segunda-feira, 13 de abril de 2020

USDA amplia prazo para agricultores pagarem empréstimos em meio a pandemia





Crédito: USDA

Pequenos agricultores nos Estados Unidos (Crédito: USDA)

São Paulo, 13 – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ampliou de nove para 12 meses o prazo para que agricultores paguem empréstimos conhecidos como Marketing Assistance Loans (MAL). Sob essa modalidade, produtores podem oferecer commodities como garantia, e têm a opção de pagar o empréstimo com as commodities no vencimento. A medida faz parte da implementação, pelo USDA, do recente pacote do governo norte-americano para combater os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus.

“A primavera é a época do ano em que a maioria dos produtores tem maior necessidade de capital, e muitos podem ter considerado ou estão considerando oferecer commodities como garantia para empréstimos”, disse o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue. “A ampliação do vencimento do empréstimo dá aos agricultores mais tempo para comercializar sua commodity e pagar o empréstimo em uma data futura.”
Todos os empréstimos solicitados até 30 de setembro de 2020 terão prazo de 12 meses a contar da data de aprovação. Já o vencimento dos empréstimos existentes será automaticamente prorrogado por três meses.
As commodities elegíveis incluem soja, milho, trigo, cevada e sorgo, entre outras.
DINHEIRO RURAL 



Saúde receberá 10 mil máscaras confeccionadas por sentenciadas



Secretário de Saúde destaca que, com esse trabalho, as internas da Penitenciária Feminina do DF estão “contribuindo ativamente para o bem-estar social“

As máscaras produzidas na PFDF estão sendo utilizadas, principalmente, por profissionais da saúde pública | Foto: Breno Esaki / SES
Uma rede solidária de ajuda tem se formado durante a pandemia do coronavírus para proteger os profissionais que atuam diretamente no cuidado das pessoas afetadas pela Covid-19. Nesse esforço, uma parceria foi firmada entre as secretarias de Saúde (SES) e de Segurança Pública (SSP) para aproveitar a mão de obra de mulheres sentenciadas, com experiência em costura, na confecção de máscaras.
As internas trabalham na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), popularmente chamada de Colmeia. Até o momento, já produziram 1,7 mil máscaras, distribuídas entre as unidades que mais necessitam. O compromisso firmado com a SES é que 10 mil máscaras sejam confeccionadas para abastecer a rede. Os itens possuem três camadas, sendo duas de TNT e uma de tecido com retenção bacteriana.
A diretora da PFDF, Rita de Cássia Gaio, trabalha com a expectativa de que, nas próximas semanas, seja possível alcançar essa quantidade de máscaras. “Com o material filtrante doado pela Secretaria de Saúde, conseguiremos entregar essa quantidade”, diz. Segundo a diretora, 26 sentenciadas produzem, atualmente, 300 máscaras por dia. Três dias trabalhados correspondem a um dia a menos da sentença.
“Essa é uma ação que, além de contribuir com os esforços dos profissionais de saúde no combate à pandemia, atende a uma demanda crescente por máscaras na rede”, destaca o secretário de Saúde, Francisco Araújo. “Ao mesmo tempo, dignifica o trabalho das sentenciadas, que estão contribuindo ativamente para o bem-estar social.”
Parceria eficiente
A ideia inicial na PFDF era fabricar alguns artigos que pudessem ser utilizados pelos servidores da Secretaria de Segurança Pública (SSP) encarregados de escoltar as custodiadas durante o atendimento médico. As primeiras peças confeccionadas, com utilização das máquinas para produção disponíveis na penitenciária, foram toucas, propés e capotes. Participaram dessa primeira etapa 40 internas capacitadas em costura.
“Já tínhamos vontade de produzir máscaras nessa época, mas não tínhamos o material específico, que é o elemento filtrante”, conta Rita de Cássia. “Buscamos contato com a Secretaria de Saúde para receber a orientação correta na fabricação, para que [as máscaras] pudessem ser utilizadas tanto pelos servidores da Saúde quanto pelos da Segurança Pública.” Para a subsecretária de Logística, Mariana Rodrigues, essa “foi uma parceria providencial.”
Processo produtivo
Uma vez concluídas as máscaras, as duas secretarias vão estudar a possibilidade de as internas passarem a produzir também outros equipamentos de proteção individual (EPIs),a serem utilizados pelos profissionais de saúde da rede pública do DF.
A penitenciária já contava com uma oficina de confecções, na qual eram fabricados os uniformes utilizados pelas internas na PFDF, além de peças de artesanato. Atualmente, parte da produção é usada nas unidades prisionais pelos servidores da Segurança Pública, sendo o restante devolvido à Secretaria de Saúde.
Com informações da SES
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Morre o cantor e compositor Moraes Moreira



