quinta-feira, 14 de maio de 2020

Elas iam abortar fora do Brasil, mas a pandemia impediu

BRASIL
Um grupo de nove mulheres estava com viagem para a Colômbia organizada para fazer um aborto e tiveram os planos interrompidos  Imagem: Imagem: AzMina


Passagem comprada, procedimento marcado, estava tudo pronto para essas mulheres abortarem legalmente na Colômbia, quando as fronteiras foram fechadas
"Eu nunca tinha viajado pra fora do país e estava muito apreensiva, ainda mais porque tudo teria que ser sem que ninguém da família descobrisse. Era quase uma missão impossível, mas eu estava confiante", conta a professora Edna*, 28 anos.
A ida à Colômbia foi a solução que encontrou para interromper uma gravidez indesejada, já que aqui no Brasil o procedimento não é permitido. Ela e o namorado organizaram tudo, porém dois dias antes do embarque, os planos foram por água abaixo: seu voo foi cancelado devido ao fechamento das fronteiras da Colômbia pela pandemia do coronavírus, no dia 16 de março.
Edna faz parte de um grupo de nove mulheres que estavam com viagem para a Colômbia organizada para fazer um aborto e tiveram os planos interrompidos pela pandemia. Presas no Brasil, onde não têm direito de escolha, se viram correndo contra o tempo. "A gravidez não espera a pandemia passar", desabafa uma delas.Cada uma teve de lidar com a questão de uma maneira diferente: encontrar um novo país para ir onde o procedimento é legalizado, aborto clandestino e até aborto legal. As histórias de seis delas estão nessa reportagem.Todas essas mulheres estavam organizando suas viagens com apoio da iniciativa Milhas Pela Vida, que ajuda brasileiras a abortarem legalmente em países onde o procedimento é permitido. Juliana Reis, fundadora da organização, conta que o apoio varia de mulher para mulher: vai desde o apoio financeiro para os custos da viagem, para mulheres que não podem pagar, até o agendamento do procedimento e contato com mulheres colombianas para dar suporte às brasileiras durante a estadia. Desde novembro de 2019, 18 mulheres já foram para a Colômbia com a iniciativa."Isso que fazemos e o que essas mulheres viveram com a pandemia são facetas dessa violência que é a criminalização do aborto no Brasil. E vamos criando alternativas concretas para resolver isso", explica Juliana.
No Brasil, a interrupção voluntária da gravidez é crime exceto em três situações: anencefalia do feto, gravidez resultante de estupro ou quando há risco à vida da mulher. No entanto, se a mulher brasileira faz um procedimento fora desses três casos em outro país, onde ele seja legal, ela não está cometendo nenhum crime."Algo básico do funcionamento da lei penal dos países é a lógica territorial. Em regra, a sua conduta tem que ser avaliada com relação às leis do local onde você está", explica a advogada Gabriela Rondon, do Instituto Anis de Bioética.
No caso da Colômbia, para onde essas mulheres iam, o aborto não é totalmente descriminalizado, mas a lei é mais ampla que a brasileira. São permitidas as interrupções da gestação lá em casos de estupro, incesto, má-formação severa do feto e riscos à saúde da mulher."A lei inclui uma perspectiva de saúde mais ampla, que entende que uma situação de uma gravidez não pretendida em situações sociais e pessoais adversas pode gerar um sofrimento mental", explica a advogada. Assim, os riscos à saúde mental da mulher também são considerados legais, bastando um laudo médico informando a existência disso. 
Ela não sabia que tinha sido estuprada
Mãe solo, recém-formada e cheia de planos para construir um futuro melhor para si e para a filha, Cristina*, 28 anos, ficou em choque e sem saber o que fazer quando soube que estava grávida. Evangélica, ela era completamente contra o aborto. "Justamente por haver formas de evitar a gravidez, mas o que eu não via é que ainda assim há outras formas inesperadas de acontecer", conta.Ao se ver grávida, pensando em abrir mão de todos seus planos, começou a mudar de ideia. "Estive no lugar de tantas outras mulheres e senti o peso dessa situação, as negações, as frustrações, o desespero, a depressão, o isolamento, a solidão. Isso me fez repensar. Então pedi a Deus que me ajudasse, sem colocar minha vida em risco.

