O ano era 1967 e o livreiro veio do Rio de Janeiro para Brasília com 17 anos. Arranjou emprego numa livraria do Hotel Nacional. O resto é história, muita história… que ele conta nessa carta de amor
AGÊNCIA BRASÍLIA*
5dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
Ivan ficou deslumbrado ao chegar em Brasília, especialmente com as obras da Catedral e do Teatro Nacional, além da Torre de TV. “Ponto de encontro aos sábados em suas barracas regionais e paqueras”, conta. Foto: Arquivo pessoal
“Cartas de amor para ela,
Quando eu te conheci você tinha sete anos, era uma criança e eu saboreava um pastel com caldo de cana na rodoviária ao amanhecer. Você era jovem e eu também. No meu primeiro dia na cidade estava chegando de uma viagem do Rio de Janeiro para atender um convite de trabalho em uma livraria que funcionava na galeria de lojas do principal hotel da cidade, o Hotel Nacional, que funcionava como um shopping naquela época.
Minha querida Brasília, este ano o seu aniversário vai ser diferente, não vai ser igual àqueles que se passaram, estamos de quarentena e vamos ficar em casa para não adoecer.
Subi a escada rolante para a parte superior da Rodoviária e era cedo, o sol iluminava a Esplanada. Bela paisagem, um gramado verde que parecia um tapete e o céu azul. Parecia que eu estava voando em um balão, sinais da lua e de algumas estrelas no céu, fiquei hipnotizado com o que via.
Apresentei-me ao meu novo endereço de trabalho e moradia: morava na sobreloja da livraria. Para chegar ao local fui a pé da Rodoviária admirando a paisagem, uma subida via rampa de terra vermelha (hoje o Conic) até a chegada ao Hotel Nacional com uma visão em 360 graus da cidade.
Fiquei deslumbrado. A estrutura em obras da Catedral e do Teatro Nacional e a Torre de TV, ponto de encontro aos sábados em suas barracas regionais e paqueras emocionantes.
O tempo passou e você foi crescendo. Fui conhecendo Planaltina (quantas histórias), Gama, Sobradinho, Guará, Morro do Urubu, Barracões da Asa Norte (W3 Norte), Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Cruzeiro Velho e Novo, Paranoá, São Sebastião, Jardim Botânico e Telebrasília…
Você cresceu e o relógio da vida não para. Sessentona necessitando de reparos em sua anatomia, suas curvas e tesouras precisando de retoque, suas retas e largas avenidas largas cederam espaço ao Metrô, o carnaval das escolas de samba cedeu espaço para os blocos de rua, e até às livrarias acabaram-se: agora é tudo on line.
Minha querida Brasília, este ano o seu aniversário vai ser diferente, não vai ser igual àqueles que se passaram, estamos de quarentena e vamos ficar em casa para não adoecer. O relógio não para, mas vamos lutar para que o ano que vem possamos colocar a Bateria da Aruc na comemoração de seus 61 anos.
O sonho não acabou.”
Ivan Presença, 70 anos, é livreiro e mora no Jardim Botânico
Com o documento, cliente poderá se desfazer dos comprovantes de pagamento de 2019
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Todos os clientes da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) que estejam com as contas em dia vão receber, neste mês de abril, a fatura com a declaração de quitação anual de débitos referente ao ano de 2019. Com a vigência da Lei nº 12.007/2009, todas as empresas públicas e privadas são obrigadas a deixar claro na fatura que o usuário está em dia com as contas.
Com a declaração, o cliente pode se desfazer de todos os comprovantes de pagamento de 2019. Basta guardar um só documento, reduzindo o volume de armazenamento. A Caesb está encaminhando a quitação pela décima primeira vez. A previsão é que cerca de 514 mil adimplentes recebam o documento com o nada-consta neste ano.
Somente terão direito à declaração de quitação anual os consumidores que quitaram seus débitos até o dia 31 de março. Caso o consumidor não tenha utilizado os serviços durante todos os meses do ano anterior, ele vai receber a declaração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos.