A causa da morte ainda não foi informada

Morre o cantor e compositor Moraes Moreira
Notícias ao Minuto Brasil
13/04/20 11:46 ‧ HÁ 7 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
FAMA LUTO
Nesta segunda-feira (13), morreu o cantor e compositor Moraes Moreira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa do artista e o cantor Paulinho Boca de Cantor confirmaram o óbito.
 
A causa da morte ainda não foi informada. Os familiares foram pegos de surpresa com a informação. Também não há informação sobre quando e onde será o sepultamento.
Carreira
Baiano de Ituaçu, o Antônio Carlos Moreira Pires ficou nacionalmente conhecido quando formou com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão os Novos Baianos, ficando com o grupo de 1969 até 1975.
Em sua carreira lançou 29 álbuns, sendo que o último foi 'Ser Tão', em 2018. Entre os sucessos do artista estão  "Pombo Correio", "Vassourinha Elétrica" e "Bloco do Prazer".
Moraes Moreira é conhecido como o primeiro cantor de trio elétrico do país, cantando no trio de Dodô e Osmar. 
FAMA AO MINUTO 

Ministra da Agricultura diz que abastecimento de alimentos está normal





Crédito: Arquivo/Agência Brasil


O movimento de estocagem, com o receio da população sobre alguma possível falta de alimentos, chegou a preocupar no primeiro momento, mas os problemas pontuais já foram sanados, diz a ministra (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

São Paulo, 13 – A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta segunda-feira, 13, em transmissão ao vivo realizada pela Bandnews, que o abastecimento de alimentos está normal e nenhum produto agrícola corre risco de não chegar aos supermercados. Segundo ela, o movimento de estocagem, com o receio da população sobre alguma possível falta de alimentos, chegou a preocupar no primeiro momento, mas os problemas pontuais já foram sanados.
O ministério também monitora com atenção a cadeia de alguns produtos que tiveram aumento nos preços, como leite e ovos, disse.

Na transmissão, Tereza Cristina comentou, ainda, que a maior preocupação é em relação à logística, considerando a possibilidade de uma safra recorde de grãos no País.
“Queremos garantir o escoamento da produção para processamento, além da chegada dos insumos para não prejudicar o planejamento agrícola da safrinha de inverno”, disse a ministra.
Ela afirmou, porém, que não há registro de qualquer interrupção logística.
DINHEIRO RURAL 



Vitória da Conquista registra primeira morte por coronavírus




Vitória da Conquista registra primeira morte por coronavírus
Foto: Blog do Anderson
A Prefeitura de Vitória da Conquista registrou sua primeira morte por coronavírus na manhã desta segunda-feira (13). A vítima era um homem de 69 anos, que possuía outra comorbidade e estava internado desde o último dia 31 no Hospital São Vicente.



Em nota, a prefeitura da cidade disse que o prefeito Herzem Gusmão (MDB) e a gestão municipal se solidarizam com a família da vítima neste momento de dor. A cidade possui 19 casos de coronavírus, atrás apenas de Salvador (362), Feira de Santana (43), Ilhéus (39) e Itabuna (21). Os dados são do último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), publicado na noite desse domingo (12).

BN MUNÍCIPIOS 

Ministro Marcos Pontes visita laboratório da UFU nesta segunda-feira (13)




MEC vai liberar mais de R$ 2 milhões para pesquisas destinadas ao diagnóstico do novo coronavírus

DA REDAÇÃO

Ministro visitará laboratório no campus Umuarama às 15h | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Na última semana, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) recebeu a confirmação de que o Ministério da Educação (MEC) vai liberar cerca de R$ 628 mil em investimentos e R$ 2,2 milhões para custeio dos trabalhos em três de seus laboratórios de pesquisa nas cidades de Uberlândia e Patos de Minas. Os recursos adquiridos serão utilizados em projetos destinados a realizar testagens para o diagnóstico do novo coronavírus.

