quarta-feira, 8 de abril de 2020

Banco de Alimentos da Ceasa recebe doação de 1,5 tonelada de carne suína




Doação é resultado de uma ação solidária de duas associações de criadores de carne suína (DFSuin e Sindsuínos), ambas sem fins lucrativos

Doações envolvem associações de criadores de carne bovina, empresários e órgãos do GDF | Foto: Ceasa-DF / Divulgação
Nesta quarta-feira (8), o Banco de Alimentos da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) recebeu aproximadamente 1,5 toneladas de carne suína, cortados em tamanhos grandes e embalados em 108 pacotes de aproximadamente 13 quilos.
A doação é resultado de uma ação solidária de duas associações de criadores de carne suína (DFSuin e Sindsuínos, ambas sem fins lucrativos), com atuação conjunta e funcionamento na mesma sede. As entidades têm o objetivo de representar os interesses e reivindicações dos criadores e abatedouros de suínos, promovendo parcerias com instituições públicas e privadas para a realização de ações e projetos que promovam o desenvolvimento econômico, social e sustentável da suinocultura do Distrito Federal.
Essa carne de suínos será encaminhada às instituições atendidas pelo Banco de Alimentos, que estão sofrendo os impactos do desabastecimento devido às medidas de contingenciamento adotadas para combater o coronavírus.
Tomando todas as precauções necessárias, o presidente da Ceasa-DF, Onélio Teles; o subsecretário de Desenvolvimento e Abastecimento Rural, Odilon Vieira Júnior (representando o secretário de Agricultura do DF, Luciano Mendes); e o gestor executivo da DFSuin e da Sindisuínos, Douglas Rocha, compareceram ao Banco de Alimentos e foram recebidos pela diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da instituição, Lidiane Pires.
Lidiane Pires ressalta a importância de poder oferecer proteína animal para pessoas em vulnerabilidade alimentar, além do caráter inédito da doação, levando-se em conta o quão saudável é a carne suína.
“O fato de o Banco de Alimentos ter sido escolhido para o recebimento da doação significa que estamos no caminho certo, somos referência, trabalhando com transparência e amor ao próximo”, destaca a diretora.
O trabalho de Banco de Alimentos não para, mesmo neste momento de pandemia de Covid-19. Diariamente a entidade tem recebido doações de empresários e agricultores que comercializam na Ceasa. A partir daí, as equipes do banco fazem rapidamente uma triagem para que esses alimentos cheguem o quanto antes à população em vulnerabilidade atendida pelas instituições cadastradas.
Servidores adotam medidas protetivas de saúde em tempos de coronavírus | Foto: Ceasa / Divulgação
“Queremos fazer a nossa parte, diante desse cenário que é desafiador para todos os brasileiros. E esperamos que esse pequeno gesto sirva de exemplo para outros produtores rurais e empresários que podem e devem ajudar os mais necessitados, sem esperar que só o governo faça algo a respeito”, diz o presidente da DFSuin, Josemar Medeiros.
Medeiros ressalta, ainda, que para fortalecer essa ação a DFSuin buscou a parceria da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e do Banco de Alimentos de Brasília, que é reconhecido por ser um programa de credibilidade que atua de forma transparente e em busca da segurança alimentar, evitando-se o desperdício de alimentos e ajudando a população em vulnerabilidade.
Presidente da Ceasa, Onélio Teles comentou como as parcerias são importantes nesse momento. “O governador Ibaneis Rocha tem buscado soluções diárias no enfrentamento à pandemia. E atitudes solidárias de entes privados somam forças com o governo e contribuem para o fortalecimento do ser humano e da nação como um todo”, afirmou.

