quarta-feira, 8 de abril de 2020

Cibele Amaral: a capital é uma tela de cinema



Os amigos dessa atriz e psicóloga são, basicamente, colegas de profissão. Hoje, ela se considera “do Plano”, por causa da vida vivida na 416 Sul e na 102 Sul, por exemplo

13dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
Foto: Arquivo pessoal
Cibele mora em Brasília há 13 anos. Dois anos depois. em 2009, nasceu seu filho Erik, um garoto cheio de energia, conta. Foto: Arquivo pessoal
“Meu nome é Cibele Amaral. Nasci em Brasília. Meus pais vieram para a cidade em busca de oportunidades. Minha mãe não conseguia ter filhos, mas em Brasília ela conseguiu realizar esse sonho e teve o meu irmão, Herbert, e depois eu.
Morei em Brasília até os 19 anos e depois parti em busca de aventuras! Morei na Itália, morei no Rio de Janeiro, voltei pra cá, voltei pra Itália, passei uns 10 anos pra lá e pra cá. Depois, conheci o Patrick, meu marido. Ele é metade brasileiro e metade holandês, também morou fora muito tempo, mas nos conhecemos aqui em Brasília.
Em 2009 nasceu nosso lindo filho Erik. Um garoto alegre, cheio de energia! Já tem 13 anos que estou morando em Brasília. Moramos numa chácara no Córrego do Urubu. Tem cachoeiras, trilhas ecológicas, fauna e flora ricas.
O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.
Aqui na cidade eu comecei, muito cedo, a fazer teatro. Tinha 12 anos e já me apresentava nos palcos brasilienses. Com 15 anos fiz o primeiro espetáculo profissional.
Na Itália, comecei a fazer cinema como atriz e quando voltei pra cá continuei atuando nas produções brasilienses. Tempos heroicos de muita coragem e determinação, pois se filmava em película e era tudo caro e difícil. Em 1998, comecei a aventura atrás das telas, fiz cursos e comecei a escrever e depois dirigir para cinema.
Os meus amigos aqui são basicamente meus colegas de profissão. Faço parte de associações de audiovisual, participo dos eventos.
Não acho que Brasília ajude muito minha carreira, pelo contrário. Brasília tem uma característica xenófila que precisa mudar. Os brasilienses amam o que vem do eixo Rio/São Paulo. Até mesmo os artistas consagrados daqui precisaram primeiro ser validados pelo eixo. Ficar em Brasília é uma decisão complexa. Na última década, os artistas locais se uniram para mudar esse cenário e conseguimos conquistar recursos para nossas produções. Isso sim, ajuda!
Também me formei em Psicologia aqui em Brasília e é uma segunda carreira que tento conciliar com a de cineasta. Surgiram novos amigos entre os colegas e professores. Não nos encontramos muito, mas nos vemos nas redes sociais.
Meus irmãos Herbert e Rubens moram aqui e minhas lindas sobrinhas Ana Clara e Isabela, também. Amo nossos encontros!
O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.
Me considero do Plano, mas na infância morei em Sobradinho e no Guará. Não tenho muitas lembranças, porém. Minhas lembranças maiores são da 416 Sul, da 102 Sul, do Park Way e, agora, do Córrego do Urubu, que fica no Lago Norte.
Cibele Amaral, 48 anos, cineasta e psicóloga, mora no Córrego do Urubu (Lago Norte)

AGÊNCIA BRASÍLIA*

O futuro do modelo de negócio do cinema




Cine Brasília ouve mercado e academia sobre o fortalecimento das plataformas de streaming que abrem novas possibilidades para as produções locais. E apresenta sugestões de filmes nacionais que podem ser vistos gratuitamente na internet

