sexta-feira, 17 de abril de 2020

Para Paim, ajuda financeira da União para estados e municípios é urgente



Da Rádio Senado | 17/04/2020, 15h18
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu que a União ajude estados e municípios a superarem as dificuldades financeiras em virtude da pandemia do novo coronavírus. Para ele, é indiferente que a ajuda seja feita por intermédio de um projeto originário no Congresso Nacional, já aprovado pela Câmara dos Deputados (PLP 149/2019), ou de uma medida provisória.
O importante, acrescentou, é que essa ajuda seja rápida, uma vez que os prefeitos e os governadores já sofrem com a falta de dinheiro para combater a pandemia, oferecer os serviços de saúde para salvar vidas e garantir a manutenção de empregos.
— Há uma previsão de perda de arrecadação no nosso Rio Grande do Sul na ordem de R$700 milhões, agora em abril, segundo a Secretaria da Fazenda. É muito dinheiro para um estado que já se encontrava em dificuldades financeiras. Os 497 municípios gaúchos e o nosso Rio Grande precisam de ajuda, uma ajuda de emergência — disse.
Paim também defendeu que todos os setores da sociedade civil gaúcha se unam nesse momento para tratar da situação do estado e para apresentar sugestões de como enfrentar as dificuldades impostas pela pandemia.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Paulo Albuquerque se despede do Senado



Da Redação | 17/04/2020, 15h23
O senador Paulo Albuquerque (PSD-AP) se despediu do mandato nesta sexta-feira (17). Ele estava no cargo desde dezembro, quando assumiu o lugar de Lucas Barreto (PSD-AP), que entrou com pedido de licença por motivos de saúde. Lucas retorna ao trabalho no domingo (19).
Durante a sessão remota, Paulo agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacando a satisfação de ver a Casa comandada por um amapaense. Ele estendeu os agradecimentos a todos os demais senadores e senadoras e aos funcionários da Mesa Diretora, de quem destacou o “carinho e apreço” que sempre recebeu.
O senador também enfatizou o desejo de ver o Brasil e, particularmente, o Amapá superarem a crise advinda da pandemia do novo coronavírus.
— Que o país supere as dificuldades e que consigamos atravessar esse momento com respeito, com carinho. Que o Brasil possa crescer e evoluir com essa dificuldade. E o Parlamento consiga dar sua contribuição, estendendo a mão ao Executivo em prol da vida, das famílias e das pessoas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

A pedido de Eliziane, Senado enviará voto de aplauso a Luiz Henrique Mandetta



Da Redação | 17/04/2020, 15h57
Na sessão remota do Senado desta sexta-feira (17), a líder do Cidadania, senadora Eliziane Gama (MA), pediu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a votação de um requerimento de voto de aplauso ao ex ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, recém-demitido do cargo.
Davi esclareceu à senadora que a proposição não precisa de deliberação. O requerimento já foi recebido pela Mesa Diretora do Senado e o voto de aplauso será encaminhado ao ex-ministro.
A senadora afirmou que, neste momento, a demissão do ministro gera “grande preocupação para todo o Brasil”. Para Eliziane, os brasileiros estão no epicentro da maior pandemia vivenciada por esta geração. Ela afirmou que Mandetta teve seu trabalho à frente da pasta da Saúde reconhecido pelos órgãos científicos do Brasil por ter estabelecido importantes critérios para a contenção da pandemia de covid-19. Ao ser demitido com toda sua equipe, disse, o então ministro vinha respeitando todas as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
— Eu percebi, num comparativo da sua estrutura física, o abatimento dele [Mandetta] nos últimos meses, nos últimos dias, por se haver dedicado de forma incansável para encontrar alternativas para a contenção do vírus em nosso país, e é muito importante que o Senado Federal faça um gesto a ele com a aprovação desse voto de aplauso — ressaltou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Girão quer recursos dos fundos eleitoral e partidário no combate ao coronavírus



