Campo Grande (MS) – Com mais quatro exames positivos para coronavírus (Covid-19), o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 89. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) monitora outros 34 casos suspeitos. As informações estão no boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (09.04) em coletiva de imprensa online com autoridades do Governo do Estado.
Os casos novos foram notificados em 06 de abril e são um homem de 29 anos, em Dourados, um homem de 32 anos, de Chapadão do Sul, um homem de 22 anos de Nova Andradina e um homem de 32 anos de Chapadão do Sul. Todos tiveram contato com casos confirmados
Dos 89 casos confirmados, 27 estão em isolamento domiciliar, 37 já finalizaram a quarentena e estão sem sintomas. 16 estão internados, sendo sete em hospitais públicos e 9 em hospitais privados. Sete pacientes tiveram alta hospitalar e foram registrado dois óbitos.
Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 818 notificações de casos suspeitos do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 683 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e doze foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde.
Os 34 casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen/MS, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e Coronavírus. O Lacen/MS realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24h a 72 horas, após o recebimento das amostras.
A Secretaria de Estado de Saúde publica o boletim epidemiológico referente às notificações de casos suspeitos de coronavírus (Covid-19) diariamente. As informações divulgadas pela Secretaria são os dados oficiais consolidados do Estado que são repassados ao Ministério da Saúde.
Acompanhe os boletins periódicos no link: http://www.vs.saude.ms.gov.br.
Campo Grande (MS) – Os batalhões das Polícias Militar Rodoviária Estadual (BPMRv) e Ambiental (PMA) iniciaram a Operação Semana Santa com a intensificação das ações nas rodovias estaduais e rios de Mato Grosso do Sul. Ações de conscientização ao combate a disseminação do coronavírus também estão previstas. Os trabalhos de rotina como tráfico de drogas e descaminho também serão realizados.
Desde terça-feira (7.4) a PMA aumentou as fiscalizações após perceber o aumento de pescadores que têm procurado ranchos ou propriedades rurais próximos aos rios para se refugiarem durante o período de quarentena em razão do Covid-19. No total, 310 policiais estarão mobilizados para a ação que termina às 8 horas do próximo dia 13. Apesar do foco ser a fiscalização da pesca, os policiais estão atentos também a crimes como desmatamento ilegal, exploração ilegal de madeira, bem como a caça ilegal e contra a fauna e a flora.
Além das ações de rotina, a Operação tem o foco de combater a disseminação do Covid-19
Já BPMRv deu o start nesta quarta-feira (8.4) e reforçou a fiscalização nos mais de 15 mil quilômetros de rodovias estaduais. Por conta das medidas de isolamento social decretado pelo Governo do Estado e também por diversos municípios, a expectativa é que o fluxo de veículos de passeio reduza nos horários comerciais. A diminuição no tráfego de veículos ocorre de forma mais intensa no período noturno e nos finais de semana e este fenômeno também já foi sentido nas rodovias de acesso as cidades turísticas do Estado.
A BPMRv possui 12 Bases Operacionais Rodoviárias fixas e distribuídas pelos municípios de Amambai, Campo Grande, Corumbá, Bonito, Dourados, Ivinhema, Maracaju, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, outras 14 equipes volantes que percorrerão pontos e horários sensíveis e vulneráveis de nossas rodovias estaduais. O Centro de Comando e Controle instalado na sede da Polícia Militar Rodoviária em Campo Grande irá monitorar 24 horas, durante toda a operação. A BPMRv ainda disponibilizará o telefone 198 para denúncias.
Rodson Lima – Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
Campo Grande (MS) – A principal arma capaz de vencer o Covid-19 e garantir a sobrevivência dos enfermos, os respiradores mecânicos se tornaram objeto valioso e cobiçado por hospitais do país todo. A indústria nacional não consegue suprir a demanda e as importações estão dificultadas pela concorrência feroz que se formou em torno do produto. Uma das saídas encontradas em Mato Grosso do Sul foi consertar respiradores com defeito, alguns há anos parados, e o resultado começa a chegar a quem mais precisa ainda nesta semana.