"Foi quando soube da possibilidade de interromper a gravidez no exterior. Entrou em contato com a iniciativa Milhas pela Vida, um pouco receosa, mas aos poucos foi passando a confiar e começou a planejar a viagem. Até que veio a pandemia e seu voo foi cancelado.Na época, ainda era possível ir para o México, no entanto, por ser fora do Mercosul, era necessário ter passaporte, o que ela não tinha, e não deu tempo de conseguir um de urgência. 
"A sensação de impotência, de não ter escolha sobre seu próprio futuro, de não ser respeitada? Pelo contrário, alguns acusam, julgam, apontam como se o futuro fosse deles, como se eles fossem abrir mão de algo, isso é tão frustrante".
No entanto, em uma conversa sobre como tinha engravidado, ela contou que o parceiro tinha tirado a camisinha sem avisá-la e sem seu consentimento. Cristina não sabia que isso era uma forma de violência sexual. Conhecido como stealthing, o ato de tirar o preservativo sem consentimento da mulher é considerado violência sexual e, portanto, é crime no Brasil.Com posse dessa nova informação, Cristina soube então que sua gestação era resultante de uma violência sexual e, portanto, tinha direito ao aborto dentro da lei no Brasil. Procurou então o serviço do SUS e conseguiu interromper a gestação.Apesar de ser um direito, o acesso ao aborto dentro da lei nem sempre é garantido. Nesta reportagem, explicamos o que fazer caso ele seja negado.Três tentativas com pílulaEdna nunca quis ser mãe, desde a adolescência sabe disso. Mas para piorar tudo, descobriu que estava grávida bem na semana em que seu namorado foi demitido. "Eram muitas incertezas no momento. A única certeza que eu tinha era a de que não tinha condições de ter um filho", lembra.
Então logo começou a pesquisar alternativas e conseguiu um contato para comprar pílulas de misoprostol. Tomou e, apesar de sentir algumas cólicas, não teve sangramentos. Fez um ultrassom e confirmou que ainda estava grávida. Então tentou as pílulas outra vez e nada. "Cheguei a conclusão de que estava gastando com remédios falsos. Desisti mas o desespero tomava conta de mim. Já não tinha vontade de sair, nem de comer, não queria ver ninguém e não reconhecia mais meu corpo".Foi o namorado que, vendo o desespero dela, começou a pesquisar sobre fazer o aborto fora do Brasil. Entraram então em contato com a iniciativa e começaram a planejar a viagem - a sua primeira para o exterior. "Na semana da viagem começamos a arrumar as malas discretamente, comprei absorventes, separei umas roupas confortáveis e roupas de frio pra viagem. Estávamos acompanhando o crescimento do surto de Covid-19 na Europa há alguns dias e torcendo para que não fechassem os aeroportos na Colômbia".Mas fechou. "Eu me vi sem chão mais uma vez e achava que não haveria outra saída a não ser ter um filho. A barriga já estava começando a aparecer e o tempo estava ficando apertado", conta Edna, que entrou em desespero novamente.Sem desistir, ela conseguiu um novo contato para comprar a pílulas de misoprostol. Com receio, decidiu tentar de novo. "Senti muita dor e o procedimento com medicamentos é um tanto demorado e sofrido, mas sinto que valeu a pena. Não poderíamos ter uma criança que desejamos tanto que não nascesse".
Presa no México

