sexta-feira, 17 de abril de 2020

Prédio abandonado há anos recebe ação contra a dengue



Vigilância Ambiental atendeu uma demanda antiga da população

Atendendo a um pedido antigo dos moradores da Vila Dimas, em Taguatinga Sul, a Vigilância Ambiental promoveu, nesta sexta-feira (17), uma ação de combate à dengue em um prédio com obras inacabadas, abandonado há pelo menos 10 anos na quadra CSE 4. A equipe precisou entrar em contato com o proprietário, que autorizou a entrada.
A iniciativa contou com o suporte de agentes de saúde utilizando Ultrabaixo Volume (UBV) costal, pulverizando inseticida em toda a estrutura para eliminar os focos do Aedes aegypti. Além disso, garrafas com água acumulada foram viradas e larvicidas foram espalhados, para eliminar as larvas encontradas.
O espaço era motivo de preocupação dos vizinhos, devido a quantidade de focos do mosquito no local. Segundo o líder comunitário Rogério Pereira, uma das moradoras próxima do prédio teve o teste confirmado para dengue, enquanto outro apresentou dengue hemorrágica.
“Era uma demanda antiga dos vizinhos, por isso elogiamos a ação da Vigilância Ambiental. Foi uma excelente iniciativa, que deve dar uma estancada na quantidade de casos de dengue daqui”, comentou Pereira.
De acordo com o diretor de Vigilância Ambienta, Edgar Rodrigues, mais ações de combate à dengue devem continuar no imóvel abandonado. “A ideia é fazer uma limpeza geral no local, com a ajuda do Núcleo de Vigilância Ambiental daqui. Como há muito lixo espalhado, isso pode se transformar em novos focos do mosquito, e queremos evitar isso”, afirmou.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA

Fábrica Social recebe mais de 1,5 mil metros de tecido para confeccionar máscaras



Material, que inclui todo o aviamento necessário, foi doado por entidades do DF ao programa Todos Contra a Covid-19 e beneficiará PMs da capital

Material será utilizado na fabricação de máscaras a serem distribuídas entre policiais militares e agentes da limpeza urba | Foto: Vinicius de Melo / Agência Brasília
A Fábrica Social, coordenada pela Secretaria de Educação  (SEE), recebeu, na tarde desta sexta-feira (17), 1.525 metros de tricoline, 109 rolos com 100 metros de elástico cada, 762 metros de TNT e 39 mil metros de linhas para a confecção de 25.500 máscaras. A doação foi anunciada na quinta-feira (16) ao vice-governador Paco Britto, que coordena o programa Todos Contra a Covid, do Governo do Distrito Federal (GDF). As máscaras produzidas serão entregues aos policiais militares e servidores de atividades essenciais do DF.
O material para confecção das máscaras foi arrecadado em doções que envolveram Business and Professional Women (BPW Brasília), Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), grupo Mulheres do Brasil, Rede Internacional de Excelência Jurídica do DF, Faculdade Estácio, Agência de Transformação Social, Fundação Pedro Jorge, Central Park Gráfica de Conveniência e a estilista Letícia Gonzaga.
“Estamos muito felizes com essa ação”, enfatizou a presidente da BPW Brasília, Bernadete Martin. “Os policiais estão nas ruas garantindo a nossa segurança e precisam de proteção contra o cononavírus. Eles trabalham por nós, chegou a hora de fazer por eles”. Das máscaras confeccionadas, 24 mil serão entregues à Polícia Militar do Distrito Federal, e 1,5 mil irão para garis e lixeiros.
As máscaras terão três camadas para garantir a proteção – duas em tricoline (tecido de algodão) e uma em TNT –, além de tiras em elástico para facilitar a manipulação sem necessidade de amarras. “Nossa população tem muita confiança na Polícia Militar, e enxergar um policial com máscara será um bom exemplo para o cidadão”, destacou o presidente da AMPDFT, Trajano Sousa de Melo. “Se não fosse o apoio e a agilidade do GDF, não saberíamos como fazer com que essas máscaras virassem realidade e chegassem às mãos dos nossos policiais”.
Mais doações
Na quinta-feira (16), o vice-governador recebeu ainda a doação de 1,2 mil garrafas de suco de laranja integral e encaminhou para distribuição imediata a instituições sociais e pessoas em situação de vulnerabilidade.
No início da semana, Paco Britto também recebeu, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-DF) e do Conselho Regional de Odontologia (CRO-DF), 1,5 mil kits para higiene bucal – com escova de dente e creme dental. O material já começo a ser entregue à população carente, em domicílio, juntamente com medicamentos de alto custo e uma cartilha que orienta sobre a prevenção e educação da higiene bucal contra o coronavírus.
Todos contra a Covid-19
Por meio de decreto, o GDF instituiu o Comitê de Emergência a fim de arrecadar doações para o combate e enfrentamento do novo coronavírus. Além de produtos, serviços, alimentos, insumos e equipamentos, o governo também recebe, por meio do Banco de Brasília (BRB), doações financeiras. Essas devem ser feitas para a Agência 027 do BRB (Banco 070); conta corrente n° 049.521-5; CNPJ n° 02.174.272/0001-55.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Moraes vota contra aval de sindicatos para fechar acordos individuais