* Com informações da Ceasa-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA

DER atua no combate ao Aedes aegypti nas faixas de domínio




Ações de fiscalização objetivam a identificação e eliminação de focos do mosquito nas margens das rodovias

Envolvido em mais uma ação de combate às doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) participa, deste fevereiro deste ano, de ações que visam acabar com os focos do inseto nas faixas de domínio (marginais) das rodovias distritais. O trabalho é realizado pela Gerência de Regularização e Fiscalização de Faixa de Domínio.
A equipe trabalha em parceria com a Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das ações de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes Aegypti (SDCC) da Secretaria de Saúde do DF, com o objetivo de identificar e eliminar possíveis focos da doença concentrados em poças de águas e lixos nas marginais das vias do DF.
Ação
Somente nos dias 3 e 4 deste mês, uma equipe com 11 fiscais de faixa de domínio percorreram as margens do Guará,  Arniqueira, Vicente Pires, Varjão, Itapoã, Samambaia,  Riacho Fundo,  Riacho Fundo II, Núcleo Bandeirante e  Candangolândia.
Para o gerente de Regularização e Fiscalização de Faixas de Domínio, Alcivânio Soares, o trabalho pelo fim dos focos do mosquito da dengue é mais uma demonstração do quanto o GDF está atento à saúde da população. “Nós estamos ajudando a salvar vidas, juntamente com os outros órgãos do governo envolvidos nesse trabalho. Precisamos entender que aquele lugar ermo em que se joga entulho pode ser criadouros do mosquito”, explicou.
Hoje e amanhã (09) as ações acontecem nas cidades de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal, Planaltina, Águas Claras, Areal, Brazlândia, Estrutural, Granja do Torto e Vila Planalto.
Limpeza das paradas de ônibus
O DER/DF iniciou em março, através da Superintendência de Operações, a remoção de entulho e limpeza dos abrigos nas rodovias. Os profissionais  têm feito a limpeza nos arredores e nas paradas de ônibus em vias administradas pelo departamento. Os tetos dos abrigos de ônibus têm sido limpos e desentupidos, e os entulhos removidos, tudo para que não sobre qualquer possível foco transmissor da doença. A ação aconteceu em diversas rodovias e concluiu a limpeza de aproximadamente 263 pontos de ônibus.
Equipes de Emergência
 Mesmo com o decreto para distanciamento social por conta da Covid-19, o DER realiza ações essenciais
“A dengue neste período do ano é muito preocupante e não podemos baixar a guarda contra o mosquito porque estamos enfrentando uma pandemia. Por isso permanecemos alertas e ativos, para que não enfrentemos dois casos de doenças no DF ao mesmo tempo ao invés de um só”, alertou o superintendente de operações, Murilo de Melo Santos. As ações devem continuar até o mês de junho.
*Com informações do DER

AGÊNCIA BRASÍLIA

Hran só recebe pacientes de Covid-19




Hospital é referência no tratamento de coronavírus e está ampliando leitos de UTI

