segunda-feira, 6 de abril de 2020

Mandetta diz que fica no cargo e pede 'paz' para continuar trabalho




Ele disse que a reunião com o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros trouxe mais "união" ao governo.

Mandetta diz que fica no cargo e pede 'paz' para continuar trabalho
Notícias ao Minuto Brasil
06/04/20 21:00 ‧ HÁ 9 MINS POR ESTADAO CONTEUDO
POLÍTICA MANDETTA
Oministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que continuará à frente da pasta, mas pediu "paz" para continuar a trabalhar. Em coletivas realizada a pouco com jornalistas, transmitida ao vivo em redes sociais, Mandetta reclamou de críticas que trazem dificuldade ao ambiente da sua equipe, mas disse que a reunião desta segunda-feira, 6, com o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros trouxe mais "união" ao governo. "Começamos a semana com mais um solavanco, esperamos que possamos seguir em paz", disse.
 
Mandetta afirmou que muitas vezes o trabalho da pasta sofre interferências de forma "constante". "Temos dificuldade quando, em determinadas situações, por determinadas impressões, críticas não vêm para construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho", disse o ministro. "E isso vem uma constante, o Ministério da Saúde adotar determinada linha, situação e termos que voltar, fazermos determinados contrapontos para poder reorganizar a equipe", declarou.
Mandetta afirmou, ainda, que esta segunda-feira foi pouco produtiva no Ministério da Saúde por causa dos boatos de que poderia ser demitido. Ele sinalizou que, caso isso acontecesse, toda a equipe também pediria para sair. Mandetta falou ao lado de todos os secretários e com a presença de outros membros da equipe, que o aplaudiram ao chegar.
"Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho do ministério. Muitos não sabiam o que ia acontecer, chegaram a limpar as gavetas, até a minha gaveta", declarou.
Mandetta reforçou que o seu trabalho é "técnico", baseado na ciência, e que ele atua como "porta-voz do trabalho" da equipe. "O que faço é dar alguns pequenos palpites às medidas", afirmou.
Ele voltou a afirmar que não vai abandonar o paciente (Brasil), e que fica enquanto o presidente Jair Bolsonaro achar que ele é necessário. Disse ainda que, mesmo que deixe o Ministério, estará disposto a ajudar o país e a próxima equipe.
política ao minuto 

Atualização Secretaria de Estado de Comunicação - Covid-19 - Domingo 05/04/2020



05/04/2020 21h59 - Atualizada hoje 09h36
Por Governo do Pará (SECOM)
Casos Confirmados: 86
Casos Descartados: 1.042
Casos em Análise: 133
Óbitos: 01
- Atualização feita às 21h30.
Descrição dos casos confirmados:
Quatro casos foram confirmados neste domingo (5)
- Homem, 39 anos, de Belém. 
- Homem, 62 anos, de Belém. 
- Homem, 42 anos, de Belém. 
- Homem, 51 anos, de Belém.  
Agora são 86 casos confirmados no Pará.
Hospitais de Campanha: O governador Helder Barbalho e o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Alberto Beltrame, inspecionaram neste domingo (5), a montagem das estruturas do Hospital de Campanha no Hangar – Centro de Convenções, em Belém. A unidade é uma das quatro que estão sendo erguidas para servir de retaguarda nos casos leves e moderados de Covid-19. Os outros hospitais estão sendo construídos em Marabá, Santarém e Breves. Ao todo, 720 leitos serão instalados nesses locais.
Equipamentos: O Governo do Pará recebeu do Ministério da Saúde equipamentos, que vieram direto do Rio de Janeiro, para o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA). Eles permitirão agilizar os exames de diagnósticos da Covid-19 em até 200 exames por dia. O Laboratório aguarda a chegada de técnicos habilitados pela Fundação Manguinhos para iniciar a montagem dos equipamentos. O Lacen-PA será o primeiro Lacen do Brasil a ter este tipo de equipamento disponível.
Mapeamento Segup: A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) divulgou, neste final de semana, dados referentes à taxa de distanciamento social da população paraense. Por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), que computa as informações através do software, mais de 50% da população concentrada na Região Metropolitana de Belém mantém o distanciamento social em combate ao novo coronavírus.
Distribuição de Cestas: Neste fim de semana, 250 cestas básicas começaram a ser distribuídas para abrigos e casas de acolhimento em Belém, Marituba, Benevides e em Mosqueiro. Os alimentos foram doados pela sociedade e por empresas que se solidarizaram com a mobilização de combate ao Covid-19. O principal objetivo desta ação é garantir comida na mesa das pessoas, para que elas continuem em casa. Quem quiser doar basta entrar em contato através do Disk Mangueirão: (91) 98441-7357.
Alimentação Escolar: A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou edital para contratação de empresa especializada em gestão do cartão alimentação escolar para atendimento das necessidades dos alunos durante a suspensão das aulas da rede pública estadual de ensino, devido ao distanciamento social imposto pela pandemia do coronavírus, conforme o decreto nº 609/20 no âmbito estadual. O objetivo é disponibilizar o cartão (em cartão magnético ou voucher impresso) para que os próprios responsáveis dos alunos façam a aquisição nos estabelecimentos comerciais dos municípios, aquecendo a economia e facilitando a logística de distribuição.
agência pará 

Sespa orienta sobre alimentação saudável em tempos de pandemia



População deve procurar fontes científicas e oficiais antes de consumir alimentos e suplementos que, supostamente, podem contribuir para a prevenção contra a Covid-19

06/04/2020 10h47 - Atualizada hoje 12h08
Por Roberta Vilanova (SESPA)
A atual crise de saúde pede, mais do que nunca, uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e outros nutrientes importantesFoto: Ascom Sespa / Martin Vorel - PixabayA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Nutrição, enfatiza o alerta contido no “Guia Alimentar para a População Brasileira” e destacado pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) de que “há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis”. Portanto, é fundamental que a população procure fontes científicas e oficiais antes de consumir alimentos e suplementos que, supostamente, podem contribuir para a prevenção contra o novo coronavírus.
Segundo a nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição, Rahilda Tuma, o vírus, causador da doença Covid-19 colocou em estado de atenção a população brasileira, que agora busca orientações sobre como se prevenir e se comportar. “Nesse sentido, também é motivo de preocupação as informações que circulam nas redes sociais (cards, áudios e vídeos) com orientações sobre supostas terapias milagrosas no campo da nutrição”, alertou a coordenadora.
Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de NutriçãoFoto: Ascom Sespa / José PantojaConforme Rahilda Tuma, a população tem que ter muito cuidado com a divulgação que incentiva o consumo de alimentos, superalimentos, shots, sucos e até soroterapias por infusão endovenosa de nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, antioxidantes e outros nutrientes e compostos), apontados como capazes de prevenir ou combater o coronavírus por meio do fortalecimento do sistema imunológico.
“O CFN informa que não existem protocolos técnicos nem evidências científicas que sustentem alegações milagrosas” - Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição.
Ela afirmou que a alimentação saudável depende de uma diversidade alimentar, não de supostos superalimentos isolados, e deve ser adequada a cada indivíduo conforme assistência prestada pelo nutricionista. “Entretanto, em tempos de isolamento em que a recomendação máxima é “ficar em casa” e as consultas presenciais foram adiadas, é muito importante a consciência e a responsabilidade de cada um em adotar as medidas preventivas para si e para todos os membros da família”, orientou Rahilda Tuma.
A coordenadora estadual de Nutrição lembrou, ainda, que o Brasil enfrenta um significativo aumento do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, sendo um fator de risco para várias doenças como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, doenças crônicas que colocam as pessoas em grupo de altíssimo risco quando se trata da Covid-19.
Então, conforme Rahilda Tuma, com o objetivo de ajudar e orientar a população neste momento foi que a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) lançou um Guia para uma Alimentação Saudável em tempos de Covid-19, levando a população a refletir sobre a pandemia de coronavírus que está afetando todos os aspectos da vida, incluindo a alimentação”. 
“Uma alimentação saudável é primordial para manter a saúde e é especialmente importante para conservar o sistema imunológico em ótimas condições. Por isso, não devemos nos esquecer de um nutriente essencial, neste momento, a vitamina D, que é gratuita e pode ser obtida em um saudável banho de sol, nas primeiras horas do dia” - Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição.
Rahilda Tuma disse que muitas vezes escuta as pessoas afirmarem que não têm tempo para preparar uma refeição e, por isso, utilizam os meios mais rápidos, os chamados fast foods. “Agora que o tempo nos oferece uma pausa, sem trânsito, sem escolas, sem igreja, sem parques, sem lojas, sem bares, sem restaurantes e sem lanchonetes, podemos refletir sobre como podemos aproveitar esse tempo para nos alimentar de forma mais saudável”, argumentou a nutricionista, apresentando diversas dicas, que seguem abaixo, para que a população possa se alimentar de forma mais saudável neste momento de pandemia:
CUIDADOS AO IR ÀS COMPRAS
  • Diminua a ida aos centros de abastecimento durante a pandemia. Em caso de extrema necessidade, faça uma lista de compras e use-a. Você pode esquecer itens importantes ou comprá-los por impulso;
  • Faça compras em horários alternativos ou, se tiver acesso, utilize o sistema online. Você economizará tempo e manterá a distância social;
  • Compre com antecedência, pois muitas lojas precisam de um ou dois dias desde o pedido até a entrega;
  • Considere alternativas de baixo custo e faça o consumo de alimentos de forma integral, aproveitando melhor as aparas, os talos, sementes, etc;
  • Tente eliminar as compras de alimentos industrializados, como batatas fritas, refrigerantes, biscoitos e sorvetes. Eles são ricos em calorias vazias, não contêm os nutrientes que você precisa e ainda aumentam a sua conta;
  • Evite comprar refeições prontas industrializadas, a maioria delas é rica em sódio, gordura trans e calorias.
HIGIENIZAÇÃO DOS ALIMENTOS
  • Lave-as ou troque as embalagens que vem do supermercado, da quitanda ou da feira, por outras adequadas e limpas;
  • Antes de colocar os produtos nos armários, despensas ou geladeira, lave as embalagens com água e sabão e borrife álcool 70% ou solução clorada.
  • Retire frutas, verduras e legumes das embalagens dos centros de abastecimento e armazene em fruteiras;
  • Armazene em potes ou sacos próprios para refrigeração. Antes de consumir frutas, verduras e legumes crus, lave em água corrente e com hipoclorito de sódio. Ele deve ser usado sempre diluído (veja na embalagem do produto a diluição adequada);
  • A higienização é fundamental e deve ser seguida com cuidado. Não coloque em risco pessoas e objetos desinfectados;
  • No momento de guardar os alimentos, organize de tal maneira que tenha acesso rápido àqueles cujo prazo de validade é mais curto.
Em casa, pais e mães, na medida do possível, devem envolver as crianças no preparo dos alimentosFoto: Ascom Sespa / PixabayPREPARO DAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES
  • Inclua as crianças no planejamento, limpeza e preparo das refeições. Peça a elas para fazerem uma lista do que há na despensa e na geladeira;
  • Utilize a matemática ao medir colheres e xícaras, contar números de ingredientes, fazer um balanço de itens da despensa ou planejar o tempo que levará para preparar, cozinhar e comer.
  • Envolva as crianças em assar pão, cozinhar um ovo ou criar um molho caseiro para salada;
  • Leve em consideração o equilíbrio dos nutrientes, alimentos que sua família tem por preferência, métodos de cozimento e habilidades de preparar os alimentos, valorizando o tempo e a energia que será utilizada para produção das refeições;
  • Às famílias que têm acesso, peçam às crianças que consultem sites de receitas online para encontrar refeições e lanches que utilizam o que está disponível em casa;
  • Cuidado redobrado ao verificar a validade dos produtos;
  • Trabalhar em casa pode não significar que há mais tempo para cozinhar, especialmente se você agora é responsável por ensinar seus filhos e/ou executar suas atividades profissionais remotamente, por isso, você precisa saber algumas dicas para tornar seus hábitos alimentares mais saudáveis:
  • Faça dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação;
  • Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades no preparo das refeições;
  • Diminua o consumo de alimentos processados e evite o consumo de alimentos ultraprocessados;
  • Planeje o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
  • Priorize o aproveitamento integral dos alimentos, utilizando cascas, talos e sementes;
  • Seja crítico quanto a mensagens e dados sobre alimentação em propaganda;
  • Após servir as refeições, os alimentos que estão na panela precisam ser armazenados em potes fechados e guardados na geladeira.
 FONTES CONFIÁVEIS DE INFORMAÇÃO
• Ministério da Saúde. Boletins Epidemiológicos e orientações gerais;
• CFN;
• Asbran
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Piscicultura garante peixe na Semana Santa no Marajó




Somente neste domingo (5), sete toneladas de tambatinga saíram de Gurupá com destino ao município de Breves

06/04/2020 11h56 - Atualizada hoje 12h32
Por Aline Miranda (EMATER)
Pescado vai abastecer população do Marajó na Semana SantaFoto: Ascom / EmaterMesmo com as dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19, não vai faltar peixe na Semana Santa, na região do Marajó. Nesse domingo (5), famílias piscicultoras de Gurupá, atendidas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), embarcaram sete toneladas de tambatinga para a região de Breves.
Além de abastecer a cidade de Gurupá, municípios vizinhos também estão sendo beneficiados. O incentivo mais aprofundado da Emater para a piscicultura começou há cerca de uma década, permitindo, inclusive, que muitas famílias migrassem da extração ilegal de madeira e pudessem mudar de vida.
Sete toneladas de tambatinga foram pescadas em GurupáFoto: Ascom / Emater“Eram pessoas que se sustentavam de serrarias ilegais, viviam no limite. Hoje podemos dizer que a piscicultura é um destaque na agricultura familiar de Gurupá. É uma atividade que envolve desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, diversificação da propriedade, geração de trabalho e renda”, exalta o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro florestal Ted Fonseca.
Os irmãos Onésimo e Onelson de Jesus e os irmãos Alberto e Raimundo Morais, todos moradores da Vila Moju, criam peixe em tanque escavado e aproveitam a lateral das estruturas para cultivo de banana, goiaba, limão, maracujá, para complementar renda.
De acordo com dados da Emater, o lucro com piscicultura em Gurupá tem sido no mínimo de 40% e o faturamento anual de alguns produtores já alcança os R$ 200 mil. Com crédito rural da linha Mais Alimentos, intermediado pela Emater e liberado pelo Banco do Brasil (BB), o futuro é a expansão imediata dos negócios. 
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Sespa e CIIR trabalham na confecção de 2 mil máscaras para os profissionais de saúde




Cerca de 200 itens de proteção facial estão sendo produzidos por dia

06/04/2020 13h48 - Atualizada hoje 16h20
Por Giovanna Abreu (SECOM)
Máscaras serão distribuídas aos profissionais que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírusFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáO Governo do Pará, por meio de parceria da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), iniciou, na última segunda-feira (30), a confecção de máscaras de proteção facial que serão distribuídas aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate ao novo coronavírus no Pará.
Ao todo, o CIIR vai produzir e doar 2 mil máscaras de polipropileno expandido e acetato. “Estamos confeccionando máscaras do modelo face shield, que cobrem o rosto todo e funcionam como complemento à proteção individual obrigatória, que são as máscaras e óculos de proteção, dos profissionais de saúde que estão na assistência direta dos pacientes positivados para o novo coronavírus”, garante a diretora executiva do CIIR, Paola Reyes.
O engenheiro clínico Guilherme Pereira ressalta a dificuldade para a aquisição de alguns equipamentos de proteção individual nesse período de pandemia.
“Esse trabalho é muito importante, porque sabemos a dificuldade de comprar, atualmente, equipamentos de proteção, por isso estamos produzindo as máscaras de forma manual e também na impressora 3D, que são feitas de um material mais rígido e mais durável, que podem ser reutilizadas com a devida higienização” - Guilherme Pereira, engenheiro clínico. 
Itens estão sendo produzidos manualmente, mas também serão confeccionados na impressora 3DFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáAs máscaras são feitas de polipropileno e estão sendo confeccionadas na oficina de produção de próteses do Centro. Cerca de 15 profissionais estão envolvidos no processo, entre servidores da própria oficina, funcionários deslocados de outros setores e alunos voluntários da Empresa Júnior de Engenharia Biomédica da UFPA.
Para o auxiliar administrativo Antônio Lima, que foi deslocado do seu setor para compor a equipe de confecção das máscaras, traz satisfação fazer parte desse processo. “É importante estar participando dessa produção que vai levar mais proteção aos profissionais de saúde. Com esse equipamento, conseguiremos diminuir os riscos de contaminação deles e ajudamos a combater a propagação do vírus”, celebra. 
O educador físico Samuel Pacheco, que também faz parte da equipe de produção, ressalta que o CIIR não poderia ficar de fora do combate à pandemia. “É muito gratificante poder ajudar na confecção das máscaras que vão servir para a prevenção dos profissionais que estão na linha de frente do combate ao vírus”, afirma. 
“A nossa expectativa inicial eram 100 máscaras ao dia, mas conseguimos ultrapassar a meta e estamos produzindo cerca de 200 por dia. E vamos aumentar ainda mais a produção, com as duas frentes de produção: manual e 3D - Paola Reyes, diretora executiva do CIIR.  
Cerca de 15 pessoas estão envolvidas na produção das máscarasFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáCIIR – O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação reúne todos os serviços de assistência em um único lugar. O complexo é dividido em vários espaços de atendimento específicos, destinados aos usuários com deficiência auditiva, física, intelectual, visual e outras. As oficinas de órtese e prótese se destacam entre os serviços, que são prestados por equipes multiprofissionais com aproximadamente 300 colaboradores.
Para receber atendimento, o usuário precisa ser encaminhado das Unidades Básicas de Saúde Municipais, por meio do Sistema de Regulação do Estado. O Centro fica localizado na Rodovia Arthur Bernardes, nº 1.000. Mais informações: (91) 4042-2158.
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Estado reforça estrutura de saúde na Região do Lago do Tucuruí