Brasília - O ministro da Justica, Alexandre Moraes e a secretária Especial de Direitos Humanos, Flávia Piovesan entregam o Prêmio Direitos Humanos 2016 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

                                       Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil 

Os acordos estão previstos em MP editada para preservar empregos

Publicado em 17/04/2020 - 15:33 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (17) contra o aval de sindicatos para validar acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada de trabalho e salários. Com o voto do ministro, o placar da votação está empatado em 1 a 1. Mais oito ministros devem votar.
Os acordos estão previstos na Medida Provisória 936/2020, editada para preservar o vínculo empregatício e permitir acesso a benefícios durante os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na economia.
No entendimento de Moraes, a MP foi criada para manter o vínculo empregatício e evitar as demissões durante o período de 90 dias em troca da redução das horas trabalhadas e do salário. Para o ministro, se o acordo depender do aval dos sindicatos, os contratos poderão ser cancelados e provocar demissões em massa.
“Qual a insegurança jurídica que o empregador teria para fazer os acordos podendo ter que complementar [os salários]. Mas, complementar como se as horas trabalhadas não foram as horas integrais?”, questionou o ministro.
A Corte avalia se vai referendar a liminar do ministro Ricardo Lewandowski, proferida no dia 6 de abril, para garantir que os sindicatos não podem ser excluídos das negociações individuais e devem ser comunicados em até dez dias para analisarem os acordos. O ministro atendeu pedido da Rede Sustentabilidade para considerar ilegal parte da interpretação jurídica da MP e assegurar a participação das entidades.
Na sessão de ontem (16), Lewandowski foi o primeiro a votar e reafirmou a validade imediata dos acordos individuais. No entanto, o ministro entendeu que os sindicatos podem propor acordo coletivo, que terá prevalência ao individual se for mais benéfico ao trabalhador.
Segundo o Ministério da Economia, cerca de 2,5 milhão de acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada e salários já foram registrados após a edição da MP.
Edição: Fernando Fraga

da Agência Brasil


Bolsonaro dá posse ao novo ministro da Saúde



Nelson Teich substitui Luiz Henrique Mandetta

Publicado em 17/04/2020 - 13:44 Por Andreia Verdelio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro deu posse hoje (17) ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, e pediu que ele busque uma alternativa para poupar vidas e ao mesmo tempo evitar o aumento do desemprego da população, em meio às medidas de restrição do comércio em todo o país por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A cerimônia foi no Palácio do Planalto e contou com a presença do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido ontem (16) do cargo de ministro da Saúde.
“Não queremos vencer a pandemia e chamar o doutor Paulo Guedes [ministro da Economia] para solucionar as consequências de um povo sem salário, sem dinheiro e quase sem perspectivas em função de uma economia que está sofrendo muito reveses”, disse o presidente.
“Junte eu e o Mandetta e divide por dois, pode ter certeza que você vai chegar naquilo que interessa para todos nós”, disse Bolsonaro ao novo ministro.
Em seu discurso, o presidente lembrou que ele e Mandetta vinham divergindo sobre os caminhos para o combate à pandemia da covid-19. O ministro se alinhava às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela adoção de um isolamento social mais forte, enquanto o presidente defende a abertura do comércio como forma de evitar impactos na economia e o desemprego na população.
“Tenho certeza que o Mandetta deu o melhor de si. Aqui não tem vitoriosos nem derrotados, a história, lá na frente, vai nos julgar. Essa briga de começar a abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar vem pro meu colo”, disse Bolsonaro, acrescentando “a minha visão é um pouco diferente do ministro, que está focado no seu ministério, a minha visão tem que ser mais ampla. […] Tenho que buscar aquilo que, segundo o povo que acreditou em mim, deve ser feito”.
O ex-ministro Mandetta fez um balanço das ações realizadas pelo Ministério da Saúde durante sua gestão de 16 meses, como o lançamento do Médicos pelo Brasil e o fortalecimento da atenção primária. Para o combate ao novo coronavírus, ele destacou as parcerias para ampliação da produção de respiradores e de oferta de testes diagnósticos.
“A Fiocuz [Fundação Oswaldo Cruz] se revela mais que nunca necessária à própria soberania do país”, afirmou Mandetta se referindo à produção de kits de testes e à necessidade de lançamento de um complexo industrial para produção de vacinas.