As emissões anuais de quitação de débitos têm de ser feitas, no máximo, até o mês de maio. Para retirar a segunda via de faturas de água em aberto, clique aqui.
Aplicativos
Pelo aplicativo de autoatendimento, disponível para download nos sistemas Android e IOS, os usuários podem solicitar revisão ou segunda via de contas, alteração de titularidade e vencimento, além de informações sobre consumo de água, consulta de protocolos, entre outras opções.
O site oficial da companhia também oferece esses serviços e outros, como parcelamento de débitos, primeira ligação de água, autoleitura, ressarcimento de danos, alteração do titular da conta e da data de vencimento, religação de água e situação de débito.
O Parque da Cidade, cravado no coração de Brasília, participou da infância da maioria das crianças que aqui chegou ou nasceu nas décadas de 70 e 80
GIZELLA RODRIGUES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
O parque é o Ana Lídia, que fica no estacionamento 12 do Parque da Cidade. Há 49 anos ele é garantia de diversão para diferentes gerações de brasilienses. Fotos: Arquivo Público do DF
No coração da capital do Brasil existe um parque, o maior espaço público de lazer da América do Sul. Em seu interior tem outro e dentro dele tem um foguete. No foguete, Silvana Seabra, então com 6 anos, viajou para a Lua muitas vezes. Lá de cima ela via meninas dentro de carruagens e meninos em cabanas de índio. Também observava a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional, os prédios mais altos da paisagem naquela época.
O parque é o Ana Lídia, que fica no estacionamento 12 do Parque da Cidade. Há 49 anos ele é garantia de diversão para diferentes gerações de brasilienses. É difícil encontrar um morador de Brasília que não tenha a lembrança de ter ido pelo menos uma vez ao parque de areia quando criança. E até hoje o espaço faz sucesso, ficando lotado aos finais de semana.
Inaugurado em 1971, o parque infantil foi uma das primeiras opções de lazer para as crianças da capital. “Naquela época, só tinha os parquinhos das quadras. Não tinha um espaço daquele, com grandes brinquedos. E ainda era de graça”, conta o o publicitário brasilense João Amador, 41 anos, que mantém um perfil nas redes sociais desde 2014 que conta histórias de Brasília.
Segundo ele, apesar de a abertura oficial ter sido em 1971, o espaço já era usado para as brincadeiras da meninada desde 1969. Na época, o local era chamado de parque da torre, inaugurada em 1967. “Só fizeram a inauguração oficial. Mas era a mesma coisa, a mesma área e os mesmos brinquedos”, diz.
Ocupando uma área na Asa Sul intocada até então, o parque trazia brinquedos temáticos divididos em três partes: a Ala das Meninas – com elementos de contos de fadas, como carruagem em forma de abóbora, como a carruagem da Cinderela, escorregador em forma de bota e animais gigantes; a Ala dos Meninos – relacionada aos filmes de aventura da época, com cabanas apaches, barco viking e caravanas do velho oeste; e a Ala Futurista – com um foguete espacial, trepa-trepa em forma de bolha, roda-roda no formato de cápsula lunar, entre outros.
Silvana Seabra, na foto com 6 anos, frequentava o parque antes mesmo dele ser oficialmente inaugurado. Foto: arquivo pessoal
O foguete era, e ainda é, o xodó dos frequentadores do local. Para a administradora Silvana Seabra, hoje com 55 anos, o espaço sempre será identificado como “Parquinho do Foguete”. Ela guarda fotos tiradas no local em 1970, quando o parque nem tinha sido inaugurado oficialmente.
“Sempre gostei de altura, lembro de observar lá de cima, de um lado, a vegetação da área que depois virou o parque da cidade, e, do outro, a Esplanada dos Ministérios, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados”, diz. “Brasília não tinha nada naquela época. Nenhum daqueles prédios altos ali em volta existia”, recorda-se.
