, partida por botão, comando por voz e câmera de ré.
Visual externo é praticamente igual ao modelo vendido na Europa Christian Castanho/Quatro Rodas
Com todos os opcionais instalados, o modelo passa a custar, lá, 25.829 euros. Com calculadora na mão, dá até para tomar um susto: R$ 164.789. Só que eles também podem provocar inveja aos brasileiros, considerando que o acabamento interno é melhor na Europa.
Não bastasse o painel emborrachado – na versão nacional, toda a cabine é de plástico rígido –, os gringos têm algumas vantagens, como frenagem de emergência com detecção de pedestres, luz ambiente, start-stop, bancos aquecidos e regulagem elétrica dos faróis.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Painel do nosso Polo tem acabamento simplificado Christian Castanho/Quatro Rodas
Brasil: R$ 86.690 – Polo Highline 1.0 TSI; Europa: 25.829 euros (R$ 164.789) – Polo Highline 1.0 TSI; EUA: N/D.
Honda Civic
– Divulgação/Honda
Em comum, os sedãs vendidos aqui e na Europa não têm opcionais para as versões topo de linha, aqui chamada Touring e, lá, Executive. E também compartilhamos o mesmo motor 1.5 turbo a gasolina – que é o mesmo utilizado pela configuração comercializada nos EUA.
– Divulgação/Honda
E analisando apenas os números, até parece que levamos vantagem em relação aos alemães: o carro que custa R$ 136.700 aqui é vendido a 33.790 euros (R$ 215.580) lá. Por outro lado, eles têm sistemas semiautônomos do Honda Sensing e bancos com aquecimento.
Nos EUA, o sedã ainda traz piloto automático adaptativo, alerta de pontos cegos, frenagem de emergência, sensor de tráfego cruzado e alerta de mudança de faixa. E, por US$ 28.955 – com carregador sem fio, opcional –, há rodas aro 18 e ajustes elétricos para passageiro.
Acabamento interno é o mesmo nos três mercados Christian Castanho/Quatro Rodas
Nissan Kicks não é oferecido na Europa Divulgação/Nissan
O SUV compacto não é vendido na Europa. Mas na América do Norte – onde chega importado do México –, o modelo é oferecido em três diferentes configurações. Em comum, todas têm o mesmo 1.6 16V, que, diferentemente do nosso motor flex, é movido só a gasolina.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Por lá, a opção topo de linha SR custa US$ 22.215, o que seria equivalente a R$ 131.068, e não tem opcionais. Sendo assim, em comparação com a SL Pack Tech (opção topo de linha aqui), o Kicks norte-americano não disponibiliza os bancos com revestimento de couro.
Visual é praticamente o mesmo da versão norte-americana Divulgação/Nissan
E nosso carro é mais barato: R$ 108.790. Mas perdemos nos itens de série, pois não há sensor de pontos cegos, frenagem de emergência com detecção de pedestres, alerta de mudança de faixa, sensor de tráfego cruzado, farol alto automático e detector de fadiga.
Lista de equipamentos do SUV é mais completa nos EUA Divulgação/Nissan
Gostou da grade? É inspirada na F-150 vendida nos Estados Unidos Fernando Pires/Quatro Rodas
A picape média até aparece no site da Ford para a Alemanha, mas não há configurador ou preços. Então, o jeito foi migrar à França, que tem impostos (IVA) e salário mínimo semelhantes – 21%, contra 19% dos germânicos e 1.539 euros contra 1.557 euros, respectivamente.
Na Europa, a Ford Ranger Limited – por lá, a opção topo de linha tem o mesmo nome da nossa – com o cinco-cilindros 3.2 turbodiesel custa 46.898 euros (R$ 299.209) já com os opcionais, como Sync3 com GPS, farol alto automático e sistemas de condução semiautônoma.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Versão vendida aqui tem rodas e santo-antônio da Ranger Wildtrek– Fernando Pires/Quatro Rodas
Comparado à configuração vendida no mercado brasileiro, o Velho Continente realmente fica em desvantagem: por R$ 205.990, a picape sai mais barata aqui, vem com mais equipamentos e tem detalhes exclusivos, como rodas diamantadas e santo-antônio integrado.
E se o visual para os EUA quase não muda, mas há diferenças importantes – como o motor 2.3 turbo a gasolina. Só que a versão Lariat, de US$ 40.825 (R$ 240.867), tem faróis e lanternas de led, sensor de ponto cego, bancos com aquecimento e som Bang & Olufsen.
Painel é praticamente o mesmo aqui e nos demais países Fernando Pires/Quatro Rodas
Esportivo é vendido no mercado brasileiro sem opcionais– Divulgação/Ford
No fim de 2019, o esportivo passou a ser vendido no Brasil apenas na versão Black Shadow. Mas basta um pacote de opcionais na Europa para o Mustang praticamente ganhar o visual do modelo vendido aqui – a exceção fica por conta do aerofólio, sempre preto aqui.
Em relação à configuração trazida ao nosso país, o carro oferecido na Alemanha tem deixa de lado suspensão adaptativa, som Bang & Olufsen, rodas aro 19, detalhes de fibra de carbono e Sync3 com GPS. E, com o mesmo recheio, sai a 56.600 euros (R$ 360.470).
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Visual da versão Black Shadow pode ser reproduzido na Europa com opcionais– Divulgação/Ford
E se nosso Mustang já sai completão das lojas por R$ 354.990, os norte-americanos têm que pagar até por “básicos” sensor de chuva e iluminação da cabine. Com o mesmo nível do nosso, lá, sai por US$ 55.995 (R$ 330.370). Mas não há detalhes de fibra de carbono.
Modelo oferecido no Brasil já tem detalhes de fibra de carbono de série Divulgação/Ford