Busca de informação

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, destacou que ainda há uma pobreza de informações sólidas sobra a covid-19, sua evolução e tratamentos. “Isso leva a um nível de ansiedade que é enorme. Então a gente vive não só um problema clínico, de cuidar da doença, mas de administrar todo o comportamento de uma sociedade que está com medo”, disse, explicando que vai trabalhar, por meio da informação e do conhecimento, para a construção de uma solução.
Ontem (16), durante o anúncio de que seria o novo ministro da Saúde, Teich defendeu um programa de testagem da população para o novo coronavírus, com o objetivo de mapear os infectados e acelerar o fim do isolamento social em vigor no país.
Segundo dados Ministério da Saúde, do dia 13 de abril, a pasta informou ter distribuído aos estados pouco mais de 1 milhão de kits de testes rápidos, número ainda insuficiente para uma testagem em massa da população.
Hoje Teich disse que quer juntar as informações da saúde e de outros ministérios para “olhar o que está faltando e desenhar um programa para que a gente entenda o que está acontecendo. O problema do desconhecimento é porque as suas decisões são mais do que se imagina, do que ter uma visão clara do que vai acontecer na frente”.
Teich ressaltou que quer trabalhar integrado diariamente com os demais ministérios e com estados e municípios para dar agilidade na resposta de problemas que vão surgindo.
A busca por um remédio para o tratamento da covid-19 também está no radar do novo ministro. “Faremos uma avaliação precoce de como estão as pesquisas para, numa posição privilegiada de ministério, antecipar possíveis informações para que a gente consiga antecipar e ter acesso a medicamentos que vão ajudar nisso”, disse.
O foco do combate ao novo coronavírus, segundo Teich, é nas pessoas, sem descuidar da atenção para outros problemas de saúde da população e do período de novas doenças, como dengue e influenza. “Por mais que se fale em saúde e economia, não importa o que você falar, o final é sempre gente”, disse.

Perfil

O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atuar como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.
 
Edição: Juliana Andrade

da Agência Brasil


Senado aprova PEC do Orçamento de Guerra; texto volta à Câmara


Sessão Extraordinária - Virtual, Câmara dos Deputados

                                            Cleia Viana Câmara dos deputados 

Câmara deverá debater novo texto de pacote econômico contra pandemia

Publicado em 17/04/2020 - 15:18 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Senado aprovou no início da tarde de hoje (17) o texto substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, em segundo turno. Foram 63 votos favoráveis e 15 contrários. Em virtude das alterações realizadas no texto, a proposta volta à Câmara dos Deputados.
A votação em primeiro turno havia sido concluída na última quarta-feira (15), após várias horas de debates. A sessão de segunda-feira (13), inclusive, foi reservada apenas para a leitura do relatório de Antonio Anastasia (PSD-MG) e para discussões.
Anastasia acolheu sugestões de colegas e fez várias alterações no texto que havia sido aprovado pelos deputados. E é por isso que ele volta à Câmara para nova apreciação.