Quando descobriu que estava grávida, Fabiana *, 27 anos, se viu em uma confusão de emoções. A certeza de que não queria seguir com a gestação veio quando o companheiro "pulou fora" das responsabilidades.Pesquisando, viu que em outros países o aborto era legalizado e, como tinha férias para tirar no emprego, decidiu por esse caminho. Comprou a passagem e contou com apoio para fazer o agendamento na Colômbia. Mas assim que viu que a pandemia se agravava e que as fronteiras podiam fechar, começou a pesquisar alternativas.Conseguiu transferir seu voo para a Cidade do México, onde a interrupção da gravidez é legal. Entrou em contato com uma clínica e no dia seguinte já embarcou. "Viajei durante a noite a no dia seguinte pela manhã já fui para a consulta", conta.
Chegando lá, passou com um médico que explicou suas opções - fazer o procedimento de aspiração intrauterina ou tomar as pílulas. Ela escolheu a aspiração, por ser mais rápida. Depois, ainda teve consulta com uma psicóloga, que conversou sobre como ela estava e também falou sobre métodos contraceptivos, oferecendo opções de longo prazo.Então chegou a hora do procedimento. "Eu estava muito nervosa. Com medo de dar errado e ninguém saber, porque eu não tinha falado para ninguém que ia fazer. Mas tomei a anestesia e quando acordei, falaram que tudo tinha corrido bem". Nos dias seguintes, ela repousou ainda na capital mexicana.Depois, aproveitou as férias para ir para a praia e descansar mais uns dias. "Eu senti que precisaria, tanto para o corpo, quanto para a alma. Descansar, pensar em outras coisas", conta. Era para ela ter ficado ali mais 20 dias. No entanto, seu vôo já foi cancelado duas vezes e ainda não conseguiu voltar para o Brasil.Apesar dos imprevistos, Fabiana está tranquila. "Eu sabia de todos os riscos quando fui pegar o voo. Tanto de contrair o coronavírus, quando de vôos cancelados. Mas decidi encarar, porque quero poder decidir meu futuro. Ficar presa aqui, sem voltar, é menos grave do que estar presa no Brasil sem opção, porque a gravidez não ia esperar a pandemia passar".
Perda natural
Evangélica e pró-vida autodeclarada, Denise*, 27 anos, nunca imaginou que passaria pelo dilema de seguir com uma gestação. Sonhava com a gravidez, mas aconteceu o diagnóstico de uma doença fetal rara e gravíssima. A probabilidade de que seu filho sobrevivesse após o parto era baixa e, ainda assim, ele não se desenvolveria e não passaria dos primeiros anos de vida. Diante disso, ela e o marido decidiram não seguir com a gestação.Quem entrou em contato com as Milhas pela Vida foi o marido, mas Juliana pediu para falar com a mulher, que contou toda a história. O agendamento foi feito e estava tudo certo, até que no dia do seu vôo as fronteiras fecharam.Em desespero, Denise dirigiu cinco horas de sua cidade até a capital, para tentar forçar o embarque. O que não deu certo, pois não poderia entrar na Colômbia. Ela ficou tão mal que, dias depois, diz ter tido um aborto espontâneo.
Denise não aceitou conversar com a reportagem, mas mandou seu depoimento para Juliana e autorizou que ela repassasse para AzMina.Chá, pílula, reza, clínica?Antibiótico pode cortar o efeito do anticoncepcional. Giovana*, 36 anos, não sabia disso. Casada, com um filho e sem nenhum plano de ter outro, de repente ela se viu grávida, mesmo usando de forma regular um contraceptivo."A maternidade não é para mim, não gostei. Eu amo meu filho, mas se eu pudesse voltar no tempo, eu não teria". Ela conta que entrou em desespero com a notícia e começou uma corrida contra o tempo.Primeiro, tentou Misoprostol, mas não funcionou. Em pânico, tentou chás e receitas caseiras, mas também não funcionou. Estava desistindo quando soube da possibilidade de ir para a Colômbia. "Foi tudo muito rápido, entrei em contato e agendaram para dali cinco dias". Mas veio a pandemia e seu vôo foi cancelado.Sem chão, ela começou a correr atrás de alternativas. "É horrível. Por causa da ilegalidade, você se depara com golpistas. Tem grupos de whatsApp que só te ajudam se você comprar deles. O Brasil tá muito atrasado", desabafa.Ela conta que visitou diversas enfermeiras e médicos, tentando encontrar um lugar em que se sentisse segura para fazer o procedimento. "Tinha uma que era na casa dela, um monte de bebida alcoólica em volta, não me senti segura". No fim, ela encontrou uma clínica onde se sentiu segura e realizou o procedimento."Achei que ia sentir alívio, mas vieram os sentimentos contraditórios. Eu sentia culpa, vazio, chorava toda noite". Após o aborto, ela procurou acompanhamento psicológico e sente que, agora, está ficando bem.Onde comem três, comem quatroCom três filhos, Bruna*, 32 anos, está separada há quase um ano, depois que descobriu que o ex-marido abusava da filha. Ela faz bicos e faxinas para alimentar as crianças e pagar as contas. Em um momento de desespero, aceitou fazer um programa. Ela conta que tomou a pílula do seguinte, mas o remédio não funcionou.Entrou em contato com a Milhas pela Vida com 18 semanas de gestação e agendou a viagem para a semana seguinte, porque o procedimento só pode ser realizado até 22 semanas.Quando as fronteiras fecharam, ficou sem alternativa e se resignou a seguir com a gravidez, apesar do medo de não ter condições para criar mais um filho.

* Nomes fictícios para preservar a identidade das entrevistadas, que contaram suas histórias sob a condição de anonimato.