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência no tratamento de pacientes de coronavírus. Por conta disso, foi esvaziado e, atualmente, está recebendo somente pacientes com Covid-19, sejam adultos ou crianças.
Atualmente, encontram-se na ala dos queimados cinco pacientes e na ala dos cuidados paliativos, 20. Até a manhã desta quarta (8), havia 41 pacientes internados no Hran com suspeita de coronavírus, aguardando o resultado da testagem para Covid-19. Esses pacientes encontram-se na enfermaria e no box da emergência.
“Apenas a ala dos pacientes queimados e dos pacientes de cuidados paliativos continuam no Hran, pois os outros hospitais da rede não possuem estrutura para receber essas especialidades. Porém, essas duas alas estão isoladas e com fluxo restrito”, explica o secretário adjunto de Assistência, Ricardo Tavares, em coletiva de imprensa realizada no Hran, na manhã desta quarta-feira (8).
Dos dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, sete estão ocupados com pacientes acometidos pela Covid-19. “Todos os leitos de UTI destinados ao tratamento de coronavírus estão sendo regulados pelo Complexo Regulador de Saúde. Além disso, todas as tomografias no Hran são para pacientes de coronavírus, já que a doença não é identificada em um exame simples de raio-X”, observa o secretário adjunto.
Hoje, são 73 leitos de UTI em pleno funcionamento, somente nos hospitais da rede. Sendo 40 no Hospital Regional da Santa Maria, dez no Hran, dez no Hospital da Criança de Brasília (HCB), oito no Instituto Hospital de Base (HB) e cinco no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A Secretaria de Saúde tem trabalhado para ampliar o número de leitos e aumentar a capacidade de atendimento.
Ampliação
A fim de se preparar melhor para receber os pacientes com coronavírus, está sendo feita a ampliação de leitos de UTIs adulto em parte da ala de Pediatria. Serão instalados 15 novos leitos no local. Além disso, há mais de 200 leitos de enfermaria no Hran.
“A ampliação de leitos de UTI é uma das obras mais importantes, principalmente neste momento de pandemia, porque os pacientes com coronavírus demandam um tempo bem maior de internação”, afirma o diretor do Hran, Ulysses Castro.
Distribuição
Para esvaziar a emergência do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), os pacientes que não se enquadrem em casos suspeitos de coronavírus devem procurar os hospitais que atendem sua Região de Saúde. As especialidades de Pediatria e Clínica Médica serão distribuídas em todos os hospitais da rede, exceto o Hospital de Base, que é referência em trauma.
“Emergência para Covid continua sendo no Hran. A porta de emergência de pediatria geral foi para o Hmib. A gineco-obstetrícia foi distribuída pela rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Pacientes da Região Centro-Sul irão para o Hmib. Região Central, obstetrícia no HUB. Politrauma ficou no Hospital de Base e a parte ambulatorial para as policlínicas da Região Central”, explica Ricardo Tavares.
HUB
O hospital funciona como retaguarda do Hran. O HUB está realizando partos e atendimentos de emergência em obstetrícia para as gestantes dos seguintes locais: Asa Norte, Lago Norte, Noroeste, Varjão e Granja do Torto, locais atendidos até então pelo Hran, além das moradoras de Águas Lindas, conforme Portaria nº 1.321 de 18/12/2018.
O serviço de hemodiálise do HUB criou 20 novas vagas para dar suporte aos pacientes internados no Hran e àqueles em tratamento nas unidades de terapia intensiva de outros hospitais da rede pública que precisam desse procedimento e apresentam condições clínicas de alta, sem necessidade de manutenção do cuidado crítico.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA

Cibele Amaral: a capital é uma tela de cinema



Os amigos dessa atriz e psicóloga são, basicamente, colegas de profissão. Hoje, ela se considera “do Plano”, por causa da vida vivida na 416 Sul e na 102 Sul, por exemplo

13dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
Foto: Arquivo pessoal
Cibele mora em Brasília há 13 anos. Dois anos depois. em 2009, nasceu seu filho Erik, um garoto cheio de energia, conta. Foto: Arquivo pessoal
“Meu nome é Cibele Amaral. Nasci em Brasília. Meus pais vieram para a cidade em busca de oportunidades. Minha mãe não conseguia ter filhos, mas em Brasília ela conseguiu realizar esse sonho e teve o meu irmão, Herbert, e depois eu.
Morei em Brasília até os 19 anos e depois parti em busca de aventuras! Morei na Itália, morei no Rio de Janeiro, voltei pra cá, voltei pra Itália, passei uns 10 anos pra lá e pra cá. Depois, conheci o Patrick, meu marido. Ele é metade brasileiro e metade holandês, também morou fora muito tempo, mas nos conhecemos aqui em Brasília.
Em 2009 nasceu nosso lindo filho Erik. Um garoto alegre, cheio de energia! Já tem 13 anos que estou morando em Brasília. Moramos numa chácara no Córrego do Urubu. Tem cachoeiras, trilhas ecológicas, fauna e flora ricas.
O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.
Aqui na cidade eu comecei, muito cedo, a fazer teatro. Tinha 12 anos e já me apresentava nos palcos brasilienses. Com 15 anos fiz o primeiro espetáculo profissional.
Na Itália, comecei a fazer cinema como atriz e quando voltei pra cá continuei atuando nas produções brasilienses. Tempos heroicos de muita coragem e determinação, pois se filmava em película e era tudo caro e difícil. Em 1998, comecei a aventura atrás das telas, fiz cursos e comecei a escrever e depois dirigir para cinema.
Os meus amigos aqui são basicamente meus colegas de profissão. Faço parte de associações de audiovisual, participo dos eventos.
Não acho que Brasília ajude muito minha carreira, pelo contrário. Brasília tem uma característica xenófila que precisa mudar. Os brasilienses amam o que vem do eixo Rio/São Paulo. Até mesmo os artistas consagrados daqui precisaram primeiro ser validados pelo eixo. Ficar em Brasília é uma decisão complexa. Na última década, os artistas locais se uniram para mudar esse cenário e conseguimos conquistar recursos para nossas produções. Isso sim, ajuda!
Também me formei em Psicologia aqui em Brasília e é uma segunda carreira que tento conciliar com a de cineasta. Surgiram novos amigos entre os colegas e professores. Não nos encontramos muito, mas nos vemos nas redes sociais.
Meus irmãos Herbert e Rubens moram aqui e minhas lindas sobrinhas Ana Clara e Isabela, também. Amo nossos encontros!
O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.
Me considero do Plano, mas na infância morei em Sobradinho e no Guará. Não tenho muitas lembranças, porém. Minhas lembranças maiores são da 416 Sul, da 102 Sul, do Park Way e, agora, do Córrego do Urubu, que fica no Lago Norte.
Cibele Amaral, 48 anos, cineasta e psicóloga, mora no Córrego do Urubu (Lago Norte)