Essa ação foi articulada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), em parceria com o Senai (Serviço Nacional da Indústria), que desenvolve iniciativa parecida em todo o Brasil. A Energisa, concessionária dos serviços de energia elétrica, entrou na parceria se dispondo a fazer o transporte dos equipamentos até o laboratório do Senai de Campo Grande, onde é feito o conserto.
“Num primeiro levantamento junto às prefeituras municipais conseguimos identificar 70 respiradores em todas as situações que se possam imaginar, alguns sucateados que só servem pra retirar peça”, explica o secretário da Semagro, Jaime Verruck. Esse levantamento aconteceu na semana passada e a ação foi rápida, como requer o momento.
Ainda na sexta-feira (3) os primeiros respiradores começaram a chegar à unidade do Senai na Capital. O trabalho das equipes de conserto foi rápido e nessa quarta-feira o primeiro lote de 15 respiradores já havia passado por completa higienização e reparos, tendo sido então encaminhados para uma empresa terceirizada que faz a calibragem desses equipamentos, e esses custos serão arcados pela Energisa. Até o fim da semana já poderão ser devolvidos aos municípios, em perfeito estado para uso.
“Nossa meta foi a seguinte: se a gente conseguir consertar um, é um que teremos disponível para uso. Obviamente que não vamos conseguir consertar os 70, mas cada um que nós conseguirmos significa mais uma vida que pode ser salva”, avaliou Jaime Verruck.
Esses foram os primeiros equipamentos liberados, que necessitavam de reparos básicos. Outros passam por manutenção e devem estar prontos para uso nos próximos dias. O diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, demonstra satisfação com o resultado colhido até aqui.
“Os números são bastante satisfatórios e reforçam a expertise do Senai com relação à manutenção de máquinas e equipamentos. Apesar de nunca termos trabalhado com respiradores hospitalares, nossos colaboradores entendem de manutenção e conseguiram se adaptar rapidamente ao novo desafio”, pontuou.
Os respiradores hospitalares – ou ventiladores mecânicos, como também são chamados – tornaram-se equipamento chave no atendimento a pacientes graves da Covid-19, doença ainda sem uma medicação definida. O vírus ataca o sistema respiratório provocando pneumonia, o paciente tem dificuldade de respirar, o que pode evoluir para óbito. O ventilador mecânico é vital nesse quadro para fazer chegar ar aos pulmões.
João Prestes – Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)
Campo Grande (MS) – Dados divulgados nesta quinta-feira (9.4) pela Comissão de Controle Sanitário de Mato Grosso do Sul (CCS/MS) mostram que desde o início das operações mais de 58 mil pessoas foram abordadas em 28,1 mil meios de transportes nos postos fiscais terrestres e aeroporto. Com o início do feriado prolongado da Semana Santa, a principal recomendação das autoridades de saúde é para que a população fique em casa.
O Posto Fiscal XV de Novembro, localizado na BR-267, no município de Bataguassu, divisa com São Paulo, abordou 12.123 pessoas em 6.282 meios de transportes. No Posto Fiscal Jupiá, em Três Lagoas, foram 9.168 pessoas em 3.986 meios de transportes. O Posto Fiscal Ilha Grande, em Mundo Novo, abordou 3.372 pessoas em 2.004 meios de transporte. Em Anaurilândia, o Posto Fiscal Ofaié, contabiliza abordagem de 4.850 pessoas em 2.673 meios de transportes.
A Base de Fiscalização Campo Bom, em Chapadão do Sul, contabiliza 5.997 pessoas abordadas em 2.730 meios de transportes. Selvíria registra 3.838 pessoas abordadas em 1.506 meios de transporte. Em Corumbá, o Posto Esdras registrou 994 pessoas abordadas em 76 meios de transporte. O Aeroporto Internacional de Campo Grande registra até o momento 1.258 pessoas abordadas em 27 aeronaves. As demais unidades de fiscalização totalizam 16.565 pessoas abordadas em 8.832 meios de transporte.