UOL

Governo prorroga R$9,6 bilhões em pagamentos de impostos

IMPOSTOS
Ações estão sendo implementadas pelo governo federal para tentar auxiliar os brasileiros durante o período de pandemia do novo coronavírus. Entre elas, estão o repasse de auxílio emergencial e prorrogação nos pagamentos de impostos.
Governo prorroga R$9,6 bilhões em pagamentos de impostos (Reprodução/Internet)
Governo prorroga R$9,6 bilhões em pagamentos de impostos (Reprodução/Internet)
Nova medida foi anunciada nesta terça-feira (12) pelo Ministério da Economia. Houve a prorrogação no pagamento de 9,6 bilhões em impostos federais. Sendo prorrogadas as cobranças relacionadas a dois órgãos.
Afetados no benefício foram os parcelamentos administrados pela Receita Federal, e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). De acordo com as informações prestadas pelo governo, medidas foram tomadas mediante ao cenário de crise em decorrência ao coronavírus.
Com isto, novas datas foram definidas. Mas, vale destacar que esta nova prorrogação ainda não englobas as questões ligadas ao parcelamento para as empresas que são associadas do Simples Nacional. Ainda de acordo com o Ministério, decisão deve ser feita pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.
Novas ações serão ainda tomadas em breve, mas sendo realizadas exclusivamente através de reunião feita neste comitê. A data marcada para discussão sobre assuntos e deliberações para o texto é nesta sexta-feira (15).
Com as alterações, os pagamentos de impostos que iriam vencer no mês de maio, junho e julho tiveram uma alteração. As novas datas correspondem sempre ao último dia útil de cada mês, conforme já detalhado pelo governo.
Já em relação ao Receita e a PGFN serão suspensos os pagamentos destinados aos contribuintes que realização a operação por meio do débito automático em conta-corrente, uma das ações mais comuns.
Ou seja, até para estes clientes, o valor não será agora debitado e irá considerar os novos dados disponibilizados pelo governo federal. Veja o calendário completo com a validade de pagamento já com as novas datas:
Também foi decidido pela Receita Federal prorrogar o prazo de entrega da declaração do MEI, que aconteceria até o último dia do mês de maio. E agora, passou para 30 junho, mesma data de vencimento do IRPF.

FDR

Com aval de Bolsonaro, reajuste de policiais do DF é pautado no Congresso antes de veto a congelamento


POLÍTICA 

12 mai 2020 16h08
O presidente Jair Bolsonaro deu aval para que fosse pautado no Congresso o aumento da remuneração dos policiais do Distrito Federal antes do veto à exclusão de algumas categorias de regra de congelamento salarial na sanção ao projeto de auxílio a Estados e municípios, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

A palavra final para inclusão na pauta é do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Questionado a respeito via assessoria de imprensa, ele não se manifestou. 
O projeto havia recebido sinal verde da Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) em março, em sessão presencial que ocorreu antes do estado de calamidade pública no país por conta da pandemia de coronavírus. 
O texto, de autoria do Poder Executivo, dá aumento de 25% na Vantagem Pecuniária Especial (VPE) devida a policiais e bombeiros militares do DF, e ajuste linear de 8% para policiais civis do DF, ambos retroativos a janeiro. 
Além disso, o projeto também abre a possibilidade de reajuste para militares da ativa, inativos e pensionistas dos ex-territórios federais de Amapá, Rondônia e Roraima.

Policiais prendem apoiadores do presidente venezuelano Nicolas Maduro em frente à embaixada da Venezuela em Brasília 13/11/2019 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters
O reajuste, que tem impacto orçamentário de 505 milhões de reais, foi um pedido do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O projeto que autoriza a recomposição salarial das carreiras custeadas pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) foi incluído na pauta de sessão conjunta do Congresso Nacional na quarta-feira.

PF prende ex-secretário do DF por participação em esquema de venda de respiradores defeituosos ao governo do Pará

COVID-19

André Felipe de Oliveira chefiou pasta de Esportes durante gestão de José Roberto Arruda e foi detido em Brasília. Outro acusado está foragido.

Chegada de respiradores adquiridos da China pelo Pará. — Foto: Agência Pará
Chegada de respiradores adquiridos da China pelo Pará. — Foto: Agência Pará 
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (13), em Brasília, o ex-secretário de Esporte do Distrito Federal, André Felipe de Oliveira. Ele ocupou o cargo durante o governo de José Roberto Arruda e é suspeito de participação em um esquema de venda de respiradores que não funcionam para o governo do Pará
A prisão é temporária, por cinco dias, e foi ordenada pela Justiça Federal do estado, a pedido do Ministério Público Federal no Pará. O juiz Rubens Rollo D’Oliveira também determinou a prisão de um outro empresário acusado de participação no esquema, no Rio de Janeiro. Mas ele não foi encontrado e é considerado foragido.
A ação foi parte da operação Profilaxia, que também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à empresa SKN do Brasil, em Brasília e no RJ. A empresa seria a responsável por vender os aparelhos defeituosos ao governo do Pará. As investigações estão sob segredo de Justiça.
Até a última atualização desta reportagem, o G1 tentava contato com a defesa do ex-secretário e da empresa. 