Viagem
Silvana saía do Lago Sul, pelo menos duas vezes por mês, para brincar no parque. Foto: arquivo pessoal
A diversão da garotada era correr até o alto do foguete e escolher se a descida seria feita pelo escorregador, que não existe mais, ou pelas escadas. “A graça era escorregar até lá embaixo. O brinquedo era alto”, lembra Silvana.
Além do foguete, ela gostava de se equilibrar no trepa-trepa . Silvana morava com os pais e os dois irmãos no Lago Sul. Mesmo com a distância, ela ia com a irmã mais velha umas duas vezes por mês ao parque, “a única opção de lazer para a criançada na época”. “Meu irmão é cinco anos mais novo, não lembro dele ir com a gente, era muito novinho. Minha irmã que ia comigo, eu tinha 6 e ela 7/8”, conta.
O trajeto entre o Lago Sul e a área central de Brasília era uma viagem na década de 70. “Eu morava onde é hoje a QI 11. Não tinha nenhuma ponte e gente tinha que dar a volta pelo aeroporto para ir à cidade”, diz. As pontes só chegaram ao Lago Sul em 1974.
A primeira deveria ter sido a Costa e Silva, um projeto de Oscar Niemeyer feito em 1967. As obras, iniciadas em 1973, ficaram anos paralisadas e a ponte só foi inaugurada em fevereiro de 1976. A primeira a ser de fato utilizada foi a Ponte das Garças, conhecida como Ponte do Gilberto, cuja construção durou poucos meses e foi inaugurada em janeiro de 1974.
Para Rejane Marinho, 45 anos, o parque é mágico. O local é tão especial para ela que a família dela já está avisada: quando morrer, quer ser cremada e deseja que suas cinzas sejam jogadas no Ana Lídia.
“Eu e meus dois irmãos passamos pela separação dos nossos pais e sofremos muito. Mas no meio dos brinquedos esquecíamos das brigas deles. Era um lugar de paz, de brincarmos e sermos felizes”, diz.
Rejane se mudou de Brasília quando tinha 10 anos. Hoje a pedagoga e advogada mora em Campo Grande (MS), mas continua tendo uma relação forte com a capital. “Tenho tios aí, meu pai ainda mora em Brasília, sempre estou na cidade”, conta. O Parque da Cidade como um todo é especial para ela. Além de subir no foguete, “que era tão alto”, ela tem lembranças de piqueniques com a família e de soltar pipa com os irmãos.
“O Parque da Cidade todo é muito importante para quem morou em Brasília na década de 80”, diz. “A gente morava na Asa Sul, primeiro na 412 e depois na 415, e íamos pra lá quase todo fim de semana”, completa. Mesmo não morando mais em Brasília, ela fez questão que as filhas, gêmeas hoje com 20 anos, conhecessem o lugar onde a mãe passou os melhores dias da infância. Elas moravam em Goiânia na época, as meninas tinham 3 anos e meio e vieram passar o dia no parque. Elas curtiram, mas acho que foi mais importante para mim”, conclui.
Mudança de nome
O “espremedor de laranjas” era diversão garantida na época. Hoje não existe mais. Foto: Histórias de Brasília
João Amador lembra que, até meados dos anos 80, o parque de areia do Parque da Cidade era o grande parque infantil do Distrito Federal. “Tinha a Nicolândia, mas era pago e tinha outra pegada. Acredito que 100% das crianças de Brasília nas décadas de 70 e 80 tenham frequentado o parque”, afirma.
Segundo o publicitário, de 1971 para cá, o Ana Lídia não recebeu nenhum novo brinquedo significativo. Pelo contrário. Muitos foram retirados até para a segurança dos usuários. Como o escorregador que tinha no meio do foguete e um roda-roda que parecia um espremedor de laranja onde as crianças ficavam em pé. “Eram brinquedos bem assassinos”, diz.