Para onde vai o cinema? Essa pergunta, que foi intensa quando a TV se popularizou e, mais recente, com os adventos do VHS, CD e Internet (para ficar em alguns avanços tecnológicos), volta com força agora com o fechamento de salas de exibição e a multiplicação das plataformas digitais em razão do isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
Com essa indagação em perspectiva, o Cine Brasília, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), ouviu gente de cinema – da academia e do mercado – para pensar o que o futuro reserva à mídia que é a um só tempo entretenimento e arte. Em razão dos depoimentos que apontam a centralidade do streaming como modelo de negócio, a Secec preparou uma lista de links com filmes brasileiros recentes para o público assistir gratuitamente, recomendando alguns títulos.
“É uma grande oportunidade para realizadores mostrarem os seus filmes ao mundo todo a partir das redes sociais, com baixo investimento”, acredita o roteirista e diretor Marcus Ligocki Júnior (“Uma loucura de mulher”, 2016). Ele aponta a forte tendência do modelo VoD (Video on Demand): “Isso já estava esboçado há cinco ou seis anos nas principais consultorias mundiais sobre o assunto, e a pandemia só veio acelerar o processo”.
Ligocki, um dos curadores do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) em 2019, lembra que as janelas cada vez mais apertadas de exibições cinematográficas no mundo todo, que tornam difícil a permanência de filmes que não tenham massivo investimento em publicidade, obrigaram as gigantes de conteúdo audiovisual a procurar alternativas.
“É o futuro”, faz coro com Ligocki a colega de curadoria no FBCB de 2019, Anna Karina de Carvalho, hoje à frente do BIFF (Brasilia International Film Festival), que vai experimentar uma versão totalmente digital este ano em razão do coronavírus.
Conhecedora dos grandes festivais internacionais, ela lembra que a Netflix começou a balançar as estruturas do mercado tradicional com “Roma” (Alfonso Cuarón, 2018), que fez história como o primeiro filme da gigante do streaming a vencer o Festival de Veneza (2018) e levar a estatueta como então melhor filme estrangeiro no Oscar (2019).
“Claro que quem fez um filme de alto orçamento não quer ver sua obra sendo lançada nas plataformas digitais como primeira janela. É uma situação que coloca os realizadores em oposição ao mercado”, explica Anna Karina.
Pablo Gonçalo, professor da faculdade de comunicação da Universidade de Brasília, crítico de cinema e curador, coloca o coronavírus como mero coadjuvante de um movimento que já estava nos trilhos, a “cinefilia 2.0”. Trata-se de uma maneira de fruir a experiência cinematográfica que combina o que oferecem as plataformas online com o que conhecemos nas tradicionais salas de cinema, que surgiram nos anos 1910.
Ele relativiza o streaming como novidade, lembrando que esse modelo de negócio foi o que decretou o fim das videolocadoras há uma década. Aponta como grande avanço os festivais online – cita o BIFF como exemplo disso na capital federal –, e a possibilidade dada pela tecnologia hoje de se acompanhar “lives” no Instagram com personalidades como Jean-Luc Godard.
Pablo acredita que a discussão sobre a fronteira entre arte e indústria cultural ganha segundo plano, pois há séries na TV fechada de altíssimo apuro estético e qualidade de narrativa cinematográfica, e destaca que, ao contrário da lógica da Indústria Cultural, produções locais ganham espaço no streaming em razão das demandas descobertas pela “big data”, que sabe das preferências de audiências locais e investe em coprodução.
O docente acha que o momento é muito oportuno para que uma audiência em quarentena descubra nichos de mercado, inclusive acervos gratuitos. Nesse sentido, o gerente e programador do Cine Brasília, Rodrigo Torres, recomenda o “Porta Curtas” (portacurtas.org.br), uma plataforma com mais de 1.355 filmes para assistir na íntegra e gratuitamente.
Sala escura
A professora de cinema da Faculdade de Comunicação da UnB, Mariana Souto, aposta que, apesar de tudo, as salas de cinema vão sobreviver à pandemia. “Talvez a frequência diminua, mas ainda é importante para a maioria das pessoas a experiência coletiva, o sair de casa para ver um filme, o cinema como um evento, como um programa social, além da qualidade da exibição em termos de imagem e som, que dificilmente se consegue na TV em casa”.