Aparelhos defeituosos

Segundo o MPF, André Felipe de Oliveira e o empresário foragido eram representantes da empresa SKN, que recebeu R$ 25 milhões do governo do Pará em troca de 200 respiradores importados da China. No entanto, o Ministério Público alega que foi entregue outro tipo de aparelho, "que não pode ser instalado em UTIs e ainda apresenta riscos aos pacientes".
O órgão afirma que "além de não servirem para o uso em UTIs, os ventiladores pulmonares colocariam em risco real os pacientes, por não possuírem alarmes que indicassem interrupção do funcionamento nem baterias internas para manter a respiração artificial em caso de queda de energia".
Ainda de acordo com o MPF, os aparelhos poderiam servir como vetor de infecções, já que não permitem a limpeza e esterilização de fluidos corporais e gases expirados. 
"Os prováveis crimes ocorridos no Pará têm relação visível com os que ocorreram no Rio de Janeiro, onde também houve a venda de equipamentos defeituosos ao estado, o que pode indicar a existência de um esquema nacional para fraudar a compra desses equipamentos em plena pandemia de Covid-19", afirma o MPF. 

Suspensão das investigações da PF

A Procuradoria-Geral do Estado do Pará chegou a pedir à Justiça que suspendesse as investigações da Polícia Federal sobre o caso. Segundo o governo local, os recursos usados para comprar o material eram do estado e, por isso, a apuração deveria ser comandada pela Polícia Civil. 
O juiz Rubens Rollo D’Oliveira chegou a atender ao pedido, mas a decisão foi derrubada. A Justiça do Pará também determinou o bloqueio de R$ 25,2 milhões da empresa que forneceu os equipamentos. 
Na terça (12), o governo local e a empresa chegaram a um acordo e a SKN se comprometeu a devolver o dinheiro recebido do Executivo local.

Fonte G1

Na China, aplicativos de rastreamento do coronavírus estão em toda parte

COVID-19
Aplicativos funcionam sem consentimento dos chineses; o sistema gera um 'código de saúde' verde (sem problemas), amarelo (obrigação de ficar em casa em quarentena), ou vermelho (quarentena em um hotel fechado, previsto para isso.

Imagem de tela de smartphone com aplicativo de rastreamento da Covid-19, em 23 de abril de 2020 — Foto: Paresh Dave/Reuters

As aplicativos para controlar a propagação de coronavírus, fonte de grande preocupação no Ocidente, são onipresentes na China, onde as autoridades armazenam grandes quantidades de dados pessoais de seus cidadãos.
Os chineses não têm outra escolha, porque os aplicativos funcionam sem seu consentimento. Na maioria das vezes, porém, eles parecem aceitar que o sistema acompanhe seus itinerários.
"A epidemia é um contexto particular. É por isso que divulgar meus movimentos não me incomoda. A vida humana é a coisa mais importante", diz à AFP Debora Lu, de 30 anos, uma funcionária pública que mora em Xangai. 
O aplicativo criado pelo governo é baseado nos dados de geolocalização das operadoras e analisa os movimentos do usuário nos 14 dias anteriores - em particular para descobrir se ele esteve em uma área de risco, ou se esbarrou com alguém com Covid-19.
Existem muitos aplicativos semelhantes na China, onde 4.633 mortes por coronavírus foram registradas oficialmente desde o início da pandemia. 
Em Pequim, por exemplo, o sistema "Health Kit" não usa geolocalização, mas outras fontes de informação, como passagens de trem, bilhetes aéreos, controles de identidade na entrada da capital, ou resultados de testes.
Todos os aplicativos têm em comum que o usuário, depois de baixá-los, deve digitar seu nome, número de identidade, telefone e, algumas vezes, foto.
O sistema gera um "código de saúde" verde (sem problemas), amarelo (obrigação de ficar em casa em quarentena), ou vermelho (quarentena em um hotel fechado, previsto para isso).
"Acho que mais de 99% da população considera isso um bom método", diz Li Song, 37 anos, ator de Xangai.
"Não é como se hackers roubassem sua senha de cartão de crédito", aponta Charlotte Wang, 33 anos, uma contadora de Pequim.

Sacrifício

A localização geográfica permite automatizar a busca de pessoas que estiveram em contato com pacientes. Também facilita o retorno ao trabalho e ao lazer.
O código verde mostra que, em princípio, a pessoa está saudável e é um passe de conduta segura para acessar edifícios, restaurantes, estações, ou lojas.
"É uma diferença cultural entre a China e o Ocidente", diz Cui Xiaohui, professor do Centro de Pesquisa de Metadados e Inteligência Artificial da Universidade de Wuhan, cidade onde o novo coronavírus apareceu.
"A maioria dos chineses está disposta a sacrificar um pouco de sua vida privada, se for realmente pela saúde", aponta.
Na França, há um debate sobre um aplicativo chamado StopCovid, que usa a tecnologia Bluetooth, menos invasiva que a geolocalização e que permitiria aos pacientes avisar anonimamente as pessoas que encontraram.
A prefeitura de Pequim diz que os dados pessoais "são usados apenas para combater a epidemia". E garante que tem acesso apenas ao sobrenome das pessoas e aos dois últimos números da identidade.
"Mas, no final, quem tem acesso a esses dados? Estão à mercê de um pirata? Esse é o cerne do problema para as pessoas", diz Cui Xiaohui.
"O Estado não venderá essas informações. Mas sempre existe o risco de um funcionário fazer isso em benefício próprio", assegura.