Para conhecer de perto estas tecnologias, o ministro da Ciência e Tecnologia, astronauta Marcos Pontes, visitará o Laboratório de Nanobiotecnologia do campus Umuarama na tarde desta segunda-feira (13), às 15h. A visita também contará com as presenças de Marcelo Morales, Maurício Gonçalves, Paulo Alvim, Christiane Corrêa e José Gustavo Gontijo, membros da comitiva ministerial.

O grupo será recebido pelo reitor Valder Steffen, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Henrique de Carvalho, e o responsável pelo laboratório, professor Luiz Ricardo Goulart Filho, do instituto de Biotecnologia (IBTec/UFU). Serão explicadas as plataformas tecnológicas com demonstrações práticas sobre os sensores eletroquímico e biofotônico, além de explanações técnicas e de logística de amostras, bem como o cronograma de entregas.

Na sequência, a comitiva seguirá para reunião no Biogenetics Laboratórios, localizado no bairro Jardim Karaíba. Lá, haverá apresentação do projeto de uma parceria público-privada, com explicações sobre o ecossistema de empresas e como funciona a parceria estratégica no combate à enfermidade.

DIÁRIO DE UBERLÂNDIA 

Coronavírus faz Banco Mundial projetar queda de 5% no PIB do Brasil




Porém, em 2021, a expectativa é de expansão da economia em 1,5%, e em 2022, crescimento de 2,3%

Por Agência Brasil

Coronavírus, Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, governo

Foto: Foto: Marcos Corrêa/ Presidência da República
O Banco Mundial, em relatório divulgado neste domingo, 12, projetou que por conta da crise do novo coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá ter queda de 5% neste ano. Em 2021, a expectativa é de expansão de 1,5%, e em 2022, crescimento de 2,3%.
Para a economia na região da América Latina e Caribe (excluindo Venezuela), o PIB deverá diminuir 4,6% em 2020. Para 2021, é esperado um retorno ao crescimento de 2,6%. O Banco Mundial lembra que diversos choques afetaram a taxa de crescimento econômico da região no ano passado, começando com as convulsões sociais, seguidas pelo colapso dos preços internacionais do petróleo e, agora, a crise da Covid-19.
“A pandemia de coronavírus está contribuído para um grande choque do lado da oferta. A demanda da China e dos países do G7 deverá cair drasticamente, afetando os exportadores de commodities da América do Sul e os exportadores de serviços e bens manufaturados da América Central e Caribe. O colapso do turismo terá impacto severo em alguns países do Caribe”, diz o Banco Mundial.
O organismo internacional destaca ainda que muitos países da América Latina e Caribe estão enfrentando a crise com um espaço fiscal limitado. “Níveis mais elevados de informalidade no mercado de trabalho tornam mais difícil que os sistemas de proteção social atinjam todas as famílias e se protejam todas as fontes de emprego. Muitas famílias vivem ‘da mão para a boca’ e não dispõem de recursos para suportar os bloqueios e quarentenas necessários para conter a propagação da pandemia. Muitos também dependem de remessas internacionais, que estão em colapso. Por isso a necessidade de aumentar e estender os programas de assistência social”, diz o banco.
Segundo o Banco Mundial, para ajudar os vulneráveis a enfrentar a perda de renda motivada pelo lockdown (bloqueio total), os programas atuais de proteção e assistência social devem ser rapidamente ampliados e ter sua cobertura estendida.
Ao mesmo tempo, os governos devem considerar apoiar as instituições do setor financeiro e as principais fontes de emprego. “Precisamos ajudar as pessoas a enfrentar esses enormes desafios e garantir que os mercados financeiros e os empregadores sobrevivam à tempestade,” afirmou o vice-presidente interino do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, Humberto López. “Para tal, é preciso limitar os danos e lançar as bases para a recuperação o mais rapidamente possível”, disse.
canal rural , com . br




"Tentei levar CR7 mas o Sporting pedia 16 milhões de euros por um miúdo"



Del Piero e Totti foram outros dos nomes que escaparam ao AC Milan.