Lembra que “no cinema, há uma experiência de imersão, a sala é escura, não há interrupções, as pessoas experimentam uma qualidade de imagem e som muito superiores. Em casa, o ambiente não é o mais adequado em termos de luz, não há isolamento sonoro, os ruídos da casa e da rua se misturam ao filme, há interrupções, o telefone toca”.
Ligocki concorda com ela, ainda que aponte para o crescimento da experiência de “watch parties”, em que pessoas combinam simultaneamente um determinado filme em suas casas, ficam logadas sincronicamente ao título escolhido, com a possibilidade de pausar, voltar cenas e fazer comentários numa sala de bate-papos, algo semelhante ao cochichar com a pessoa ao lado na sala escura. “Mas creio que vamos continuar a desfrutar da sala de cinema, que continuará a fazer parte da indústria”, aposta.
Daniel Queiroz, programador e distribuidor de cinema, que em 2018 criou a distribuidora “Embaúba Filmes”, entende que “o cinema tem se mostrado de grande importância para as pessoas que estão confinadas. Penso, contudo, que a experiência estética do cinema é insubstituível. No cinema, pode-se esquecer a vida lá fora. É um momento em que se desliga o celular e se vive apenas o filme, numa experiência coletiva”.
E complementa: “o cinema passará a ser, cada vez mais, um programa especial. Ao mesmo tempo, tenho a esperança de que a experiência de se ver um filme no cinema seja ainda mais valorizada, no momento em que pudermos voltar a ela sem receios”.
Dicas de plataformas
A equipe do Cine Brasília garimpou a internet em busca de plataformas que disponibilizam gratuitamente, nesse momento de pandemia, o acesso a filmes nacionais lançados nos últimos cinco anos. As recomendações podem ser conferidas na lista a seguir:
Inaudito
O documentário conta a história do guitarrista Lanny Gordin. A obra é marcada pela ousadia na experimentação da linguagem cinematográfica, especialmente no que diz respeito a fotografia e montagem. É um filme fundamental para os amantes da música que querem compreender o processo de “eletrização” de artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé, dentre outros.
https://embaubafilmes.com.br/locacao/
usar o código promocional “embauba”.
Mexeu com uma mexeu com todas
Documentário da diretora Sandra Werneck. O filme reúne depoimentos de mulheres que debatem a cultura do estupro na sociedade brasileira contemporânea. Dentre os depoimentos marcantes, está o de Maria da Penha, vítima que deu nome à famosa lei.
https://www.looke.com.br/History/Play?m=155621
Inferninho
A obra revela uma produção cearense contemporânea de alta qualidade. O filme trata de amor e paixão por meio de uma galeria de personagens “queer” convivendo em uma casa de espetáculos. O olhar delicado dos diretores transmite ao espectador um tom de empatia e respeito.
https://embaubafilmes.com.br/locacao/
usar o código promocional “embauba”.
O Caso do Homem Errado
Corajoso documentário da estreante Camila de Moraes. Filme de produção e distribuição independente reconstrói, por meio de depoimentos, um caso emblemático de violência contra a população negra ocorrido em 1987. O episódio foi largamente reportado pela imprensa de Porto Alegre na época e permanece ainda presente na memória da cidade.
https://www.looke.com.br/History/Play?m=154406
O Delírio é a Redenção dos Aflitos
O destaque para o curta-metragem vai para o primeiro filme do pernambucano Felipe Fernandes, que já marcou presença na semana da crítica do Festival de Cannes. A obra retrata o ambiente angustiante de uma família pobre na cidade de Recife, marcada pelos frequentes despejos de moradores em ocupações não regulamentadas.
http://portacurtas.org.br/filme/?name=o_delirio_e_a_redencao_dos_aflitos
Até a Vista
Vale a pena conferir também o conteúdo disponibilizado pela Casa de Cinema Porto Alegre (Cinepoa). Admirável a dedicação do diretor ao formato curto, pouquíssimo explorado por realizadores do calibre de Furtado.  O filme trabalha questões de metalinguagem, um dos temas favoritos do diretor.
Cinepoa – http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/casa-30-anos/fique-na-casa
Até a Vista – https://vimeo.com/243215363
Lista de plataformas de Streaming gratuitas:
Distribuidora Embaúba:
www.embaubafilmes.com.br
Para o acesso gratuito, basta acessar https://embaubafilmes.com.br/locacao/
e usar o código promocional “embauba”.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
DA ; AGÊNCIA BRASÍLIA