Com a explosão do comércio on-line, os chineses estão cada vez mais atentos aos seus dados. As empresas armazenam cada vez mais números de telefone, ou preferências de compra.
"A China ainda não possui uma lei, ou um regulamento específico sobre a proteção de dados pessoais", diz Zhou Lina, professora da Universidade de Correios e Telecomunicações de Pequim, especialista em proteção de dados.
O arsenal legislativo ganhou nos últimos anos uma lei sobre segurança cibernética (2017) que limita os abusos dos gigantes da Internet.
No entanto, essas leis não limitam a capacidade do governo de acessar dados pessoais, diz Jeremy Daum, especialista em direito chinês da Universidade de Yale (Estados Unidos).
"Quando há uma investigação criminal, por exemplo, a polícia tem um poder enorme para coletar informações", aponta Daum.
"A lei é baseada no princípio de que os controles internos são suficientes para evitar abusos do Estado", completa.


Fonte: AFP


quarta-feira, 13 de maio de 2020

Cientista faz revelação alarmante: Próxima grande pandemia pode surgir no Brasil

ALERTA


Declaração é de David Lapola, de 38 anos

Amazônia pode ser 'maior repositório de coronavírus do mundo', diz cientista brasileiro
Amazônia pode ser 'maior repositório de coronavírus do mundo', diz cientista brasileiro - 
Rio - A história é conhecida: a intervenção humana em matas nativas pode gerar desequilíbrio ecológico e exportar doenças do coração da floresta. Com a devastação da Amazônia, a próxima grande pandemia pode surgir no Brasil, alerta o cientista David Lapola.
"A Amazônia é um potão de vírus", afirma o pesquisador, de 38 anos. Ao devastá-la, colocamos à prova nossa própria sorte, acrescenta.

A maior floresta tropical do mundo ainda tem extensas áreas preservadas, mas "cada vez há mais degradação, mais desmatamento", adverte Lapola.

"Quando você gera esse desequilíbrio ecológico, você altera essas cadeias e nessa hora pode acontecer esse pulo do vírus [dos animais para os humanos]", explica, em entrevista à AFP.

Formado em Ecologia, Lapola lembra que em décadas anteriores o mundo já sofreu com o HIV, o ebola e a dengue. "Foram todos vírus que acabaram ou surgindo ou se disseminando de uma maneira muito grande a partir de desequilíbrios ecológicos".

Lapola diz que, segundo estudos, essa transmissão ocorre com mais frequência no sul da Ásia e na África, onde se encontram majoritariamente certas famílias de morcegos, mas que a biodiversidade da Amazônia poderia caracterizar a região como "o maior repositório de coronavírus do mundo".

"A culpa não é dos morcegos, não é para sair matando morcego por ali", esclarece o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp.

"É mais uma entre 'n' outras razões pra gente não fazer esse uso irracional que agora está aumentando ainda mais da Amazônia, a nossa maior floresta", ressalta.

"Refundar" a relação com a floresta
Lapola adverte que a conjuntura atual, com o avanço do coronavírus, que já provocou 12.400 mortes no Brasil, dificulta ainda mais a vigilância da floresta tropical, já ameaçada.

"Primeiro a gente tem que atacar essa crise sanitária e todo o esforço tem que ir para isso (...) Mas é preocupante porque a gente está tendo um aumento muito expressivo agora, não sendo ainda a estação de desmatamento", expressa.

Nos primeiros quatro meses de 2020 foram desmatados 1.202 km2 de floresta, segundo dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Isto representa um aumento de 55% em comparação com o mesmo período de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro enfrentou duras críticas dentro e fora do Brasil por minimizar o avanço dos incêndios que consumiram extensões recorde de floresta.

O presidente, que defende a abertura da Amazônia à exploração de minério e à agropecuária, enviou esta semana um contingente militar para combater o desmatamento.

Os números vão demonstrar se esta foi uma estratégia bem-sucedida, afirma Lapola.

"A questão mais grave é a gente usar o Exército pra tudo e qualquer questão no Brasil. Isso mostra um pouco uma certa crise das nossas instituições e um Ibama desaparelhado", destaca.