Quando foi inaugurado, o parquinho de areia foi batizado de parque Yolanda Costa e Silva, nome da esposa do presidente Costa e Silva, falecido dois anos antes. Mas anos depois foi renomeado ara homenagear uma de suas frequentadoras: a menina Ana Lídia, que fora assassinada em 1973, um dos crimes mais misteriosos da cidade, até hoje não solucionado.
Ana Lídia Braga tinha 7 anos e foi sequestrada depois de ser deixada na porta do colégio Madre Carmen Salles. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte em um matagal perto da Universidade de Brasília (UnB). A menina estava nua e o cadáver tinha sinais de violência sexual. O túmulo dela, no Cemitério Campo da Esperança, até hoje recebe visitas de pessoas que levam flores e brinquedos.
Antes do Parque da Cidade
O parque infantil é anterior ao Parque da Cidade, criado sete anos depois e que também já teve outro nome. Brasília tinha acabado de fazer 18 anos quando ganhou de presente uma imensa área verde no meio das asas do Plano Piloto. Ele ocupa uma área de 420 hectares (o equivalente a 4 milhões e 200 mil metros quadrados) e é maior que o famoso Central Park, em Nova York, que tem 320 hectares.
Originalmente, o espaço recebeu o nome de Rogério Pithon Farias, que era filho do então governador, Elmo Serejo, e que morreu em um acidente de carro. Foi renomeado para Parque Dona Sarah Kubitschek em 1997, mas, em 1986, já tinha ganhado fama nacional por meio da música Eduardo e Mônica do grupo brasiliense Legião Urbana. O local foi palco do primeiro encontro do futuro casal. A Mônica foi de moto e o Eduardo de camelo (bicicleta).
Além das imensas áreas verdes entre as superquadras, o plano piloto do urbanista Lucio Costa previa um jardim botânico, na Asa Sul, e um jardim zoológico, na Asa Norte. Mas, após uma série de modificações do projeto original, foi decidido que as duas áreas se somariam em um único parque, o Parque Zoobotânico de Brasília, na Asa Sul, cujo projeto seria desenvolvido por Roberto Burle Marx, em 1961.
Entretanto, foi somente na década de 1970, com o aumento da cidade, a necessidade de ocupação de seus limites para se proteger de invasões, somado à necessidade de criação de uma grande área pública de recreação, que o governador do Distrito Federal, Elmo Serejo Farias, determinou a implantação de um parque recreativo, sendo necessária a criação de um novo projeto.
Lucio Costa ficou responsável pelo planejamento urbanístico, os arquitetos Oscar Niemeyer e Glauco Campello incumbidos por alguns prédios a serem construídos e Burle Marx se dedicou ao projeto paisagístico. Os 16 banheiros do parque são revestidos por azulejos do artista plástico Athos Bulcão.
Atualmente, o Parque da Cidade tem atrativos para todas as idades. São quadras de futebol de campo, de futebol de areia, beach tênis, quadras poliesportivas, de vôlei de concreto, vôlei de praia, futevôlei, frescobol, de vôlei de saibro e tênis de concreto, além de 49 churrasqueiras, seis parques infantis, cinco pontos de encontros comunitários (PEC), uma ciclovia e pista de cooper com circuitos de 4 km, 6 km, e 10 km, e diversos quiosques para alimentação. Em média, entre 40 mil e 50 mil pessoas passam por lá aos fins de semana.
Mesas de refeitórios foram organizadas com dois metros de distância entre elas; servidores são orientados a retirar os jalecos
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Com a pandemia do novo coronavírus, os hospitais da rede estão seguindo algumas recomendações específicas para proteger seus profissionais e pacientes. Nas cozinhas e refeitórios, a preocupação não é diferente, já que são ambientes com muita circulação de pessoas e com grande chance de proliferação da Covid-19.
A gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama, diz que a primeira preocupação dos hospitais é o compartilhamento do espaço do refeitório pelos servidores. Então, as mesas foram organizadas com dois metros de distância entre elas, de acordo com os decretos do governador para evitar aglomerações.