Com o Posto de Corumbá e as unidades da Ceasa e Guia Lopes da Laguna, que contam com o apoio de servidores do Iagro, Mato Grosso do Sul conta atualmente com 17 barreiras sanitárias em operação.
A Polícia Militar Rodoviária (PMR), que iniciou a Operação Semana Santa, informa que a expectativa para este ano é que o fluxo de veículos reduza nas estradas de Mato Grosso do Sul em razão da quarentena ocasionada pelo Covid-19.
Casos suspeitos de Covid-19
Até o momento, 38 casos foram tratados como suspeitos durante abordagem nas barreiras sanitárias. Desse total, 26 apresentaram sintoma gripal e foram orientadas a entrar em isolamento domiciliar por 14 dias ou buscar uma unidade de saúde.
Os demais 17 casos suspeitos integravam o primeiro grupo de repatriados vindos da Bolívia. Porém, todos passaram por atendimentos com infectologistas e os casos foram descartados.
A Comissão de Controle Sanitário de Mato Grosso do Sul (CCS/MS) informa que até o momento não há casos positivos para Covid-19 de brasileiros que entraram no país por Corumbá.
Rodson Lima da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
A nova feira florestal, que seria realizada de 5 a 7 de agosto em Três Lagoas (MS), foi remarcada para o ano que vem
Foto: Paulo Cardoso
OShow Florestalteve sua primeira edição reagendada devido à pandemia do coronavírus. A feira aconteceria entre os dias 5 e 7 de agosto, na cidade de Três Lagoas (MS), e foi remarcada para entre 14 e 16 de abril de 2021. “Como é de conhecimento de todos, passamos por um momento delicado, que exige mudanças e adaptações. Diante disso, após conversar com nossos expositores e parceiros institucionais, decidirmos adiar a realização da feira, mantendo o local e a programação do evento”, explicou Ricardo Malinovski, CEO da Malinovski, empresa organizadora do evento.
Segundo ele, o grande objetivo da nova feira é impulsionar o crescimento do mercado industrial de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios. “Acreditamos que a alteração de data será benéfica para que possamos manter o foco na geração dos negócios em momento mais oportuno para a economia”, afirmou Malinovski.
247 - O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE) voltou a atacar ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após ele sinalizar, no início de abril, o desejo de retomar o diálogo com o trabalhista. visando combater o fascismo crescente no Brasil. "O Lula é o líder [das falcatruas]. Só quem é um fanático lulista que vai desconhecer", disse Ciro nesta quinta-feira (9), em entrevista ao UOL. Ciro ressaltou, ainda, que não possui qualquer ligação com Lula e que “perdeu o respeito” por ele.
A sinalização de Lula pelo diálogo visando unir o campo progressista contra o governo Jair Bolsonaro veio na esteira do manifesto da oposição, divulgado no final de março, assinado pelos ex-candidatos à presidência em 2018, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e, também por Ciro Gomes, além de governadores e presidentes dos partidos de oposição:
“O importante foi o Ciro Gomes ter entrado, não era correto eu assinar. PT, PDT, PSOL, PCdoB e o PSB têm-se reunido toda semana. Quando os partidos entenderem que eu devo participar dessas conversas, não terei problema nenhum, estarei pronto para falar com o Ciro. O importante agora é afastar o Bolsonaro”, disse Lula na ocasião.
MANAUS, AMAZONAS (FOLHAPRESS) - O tenente-coronel do Exército Péricles Ferreira de Lima, 46, morreu na tarde desta terça-feira (7), em Manaus, em decorrência do novo coronavírus. Ele estava internado havia 11 dias no hospital público Delphina Aziz, referência para tratamento de Covid-19 no estado do Amazonas.
O oficial servia na 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira (AM), na fronteira com Venezuela e Colômbia, desde novembro de 2018. Ele tinha quadro de asma, obesidade, triglicerídeos e hipertensão arterial.