Da Rádio Senado | 17/04/2020, 16h04
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou em pronunciamento nesta sexta-feira (17) que apresentou projeto para destinar imediatamente o dinheiro do fundo eleitoral e do fundo partidário para o enfrentamento da pandemia de coronavírus e seus efeitos na economia. Girão disse que pediu à presidência da Casa para colocar a matéria em votação o mais rápido possível.
— Por mais que o governo tenha se empenhado e está se empenhando sim para ajudar nesse momento de pandemia, esses R$ 2 bilhões ou R$ 3 bilhões, juntando os dois fundos, dariam para comprar mais de 30 mil respiradores pra atender a população lá na ponta. Esses R$ 3 bilhões dariam pra comprar mais de 500 milhões de máscaras. Ou seja, duas mascaras pra cada brasileiro — apontou.
Girão também declarou estar decepcionado com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, o Brasil procurou a entidade em fevereiro para perguntar se havia algum alerta de pandemia, porém a resposta oficial só foi dada em março. Para o senador, o país perdeu tempo essencial na preparação contra o coronavírus.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Covid-19: projeto de Randolfe prevê auxílio-funeral a família de baixa renda



Da Redação | 17/04/2020, 16h06
Famílias de baixa renda poderão adquirir direito a um auxílio funerário estatal para arcar com as despesas do enterro de parentes que falecerem em decorrência da covid-19. Entre os benefícios previstos no projeto apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) em 15 de abril (PL 1.912/2020) estão o fornecimento da urna funerária, transporte, utilização de capela no cemitério, velório, sepultamento e placa de identificação.
O autor do projeto quer evitar no Brasil o cenário de desastre visto em outros países, onde corpos estão sendo incinerados nas ruas por falta de recursos ou abandonados na casa de familiares por dias.
— É para uma necessidade urgente: aumentando o número de óbitos em decorrência da pandemia, quem sempre é mais atingido são os mais pobres. É necessária uma cobertura social para que não ocorra o colapso do sistema funerário — declarou o senador.
Pela proposição, terão direito ao auxílio funerário famílias com renda de até três salários mínimos ou meio salário mínimo por pessoa. O projeto também cria incentivos para produção em larga escala de urnas funerárias e fornecimento de equipamento de proteção individual (EPIs) para trabalhadores de cemitérios, com isenção de impostos e taxas federais. A verba para custear a produção desses itens viria do Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap).
Com informações da Rádio Senado
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Bancos podem ser obrigados a oferecer máscaras e álcool em gel para clientes



Da Redação | 17/04/2020, 16h13
As instituições financeiras deverão oferecer máscaras e álcool em gel para os clientes que forem às agências bancárias durante o estado de calamidade pública decretado em razão da pandemia do coronavírus (reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020). É o que estabelece o projeto de lei (PL) 1.854/2020, da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES).
A senadora ressalta que medidas drásticas vêm sendo adotadas mundo afora “ante o grave cenário de isolamento social, restrições ao consumo, aversão a riscos, quebra de cadeias de suprimentos e interrupção dos meios de produção”.
Duas medidas recomendadas pelas autoridades médicas para evitar a disseminação do vírus consistem na utilização de máscaras e na higienização adequada das mãos pelo uso de álcool em gel. No entanto, destaca Rose, com o súbito aumento na demanda, a população praticamente não encontra mais esses produtos à venda.
Nesse sentido, a senadora propõe que as agências bancárias ofereçam máscaras e álcool em gel para os clientes no atendimento presencial enquanto durar o estado de calamidade pública, previsto para durar até 31 de dezembro.
“Um ambiente com grande fluxo de clientes e uso compartilhado de terminais de autoatendimento e máquinas de senhas nos caixas expõe as pessoas a risco sanitário elevado, exigindo medidas mínimas de proteção à saúde das pessoas”, argumenta Rose de Freitas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Humberto Costa apresenta projetos para aumentar repasses à saúde