"Tentei levar CR7 mas o Sporting pedia 16 milhões de euros por um miúdo"
Notícias ao Minuto
13/04/20 14:44 ‧ HÁ 39 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO 
DESPORTO ADRIANO GALLIANI
Durante muitos anos, Adriano Galliani foi o responsável pelas contratações do AC Milan. O antigo vice-presidente e diretor executivo do emblema italiano não esquece os jogadores que conseguiu levar para Milão, mas também não apaga da memória outros tantos cujos negócios acabaram por abortar. 
Um deles está relacionado com... Cristiano Ronaldo. Galliani recorda que entrou em negociações com os leões, mas o valor pretendido acabaria por afastar o AC Milan. 
"Um dos maiores arrependimentos é Cristiano Ronaldo. O Sporting pediu 16/17 milhões por um miúdo de 16 milhões de euros. Braida [diretor desportivo do AC Milan na altura] estava pressionado e eu fiquei preocupado, mas [Ronaldo] ainda era um miúdo", recordou Gallianiem entrevista à Sky Itália. 
O antigo dirigente do AC Milan foi convidado a revelar mais nomes e não fugiu ao assunto. 
"Tentámos seduzir Totti, mas nunca estivemos próximos de o contratar porque ele queria ficar em Roma. Também tentei levar Del Piero antes da Juventus", revelou Adriano Galliani.
DESPORTO AO MINUTO 

Os setores que ainda estão contratando em meio à pandemia




Covid-19 deve causar a maior crise no mercado de trabalho desde a Segunda Guerra, mas ainda há oportunidades em alguns setores - não apenas na saúde

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Mesmo diante do cenário adverso, alguns setores seguem contratando - e não apenas o de saúde

Mesmo diante do cenário adverso, alguns setores seguem contratando - e não apenas o de saúde

BBC NEWS BRASIL
A pandemia de covid-19 deve desencadear a maior crise no mercado de trabalho desde a Segunda Guerra Mundial.
Quase 38% da força de trabalho no planeta, o equivalente a 1,25 bilhão de pessoas, está empregada em setores duramente afetados pela paralisação das atividades em diversos setores, segundo a estimativa mais recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e correm o risco de ficar sem trabalho nos próximos meses.
São funcionários de setores como turismo e hotelaria, varejo e indústria.
No Brasil, a economia já começa a sentir os efeitos colaterais das medidas de isolamento social — consideradas necessárias, entretanto, para evitar que o sistema de saúde entre em colapso e não consiga atender todos aqueles que serão infectados pelo novo coronavírus.
Mesmo no meio da crise, contudo, alguns setores seguem contratando — e não apenas o de saúde.
A BBC News Brasil conversou com recrutadores de vagas de diferentes perfis para entender onde há oportunidades.
Além do setor de saúde
Com tanta gente cozinhando em casa, o setor de supermercados tem assistido a um aumento significativo da demanda.
Há alguns dias, a rede Carrefour anunciou a abertura de 5 mil novas vagas para reforçar todas as operações: são operadores de loja, auxiliares de perecíveis, agentes de prevenção, recepcionistas de caixa, padeiros, peixeiros, técnicos em manutenção, açougueiros, operadores de centro de distribuição e vendedores de eletrodomésticos.
A maioria das vagas se distribui entre cidades de 8 Estados, entre elas Manaus, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo.
Setor de supermercados tem reforçado quadro de funcionários para fazer frente ao aumento da demanda

Setor de supermercados tem reforçado quadro de funcionários para fazer frente ao aumento da demanda