AGÊNCIA BRASÍLIA*

O futuro do modelo de negócio do cinema




Cine Brasília ouve mercado e academia sobre o fortalecimento das plataformas de streaming que abrem novas possibilidades para as produções locais. E apresenta sugestões de filmes nacionais que podem ser vistos gratuitamente na internet

Para onde vai o cinema? Essa pergunta, que foi intensa quando a TV se popularizou e, mais recente, com os adventos do VHS, CD e Internet (para ficar em alguns avanços tecnológicos), volta com força agora com o fechamento de salas de exibição e a multiplicação das plataformas digitais em razão do isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
Com essa indagação em perspectiva, o Cine Brasília, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), ouviu gente de cinema – da academia e do mercado – para pensar o que o futuro reserva à mídia que é a um só tempo entretenimento e arte. Em razão dos depoimentos que apontam a centralidade do streaming como modelo de negócio, a Secec preparou uma lista de links com filmes brasileiros recentes para o público assistir gratuitamente, recomendando alguns títulos.
“É uma grande oportunidade para realizadores mostrarem os seus filmes ao mundo todo a partir das redes sociais, com baixo investimento”, acredita o roteirista e diretor Marcus Ligocki Júnior (“Uma loucura de mulher”, 2016). Ele aponta a forte tendência do modelo VoD (Video on Demand): “Isso já estava esboçado há cinco ou seis anos nas principais consultorias mundiais sobre o assunto, e a pandemia só veio acelerar o processo”.
Ligocki, um dos curadores do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) em 2019, lembra que as janelas cada vez mais apertadas de exibições cinematográficas no mundo todo, que tornam difícil a permanência de filmes que não tenham massivo investimento em publicidade, obrigaram as gigantes de conteúdo audiovisual a procurar alternativas.
“É o futuro”, faz coro com Ligocki a colega de curadoria no FBCB de 2019, Anna Karina de Carvalho, hoje à frente do BIFF (Brasilia International Film Festival), que vai experimentar uma versão totalmente digital este ano em razão do coronavírus.
Conhecedora dos grandes festivais internacionais, ela lembra que a Netflix começou a balançar as estruturas do mercado tradicional com “Roma” (Alfonso Cuarón, 2018), que fez história como o primeiro filme da gigante do streaming a vencer o Festival de Veneza (2018) e levar a estatueta como então melhor filme estrangeiro no Oscar (2019).
“Claro que quem fez um filme de alto orçamento não quer ver sua obra sendo lançada nas plataformas digitais como primeira janela. É uma situação que coloca os realizadores em oposição ao mercado”, explica Anna Karina.
Pablo Gonçalo, professor da faculdade de comunicação da Universidade de Brasília, crítico de cinema e curador, coloca o coronavírus como mero coadjuvante de um movimento que já estava nos trilhos, a “cinefilia 2.0”. Trata-se de uma maneira de fruir a experiência cinematográfica que combina o que oferecem as plataformas online com o que conhecemos nas tradicionais salas de cinema, que surgiram nos anos 1910.
Ele relativiza o streaming como novidade, lembrando que esse modelo de negócio foi o que decretou o fim das videolocadoras há uma década. Aponta como grande avanço os festivais online – cita o BIFF como exemplo disso na capital federal –, e a possibilidade dada pela tecnologia hoje de se acompanhar “lives” no Instagram com personalidades como Jean-Luc Godard.
Pablo acredita que a discussão sobre a fronteira entre arte e indústria cultural ganha segundo plano, pois há séries na TV fechada de altíssimo apuro estético e qualidade de narrativa cinematográfica, e destaca que, ao contrário da lógica da Indústria Cultural, produções locais ganham espaço no streaming em razão das demandas descobertas pela “big data”, que sabe das preferências de audiências locais e investe em coprodução.
O docente acha que o momento é muito oportuno para que uma audiência em quarentena descubra nichos de mercado, inclusive acervos gratuitos. Nesse sentido, o gerente e programador do Cine Brasília, Rodrigo Torres, recomenda o “Porta Curtas” (portacurtas.org.br), uma plataforma com mais de 1.355 filmes para assistir na íntegra e gratuitamente.
Sala escura
A professora de cinema da Faculdade de Comunicação da UnB, Mariana Souto, aposta que, apesar de tudo, as salas de cinema vão sobreviver à pandemia. “Talvez a frequência diminua, mas ainda é importante para a maioria das pessoas a experiência coletiva, o sair de casa para ver um filme, o cinema como um evento, como um programa social, além da qualidade da exibição em termos de imagem e som, que dificilmente se consegue na TV em casa”.