Também há ações relacionadas à educação dos servidores para retirarem os jalecos e fazerem a correta higiene das mãos antes das refeições. As filas do refeitório estão sendo organizadas de forma a manter a distância recomendada entre os servidores.
“Alguns hospitais optaram por manter um funcionário da empresa contratada em cada preparação do refeitório para evitar que vários servidores peguem no mesmo utensílio na hora de se servir”, explica a gerente.
Sabe-se que os jalecos e roupas privativas podem ser veículos de contaminação. Por isso, no HRGu foi realizado trabalho para chamar a atenção dos servidores, por meio de apresentação visual, para levá-los à reflexão do que cada um está fazendo e carregando, bem como a importância da ação de cada profissional em prol do coletivo no contexto atual.
Mobilização
Todos os hospitais fizeram alguma mobilização na área nutricional para minimizar a contaminação no ambiente hospitalar, ações conjuntas com os Núcleos de Controle de Infecções Hospitalares de cada unidade.
No Hospital Regional do Guará (HRGu) foi realizada capacitação para 15 funcionárias do Núcleo de Nutrição e Dietética (NND) sobre medidas preventivas de enfrentamento ao coronavírus
O Hospital Regional de Sobradinho (HRS) limitou o acesso ao refeitório e paramentou melhor as copeiras para a entrega das dietas.
A ação no Hospital São Vicente de Paula (HSVP) foi o redimensionamento do refeitório, retirada dos TNTs e higienização das mesas com álcool e troca do jogo americano após cada saída de comensal.
No Hospital Regional do Gama (HRG), está ocorrendo o treinamento das copeiras e outras providências de redimensionamento do refeitório estão sendo analisadas.
No Hospital Regional de Planaltina (HRPL) foram feitas as ações de capacitação e distanciamento das mesas.
Já no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), cartinhas nas paredes alertam servidores e um funcionário na porta orienta lavagem de mãos e proíbe entrada com roupas privativas e jalecos.
O Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá) fez com que todos os funcionários do refeitório usem máscaras – e os talheres já são entregues embalados.
Vencimento da primeira parcela é no dia 18 de maio. Agora, o tributo e a taxa de limpeza pública (TLP) poderão ser pagos em até quatro parcelas. Confira as datas
AGÊNCIA BRASÍLIA *
A Secretaria de Economia (SEEC) do Distrito Federal enviou pelos Correios os carnês para pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2020. Juntamente com o IPTU também é cobrada a Taxa de Limpeza Pública (TLP). Neste ano, o IPTU e a TLP poderão ser pagos em até quatro parcelas, que vencem a partir do dia 18 de maio.
As datas de vencimento são definidas de acordo com o número da inscrição do imóvel (dígito verificador) que consta no Cadastro Imobiliário do Distrito Federal (CI/DF). As parcelas devem ter o valor mínimo de R$ 20. Caso a soma do valor do IPTU com o da TLP seja menor que R$ 40, o pagamento deve ser feito em cota única, no mês de maio.
Caso o contribuinte faça a opção de não parcelar, terá desconto de 5% no valor ao fazer o pagamento em cota única. Para isso, não pode possuir outros débitos com a Receita do DF. O contribuinte também pode contar com o desconto do Nota Legal, caso tenha feito a indicação no período indicado, encerrado em 31 de janeiro de 2020.
Além do envio por correspondência, os boletos do IPTU/TLP podem ser emitidos no site da Secretaria de Economia e no aplicativo Economia DF, ou pagos diretamente no Banco de Brasília (BRB). Para fazer isso, basta informar o número de inscrição do imóvel.
Com a arrecadação dos impostos, o Governo do Distrito Federal pode investir em diversas áreas de acordo com o orçamento, como por exemplo na saúde, educação e segurança pública. A falta de pagamento do imposto pode levar o contribuinte a ser inscrito na Dívida Ativa e ser cobrado pela Justiça, além de ter um aumento de 10% no valor final.
Legislação sancionada pelo governador nesta quinta (16) prevê multa e até suspensão do alvará de funcionamento caso a medida não seja cumprida
RENATA MOURA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
As mamães do Distrito Federal podem amamentar seus filhos dentro de qualquer estabelecimento público ou privado sob pena de multa caso sejam impedidas. A garantia é da Lei nº6.543, sancionada nesta quinta-feira (16) pelo governador Ibaneis Rocha e publicada no Diário Oficial do DF.
O texto, de autoria do deputado distrital João Cardoso, altera a Lei nº 5.374, de 12 de agosto de 2014, que dispõe sobre a política de aleitamento materno para o Distrito Federal. Segundo ele, todos as empresas devem “permitir o aleitamento materno em seu interior, independentemente da existência de áreas destinadas exclusivamente para esse fim”.
Há também na nova legislação a exigência para que unidades de ensino, públicas e privadas, se adaptem para oferecer espaços apropriados às alunas lactantes durante todo o período de amamentação.
Um destaque especial é feito para as creches públicas ou privadas, que também passam a ser obrigada a reservar espaços para que as mães possam amamentar seus filhos.
Em caso de descumprimento da determinação, a lei prevê a aplicação de multas de R$ 500 a R$ 1.000 – e a possibilidade de suspensão do alvará ou licença de funcionamento do estabelecimento por prazo determinado.
Fundo internacional de desenvolvimento agrícola valoriza soluções tecnológicas e boas práticas aplicadas na resolução de questões relativas ao campo, em especial dos pequenos produtores locais
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Quatro jovens empreendedores que participaram de programa de empreendedorismo Filhos deste Solo, capitaneado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a partir da Emater-DF, foram selecionados para a segunda fase do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe. Para participar, os projetos deviam apresentar soluções que constituam exemplos de boas práticas e tecnologias aplicadas na resolução de questões relativas à área rural, em especial dos pequenos agricultores locais.
O prêmio é uma iniciativa do Centro de Conhecimentos e Cooperação Sul-Sul do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e é cofinanciado pelo governo da China. O Fida atua em todo o mundo incentivando a produção de pequenos agricultores e atuando na luta contra a pobreza e busca identificar, recompensar e disseminar iniciativas inovadoras e sustentáveis de jovens de países da América Latina e do Caribe.
Os projetosConheça as iniciativas de Cleiton Neves, 25 anos; Yara Balliarini, 30; Karina da Silva, 27 anos; e Vitor Hugo Moraes de Lima, 35 anos, os aprovados para a segunda etapa do prêmio.
Educação ambientalMorador do Núcleo Rural Córrego do Atoleiro, em Planaltina-DF, Cleiton Neves, que é técnico em agropecuária, decidiu investir em 600 metros quadrados de terra cedidos pela mãe. No local, batizado de Viveiro E.M, além de comercializar mudas nativas do Cerrado, ele planeja fazer um trabalho de educação ambiental, incentivando as pessoas a reciclar o lixo.
Por meio de um cartão fidelidade, cada quilo de resíduo como casca de ovo, borra de café e casca de banana, acompanhado de uma garrafa pet vazia, vai dá direito a uma muda de planta nativa. O material, que seria descartado em lixo comum, vira adubo para suas plantas e a garrafa pet servirá de vaso para os meses iniciais da muda.“Um dos objetivos é poder contribuir com o meio ambiente, com a coleta seletiva e a conscientização das pessoas. Com a iniciativa, eu ganho e todos ganham”, apontou.
Cogumelos comestíveisBióloga com mestrado em ecologia, Yara Ballarini apresentou no prêmio o projeto Caliandra Cogumelos, que produz tanto os comestíveis quanto os medicinais orgânicos a partir da técnica chinesa Jun Cao – que visa o uso de rejeitos da agricultura para a produção de alimentos.