BBC NEWS BRASIL
Eduardo Migliano, cofundador da 99jobs, plataforma em que esse recrutamnento (totalmente online) está sendo realizado, conta que recebeu cerca de 150 mil currículos, uma concorrência de 30 candidatos por vaga.
Apesar de ter muita gente procurando emprego no momento, Augusto Schaffer, fundador do site RioVagas, aconselha os trabalhadores a continuarem buscando, já que o varejo de alimentos segue aquecido e, nos últimos dias, tem havido uma oferta consistente de novos postos.
No ar há mais de uma década, o site recebe cerca de 4 milhões de visitas por mês e anuncia principalmente vagas operacionais em pequenas e médias empresas no Estado. Recentemente, lançou uma plataforma batizada de Classirio para aqueles que estão buscando uma fonte alternativa de renda possam oferecer seus produtos e serviços.
Dentro da oferta de vagas tradicionais, Schaffer diz ter se surpreendido com o segmento de farmácias, que tem contratado tanto farmacêuticos quanto atendentes, e destaca ainda a área de logística — motoristas de caminhão e outras funções ligadas à movimentação de carga —, e as empresas de contabilidade e do setor financeiro, que podem atuar junto às empresas em um contexto de recessão.
A 'indústria da pandemia'
O aumento da demanda no setor de saúde, ele acrescenta, tem gerado ainda postos em áreas indiretamente ligadas à operação de clínicas e hospitais: manutenção predial, instalação de ar condicionado, vagas para cozinheiros e nutricionistas.
Há ainda parte da indústria que está produzindo mais durante a pandemia, como os fabricantes de materiais hospitalares e de produtos de higiene.
A Aeroflex, de Curitiba, que há 14 anos fabrica produtos em aerossol, resolveu em janeiro adaptar a linha de produção para lançar álcool em aerossol.
A decisão foi uma tentativa de driblar a falta de matéria-prima para produção de álcool gel, que a empresa importava de países como EUA, Índia e China.
Desde o lançamento do produto, há duas semanas, são fabricadas cerca de 150 mil unidades todos os dias. Márcio Miksza, diretor comercial da empresa, diz que a produção "dos próximos três ou quatro meses" já está vendida.
Como reflexo, a empresa aumentou em 30% o número de funcionários. Foram 60 contratações, elevando o total de empregados a 240.
As medidas de distanciamento social, por sua vez, alimentaram o mercado de delivery e acabam gerando uma demanda também na área de tecnologia, de programadores e designers de aplicativos, destaca Migliano.
Ele lembra, por outro lado, que muitos desses profissionais têm sido demitidos nas últimas semanas de startups de tecnologia. São empresas que normalmente dependem de captação de recursos de fundos para sobreviver, que não trabalham com muita folga de caixa e que, por isso, estão cortando onde podem para fazer frente à queda no faturamento.
Vendedores 'virtuais'
O empreendedor conta ainda que tem visto ainda uma busca por parte de empresas com pouca ou nenhuma presença na internet por vendedores que possam anunciar seus produtos nos chamados "market places", sites como Mercado Livre, que têm se mostrado uma alternativa àquelas que não estão conseguindo operar no "mundo físico".

Essa percepção aparece nos números levantados pelo site Infojobs para a BBC News Brasil.
As funções de consultor de vendas, vendedor e representante comercial estão entre as principais ofertas de vagas para home office — que, aliás, cresceram de forma geral 387% na comparação de março com janeiro.
São 2.517 posições para se trabalhar de casa, distribuídas, além do setor de vendas, nas áreas jurídica (conciliador extrajudicial), de telecomunicações (desenvolvedor java, programador), de marketing (analista, designer gráfico e divulgador) e de telemarketing.
Neste momento, a plataforma tem 287.695 vagas, sendo 74.421 novas.
A área com maior número é a de informática/TI, com 6.577 postos, seguida por saúde (5.114), logística (3.845), segurança (3.636), indústria (3.122) e transportes (1.453).
Os setores com maior crescimento proporcional de vagas na plataforma, na comparação entre março e janeiro, foram o de saúde (145%) e segurança (85%).
Entre os Estados, as maiores altas em termos percentuais foram observadas no Piauí (1.050%), Ceará (321%), Paraná (166%), Minas Gerais (136%), Goiás (110%) e Rio de Janeiro (102%).
Vagas operacionais x administrativas
Schaffer, da RioVagas, conta que, se de um lado ainda há uma oferta de vagas operacionais, ele tem observado um volume grande de demissões em áreas administrativas — em muitos casos, diante de uma queda forte de receitas, as empresas estão mantendo apenas o essencial para se manterem vivas.
De fato, a empresa de recrutamento Robert Half, concentrada no mercado de vagas com remuneração média entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, observou uma queda no volume de processos seletivos.
Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria, destaca, contudo, que após um primeiro momento em que a maioria das empresas decidiu congelar as contratações — o que aconteceu por volta da semana do dia 20 de março —, algumas têm retomado os processos.
Professor do Senai conserta respirador: vagas na saúde vão além de posições para médicos e enfermeiros