O senador Humberto Costa  (PT-PE) anunciou nesta sexta-feira (17) em pronunciamento a apresentação de dois projetos para disponibilizar mais recursos ao setor da saúde, a fim de ajudar a combater a pandemia da Covid-19. Ele denunciou que nos últimos três anos, nos governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, o Sistema Único de Saúde (SUS) perdeu R$ 22,5 bilhões.
O senador explicou que o primeiro projeto que apresentou determina que o Fundo Nacional de Saúde antecipe para estados e municípios um valor correspondente ao dobro do repasse mensal que realiza. Além disso, que seja garantido um décimo-terceiro repasse durante este ano. 
O outro projeto foi para permitir que esse rombo de R$ 22,5 bilhões fosse coberto pelo superavit financeiro do Tesouro Nacional, que é de R$ 1,3 trilhão, para que os R$ 22,5 bilhões pudessem ser repassados para o enfrentamento ao coronavírus.
Humberto considerou uma irresponsabilidade de Bolsonaro a troca de Luiz Henrique Mandetta no meio de uma gravíssima pandemia. Ele disse que o novo titular da pasta, Nelson Teich, não conhece o SUS nem o que é saúde pública e não sabe os passos que estavam sendo dados no combate à pandemia de covid-19.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confúcio defende ensino a distância enquanto durar pandemia



Da Redação | 17/04/2020, 16h30
O senador Confúcio Moura  (MDB-RO) defendeu nesta sexta-feira (17) em pronunciamento pela internet que os municípios adotem medidas urgentes para a implantação de um sistema de educação a distância (EAD) que permita aos alunos a retomada das aulas durante a pandemia.
Confúcio afirmou não existir ainda qualquer previsão de retorno às aulas, suspensas por tempo indeterminado. Para o senador, os alunos correm sérios riscos de se atrasar por conta do pouco tempo que terão para concluir os estudos e, portanto, há grande possibilidade de perderem o ano letivo. Segundo ele, a reposição de aulas nos períodos de férias não dá certo por problemas já conhecidos e por soluções experimentadas após greves.
— Chegou a hora de professores, diretores de escolas, prefeitos e secretários municipais porem a cabeça para pensar e reaprenderem com a necessidade. Estamos vivendo um momento muito especial, obrigando-nos, agora sim, a fazer rodas virtuais na escola e buscar com os professores uma forma viável para levar as aulas  às crianças em casa. Temos que usar a riqueza tecnológica de que atualmente dispomos para gravar as aulas e as disponibilizar aos alunos. Desde que fui deputado, já nos anos 1990, eu falei muito de educação a distância, que, na época, não existia e, hoje, vejo o sucesso desse mecanismo economicamente viável, que vem dando certo, sendo já adotado por várias faculdades e universidades na formação de profissionais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

MP do fim do DPVAT perderá a validade na segunda-feira (20)



Da Redação | 17/04/2020, 16h42
A medida provisória que extinguia o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) vai perder a validade na próxima segunda-feira (20). Com isso, o DPVAT, que teria sido encerrado em janeiro, permanecerá valendo.
A MP 904/2019 não chegou a ser votada pela comissão mista de deputados e senadores, responsável pelo parecer preliminar antes das análises nos Plenários da Câmara e do Senado. A comissão se reuniu apenas duas vezes (uma delas para sua instalação), não fez nenhuma audiência pública e não recebeu nenhum relatório.
O DPVAT é pago anualmente por todos os proprietários de veículos do país no início de cada ano. Sua arrecadação ampara as vítimas de acidentes de trânsito, independentemente do responsável, oferecendo coberturas para morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas.
Do total arrecadado com o seguro obrigatório, vai para o Ministério da Saúde, para custear o atendimento médico-hospitalar de vítimas, e 5% vai para programas de prevenção de acidentes. O restante (50%) vai para o pagamento das indenizações.
Segundo o texto editado pelo Executivo em 12 de novembro passado, os repasses a órgãos públicos acabariam e a Seguradora Líder, atual gestora do DPVAT, ficaria responsável pela cobertura dos acidentes até 31 de dezembro de 2025. Após essa data, a responsabilidade passaria a ser da União. A MP também determinava que a Líder transferiria para o Tesouro Nacional os recursos acumulados que não estivessem vinculados ao pagamento de coberturas.
Junto com o DPVAT seria extinto também o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por sua Carga (DPEM).
Uma vez que a MP 904/2019 perdeu a validade sem que o Congresso deliberasse sobre ela, será preciso editar um decreto legislativo para regulamentar as relações jurídicas que tenham sido firmadas em decorrência do tempo em que o texto vigorou. Isso acontece porque as medidas provisórias têm força de lei imediata, ou seja, depois de publicadas já devem ser seguidas, mesmo que essas regras desapareçam ao fim da vigência.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Acir Gurgacz defende auxílio a pequenos agricultores em meio à pandemia



O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) ressaltou nesta sexta-feira (17), em pronunciamento, que os brasileiros já começam a enfrentar o desemprego e a fome por causa da pandemia do novo coronavirus. E que, nesse contexto, as vendas dos pequenos agricultores também têm sido prejudicadas.
O senador afirmou que os pequenos agricultores são responsáveis por cerca de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Por isso, ele defendeu a criação de alternativas para ampliar a proteção econômica e social dos agricultores e da população. Gurgacz disse que é preciso assegurar a compra dos produtos provenientes da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimento (PAA). Também defendeu a liberação de créditos com taxa de juros zero e a renegociação de dívidas existentes.
— Hoje nós temos o produto na lavoura, e as pessoas estão passando fome na cidade. É função do governo aproximar esses dois problemas e resolvê-los o mais rápido possível. Nossa produção tem de continuar. E as pessoas que passam fome nas cidades precisam receber esses alimentos. É assim que vamos enfrentar esta crise: dando apoio a toda a população brasileira — declarou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado não pode se sobrepor às determinações regimentais, afirma Davi



Da Redação | 17/04/2020, 13h56
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, antes de inciar a sessão deliberativa remota desta sexta-feira (17), frisou que a Casa está disposta e dedicada a votar as propostas importantes para ajudar o Brasil a superar a crise causada pela pandemia da covid-19. Consenso, construção de acordos e agilidade na análise, no entanto, nunca vão poder se sobrepor às determinações regimentais, disse.
— A gente esta tentando da melhor maneira possível, exercer nossa função nesse modelo, mas precisamos fazer essa reflexão de que não dá para superar regimento, normas estabelecidas e entendimentos feitos pelos parlamentares, e aí acaba de fato dificultando muito tudo isso, esse ambiente todo, o nosso trabalho e nossa obrigação — ponderou.
Davi citou as dificuldades para votar a MP do Contrato Verde a Amarelo (MP 905/2019), que recebeu inúmeros questionamentos de líderes e acabou sendo adiada, o que pode levar ate mesmo à perda de vigência do texto, na segunda-feira (20). A PEC do Orçamento de Guerra também foi bastante questionada pelos senadores, por mudar a Constituição em período de exceção, como a calamidade pública que vigora até 31 de dezembro.
— Tenho certeza que todos nós estamos dispostos a nos dedicar em relação à votação de matérias importantes, mas há de fato um sentimento no Senado Federal, de todo tempo aqui, construir uma saída, buscar artigo no regimento, tentar pedir conciliação, pedir para a gente votar as MPs que chegam sempre no final do prazo, todo tempo tem manifestação em relação a isso e de fato esta complicado essa condição, e às vezes cada dia se agrava mais em relação aos episódios recorrentes de embate em relação a esse Poder, ao Parlamento brasileiro — afirmou.

Embate

O embate entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também foi mencionado pelos parlamentares durante a sessão. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em entrevista à CNN na noite de quinta-feira (16), Bolsonaro teria acusado Maia de conspiração e de tentar jogar os governadores contra ele ao pressionar o Senado para a aprovação da PEC 10/2020 (Orçamento de Guerra), que garante repasses orçamentários para os estados e municípios, como compensação para as perdas de arrecadação de impostos, mas não aponta a origem dos recursos. Maia é o primeiro signatário do texto.
Segundo Bolsonaro, informações de relatório de inteligência a que teve acesso indicam que Maia estaria com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e com parte do Supremo tramando um golpe de estado para retirá-lo do governo.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento convocando o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, para que compareça ao Plenário e esclareça se o Executivo conduz algum tipo de investigação que recaia sobre os demais Poderes, como sugeriu o presidente da República. O requerimento precisa ser votado pelos senadores.
— É muito importante que se proporcione ao general Heleno, que é o responsável pela questão da inteligência de Estado do governo federal, uma oportunidade para que ele aponte se existe ou não algum tipo de plano de golpe contra o presidente da República e se existe ou não algum mecanismo de invasão da privacidade de parlamentares e lideranças. O Brasil é uma democracia, democracia exige transparência. E vamos sempre fazer aquilo dentro do nosso limite, que é possível para garantir essa transparência e ao final a democracia — salientou.