"Está provado que a questão do desmatamento é suscetível a quem nos governa. A boa notícia é que os governos são passageiros. Eu espero que numa próxima gestão se dê mais atenção a essa questão e a gente trate com mais zelo esse enorme, talvez o maior, tesouro biológico do planeta", declara.

Para o pesquisador, também se faz necessário "refundar a relação da sociedade com as florestas". Lapola destaca que, embora a propagação de novas doenças a partir do coração da floresta seja "um processo muito complexo pra gente poder prever, é melhor usar o princípio da precaução e não testar muito a nossa sorte".

AFP

Goiânia bate recorde e registra 94 novos casos de coronavírus em 24 horas

COVID-19
Número de casos de Covid-19 sobe para 115 em Goiás
Aumentou número de casos da Covid-19 em Goiânia. (Foto: Tchelo Figueredo/SES-MT)

Goiânia registrou 94 novos casos e 5 óbitos pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta quarta (13), 801 pessoas foram contaminadas e 30 já morreram em função da doença.Goiânia tem 65% dos casos de coronavírus em Goiás. Em todo o estado já são 1225, com 61 mortes.
A maior parte dos contagiados pelo vírus são jovens. 330 pacientes (41%) com idade entre 20 e 39 anos. 289 vidas (36%) entre 40 e 59 anos de idade; 18%, o equivalente a 140 pessoas têm acima de 60 anos e 5% abaixo de 19 anos.
Dos 801 casos na capital, 432 são mulheres e 370 homens. 30% do total são trabalhadores da área da Saúde, a maior parte técnicos de enfermagem, médicos e enfermeiros.
A maior incidência dos casos continua no Setor Bueno com 77 casos e no Setor Oeste com 62.
Investigação concluída
431 casos já tiveram a investigação epidemiológica concluída. Deste total, 340 pacientes já estão curados ou recuperados, o que representa 79%.10% ainda continuam em isolamento domiciliar. 4% internados e 7% morreram.

FONTE: DIÁRIO DE GOIÁS

Brasil é o país que mais forma jogadores de futebol no mundo, diz estudo

ESPORTES
EFE/Kiko HuescaVinicius Jr. é uma das joias do futebol brasileiro
O Brasil é o país que mais forma jogadores de futebol no planeta. Ao menos, é o que aponta o estudo do “Cento Internacional de Estudo Esportivos (CIES)”, apresentado nesta quarta-feira (13). De acordo com o relatório, dos 55.865 jogadores que atuaram em 132 ligas espalhadas pelo mundo no ano passado, 
O levantamento também fez um recorte levando em conta apenas a análise de jogadores que estão atuando fora do país onde surgiram para o futebol. Neste cenário, o Brasil também lidera: são 1.535 brasileiros no exterior. A França, no entanto, toma a segunda colocação da Argentina nesta perspectiva.Veja abaixo.
A amostra do Cies, por outro lado, não faz relação proporcional entre o tamanho do país e sua população com os números de jogadores.
2.742 são brasileiros ou iniciaram a carreira no território verde e amarelo.

  • Jovem Pan

Apicultor espanhol morre após ser picado por vespa asiática

MUNDO
Homem de 54 anos morava em Santiago de Compostela e vistoriava sua criação de abelhas quando foi atacado pelo inseto.

Espécime da Vespa velutina, inseto é da mesma espécie que teria atacado o apicultor espanhol — Foto: Pexels/Arquivo
Um apicultor espanhol morreu no domingo (10) após ser picado por uma vespa enquanto vistoriava as colmeias de sua propriedade. Daniel García Durval, de 54 anos, era morador de Santiago de Compostela, no norte da Espanha, e estava acompanhado de um amigo quando foi atacado.
A vespa asiática (Vespa velutina) não costuma atacar humanos, mas pode ser perigosa se ela se sentir ameaçada. O inseto, que pode chegar a medir 2 centímetros, é predador e as abelhas são seu alvo principal.
Segundo a agência de notícias EFE, o serviço de emergência foi acionado pelo colega do apicultor. García teria sido picado na pálpebra e morreu enquanto esperava a chegada da equipe médica ao local. Não há confirmações de que a vítima fosse alérgica ao inseto.
O jornal "La Voz de Galícia" noticiou um aumento nos casos de reação alérgica às picadas de insetos na região. Segundo a publicação, ao menos 4 pessoas morreram por picadas de vespas desde 2015.
O inseto identificado na Espanha não é o mesmo encontrado nos Estados Unidos e noticiado há algumas semanas. Recentemente, o país norte-americano anunciou ter identificado uma invasão da espécie conhecida como vespa gigante asiática (Vespa mandaririna), apelidada de "vespa assassina".