Lembra que “no cinema, há uma experiência de imersão, a sala é escura, não há interrupções, as pessoas experimentam uma qualidade de imagem e som muito superiores. Em casa, o ambiente não é o mais adequado em termos de luz, não há isolamento sonoro, os ruídos da casa e da rua se misturam ao filme, há interrupções, o telefone toca”.
Ligocki concorda com ela, ainda que aponte para o crescimento da experiência de “watch parties”, em que pessoas combinam simultaneamente um determinado filme em suas casas, ficam logadas sincronicamente ao título escolhido, com a possibilidade de pausar, voltar cenas e fazer comentários numa sala de bate-papos, algo semelhante ao cochichar com a pessoa ao lado na sala escura. “Mas creio que vamos continuar a desfrutar da sala de cinema, que continuará a fazer parte da indústria”, aposta.
Daniel Queiroz, programador e distribuidor de cinema, que em 2018 criou a distribuidora “Embaúba Filmes”, entende que “o cinema tem se mostrado de grande importância para as pessoas que estão confinadas. Penso, contudo, que a experiência estética do cinema é insubstituível. No cinema, pode-se esquecer a vida lá fora. É um momento em que se desliga o celular e se vive apenas o filme, numa experiência coletiva”.
E complementa: “o cinema passará a ser, cada vez mais, um programa especial. Ao mesmo tempo, tenho a esperança de que a experiência de se ver um filme no cinema seja ainda mais valorizada, no momento em que pudermos voltar a ela sem receios”.
Dicas de plataformas
A equipe do Cine Brasília garimpou a internet em busca de plataformas que disponibilizam gratuitamente, nesse momento de pandemia, o acesso a filmes nacionais lançados nos últimos cinco anos. As recomendações podem ser conferidas na lista a seguir:
Inaudito
O documentário conta a história do guitarrista Lanny Gordin. A obra é marcada pela ousadia na experimentação da linguagem cinematográfica, especialmente no que diz respeito a fotografia e montagem. É um filme fundamental para os amantes da música que querem compreender o processo de “eletrização” de artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé, dentre outros.
https://embaubafilmes.com.br/locacao/
usar o código promocional “embauba”.
Mexeu com uma mexeu com todas
Documentário da diretora Sandra Werneck. O filme reúne depoimentos de mulheres que debatem a cultura do estupro na sociedade brasileira contemporânea. Dentre os depoimentos marcantes, está o de Maria da Penha, vítima que deu nome à famosa lei.
https://www.looke.com.br/History/Play?m=155621
Inferninho
A obra revela uma produção cearense contemporânea de alta qualidade. O filme trata de amor e paixão por meio de uma galeria de personagens “queer” convivendo em uma casa de espetáculos. O olhar delicado dos diretores transmite ao espectador um tom de empatia e respeito.
https://embaubafilmes.com.br/locacao/
usar o código promocional “embauba”.
O Caso do Homem Errado
Corajoso documentário da estreante Camila de Moraes. Filme de produção e distribuição independente reconstrói, por meio de depoimentos, um caso emblemático de violência contra a população negra ocorrido em 1987. O episódio foi largamente reportado pela imprensa de Porto Alegre na época e permanece ainda presente na memória da cidade.
https://www.looke.com.br/History/Play?m=154406
O Delírio é a Redenção dos Aflitos
O destaque para o curta-metragem vai para o primeiro filme do pernambucano Felipe Fernandes, que já marcou presença na semana da crítica do Festival de Cannes. A obra retrata o ambiente angustiante de uma família pobre na cidade de Recife, marcada pelos frequentes despejos de moradores em ocupações não regulamentadas.
http://portacurtas.org.br/filme/?name=o_delirio_e_a_redencao_dos_aflitos
Até a Vista
Vale a pena conferir também o conteúdo disponibilizado pela Casa de Cinema Porto Alegre (Cinepoa). Admirável a dedicação do diretor ao formato curto, pouquíssimo explorado por realizadores do calibre de Furtado.  O filme trabalha questões de metalinguagem, um dos temas favoritos do diretor.
Cinepoa – http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/casa-30-anos/fique-na-casa
Até a Vista – https://vimeo.com/243215363
Lista de plataformas de Streaming gratuitas:
Distribuidora Embaúba:
www.embaubafilmes.com.br
Para o acesso gratuito, basta acessar https://embaubafilmes.com.br/locacao/
e usar o código promocional “embauba”.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
DA ; AGÊNCIA BRASÍLIA