Ajuda a empresas privadas

A PEC tem a intenção de suavizar a crise econômica pela qual as empresas passam durante o período de pandemia do novo coronavírus. Com diversos setores do comércio fechados em muitas cidades, as empresas perdem em arrecadação e têm tido dificuldades para pagar despesas como aluguel e salários dos funcionários. Para auxiliar as empresas, a proposta traz medidas para socorrê-las.
Uma das medidas previstas autoriza o Banco Central a comprar e vender direitos creditórios e títulos privados de crédito (promessas de pagamento de dívidas, que viram papéis negociados no mercado) em mercados secundários. O objetivo da proposta é dar condições ao BC de equilibrar o mercado.
Além disso, a PEC tira do governo a obrigação de cumprir a chamada “regra de ouro”, que impede o governo de se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. A proposta também permite que empresas com débitos na Previdência Social possam receber incentivos fiscais.

Alterações do relator

O substitutivo de Anastasia trouxe elementos adicionais ao texto aprovado na Câmara. Ele incluiu um dispositivo que obriga o Banco Central (BC) a informar ao Congresso Nacional sobre os títulos que comprou e dar detalhamentos que permitam uma análise dos riscos envolvidos. Além disso, uma série de ativos que o BC for comprar (cédulas de crédito imobiliário e cédulas de crédito bancário) precisarão de avaliação de qualidade de crédito realizada por uma grande agência de classificação de risco. Essa classificação não poderá ser inferior a BB-.
O relator ainda excluiu da PEC original o trecho que criava um Comitê de Gestão de Crise, encabeçado pelo presidente da República e composto por ministros de Estado e secretários estaduais e municipais. Segundo ele, o comitê poderia trazer problemas constitucionais, como a invasão de competências de um Poder sobre o outro.
Horas antes da votação em primeiro turno, outras alterações foram feitas. Anastasia incluiu um dispositivo determinando que o BC priorize a compra de títulos de micro, pequenas e médias empresas. Outra alteração proíbe as instituições financeiras que venderem ativos para o Banco Central de utilizarem os recursos para distribuição de lucros e dividendos.

Manutenção de empregos

Durante a sessão de quarta-feira, o relator ainda fez um acordo com os partidos Rede e Cidadania. Duas emendas foram retiradas e, em troca, o texto passou a prever que as empresas devem se comprometer a manter os empregos para usufruir dos benefícios pela União nos programas de combate à crise econômica gerada pela pandemia.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira

da Agência Brasil 

Isolamento social no estado de São Paulo cai para 49%



Infectologista diz que taxa eleva preocupação com propagação do vírus

Publicado em 17/04/2020 - 15:49 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O isolamento social no estado de São Paulo caiu novamente, atingindo 49% nesta quinta-feira (16). Entre segunda e quarta-feira, o isolamento chegou a alcançar 50%, mas houve dias em que chegou a atingir 59%.
Segundo o infectologista, David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, a taxa de 49% acende um “farol amarelo” no governo paulista, pois aumenta a preocupação com o aumento da propagação do vírus no estado. A taxa considerada ideal de isolamento é de 70%.
O isolamento é medido pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP), operado em parceria entre operadoras de telefonia móvel e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP). A taxa considerada ideal é acima de 70%.
Em algumas cidades do interior, o índice de isolamento foi maior que a média de 49% registrada no estado. Em São Sebastião, no litoral norte, a taxa de isolamento social alcançou 67%, a maior do estado. Seguiram-se os municípios de Ubatuba, Lorena, Cruzeiro, Ribeirão Pires, Itanhaém, Caraguatatuba, São Vicente, Mairiporã, Ibiúna, Caçapava, Cajamar, Itapecerica da Serra, Poá, Pindamonhangaba, Bebedouro, Itaquaquecetuba, Caieiras, Campo Limpo Paulista e Guarujá .