Espécies exóticas

A vespa asiática, na Espanha, é considerada uma "espécie exótica"; animais recebem essa classificação quando estão fora de sua área de distribuição natural. Uma parte deles pode se proliferar e ameaçar o ecossistema local. Quando isso acontece, elas passam a ser consideradas “espécies exóticas invasoras”.
As invasões biológicas já são a segunda maior causa de extinção de espécies em todo o planeta, atrás apenas da exploração comercial, que envolve caça, pesca, desmatamento e extrativismo, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
A Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema da ONU lista as espécies invasoras como uma das cinco principais causas de mudanças de grande impacto na natureza nas últimas décadas.

Espécie mais voraz nos EUA


Close de uma Vespa Gigante Asiática, em foto divulgada pelo Departamento de Agricultura do estado de Washington — Foto: Washington State Department of Agriculture/Divulgação/Reuters

Após a comoção causada, principalmente em redes sociais, pela divulgação de que uma outra espécie de vespas foi encontrada pela primeira vez nos EUA. Entomologistas ressaltam que as chamadas vespas gigantes asiáticas (Vespa mandaririna) podem ser perigosas para seres humanos, mas não costumam atacar se não forem incomodadas.
A maior ameaça do inseto – que chega a medir 5 centímetros – é para as comunidades de abelhas, que não tem mecanismos de defesas contra elas e são seu alvo principal. Segundo Sven-Erik Spichiger, entomologista do Departamento Estadual de Agricultura de Washington, apenas algumas Vespas Gigantes Asiáticas podem exterminar uma colmeia saudável inteira em poucas horas.

TCU determina que militares devolvam auxílio pago irregularmente

CORONAVOUCHER


Um total de 73.242 militares receberam o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus



Aplicativo da Caixa
Aplicativo da Caixa - 

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o ressarcimento aos cofres públicos do auxílio emergencial de R$ 600,00 pago irregularmente pelo Ministério da Cidadania a militares integrantes da folha de pagamento do Ministério da Defesa.
Liminar concedida nesta quarta-feira, pelo ministro Bruno Dantas do TCU determinou que, caso os ressarcimentos não tenham ocorrido até a data de fechamento da folha de pagamento do mês de maio, seja feito o desconto do mesmo valor no salário do militar que recebeu irregularmente o benefício. O ressarcimento terá que ser feito via Guia de Recolhimento da União (GRU).

Como mostrou ontem o Estadão, um total de 73.242 militares receberam o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. A informação foi dada pelos próprios ministérios da Cidadania e da Defesa. Em nota, as pastas afirmaram que os comandos das Forças Armadas apuram "possíveis irregularidades" no processo.

O Ministério da Defesa terá prazo de 15 dias para informar ao TCU as medidas tomadas para apurar eventuais faltas funcionais dos militares que solicitaram deliberadamente o auxílio. No mesmo prazo, o Ministério da Cidadania terá que encaminhar a lista identificada de militares ativos, inativos e pensionistas que fizeram o ressarcimento e os que não devolveram o valor recebido indevidamente. Também terá que identificar a existência servidores civis federais, estaduais e municipais entre os beneficiários do auxílio emergencial.
Devolução

Como medida preventiva, o TCU determinou que os ministérios da Cidadania e da Economia em conjunto implementem mecanismo simplificado de ressarcimento de valores envolvidos em pagamentos indevidos do auxílio emergencial.

A liminar determina ainda que governo terá que abrir a documentação com regras de cruzamento de dados adotadas e cessar a admissão de novos casos de militares ativos, inativos e pensionista como aptos a receberem o auxílio, além de cancelar os cadastros admitidos para evitar a continuidade de pagamentos ilegais. O pedido de auditoria foi feito pela equipe de fiscalização do TCU. No despacho, Dantas afirma que não há hipótese legal, "nem pela mais forçosa interpretação da lei" para um militar ativo, inativo ou pensionista ser titular do auxílio emergencial. Segundo ele, os recursos utilizados devem ser realocados com urgência para beneficiários que cumprem os requisitos da lei.

O presidente Jair Bolsonaro chamou de "garotada" o grupo de militares que recebeu de forma irregular o auxílio emergencial do governo. O presidente disse que os casos estão sendo identificados e que, além de devolver o dinheiro, serão punidos. Perguntado se pediria para a Caixa, o Dataprev e o Ministério da Cidadania investigarem a concessão do auxílio para os militares, o presidente pediu que não rotulasse esse grupo como "militares"

"Não fala militares não, tá? É o praça prestador do serviço militar inicial. Mais ou menos 2%, 3% da garotada presta o serviço militar obrigatório e são pessoas oriundas das classes mais humildes da população, são os mais pobres", disse na saída do Palácio da Alvorada.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO