segunda-feira, 13 de abril de 2020

Para Paim, governo tem que investir mais em equipamentos de proteção individual



Da Rádio Senado | 13/04/2020, 16h30
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, em pronunciamento virtual nesta segunda-feira (13), os profissionais que estão trabalhando na linha de frente durante a pandemia de coronavírus.
Paim afirmou que muitas das pessoas que salvam vidas não têm acesso a equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas, álcool em gel, roupas e calçados adequados.
— Eu destinei das minhas emendas, que tenho direito na bancada e nas individuais, em torno de R$ 15 milhões. O governo tem que investir mais pra comprar material de segurança para os profissionais nos hospitais ou que estão nas ruas trabalhando.
O senador afirmou ainda que a prioridade agora é salvar as vidas, e depois a economia.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Wellington Fagundes destaca atuação de veterinários durante o combate à Covid-19




Da Rádio Senado | 13/04/2020, 17h06
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) observou, em pronunciamento nesta segunda-feira (13), a importância do cadastramento de médicos veterinários entre os profissionais de 14 categorias da área de saúde pública que poderão ser convocados pelo governo para atuar no combate à Covid-19.
Inicialmente o cadastramento anunciado pelo Ministério da Saúde será feito para dimensionar o total de profissionais aptos e disponíveis para reforçar o enfrentamento à pandemia. Wellington Fagundes destacou a contribuição que médicos veterinários já têm dado à sociedade neste momento de crise.
— Muitos deles têm evitado que a crise da saúde se intensifique, ao garantir a inspeção sanitária, que é fundamental para a qualidade da comida que chega à mesa do brasileiro neste momento de tanta necessidade. E, ainda, para fazermos também a nossa balança positiva através das nossas exportações das proteínas animais. Fortalecer a atuação dos médicos veterinários nesse período é também permitir o protagonismo do setor produtivo e o reaquecimento desse bilionário segmento que fará com que o país reaja economicamente com quantidade, qualidade e celeridade.
Wellington Fagundes chamou atenção do Ministério da Saúde para a necessidade de manter contato direto com os conselhos representativos das categorias que poderão ser convocadas, para consultar sobre a melhor forma de atuação, e como e quando os convocados receberão sua contrapartida.
O senador parabenizou o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Francisco Cavalcante, pelo trabalho em favor da categoria e saudou os profissionais de saúde e de assistência social que estão trabalhando em condições sobre-humanas para salvar vidas mesmo se colocando em risco. Também defendeu o isolamento social como forma de garantir o achatamento da curva de propagação do novo coronavírus e preservar a capacidade de atendimento do sistema de saúde.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confúcio defende ampliação de crédito fundiário para agricultores familiares



Da Redação | 13/04/2020, 17h18
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) sugeriu, nesta segunda-feira (13), em pronunciamento pela internet, que o governo federal disponibilize mais recursos para que se ampliem as linhas de crédito fundiário. Segundo ele, é necessário esse fomento para os trabalhadores rurais, para estes que possam adquirir suas terras e implantar a infraestrutura necessária.
Confúcio Moura ressaltou a importância de o Estado estimular os novos assentamentos decorrentes de reforma agrária, corrigindo erros cometidos no passado — quando, segundo ele, as famílias de agricultores ficavam desassistidas e sem a devida infraestrutura, em regiões distantes das cidades. O senador afirmou também que assistiu a esse processo in loco nos anos 1970, e que muitos morreram por falta de assistência, sendo acometidos por doenças letais como a malária.
— Não se justifica mais essa constituição de assentamentos como despejo de refugiados, como se eles estivessem pagando por um pecado mortal. Portanto, atualmente, eu sou a favor do crédito fundiário. O governo pode, por meio do Ministério da Agricultura, abrir e ampliar mais o crédito fundiário, criando mais oportunidades para que os jovens oriundos da agricultura familiar possam adquirir suas terras e pagar por elas em um prazo longo, com uma carência de quatro a cinco anos e juros baixos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Polícia Federal deflagra Operação Plantão – Fase 2 para combater venda de decisões judiciais



Cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária, expedidos pelo STJ, nos estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina
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Publicado09/04/2020 10h55Última modificação09/04/2020 10h55
Brasília/DF – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (09/04), a Operação Plantão Fase 2, para combater organização criminosa suspeita de comercializar decisões judiciais no âmbito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, beneficiando, entre outros, milicianos e investigados por crime de corrupção e tráfico de drogas.
Cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Além dos mandados, o STJ expediu medidas diversas da prisão, como suspensão do exercício da função pública e proibição de contato e de acesso a determinados lugares.
Após a deflagração da primeira fase da operação, em setembro de 2019, onde foram apreendidos diversos documentos e mídias, a Polícia Federal juntou novas provas de mercancia judicial e tráfico de influência junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Entre as diversas decisões investigadas, houve referência ao pagamento de R$ 1 milhão como vantagem indevida para a soltura de investigados. Tal quantia serviu de base para a representação policial e fundamentou o deferimento de medida cautelar de natureza patrimonial em face dos investigados.
Na representação, a Polícia Federal assinalou a importância da ação ainda que em cenário de pandemia, em razão dos atos investigados se traduzirem em fonte de paralisia para a ordem pública, com reflexos danosos para a credibilidade do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. A operação foi deflagrada respeitando normativo interno, que estabelece orientações quanto às medidas de proteção necessárias no cenário decorrente do Coronavírus (COVID-19).
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva e ativa, cujas penas, somadas, ultrapassam vinte anos de reclusão.

Divisão de Comunicação Social
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Polícia Federal participa da prisão de líder de facção criminosa foragido da justiça há 20 anos



Prisão de megatraficante, conhecido como "Fuminho", ocorreu um Moçambique - África e foi fruto de cooperação internacional e troca de informações de inteligência entre diversas agências policiais
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Publicado13/04/2020 14h36Última modificação13/04/2020 14h36
Brasília/DF - A Polícia Federal prendeu, hoje (13/4), por meio de cooperação policial internacional, em Maputo/Moçambique, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como “Fuminho”, que constava da lista de procurados divulgada pelo Ministério da Justiça e estava foragido há mais de 20 anos.
A ação de hoje, uma megaoperação internacional, contou com a participação do Itamaraty, da DEA – Drug Enforcement Administration, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e do Departamento de Polícia de Moçambique.
O preso era considerado o maior fornecedor de cocaína a uma facção com atuação em todo o Brasil, além de ser responsável pelo envio de toneladas da droga para diversos países do mundo.
Além disso, informações trocadas por órgãos policiais apontavam que “Fuminho” supostamente financiaria um plano de resgate do líder de sua facção criminosa, atualmente recolhido ao Sistema Penitenciário Federal. A descoberta desse plano culminou com a decretação de GLO – Garantia da Lei e da Ordem, no perímetro da Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro de 2020.
A Polícia Federal investe fortemente no combate ao crime violento, capitaneado principalmente pelas facções criminosas. Nesse sentido, mesmo diante da crise mundial de saúde pública que assola o planeta, os policiais federais continuam a cumprir seu dever constitucional de proteger a sociedade, pautados pelas diretrizes de prisão de líderes, cooperação internacional e descapitalização do crime organizado.


Comunicação Social da PF
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PF combate crimes ambientais na Estação Ecológica do Taim



Operação PF

Quatro mandados de busca estão sendo cumpridos em Rio Grande/RS
por
Publicado13/04/2020 16h11Última modificação13/04/2020 16h11
Rio Grande/RS – A Polícia Federal, em conjunto com o Comando Ambiental da Brigada Militar, executa nesta segunda-feira (13/4) operação para combater crimes de caça e maus tratos a animais silvestres (capivaras) na Estação Ecológica do Taim.
Policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão em Rio Grande, expedidos pela Justiça Federal, com apoio de policiais militares. O objetivo da ação é colher provas de materialidade e autoria dos crimes, que teriam ocorrido na última semana, na zona de amortecimento da área de preservação ambiental.
A investigação teve início a partir da circulação de imagens da ação dos caçadores em redes sociais e contou com o apoio do ICMBio. As fotos e os vídeos mostram um grupo de indivíduos praticando atos cruéis contra os animais. Os três homens que aparecem nas imagens foram identificados pela Polícia Federal. O inquérito apura, ainda, a participação de pelo menos mais uma pessoa.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rio Grande/RS
Contato: (53) 3293.9032
imprensa.rge.rs@dpf.gov.br
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Codeplan realiza Pesquisa de Emprego e Desemprego por telefone


Mercado de trabalho – CODEPLAN

Em virtude da pandemia, as entrevistas serão realizadas a distância. Dados vão mostrar o perfil do mercado de trabalho no DF

Se você receber uma ligação da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), por favor, atenda o chamado do nosso entrevistador. Ajude-nos a continuar produzindo as informações de que o Distrito Federal tanto necessita.
Isso porque, cumprindo as recomendações de isolamento social em função da pandemia do coronavírus, a Codeplan também determinou que as coletas de dados presenciais para suas pesquisas fossem suspensas. Assim, enquanto durar esse período, os entrevistadores da Codeplan não visitarão as residências para coletar informações para nenhuma de suas pesquisas.
Mas uma, no momento, causa ainda mais preocupação. É a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), que pode nos mostrar o real impacto da pandemia no Distrito Federal e nas famílias. A pesquisa é realizada desde 1992 pelo Governo do Distrito Federal, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para o presidente da Codeplan, Jean Lima, “o mercado de trabalho já se mostra fortemente impactado e a PED ganha ainda mais importância na medição desses efeitos e na busca por medidas de superação e retomada do emprego”. Mas, para isso, a Codeplan enfatiza: a pesquisa precisa continuar.
As residências selecionadas para participar da pesquisa receberão uma carta que conterá todas as orientações sobre a melhor maneira de responder ao questionário. O presidente da Codeplan reforça a necessidade de o morador do Distrito Federal, ao receber a carta, seguir as orientações ali contidas.
O objetivo da PED é conhecer e acompanhar a realidade socioeconômica do Distrito Federal, por meio da coleta de dados para o subsídio das ações públicas que promovam inclusão e elevação da renda. Todas as informações fornecidas pelo cidadão são sigilosas e não são individualizadas.
O presidente da Codeplan acrescenta que as informações da PED também apoiam os cidadãos na busca de direitos e na melhoria de suas condições de inserção no mercado de trabalho. Isso acontece na medida em que tais dados são amplamente divulgados pela imprensa, de modo a ficar disponíveis nos sites da Codeplan e do Dieese.
* Com informações da Codeplan
AGÊNCIA BRASÍLIA

Soja: impacto do coronavírus provoca queda de 1% em Chicago




O fechamento de algumas plantas de empresas produtoras de carne nos Estados Unidos trouxe o temor de uma queda na demanda pelo farelo de soja, componente da ração animal

Por Agência Safras

Soja, lavoura, colheita, grão

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural


Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. As preocupações com o impacto do coronavírus sobre a economia mundial pressionaram o mercado.  
O fechamento de algumas plantas de empresas produtoras de carne nos Estados Unidos trouxe o temor de uma queda na demanda pelo farelo de soja, componente da ração animal. A recente queda de 3% nos preços do óleo de palma na Malásia completou o cenário negativo para as cotações na abertura da semana. 
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 442.024 toneladas na semana encerrada no dia 9 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 400 mil toneladas. 
Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 300.915 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 476.305 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 32.338.327 toneladas, contra 30.645.028 toneladas no acumulado do ano-safra anterior. 
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 9,25 centavos ou 1,07% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,54 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,62  por bushel, com perda de 8,75 centavos ou 1%.  
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 3,90 ou 1,33% a US$ 288,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 26,90 centavos de dólar, baixa de 0,51 centavo ou 1,86% na comparação com o fechamento anterior.
canal rural .com

'Golpe poderoso na organização', diz Moro sobre prisão de Fuminho



Em entrevista exclusiva à Record TV, ministro da Justiça reforçou que criminoso, preso hoje pela PF, é 'principal fornecedor de cocaína para o Brasil'

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Moro: 'Segurança pública é essencial e não pode parar'

Moro: 'Segurança pública é essencial e não pode parar'

Ueslei Marcelino/Reuters - 31.02.2020
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comemorou, nesta segunda-feira (13), em entrevista exclusiva à Record TV, a prisão do traficante Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, o criminoso mais procurado do país e um dos principais líderes do PCC.
Braço-direto de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Fuminho foi detido em Maputo, capital de Moçambique.
"É um golpe poderoso na estrutura dessa organização", afirmou Moro. "A segurança pública é um serviço essencial e não pode parar. E, há tempos, que se buscava a localização dessa pessoa que é suspeita, indicada de ser uma das lideranças dessa organização criminosa, principal fornecedor de cocaína para o Brasil", completou.
R7 apurou que o traficante foi abordado após ir a uma clínica médica para tratar um ferimento em uma das pernas. Fuminho não resistiu à prisão.
Fuminho foi preso em um condomínio da capital moçambicana depois de uma operação conjunta, pilotada pela PF (Polícia Federal), com o Itamaraty, DEA/Ministério de Justiça dos Estados Unidos e do Departamento de Polícia de Moçambique.

Arte R7

Partido aponta demora para regulamentação de regime especial de pagamento de precatórios

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Ação ajuizada no STF aponta que omissão legislativa onera estados e municípios, tanto em decorrência do pagamento de duodécimos, quanto em razão do aumento de gastos decorrentes da pandemia do novo coronavírus.
13/04/2020 10h30 - Atualizado há
O Democratas (DEM) e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) ajuizaram Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 58, alegando mora da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e da Presidência da República quanto à regulamentação do regime especial para pagamento de precatórios. Informam que o prazo de seis meses para regulamentar e instituir linha de crédito especial nas instituições financeiras oficiais para o pagamento esgotou-se em 14 de junho de 2018.

O prazo foi fixado a partir da promulgação da Emenda Constitucional nº 99/2017, que alterou e incluiu o parágrafo 4º no artigo 101 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Na ação, DEM e FNP alegam que passados quase dois anos do vencimento do prazo, não houve mobilização legislativa para dar suporte financeiro à quitação, até 31 de dezembro de 2024, de todos os débitos vencidos e vincendos de precatórios em regime especial.
As instituições argumentam que tal omissão tem oneradoos orçamentos de estados e municípios, tanto em decorrência do pagamento obrigatório de duodécimos para a quitação de débitos, quanto em razão do aumento de gastos e da redução de receitas decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Estimam perdas da ordem de R$ 8,8 bilhões nas capitais diante da redução drástica do consumo provocada pelas medidas de isolamento social de combate à pandemia e na queda de arrecadação tributária de ICMS, ISS, IPTU, Cofins e PIS.

Assim, pedem a concessão de medida liminar para determinar a suspensão imediata da retenção dos percentuais da receita corrente líquida de estados e municípios para pagamentos dos precatórios no atual regime. A suspensão deve vigorar até que o Congresso Nacional ou Poder Executivo disponibilizem, diretamente ou por instituições financeiras públicas, linhas de crédito especial para quitação de precatórios. 
Relator
A ação foi distribuída, por prevenção, ao ministro Luiz Fux, que também analisa pedido semelhante feito pelo partido Solidariedade na ADO 52. Nas duas ações, o relator aplicou o rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei das ADIs (9.868/99), que permite o julgamento diretamente no mérito, dispensando-se a análise de liminar.
AR/CR//EH

Presidência do STF alcança análise de 100% dos agravos em recursos extraordinários na área cível