Quarentena

Temendo que a propagação do coronavírus no estado cresça ainda mais e provoque colapso no sistema de saúde, o governador de São Paulo, João Doria, decidiu prorrogar mais uma vez a prorrogação da quarentena no estado, que agora passa a vigorar até o dia 10 de maio.
A restrição de acesso a estabelecimentos comerciais e o veto à realização de eventos públicos ou privados com aglomerações no estado está em vigor desde o dia 24 de março. No período de quarentena, só estão autorizados a funcionar os serviços considerados essenciais como os de logística, segurança e alimentação.
“A atitude responsável do governo de São Paulo é pela prorrogação dessa quarentena para evitar o colapso no atendimento da saúde pública e, na sequência, da saúde privada no estado de São Paulo”, justificou o governador, em entrevista concedida hoje (17). “Por respeito à medicina, prorrogamos essa quarentena. Para reabrir o comércio e os serviços, precisamos controlar melhor a contaminação e ter o sistema público de saúde também em condições de atendimento para salvar vidas”, acrescentou.
A quarentena vale para os 645 municípios do estado. “Há a falsa impressão de que a doença se limita à Grande São Paulo”, disse o infectologista David Uip. “O vírus está entrando em todo o interior, felizmente com menor número de casos. E também na área do litoral de São Paulo.”
“O vírus é invisível. As pessoas têm a falsa impressão de que ele não acontece em sua cidade. Mas não é assim que funciona”, disse Uip.
Ele se mostrou surpreso eom o fato de as pessoas não conseguirem entender o que já aconteceu. “Vejam o que aconteceu na Itália. Olhem para o que está acontecendo nos Estados Unidos. Nós estamos tendo a oportunidade no Brasil de antecipar medidas, primeiro de contenção, com o isolamento social. E depois de preparação do sistema de saúde público e privado na assistência desses pacientes. Felizmente, o que está acontecendo [em São Paulo] é uma curva de ascensão menor, e isso é graças às medidas [de isolamento] que foram tomadas precocemente em São Paulo. E esperamos conseguir achatar ainda mais [a curva]”, acrescentou.

Pico

Sobre a previsão inicial de que o pico da pandemia em São Paulo seria em abril, David Uip esclareceu: “Falamos que o pico ia ser em abril. E agora falamos em maio. E isso é uma boa notícia, reflete que as medidas tomadas [de isolamento] foram efetivas. Desde o primeiro momento dissemos que o objetivo era achatar a curva e tentar evitar pico de ascensão muito grande.”
De acordo com o médico, se forem ampliadas as medidas de confinamento, os resultados melhoram. “[Isolamento de] 50% é um bom número, mas nosso objetivo é aumentar a cada dia, pois 49%, [acende o] farol amarelo.”
São Paulo é o epicentro das contaminações por coronavírus no Brasil, com 11.568 casos confirmados e 853 óbitos. Há ainda 1.125 internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e 1.259 em enfermarias.

Testes

Segundo o secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, o estado conseguiu diminuir a fila de pessoas esperando por testes no estado. Na semana passada, a fila estava em 17 mil e hoje está em 9,5 mil.
“Nos últimos três dias, foram realizados 5,5 mil testes. Existem ainda outros 4,5 mil testes em processamento de laudos. O estoque que havia de 17 mil [na semana passada] exames está hoje em 9,4 mil exames. Nossa expectativa é que a realização de exames aumente a cada dia e que, na próxima semana, a gente possa estar zerado [com a fila de exames]”, concluiu Germann.
Edição: Nádia Franco

da Agência Brasil 

Estado de São Paulo prorroga quarentena até 10 de maio



Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena

                                            Rovena Rosa Agência Brasil 

Objetivo da medida é evitar propagação do coronavírus

Publicado em 17/04/2020 - 13:23 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (17) a prorrogação do período de quarentena no estado de São Paulo até o dia 10 de maio. A medida é utilizada para evitar a propagação do vírus, diminuindo a circulação de pessoas nas ruas.
É a segunda vez que a quarentena é prorrogada em São Paulo. A prorrogação valeria até o dia 22 de abril, mas o governador decidiu renová-la até maio. A medida vale para os 645 municípios do estado.
“Vamos ampliar a quarentena para evitar o colapso da saúde pública e também do sistema privado”, disse Doria. Durante a quarentena no estado, somente podem funcionar os serviços considerados essenciais, tais como os de logística, alimentação, saúde e segurança pública.
“Há um mês tínhamos a primeira morte [por coronavírus]. Hoje já são 853 mortes. Infelizmente, os casos estão em expansão. As enfermarias dos hospitais públicos estão recebendo muitos pacientes e alguns deles já estão no limite”, disse o governador, justificando a prorrogação da quarentena.
Edição: Nádia Franco