Três empresas apresentam estudos para concessão da Rodoviária do Plano Piloto




Após ajustes, Semob promoverá audiência pública para ouvir cidadãos e demais interessados

Das seis empresas autorizadas a elaborar proposta de viabilidade técnica para gerir o complexo da Rodoviária do Plano Piloto, três delas apresentaram os estudos dentro do prazo previsto, 6 de abril de 2020.
São elas:
1- Central Engenharia e Construtora LTDA /Concrepoxi Engenharia LTDA/Construtora Artec S.A./Meta Serviços e Projetos/Reluz Engenharia LTDAME;
2- Companhia de Participações em Concessão/HP Transportes Coletivos LTDA; e
3- Socicam Administração, Projetos e Representações LTDA/GransdPark Informática e Gestão de Estacionamento 145DF LTDA.
Os estudos abrangem propostas para a recuperação estrutural, modernização, manutenção, operação e gestão do terminal rodoviário. Incluem também avaliação jurídica e econômico-financeira que resultarão no modelo para a concessão e critérios para o leilão.
O material apresentado será avaliado por uma comissão técnica da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), que selecionará um dos estudos para dar continuidade ao processo.
De acordo com o edital de Chamada Pública nº 05/2019, os estudos são desenvolvidos a custo zero ao GDF. A empresa vencedora da futura licitação é que deverá ressarcir a autora do projeto que vier a ser escolhido pela Semob.
Próximas fases
Após ajustes, o estudo selecionado será apresentado em audiência pública para futuros usuários, potenciais licitantes e demais interessados.
Depois da audiência o estudo será submetido ao Tribunal de Contas do DF (TCDF). Só depois desta análise será divulgado o edital de licitação.

* Com informações da Semob

DA : AGÊNCIA BRASÍLIA