Até quarta-feira (8), 30 pessoas morreram no Amazonas em decorrência do novo coronavírus. Com 804 registros, é o estado com maior incidência da doença no país: 19,1 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 7,5 por 100 mil.
Natural de São João da Boa Vista (SP), Ferreira "comia livros e mais livros pra prestar concurso e entrar para o Exército", escreveu um amigo de infância, o empresário João Paulo Azarias, em homenagem no Facebook. "Conseguiu!"
Em 1996, Lima se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, a instituição de ensino superior do Exército responsável pela formação de oficiais.
"O menino humilde e simples cresceu e foi embora, serviu em muitos estados do nosso Brasil, foi estudando e subindo, subindo, subindo", escreveu Azarias. "E chegando até aqui, no cargo de tenente-coronel do Exército, servindo e comandando no Amazonas, onde ainda neste ano, se aposentaria com um dos graus máximos do Exército."
Outra amiga de infância, a administradora Cláudia Ribeiro, escreveu, entre diversas outras mensagens de pêsames: "Quando rostos conhecidos passarem a ser números, será que as pessoas vão deixar de achar que é uma gripezinha? Que quem é do Exército não pega? (...) Estudou comigo no colegial, foi ao meu casamento, e hoje é mais um número."
Em nota, a 2ª Brigada de Infantaria de Selva lamentou a morte do tenente-coronel e disse que a sua família está recebendo apoio psicológico e espiritual. Lima deixa mulher e dois filhos.
Rio, 9 – Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa da área a ser colhida este ano é de 64,3 milhões de hectares, um crescimento de 1,7% em relação à área colhida em 2019, com aumento de 1,1 milhão de hectares.
Em relação ao mês anterior, no entanto, a área a ser colhida é de 57,9 mil hectares a menos, uma queda de 0,1%.
Entre os três principais produtos, a maior alta de área a ser plantada foi verificada na soja, com aumento de 2,4%, seguida do milho, que terá alta de 1,9%, sendo 4,4% de incremento na primeira safra e de 1% na segunda.
Já o arroz terá queda de 1,6% na área a ser plantada. O algodão herbáceo terá alta de 1,1%, calcula o IBGE.
Concebido em tempo recorde, plataforma online foi estruturada e desenhada por técnicos da CGDF sem qualquer necessidade de contratação externa
AGÊNCIA BRASÍLIA *
O Governo do Distrito Federal saiu na frente e lançou o Portal Covid-19, no dia 3 de abril, e a partir desta quinta-feira (9) dá mais um passo contra a pandemia com a versão para dispositivos móveis. A plataforma reúne, em um só lugar, informações sobre contratações emergenciais relacionadas ao enfrentamento ao coronavírus e dados oficiais atualizados de casos detectados no DF, além de instruções importantes sobre prevenção e sintomas.
Construído em tempo recorde, o portal foi estruturado e desenhado por técnicos da Controladoria-Geral do DF (CGDF), sem a necessidade de qualquer contratação externa.
Na versão específica para mobile (dispositivos móveis), o endereço eletrônico de acesso (www.coronavirus.df.gov.br) é o mesmo da versão para computadores.
O objetivo é dar mais transparência às medidas adotadas pelo GDF e garantir que a população receba informações verdadeiras e atualizadas sobre o enfrentamento ao vírus.
A produção chega a aproximadamente 50 máscaras por dia. Os valores seguem uma média de R$ 8 a R$ 15
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Em busca de continuar o trabalho e trazer renda para dentro de casa, mulheres de áreas rurais do Distrito Federal estão se reinventando e aproveitando os nichos abertos pela crise causada pela pandemia do coronavírus. Com as notícias sobre a necessidade do uso de máscaras e a ausência delas no mercado, essas mulheres, assistidas pela Emater-DF, começaram a fabricar e anunciar em suas redes sociais.