Defesa

Alguns senadores defenderam Rodrigo Maia das acusações. Otto Alencar (PSD-BA) prestou solidariedade ao presidente da Câmara, que foi “agredido sem ser provocado” e criticou a postura de Bolsonaro, de “discórdia e beligerância” e de ataque à democracia brasileira.
Líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM) também demonstrou preocupação.
— Uma acusação como essa, sem apresentação de provas acende um alerta laranja para a democracia brasileira. Creio que o Senado precisa, como a Câmara Alta do Legislativo brasileiro, estar atento e tomar providências para que se esclareça, efetivamente, estas declarações. Por outro lado, a questão levantada pelo líder [do PDT], Weverton, de possível espionagem sobre o parlamento brasileiro, sobre o STF, também me parece muito grave. Faço questão de, em nome do MDB, rechaçar, repudiar esse tipo de conduta sem que se apresente provas e sem que se esclareça o estado democrático de direito e os instrumentos e as ferramentas utilizadas para tais afirmações.

Negação

O líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou ter conversado por telefone com Bolsonaro, que negou as informações.
— Ele fez questão absoluta de dizer que não se manifestou da forma como a Folha de S.Paulo publicou, que ele desmente categoricamente essa publicação e que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República vai soltar uma nota oficial desmentindo essas declarações atribuídas a ele. Portanto, eu trago essa informação, para que os Líderes partidários não possam estar especulando, ou procurando transformar uma matéria jornalística que carece de verdade numa crise política, numa crise institucional que nenhum de nós desejamos. O que nós desejamos é o fortalecimento da democracia, é o diálogo, é a harmonia entre os Poderes.
O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), também trouxe o posicionamento oficial da Presidência da República negando a veracidade da “fonte da notícia” debatida nesta manhã pelos parlamentares.
— Vivemos um momento em que é preciso investir no bom senso, na união, na capacidade de diálogo. Eu tenho certeza de que é isso que vai no bom senso, na união, na capacidade de diálogo. Eu tenho certeza de que é isso que vai acabar prevalecendo na relação entre os Poderes. É mais uma crise, mas a crise tem o DNA da democracia, do debate, e isso vai ser contornado com respeito às instituições, independência e harmonia também — afirmou.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) pediu  ponderação ao Parlamento, para que não rivalize com o Planalto, mesmo que as ações do outro lado da Praça dos Três Poderes afetem os ânimos e disposição de senadores e deputados.
— Nesse momento eu penso que a casa do povo brasileiro, a Câmara dos Deputados, e a casa da federação, o Senado Federal, precisam agir com muita serenidade, com muita maturidade, com muito equilíbrio em defesa do Brasil e dos brasileiros. Não é momento para rivalizar, não é momento para empoderar, não é momento pra querer medir forcas com quem quer que seja. Diálogo, moderação e responsabilidade com o país — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Programa Sanear Dengue chega às RAs



Primeira ação ocorreu na Fercal e vai passar por outras cidades 

Uma força-tarefa de combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi mobilizada pelas Secretarias Executiva das Cidades e de Políticas Públicas, ambas da Secretaria de Governo, além da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), com apoio do Corpo de Bombeiros e administrações regionais, para um novo programa estratégico: o Sanear Dengue.  A primeira cidade a receber a ação, que começou nesta sexta-feira (17), foi a Fercal.
Além de identificar os possíveis focos, os 25 agentes orientaram os moradores como prevenir a infestação do mosquito. Foram inspecionados 562 imóveis e 2.523 depósitos. “As características da Fercal favorecem a proliferação do Aedes aegypt. No entanto, estamos trabalhando bastante, conscientizando os moradores sobre a importância de cada um fazer sua parte. Na próxima semana teremos a oitava ação de manejo ambiental, recolhendo inservíveis em diversas comunidades”, disse o administrador regional da Fercal, Fernando Gustavo.
Foram utilizadas sete máquinas de UBV pesado (fumacê), UBV costal e tratamento biológico. De acordo com a Secretaria de Saúde, na Fercal, a cada 100 mil habitantes, 1.761,23 foram contaminados.
O Sanear Dengue é um dos “braços” do Sanear DF que, segundo o secretário-executivo das cidades, Fernando Leite, foi pensado de forma emergencial para amenizar o contágio pelo mosquito. “Criamos para atender as cidades com maior incidência da dengue. O objetivo é correr de modo paralelo com os outros programas já existentes do governo, afirma o secretário.
Confira as próximas cidades a receber o Sanear Dengue:
20/04 – Sobradinho II
22/04 – Sobradinho
23/04 – Gama
24/04 – Santa Maria
27/04 – São Sebastião
28/04 – Vicente Pires
29/04 – Ceilândia
*Com informações da Secretaria de Governo
AGÊNCIA BRASÍLIA