Três empresas apresentam estudos para concessão da Rodoviária do Plano Piloto




Após ajustes, Semob promoverá audiência pública para ouvir cidadãos e demais interessados

Das seis empresas autorizadas a elaborar proposta de viabilidade técnica para gerir o complexo da Rodoviária do Plano Piloto, três delas apresentaram os estudos dentro do prazo previsto, 6 de abril de 2020.
São elas:
1- Central Engenharia e Construtora LTDA /Concrepoxi Engenharia LTDA/Construtora Artec S.A./Meta Serviços e Projetos/Reluz Engenharia LTDAME;
2- Companhia de Participações em Concessão/HP Transportes Coletivos LTDA; e
3- Socicam Administração, Projetos e Representações LTDA/GransdPark Informática e Gestão de Estacionamento 145DF LTDA.
Os estudos abrangem propostas para a recuperação estrutural, modernização, manutenção, operação e gestão do terminal rodoviário. Incluem também avaliação jurídica e econômico-financeira que resultarão no modelo para a concessão e critérios para o leilão.
O material apresentado será avaliado por uma comissão técnica da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), que selecionará um dos estudos para dar continuidade ao processo.
De acordo com o edital de Chamada Pública nº 05/2019, os estudos são desenvolvidos a custo zero ao GDF. A empresa vencedora da futura licitação é que deverá ressarcir a autora do projeto que vier a ser escolhido pela Semob.
Próximas fases
Após ajustes, o estudo selecionado será apresentado em audiência pública para futuros usuários, potenciais licitantes e demais interessados.
Depois da audiência o estudo será submetido ao Tribunal de Contas do DF (TCDF). Só depois desta análise será divulgado o edital de licitação.

* Com informações da Semob

DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Ônibus circulam com escala de domingo na sexta-feira santa


Ônibus circulam com escala de domingo na sexta-feira santa ...


No sábado os ônibus seguem a tabela horária normal

Na próxima sexta-feira (10), feriado da Paixão de Cristo, os ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPC/DF) deverão circular de acordo com a tabela horária de domingo. A decisão da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) já foi comunicada aos operadores do sistema.
A tabela horária de domingo costuma ser adotada em todos os feriados nacionais, quando a demanda por transporte público na capital é bastante reduzida. Na sexta-feira santa, no entanto, a Semob sempre adotou escala especial, sobretudo devido às cerimônias religiosas, em especial do Morro da Capelinha, em Planaltina/DF, onde ocorrem encenações da Paixão e Morte de Cristo, com presença de milhares de fiéis.
Como a Via Sacra foi cancelada este ano, como medida de prevenção devido à pandemia de coronavírus, a Secretaria adotou a escala de domingo para a circulação de ônibus no Distrito Federal.
A Semob definiu, ainda, que no sábado (11) os ônibus deverão seguir a tabela normal que é costumeiramente utilizada aos sábados.
* Com informação da Semob
DA ; AGÊNCIA BRASÍLIA

Campanha da Secretaria de Justiça ensina a produzir máscaras caseira




Elas podem ser feitas tendo como material o TNT ou tecidos como cambraia de algodão, popeline e tricoline. Veja o vídeo e aprenda como fazer

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Uma campanha em prol do cidadão. Esse é o espírito do projeto, “Máscaras Solidárias”, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), iniciativa que pretende não só conscientizar a população do Distrito Federal a como usar esse utensílio tão urgente e necessário em tempos de Covid-19, mas também confeccionar o produto em tecido, já que o TNT está difícil de ser encontrado.
Diante de tal urgência, a própria secretária da pasta, Marcela Passamani, colocou a mão na massa, ou melhor, na máquina de costura, e mostrou como produzir um desses protetores caseiros na Fábrica Social. Esse passo a passo já está disponível na escola virtual http://escola.sejus.df.gov.br. Acesse e aprenda a fazer esse item de proteção eficiente e de baixo custo.
“O governo está estimulando o uso das máscaras em tecido, já que agora não temos mais disponíveis o TNT tão facilmente no mercado. A ideia é que todos nós possamos confeccionar o material e para atender essa demanda”, destaca a secretária. “É um momento de solidariedade, que todos possam trabalhar e se cuidar”, comenta a titular da pasta, mostrando desenvoltura e habilidade diante da missão.
Simples, mas com um toque de sofisticação, as máscaras solidárias caseiras podem ser feitas tendo como material o TNT ou tecidos como cambraia de algodão, popeline e tricoline. Na confecção são usados dois pedaços de pano de 20 cm, ferro de passar roupa, alfinetes e elásticos. Elas funcionam, assim como as descartáveis, como uma barreira física para impedir a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, contribuindo para a diminuição de casos.
De acordo com a secretária de Justiça e Cidadania, a ideia é que os cidadãos se unam com o governo, que já ampliou a produção de máscaras descartáveis, com a confecção de 30 mil unidades semanais pelos internos da Penitenciária do Distrito Federal, que atuam em uma das oficinas de ressocialização promovidas pela Sejus.
“Trata-se de uma ação complementar em prol da nossa cidade, é um momento de união, de movimentar uma corrente em que um vai ajudando o outro”, incentiva a secretária Marcela Passamani.
* Com informações da Sejus

DA AGÊNCIA BRASÍLIA