Esse é o caso de mulheres como a Josi Camargo, 42 anos, moradora do Caub I, área rural do Riacho Fundo I, da Priscila Cutrim Oliveira, 33 anos, de Tabatinga, núcleo rural de Planaltina-DF, e da Alane Oliveira, 43 anos, do núcleo rural Capão da Erva, no Paranoá. Todas tiveram que buscar outras formas de garantir renda e encontraram a alternativa na produção de máscaras de proteção.
Alane é produtora de hortaliças, faz costuras e artesanato. Com a procura por máscaras de proteção e a escassez do mercado, ela conta ter começado a fazer as peças logo no início da pandemia. Escolheu o tecido tricoline, mas, no início, as pessoas rejeitavam. Após uma fala de autoridades da saúde recomendando o técido, viu a demanda pelas máscaras aumentar.
“O que me incentivou a fazer máscaras foi a qualidade das que estavam sendo oferecidas e os preços muito altos. Como precisei pro meu marido e filhos, que são asmáticos, fiz para eles e as pessoas começaram a procurar. Montei um Instagram e já tinha a página do ateliê”, explica. Com a Alane, os pedidos são realizados pelas redes sociais ou pelo telefone celular, por meio de chamada ou pelo WhatsApp (61-99506-7474). Por meio da ajuda da sobrinha, as entregas são realizadas no Plano Piloto e no Paranoá. Suas máscaras são vendidas a R$ 5 a unidade.
De plantas a máscaras
Juntamente com a mãe, dona Nedina Bento, 76 anos, três irmãs e a filha, Josi, que é produtora de plantas suculentas no Caub, viu suas vendas caírem drasticamente com a crise. Foi então que, diante da necessidade, resolveu apostar na produção de máscaras para comercializar.
As irmãs de Josi fizeram curso de costura pela Emater-DF e o escritório da empresa em Vargem Bonita tem se solidarizado com a situação e auxiliado na divulgação. “Eu tenho uma estufa de produção de suculenta e também faço pintura em tecido. Como não são produtos de primeira necessidade, está tudo parado. A alternativa foi buscar o que o mercado está precisando e que nós podemos fazer”, conta.
Extensionista da Emater-DF em Vargem Bonita, Janaina Dias disse que os funcionários têm feito encomendas e estão mobilizados na divulgação. “Nesse momento difícil, estamos ajudando na divulgação, conseguimos fazer algumas vendas dentro da própria Emater e estamos auxiliando para ver se a gente as inclui em oportunidades de comercializações”, ressalta.
Segundo Josi, as máscaras são feitas conforme a recomendação da saúde, em duas camadas de tecido e com detalhes dentro dos padrões de segurança. Hoje, a família consegue produzir aproximadamente 50 máscaras por dia. Os valores seguem uma média de R$ 8 a R$ 15. “Estamos prezando muito pela qualidade e pela higiene. Antes de entregar, a gente deixa dez minutos no sabão neutro, lava, deixa secar, passa em ferro quente e depois borrifa álcool antes de colocar dentro do saquinho”. Os pedidos são realizados pelo telefone da Josi (61-99633-2018).
Oportunidade
Para a extensionista Selma Tavares, essa adaptação ao cenário é muito importante e as pessoas devem pensar em alternativas diante do momento. “O interessante é que essas mulheres na dificuldade estão aproveitando o mercado que está se abrindo e buscando se reinventar. É importante que as pessoas apoiem e incentivem comprando esses e outros produtos locais”, destaca.
Moradora de Tabatinga, núcleo rural de Planaltina-DF, Priscila Cutrim Oliveira, 33 anos, trabalha como artesã confeccionando e vendendo peças em tecido, como bolsas, carteiras, necessaire e peças para crianças como babados em fraldas e utilitários de bolsas. Com a ausência de compradores para os seus produtos, ela conta que o grupo de artesãos de que ela participa vislumbrou essa oportunidade de venda, já que as máscaras descartáveis estavam em falta.