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BBC NEWS BRASIL
Nesta semana, o volume de vagas já se aproxima de 60% da média observada pela empresa antes do início da pandemia.
Os setores, segundo ele, são bastante pulverizados, vão de comércio eletrônico e agronegócio a indústria e serviços.
As contratações estão sendo feitas, em sua grande maioria, de forma totalmente remota.
"Tem gente que foi contratado, mandou os documentos digitalizados, recebeu o material pelo correio e já começou a trabalhar — sem nunca ter apertado a mão de ninguém na empresa."
A empresa tem um banco de cerca de 500 mil currículos no Brasil, e novas inscrições podem ser feitas no próprio site.
Em outras plataformas também há oportunidades para os jovens, grupo no qual a taxa de desemprego é estruturalmente mais elevada.
A startup Eureca, focada especificamente em vagas de estágio e trainee, tem processos abertos para a Klabin, empresa de papel e celulose, com 8 vagas para as áreas administrativa, financeira, produção industrial e manutenção em quatro Estados (São Paulo, Ceará, Paraná e Amazonas).
Já a Givaudan, de aromas e fragrâncias, tem outras 15 vagas abertas em São Paulo para universitários nas áreas administrativa, de vendas, jurídico, criação e avaliação de fragrâncias, produção, inovação e tecnologia.
Os processos também são todos feitos de maneira remota, conta Carolina Utimura, COO da plataforma.
Além dos sites geridos pela iniciativa privada, também há vagas anunciadas no Sistema Nacional de Emprego (Sine), que passou por reformulação recentemente e hoje funciona por meio de um aplicativo.
Em São Paulo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que, entre fevereiro e março, 20.247 vagas foram fornecidas no Estado através da plataforma, já que os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs) não estão funcionando com atendimento presencial.
O choque no mercado de trabalho
Apesar de ainda haver setores contratando, a provável recessão decorrente da pandemia deve elevar o desemprego no Brasil, com impacto particularmente duro sobre os trabalhadores informais, que não estão assistidos pelo sistema de proteção social.
O último Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), do fim de março, chama atenção para isso.
"Paralelamente, a crise afetará de forma desproporcional as micro, pequenas e médias empresas, que terão maior dificuldade de lidar com a dramática queda esperada de receitas. Essas são também as empresas que mais empregam, inclusive muitos trabalhadores sem carteira. Muitos trabalhadores terão uma brutal redução de sua renda mensal. E muitos serão demitidos", diz o relatório.
A equipe de economistas destaca ainda que, por isso, seriam necessárias medidas emergenciais para evitar que o desemprego subisse forte e rapidamente e que a crise tivesse um grande impacto sobre a população mais vulnerável.
O auxílio emergencial de R$ 600 que o governo pagará por três meses às famílias de baixa renda é uma iniciativa nesse sentido.
O mais recente boletim da OIT sobre o impacto da crise sobre o mercado de trabalho, de 7 de abril, também destaca a importância de medidas para proteger os informais, que correspondem a um percentual relevante da força de trabalho em países pobres e emergentes.
A organização propõe uma resposta em quatro pilares: estímulos à economia e ao emprego, apoio às empresas e à manutenção da renda, proteção dos trabalhadores nos locais de trabalho e a prática constante de diálogo com os diversos setores da sociedade para a busca e implementação de soluções.

Secretário Geral da CBF não prevê retorno 'total' do futebol em maio




Walter Feldman afirmou ao Fox Sports que o futebol deve voltar aos poucos e com jogos sem público, a partir que autoridades de saúde liberem 

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Wlater Feldmana acredita que futebol voltará sem público

Wlater Feldmana acredita que futebol voltará sem público

Lucas Figueredo/Divulgação CBF
O futebol brasileiro não deverá retomar suas atividades totais no mês de maio. A previsão é de Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista ao canal Fox Sports, no último domingo, o dirigente afirmou que a entidade prefere um "retorno progressivo" dos eventos por causa do efeitos da pandemia do coronavírus.
Feldman não descartou a retomada do futebol com portões fechados. "Eu diria que o pico da doença no eixo Rio-São Paulo provavelmente se dará no mês de abril, primeira quinzena de maio. Nós temos já uma franca elaboração de um protocolo que permita que, quando a autoridade pública de saúde diga que pode ter a chamada mini aglomeração, é possível nós retomarmos progressivamente, mas claro que de maneira parcial", disse Feldman.
"Eu acredito que a volta integral, que seria com as equipes treinando, já realizando seus jogos de portões abertos, me parece muito precoce dizer, mas muito improvável que isso aconteça. Eu acredito na retomada progressiva, e o presidente (da CBF) Rogério Caboclo tem insistido no seguinte: responsabilidade e segurança. Nós não vamos, em hipótese alguma, comprometer a saúde de nenhum elemento que faz parte do protagonismo do futebol", afirmou o secretário geral.
R7