Pessoas em situação de rua, que estão no autódromo, ganharam 400 pães



Ativado em dezembro do ano passado, o projeto de fabricação de pães por detentos da Papuda começou com 40 voluntários ligados à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap)

As secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e Justiça e Cidadania (Sejus) deram as mãos e, justas, realizaram, nesta sexta (17), no Autódromo Nelson Piquet mais uma ação em prol das pessoas carentes do DF em tempos de Covid-19. Foram mais de 400 pães doados para 200 pessoas em situação de rua que ocupam o alojamento desde a última quarta-feira (10).
Os pães são fabricados dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. Até o fim da crise, 62 reeducandos produzirão 1,2 mil unidades semanais. Há quadro meses, duas empresárias da cidade revitalizaram a oficina de panificação e diariamente a produção aumenta.
“Temos procurado trabalhar juntos para ajudar a dar dignidade para essas pessoas e, no caso desse projeto, conseguindo colocar os presidiários do projeto reeducando a trabalhar em prol da sociedade, contribuindo com ato de solidariedade, alimentando quem mais precisa”, frisou a primeira-dama do DF e titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Mayara Noronha Rocha, que fez questão de conhecer todas as instalações do espaço, desde a lavandeira à cozinha do alojamento.
Ativado em dezembro do ano passado, o projeto de fabricação de pães por detentos da Papuda começou com 40 voluntários ligados à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), instituição responsável pela integração de presidiários ao mercado de trabalho por meio da ressocialização. Hoje são mais de 60 reeducandos que contribuem com a alimentação de moradores de asilos da cidade. Além da redução da pena, os voluntários têm a garantia de 70% do salário mínimo. Os insumos e maquinários para o projeto de panificação dos pães da Papuda partiu da iniciativa privada.
“Agora é o momento de todos dividirem o prejuízo causado por esse vírus e olharmos para o próximo, temos que dar prioridade à vida, é a lição que vai ficar para nós do coronavírus”, observa a empresária Patrícia Leal. “Em algum momento de suas vidas, esses presidiários que fazem parte do projeto passaram fome e agora têm a oportunidade de ajudar quem precisa como cidadão”, continua.
Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
As 200 pessoas em situação de rua que estão alojadas provisoriamente no autódromo também vão poder contar com 434 itens de peças de roupas masculinas. São dezenas de camisas e camisetas de mangas compridas e curtas, além de agasalhos e blusas, doados à Sedes, que vão ajudar os necessitados.
“O tratamento aqui tem sido ótimo, somos atendidos por excelentes profissionais, podemos tirar o chapéu para o governo do DF”, agradeceu Joelson Gomes de Souza, um dos primeiros a chegar ao abrigo temporário.
Mil cestas básicas em Samambaia
Após visita ao autódromo, a secretária participou de outro ato simbólico de doação no 37º Batalhão de Bombeiros de Samambaia. Ao todo, mil cestas básicas arrecadas pela sociedade civil, Rede Solidária de Educação, Polícia Civil e Militar foram distribuídas para a comunidade carente da cidade. Militares do Corpo de Bombeiros de Samambaia e do Departamento de Operações Especiais (DOE) participaram da logística de entrega dos alimentos. Para Mayara Rocha, a entrega tem caráter de socorro emergencial.
“A fome não espera. Cerca de 12 mil pessoas estão na fila de espera de cesta básica e estávamos com tempo médio de 24h para entregar. Com a junção de toda a força policial, conseguimos minimizar, só aqui em Samambaia, a entrega de mil cestas, o que vai zerar a lista de pendências na cidade, cessando a fome de quem precisa”, disse aliviada.

DA AGÊNCIA BRASÍLIA