“O pessoal parou de comprar o que eles viam como supérfluo, então resolvemos ir para o item de necessidade”, diz. De acordo com ela, os pedidos chegam por meio das redes sociais e do WhatsApp (61-98174-1436). Priscila fica com a parte de confecção e o marido deixa na cidade, em Planaltina, onde as pessoas buscam as encomendas. Por dia, sua produção chega a 20 máscaras, que são vendidas a R$ 10 a unidade.
“Só estou trabalhando com a máscara bico de pato, mais redondinha. Ela é mais fácil de adaptar a respiração do que a outra. O que tá mais difícil agora é matéria- prima, como tecido e elástico. O elástico está cinco vezes mais caro. A gente tá fechando uma compra emergencial em Goiânia porque aqui em Brasília tá impraticável o preço”, contou.
Priscila afirma que diante da procura, o tecido também ficou caro, mas que suas máscaras são feitas com o tricoline, em duas camadas e uma entretela feita com um tecido tipo TNT, colável no tecido. “O tecido fica mais firme e não deixa passar o vírus. Conversei também com uma prima que é enfermeira para que a gente possa fazer um produto detalhado e de qualidade”, explicou.
Governador Ibaneis Rocha visita instalação erguida para acolher pessoas em situação de rua no autódromo. Elas já estão chegando ao local para ocupar as 200 acomodações
LÚCIO FLÁVIO E ARY FILGUEIRA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
O govenador Ibaneis Rocha visitou o acampamento montado no autódromo Internacional Nelson Piquet para as pessoas em situação de rua e gostou do que viu. O espaço, que fica na área de estacionamento dos carros, começou a receber seus primeiros usuários na terça-feira (7). Hoje (9), a partir das 11h, começam a chegar mais pessoas.
A cada cômodo visitado, o governador fez questão de cumprimentar alguns já acolhidos ali, usando o cotovelo em vez da mão, como determina a Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenir o contágio pela Covid-19. E quis saber delas se estavam sendo bem tratadas.
A ideia da iniciativa, além de proteger as pessoas vulneráveis nesse tempo de pandemia, é evitar que a contaminação da Covid-19 se prolifere entre essa população e consequentemente pela cidade. Recebido por servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o chefe do Executivo local checou cada espaço, dos dormitórios à área de banho, passando pelo refeitório.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, é hora de ajudar a todos. “Vivemos um momento singular em nossas vidas, estamos cuidando de todos os cidadãos brasilienses e principalmente dos mais vulneráveis. Este gesto de acolher em um espaço adequado e dar o documento pessoal ao cidadão de rua, é lembrá-lo de que ele tem nome, origem e uma história. Estamos proporcionando dignidade. É tempo de ação”, disse.
Segundo Francisco Soares, o Chicão, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Desenvolvimento Social, responsável pela logística do espaço, a expectativa é dar dignidade a essas pessoas que vivem à margem da sociedade. “Se já é apreensivo para quem tem moradia, imagina para quem está em situação de rua, que não tem acesso à alimentação e higienização”, comenta Chicão. “O acampamento foi feito no sentido de suprir essas deficiências”, continua.
O alojamento tem lugar para 200 usuários, que estão chegando ao longo desta semana. Ali, eles terão uma estrutura semelhante à casa. Feitos de contêiner, os quartos possuem cama, armário e ventilador. Além disso, eles contam com iluminação. São 50 ao todo e com capacidade para abrigar até 4 pessoas.
Eles também terão roupa lavada e um kit de higiene e não precisarão sair de lá para nada. Serão servidas as três refeições principais, sendo café da manhã, almoço e jantar. Além disso, receberão assistência 24h enquanto persistir esse período de pandemia na cidade. “A ideia é retardar ao máximo a chegada desse pessoal na rede hospitalar para não provocar um surto de demanda e o colapso do sistema médico”, observa Chicão.