Foto: Emater-DF
A partir de capim, serragem e outros rejeitos é possível produzir alimentos de alto valor nutricional com baixo custo. “A utilização de rejeitos de outras culturas proporciona engajar a comunidade produtiva, gerar renda alternativa e diminuir problemas de destinação de resíduos orgânicos”, acrescenta.
Moradora no Núcleo Rural Córrego do Urubu, região do Lago Norte, após fazer o curso de empreendedorismo Filhos deste Solo, da Emater-DF, ela conta ter organizado as ideias e colocado em prática o projeto.
“Eu estava estudando muito pela internet, mas eu não tinha achado ainda um curso voltado para o empreendedorismo rural – que é diferente e tem muitas particularidades. E esse realmente abordou essas particularidades”, ressaltou.
Segundo ela, a principal motivação foi entender que é possível unir agricultura, meio ambiente e desenvolvimento sustentável em um projeto de empreendedorismo. “Me inscrevi no prêmio para ter ajuda para desenvolver esse sonho. […] Os cogumelos têm tudo a ver com o desenvolvimento sustentável. A gente tem energia solar e a estrutura da estufa é construída com material reciclável, tipo caixa de leite moída e prensada”, contou Yara, que também tem o auxílio da Universidade de Brasília e do Sebrae.
A Caliandra cogumelos está situada em propriedade com vegetação nativa preservada com certificado de produção orgânica pela OPAC Cerrado, utiliza energia solar para produção e destina seus resíduos para reciclagem.
BarberTruckPensando na comunidade rural da região do Pipiripau, em Planaltina-DF, Karina da Silva e o marido, David Machado de Oliveira, 24 anos, desenvolveram o Callai Barber Truck. A ideia inicial era sair pelas áreas rurais do Distrito Federal levando serviços de corte de cabelo e manicure para evitar gastos da população com deslocamentos. No entanto, a demanda no Pipiripau foi tanta que o BarberTruck acabou ficando apenas na região.
Foto: Emater-DF
A ideia de se inscrever no prêmio surgiu por incentivo da Emater-DF. De acordo com Karina, a seleção para a segunda etapa do prêmio trouxe inspiração. “Recebemos o resultado da primeira etapa com satisfação, principalmente em saber que não somos os únicos a acreditar no nosso projeto. Vai ser muito bom aprender mais com os demais participantes, poder aprimorar e expandir nosso projeto”, disse.
Aquaponia com bambuPor meio da iniciativa do Sistema de Aquaponia com Monitoramento Remoto em Estrutura Alternativa de Bambu, Vitor Hugo, que é artesão e construtor de arte design em bambu, conseguiu também conseguiu ser aprovado para a segunda etapa. Junto aos projetos de da Bamburiti, que trabalha com agroecologia, ele desenvolve bicicletas elétricas e estruturas rurais construídas com bambu para agricultores familiares.
“O bambu é um parceiro ambiental, leve e resistente, é uma matéria-prima bem peculiar. Abundante e de baixo custo, ultimamente tem agregado valor aos produtos finais”, ressalta Vitor Hugo. Com estrutura de viveiro e calhas construídas com bambu e monitoramento e automação eletrônica, o sistema é uma alternativa para o desenvolvimento rural sustentável na produção alimentícia da agricultura familiar. Na aquaponia, a ideia é alimentar os peixes e utilizar seus excrementos que são ricos em nutrientes para alimentar as plantas, que por sua vez filtram a água para o peixe.
Foto: Emater-DF
Em 2018, a Bamburiti desenvolveu um temporizador de baixo custo configurável via aplicativo de celular e monitoramentos das variáveis via navegador de internet. A tecnologia, de acordo com Vitor Hugo, se aplica à agricultura familiar e funciona como monitoramento e controle da aquaponia.
Empreendedorismo rural
O programa de empreendedorismo rural Filhos deste solo tem como objetivo apoiar a permanência dos jovens no campo, com condições dignas, por meio de incentivo na condução de negócios bem-sucedidos, dotando-os de competências e habilidades, com novas perspectivas culturais, sociais e empreendedoras dentro da própria comunidade.