Resultado se deve a medidas adotadas na gestão do presidente Dias Toffoli com objetivo de diminuir o acervo de processos do Tribunal e resolver os casos que chegam ao STF com a possível celeridade, sem prejuízo da efetiva prestação jurisdicional.
13/04/2020 16h00 - Atualizado há
A Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu no mês de março o índice de 100% de análise dos agravos interpostos contra decisões de inadmissão de recursos extraordinários na área cível que chegam à Corte. O resultado é fruto de iniciativas da atual gestão para reduzir o acervo de processos e desafogar os gabinetes dos ministros para que possam focar em casos mais complexos e de vocação verdadeiramente constitucional, além de realizar uma prestação jurisdicional com celeridade e eficiência.
Nos três primeiros meses de 2020, mais de 7 mil recursos extraordinários com agravo (ARE) foram registrados à Presidência, dos quais 343 foram remetidos aos gabinetes após análise (4,6% do total). Em março, por exemplo, a área registrou o ingresso de 3.437 AREs, sendo que, salvo os casos de prevenção, nenhum foi encaminhado para os gabinetes sem a prévia análise da Presidência. Para se ter uma ideia da quantidade de agravos no acervo total do STF, essa classe processual representa 33% dos 29 mil processos que compunham o acervo da Corte em 31 de março de 2020. Além disso, os agravos correspondem atualmente a 56,07% de todos os processos recebidos no Supremo.
Além dessa iniciativa de se realizar um juízo de admissibilidade no Tribunal e negar seguimento aos recursos manifestamente inadmissíveis, desafogando os gabinetes dos ministros, outra importante ação da Presidência do STF é estimular as instâncias inferiores a aplicar os temas da repercussão geral ainda na origem, sem necessidade de os recursos extraordinários subirem ao Supremo. Em 2019, houve uma redução de 18% no recebimento de ARE.
"A meta da Presidência é analisar 100% dos agravos em recurso extraordinário também da área criminal", afirma a assessora-chefe do Núcleo de Análise de Recursos (NARE) do STF, Lucilene Rodrigues. Para ela, o resultado se deve às mudanças na estrutura da Presidência e da Secretaria Judiciária, gestão efetiva dos processos recebidos no Tribunal, a partir da identificação de questões passíveis de inclusão no Plenário Virtual, cursos e treinamento internos dos servidores que atuam diretamente no projeto, cursos de capacitação ministrados nos Tribunais de origem, em parceria com o CNJ e o STJ, às visitas institucionais do presidente e de sua equipe técnica aos estados, bem como ao projeto de automatização recém implantado no fluxo da análise dos recursos registrados à Presidência.
Iniciativas
A partir da identificação de que a análise de 99,4% dos AREs pelo STF resultava na manutenção das decisões da instância de origem, o ministro Dias Toffoli formalizou a criação dos núcleos de recursos (NARE) e de repercussão geral (NURG) na estrutura organizacional da Presidência para que os setores pudessem se dedicar exclusivamente ao assunto. Também alterou a estrutura organizacional da Secretaria Judiciária, responsável por uma análise inicial dos requisitos de admissibilidade recursal e do enquadramento em temas de repercussão geral.
Diante disso, a equipe técnica da Presidência também tem realizado visitas institucionais às unidades da federação, onde se reúne com juízes e servidores dos tribunais e juizados especiais que realizam o juízo de admissibilidade dos recursos extraordinários para divulgar as orientações acerca do juízo de admissibilidade e consolidar a sistemática da repercussão geral. Paralelamente, estão sendo ministrados cursos de capacitação na versão presencial e, em breve, na modalidade de ensino a distância (EAD), direcionados aos servidores dos tribunais e das turmas e colégios recursais dos juizados especiais federais e estaduais.
Além das visitas, também foi oferecido curso para os servidores do Supremo que atuam diretamente no exame da admissibilidade do recurso extraordinário e no enquadramento em temas de repercussão geral. O objetivo é capacitá-los nos processos de trabalho vinculados à análise dos requisitos legais, constitucionais e jurisprudenciais de admissibilidade. No mês de março, por exemplo, foi ministrado curso voltado para os temas tributários da repercussão geral e para as especificidades do juízo de admissibilidade em matéria tributária. O curso contou com a presença de servidores da Presidência, da Secretaria Judiciária e dos gabinetes dos ministros.
Automatização
O projeto de automatização foi pensado para substituir uma rotina exaustiva e com muito retrabalho por uma sistemática de análise com resultados de elevada efetividade. Com o projeto, todos os recursos que chegam ao STF são encaminhados para análise das equipes técnicas, inclusive os AREs aptos a serem distribuídos aos demais ministros da Corte.
Esse modelo exigiu a instituição de um sistema de questionários para otimizar o fluxo dos processos que ingressam no Supremo. Dessa forma, os servidores da área responsável pelo recebimento e análise dos recursos passaram a preencher três questionários que identificam a existência de eventuais vícios e o enquadramento em temas de repercussão geral. Após a conclusão da análise pela equipe técnica, o sistema gera automaticamente uma minuta de despacho ou decisão aprovada pelos núcleos da Presidência e encaminhada para deliberação do presidente do STF.
“O sistema, inteiramente desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do STF, acabou por gerar um outro resultado positivo: o número de Recursos Extraordinários (RE) analisados pela Presidência também apresentou um aumento considerável”, esclareceu Raulino de Miranda, responsável pelo acompanhamento do projeto de automação no âmbito da Secretaria-Geral da Presidência.
Assessoria de Comunicação da Presidência
STF