Durante a visita, o governador Ibaneis Rocha fez algumas sugestões, entre elas, a solicitação de documentação, para aqueles que não têm, junto à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). “Cada dia aqui é um aprendizado, temos que ordenar aqui dentro de acordo com as necessidades das pessoas, é um processo de mudança diário de adaptação para melhor atender”, destaca Karine Alves, subsecretária de Assistência Social da Sedes.
As primeiras pessoas em situação de risco retiradas da rua chegaram na terça-feira (7). O grupo era composto por 50 homens. A maioria idosos. Eles passaram por uma triagem antes de serem aceitos ali.
A aferição é necessária para saber se tiveram contato com o vírus ou possuem algum sintoma. Ao chegar ao autódromo, foram novamente examinados. Dessa vez, para saber se tinham febre, que é um sintoma predominante nos pacientes da Covid-19.
Caso testem positivo para o novo coronavírus na triagem, ou reúnam sintomas da doença, esses serão encaminhados ao Movimento Eureka, na quadra 906 Norte. Vale lembrar que só ficarão lá as pessoas que não necessitem de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves, disse que não houve recusa por parte deles na abordagem para ficarem no Autódromo enquanto não passa esse surto da pandemia. “Eles mesmos estavam preocupados porque viam todo mundo de máscara e eles não estavam”, disse Kariny.
Rubens Faleiro de Siqueira, 57 anos, classificou como uma oportunidade. “Tenho de agarrar e não voltar mais para as ruas quando isso terminar”, disse ele. Morador do Goiás, veio para a cidade em 1974 pela primeira vez. Entre idas e vindas para cá, acabou indo para as ruas. Antes, estava dormindo no Setor Comercial Sul (SCS).
Rubens agora vai dividir o mesmo quarto com Adailton Maia Santos, 57, que, por sua vez, disse que a nova moradia é melhor “que o céu”. “Estou muito contente de ter vindo para cá. Estava muito só, perambulando nas ruas”, lembra.
Os usuários do acampamento no autódromo também vão obedecer as orientações da OMS, para evitar a transmissão e contágio da Covid-19. Até na hora das refeições, deverão guardar distância de um para o outro. Caso alguém esqueça da recomendação, os servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social estão ali para lembrá-lo: “Só dois por mesa e distante”, corrigia Daniele Pereira, gerente de Serviços Especializados em Abordagem Social, durante o jantar da terça-feira (7), quando as primeiras dezenas deles decidiram sair das ruas e voltar para o convívio.da dignidade.
As orientações foram adotadas com base em informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Diante da pandemia causada pelo coronavírus, a Emater-DF tem adotado medidas de segurança para evitar o contágio pelo vírus no campo. Apesar das restrições sobre o contato social, a produção, circulação e comercialização de alimentos são consideradas atividades essenciais.
Para garantir que não haja desabastecimento na cidade e também a segurança dos produtores, orientações importantes estão sendo repassadas aos agricultores no Distrito Federal.
Algumas já eram adotadas pelo programa de Boas Práticas Agrícolas desenvolvido pela Emater-DF. No entanto, estão sendo reforçadas para evitar a contaminação dos produtores e dos consumidores pelo coronavírus e garantir a produção de alimentos com qualidade. As orientações foram adotadas com base em informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Muitas pessoas podem estar contaminadas com o coronavírus mesmo sem apresentar nenhum sintoma. Então, é muito importante que o produtor tenha cuidado com todos os objetos com que possa ter contato, pois eles também podem estar contaminados”, ressalta a extensionista rural Letícia Martinez. Ela orienta ainda que objetos contaminados podem afetar os trabalhadores e suas famílias. “É muito importante que eles estejam limpos e sanitizados”, aconselha.
Confira abaixo algumas das orientações:
Cuidados com as ferramentas: – Lavar a ferramenta com água e sabão e sanitizar com solução sanitizante antes da utilização; – Ao utilizar as ferramentas, evite colocar em superfícies sujas aquelas que não precisam ter contato direto com o solo, como facas, alicates, tesouras, etc; – Após a utilização, lavar com água e sabão; – Guardar a ferramenta em local apropriado para a guarda de ferramentas; – Lavar as mãos com água e sabão ao iniciar e finalizar atividades.