da Agência Brasil 

Covid-19: Brasil bate novo recorde de mortes e casos em um dia



Em 24 horas país registrou 217 mortes e 3.257 novos casos de covid-19

Publicado em 17/04/2020 - 16:00 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O Brasil bateu novo recorde de mortes em um dia, com 217, e chegou a 2.141 óbitos em razão de infeção pelo novo coronavírus (covid-19). Já os casos confirmados nas últimas 24 horas também foram recorde, com 3.257, contabilizando o total de 33.682.
A atualização foi divulgada há pouco pelo Ministério da Saúde na plataforma oficial do governo brasileiro que totaliza as estatísticas sobre o tema.
O número de mortes marcou um aumento de 11% em relação a ontem, quando foram registradas 1.924 vítimas da covid-19. Já os casos confirmados representaram um crescimento de 10% sobre os dados de ontem, quando foram contabilizadas 30.425 pessoas infectadas.
São Paulo concentra o maior número de falecimentos (928), quase três vezes o número do segundo colocado, o Rio de Janeiro (341). Os estados são seguidos por Pernambuco (186), Ceará (149) e Amazonas (145).  
Além disso, foram registradas mortes no Paraná (42), Maranhão (40), Minas Gerais (35), Bahia (36), Santa Catarina (29), Pará (26), Paraíba (26), Rio Grande do Norte (23), Rio Grande do Sul (22), Espírito Santo (25), Distrito Federal (20), Goiás (16), Amapá (10), Piauí (oito), Alagoas (sete), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (cinco), Mato Grosso (cinco), Acre (cinco), Roraima (três), Rondônia (três) e Tocantins (uma).
A taxa de letalidade do país ficou em 6,4%, um décimo acima do índice registrado ontem, de 6.3%.
Ministério da Saúde/Divulgação
Edição: Denise Griesinger

Agência Brasil 


Colheita de soja na Argentina atinge 37,8% da área; 32,7% do milho foi colhido




Crédito: Reprodução/Ministério da Agricultura da Argentina


Os trabalhos avançaram 21,6 pontos porcentuais na semana e estão adiantados ante igual período do ano passado (Crédito: Reprodução/Ministério da Agricultura da Argentina)




São Paulo, 17 – A colheita de soja da safra 2019/20 na Argentina atingiu 37,8% da área plantada no país, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, em relatório semanal. Os trabalhos avançaram 21,6 pontos porcentuais na semana e estão adiantados ante igual período do ano passado.

“O bom clima permitiu que fossem colhidos 3,7 milhões de hectares desde a semana anterior e a produção parcial acumulada se aproxima a 22,2 milhões de toneladas”, disse a bolsa.

A bolsa, ponderou, contudo, que os rendimentos médios estão menores. “Espera-se que uma vez acelerada a colheita dos lotes de plantio tardio, afetados pela seca e por geadas precoces, o rendimento médio nacional acelere sua queda até o fim da safra”, ressalta o relatório.
A bolsa manteve, no entanto, a previsão de produção de soja em 49,5 milhões de toneladas.
De milho, a colheita atingiu 32,7% da área, avanço de 6,4 pontos porcentuais na semana.
“Durante a última semana, a colheita de lotes de milho avançou em ritmo muito bom. Em paralelo, as expectativas de rendimento dos lotes plantados tardiamente se mantêm abaixo das estimativas iniciais”, destaca a bolsa.
A previsão de produção do cereal foi mantida em 50 milhões de toneladas.
DINHEIRO RURAL .COM.BR

Prédio abandonado há anos em recebe ação contra a dengue




Vigilância Ambiental atendeu uma demanda antiga da população

Atendendo a um pedido antigo dos moradores da Vila Dimas, em Taguatinga Sul, a Vigilância Ambiental promoveu, nesta sexta-feira (17), uma ação de combate à dengue em um prédio com obras inacabadas, abandonado há pelo menos 10 anos na quadra CSE 4. A equipe precisou entrar em contato com o proprietário, que autorizou a entrada.
A iniciativa contou com o suporte de agentes de saúde utilizando Ultrabaixo Volume (UBV) costal, pulverizando inseticida em toda a estrutura para eliminar os focos do Aedes aegypti. Além disso, garrafas com água acumulada foram viradas e larvicidas foram espalhados, para eliminar as larvas encontradas.
O espaço era motivo de preocupação dos vizinhos, devido a quantidade de focos do mosquito no local. Segundo o líder comunitário Rogério Pereira, uma das moradoras próxima do prédio teve o teste confirmado para dengue, enquanto outro apresentou dengue hemorrágica.
“Era uma demanda antiga dos vizinhos, por isso elogiamos a ação da Vigilância Ambiental. Foi uma excelente iniciativa, que deve dar uma estancada na quantidade de casos de dengue daqui”, comentou Pereira.
De acordo com o diretor de Vigilância Ambienta, Edgar Rodrigues, mais ações de combate à dengue devem continuar no imóvel abandonado. “A ideia é fazer uma limpeza geral no local, com a ajuda do Núcleo de Vigilância Ambiental daqui. Como há muito lixo espalhado, isso pode se transformar em novos focos do mosquito, e queremos evitar isso”, afirmou.
* Com informações da Secretaria de Saúde

DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Força-tarefa de combate à dengue atuará em mais dez regiões



Mobilização ocorrerá neste sábado (18) e, a partir de segunda-feira (20), também ocupará outros dias da semana

Durante a inspeção nas residências, os agentes orientam moradores a esvaziar todos os recipientes que podem servir de criadouros do mosquito transmissor da doença | Foto: Breno Esaki / SES
Em meio à pandemia de coronavírus, as ações de combate ao mosquito da dengue não param no Distrito Federal. Neste sábado (18), a força-tarefa para eliminar focos do Aedes aegypti atuará nas regiões de São Sebastião, Sobradinho I e II, Fercal, Gama, Santa Maria, Guará, Núcleo Bandeirante, Vicente Pires e Ceilândia.
As ações ocorrerão das 8h às 14h. A concentração será nas administrações regionais, porém, será mantido o distanciamento social como medida de segurança contra o coronavírus.
Mobilização geral
O objetivo é mobilizar a população e órgãos públicos para as ações de enfrentamento da doença. Além de orientar, nas vistorias às residências, sobre as formas de combater o mosquito transmissor da dengue, a iniciativa também inclui orientações sobre como enfrentar a Covid-19.
“Essas regiões têm apresentado uma incidência crescente de casos de dengue, por isso foram as escolhidas para a ação”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage. “Será uma megaoperação, com 33 viaturas da Vigilância Ambiental, 376 agentes de saúde e o apoio do Corpo de Bombeiros.”
A mobilização contará com o trabalho de 250 bombeiros militares, que atuarão em 13 viaturas. Também serão utilizados 11 aparelhos de Ultra Baixo Volume (UBV), além e três UBVs costais, que passarão pelos locais com maior incidência do mosquito.
Reforço
 Para reforçar os trabalhos, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) passou a integrar a mobilização contra o mosquito. Seis analistas de fiscalização do órgão farão inspeções nas rodovias para localizar possíveis focos do Aedes aegypti em entulhos, lixo e carcaças colocados à margem das estradas.
Serão inspecionadas rodovias em São Sebastião (DF-463m DF-473 e DF-135), Gama (DF-480, DF-475, DF-483, DF-290, DF-180, VC-385 e VC-379), Santa Maria (DF-483,VC-371 e DF-495) e Ceilândia (DF-459).
Ações semanais
 Essa será a última mobilização realizada em um sábado. “Depois dessa força-tarefa, vamos trabalhar com ações de mutirão durante a semana, pactuadas com os órgãos parceiros no combate à dengue”, informou o gerente da Vigilância Ambiental de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo, Reginaldo Braga.
As demais ações promovidas pela Sala Distrital de Combate à Dengue incluem a utilização de drones e helicópteros para verificação de terrenos com edificações fechadas ou abandonadas. Além da retirada de carros abandonados pelas ruas de todo o DF, o carro do fumacê percorre regiões administrativas diariamente, durante a madrugada (das 5h30 às 9h30) e no final do dia (das 17h30 às 21h30).
Registros de casos
 De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde (SES), foram notificados 18.191 casos prováveis de dengue até o momento.
Em 2020, houve um aumento de 63,75% no número de ocorrências, quando comparado ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 11.109 casos prováveis. Neste ano, ocorreram 11 óbitos devido à dengue, contra 12 registrados em 2019.
Participar é preciso
O engajamento da população também é fundamental no combate ao Aedes aegypti. A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do inseto.
Confira, abaixo, algumas dicas importantes:
  • Mantenha caixas d’água, tonéis e barris de água tampados;
  • Mantenha garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo;
  • Encha, com areia até a borda, os pratinhos ou vasos de planta;
  • Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água;
  • Em caso de identificação de focos do mosquito, acione a Vigilância Ambiental pelo telefone 160.
Com informações da SES
AGÊNCIA BRASÍLIA