Cuidados com os sacos de insumos: – Guardar os sacos em local apropriado para a guarda de insumos, que deve ser limpo, organizado, coberto, sob pallets ou caixas; – Pegar somente a quantidade de sacos de insumos que serão necessários para utilização; – Lavar as mãos; – Utilizar o insumo na atividade a ser realizada; – Após o término da atividade, lavar as mãos.
Cuidado com as caixas de colheita: – Antes do uso, lavar as caixas de colheita com água e sabão e sanitizar com solução sanitizante; – Utilizar a caixa sem coloca-lá no chão. De preferência, colocar em cima de pallets ou em cima de uma caixa vazia e virada; – Após a colheita, armazenar a caixa cheia em local com sombra e de preferência colocar em cima de pallets ou em cima de uma caixa vazia e virada; – Após a utilização das caixas, lavar com água e sabão e sanitizar com solução sanitizante; – Armazenar as caixas em local apropriado, que deve ser limpo e organizado, até a sua próxima utilização; – Lavar as mãos.
Atenção e cuidados redobrados às caixas que vieram de fora da propriedade:
Cuidado com os carrinhos de mão: – Antes de utilizar o carrinho, lavar com água e sabão e limpar com solução sanitizante (veja abaixo como prepará-la), principalmente nos locais em que ocorrem o maior contato com as mãos; – Durante a utilização, apenas uma pessoa deve ser responsável por empurrar o carrinho; – Após a utilização, lavar o carrinho com água e sabão e higienizar com solução sanitizante; – Armazenar o carrinho em local apropriado até a sua utilização; – Lavar as mãos com água e sabão.
Cuidados com os tanques de lavagem de hortaliças, mesas e bancadas: – Antes de utilizar o tanque, mesa ou bancada, lavar com água e sabão e higienizar com solução sanitizante; – Após a utilização, lavar o tanque, mesa ou bancada com água e sabão e higienizar com solução sanitizante; – Lavar as mãos.
Atenção aos objetos que são compartilhados e usados por mais de uma pessoa em sua propriedade. Antes e após a utilização, não se esqueça de higienizá-los. Entre as orientações, também são recomendados cuidados com maçanetas de portas, volante, freio de mão e câmbio de carros, tratores, caminhões e outros veículos.
Para auxiliar na higienização de equipamentos, a Emater-DF recomenda uma solução sanitizante para que o produtor faça em casa e limpe os equipamentos.
Confira abaixo como prepará-la: Solução sanitizante
Em um recipiente adicione: – 10 litros de água – 100 ml de água sanitária Utilize a mistura na sanitização de superfícies, objetos e ferramentas.
A limpeza é uma importante aliada na prevenção de combate à dengue. Ciente disso, equipes do programa GDF Presente têm mapeado áreas com descarte irregular de lixo para fazer a higiene e retira de entulhos. Nesta quarta-feira (8), os trabalhos foram concentrados na QI 29 do Lago Sul. Foram oito caminhões de lixo, entulho e inservíveis. O pedido foi feito pelos próprios moradores da região.
“Nós estamos atentos e trabalhando muito para amenizar todos os problemas. Estamos com frentes de trabalho em várias regiões. Precisamos concentrar esforços para deixar esses ambientes limpos e evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, disse o coordenador do Polo Central Adjacente I, Alexandro César.
O Administrador do Lago Sul, Rubens Santoro Neto, ressalta que há equipes da administração fiscalizando e verificando áreas que precisam de limpeza. “Além disso, os moradores podem fazer a denúncia pela ouvidoria “, orienta. Ele especifica, ainda, que os trabalhos de limpeza na região tem se estendido com lavagens nas paradas de ônibus e pontos de táxis e que a administração tem mapeado também as residência abandonadas e localizando os proprietários para que façam a limpeza.