Serão instaladas cinco novas UTIs e 20 novos leitos para receber pacientes com media e baixa complexidade

06/04/2020 13h51 - Atualizada hoje 16h24
Por Leonardo Nunes (SECOM)
Medida anunciada pelo governador vai modernizar e ampliar o atendimento realizado pelo Hospital Regional de TucuruíFoto: Marco Santos / Ag. ParáO governador Helder Barbalho anunciou, no final da manhã desta segunda-feira (6), que o Estado vai reforçar o sistema de saúde pública na Região de Integração do Lago do Tucuruí. O objetivo é ampliar o trabalho de enfrentamento ao coronavírus e melhorar o atendimento à população. Entre as ações anunciadas, estão obras para modernização e ampliação do atendimento realizado pelo Hospital Regional de Tucuruí.
Com a medida, moradores de sete municípios serão beneficiados, entre eles, Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí, com uma população estimada em aproximadamente 400 mil habitantes.
Serão instaladas cinco novas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 20 novos leitos para receber pacientes com media e baixa complexidade.
“São UTIs específicas para ficar à disposição do combate ao coronavírus. Já os leitos serão colocados em uma estrutura própria e, devidamente, isolada dentro do Hospital Regional. Reforçamos a estrutura e avançamos para proteger e melhor atender a população da região” - governador Helder Barbalho.
Estrategia vai beneficiar cerca de 400 mil habitantes de sete municípios paraensesFoto: Marco Santos / Ag. ParáNa oportunidade, o governador também anunciou contratação da Organização Social (OS) que será responsável pela gestão do Hospital Regional de Tucuruí. Helder Barbalho afirmou que a orientação do Estado é priorizar a manutenção dos atuais funcionários, reforçar o quadro de profissionais nas áreas que serão necessárias com a ampliação dos serviços ofertados, além de instalar novos equipamentos e estruturas.
Helder também explicou que os recursos para modernização do Hospital Regional terão como origem a verba de compensação ambiental prevista no Consórcio dos Municípios Alagados pelo Rio Tocantins (Compart). “Encaminhamos para a Eletronorte um ofício informando que vamos utilizar parte dos recursos destinados para compensação do licenciamento ambiental. A medida foi tomada em comum acordo com as prefeituras da região. Com estes investimentos, o hospital será um dos mais modernos no Estado”, pontuou.
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Coronavírus: grupo produz e distribui EPIs para profissionais da saúde




Santa Casa de Misericórdia do Pará foi um dos hospitais que já recebeu os itens confeccionados

06/04/2020 14h02 - Atualizada hoje 17h43
Por Daniel Leite Júnior (UEPA)
Objetivo é arrecadar doações em dinheiro ou materiais e insumos para compra ou produção dos objetos essenciaisFoto: Grupo SolidariedadeA pandemia do novo coronavírus trouxe diversos alertas e demandas de comportamento social e de práticas de saúde. Um deles é um possível desabastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como máscaras, jalecos e outros itens usados em hospitais e postos pelos profissionais da saúde.
Pensando nisso, a infectologista, dermatologista e professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Marília Brasil, idealizou o Grupo Solidariedade, conjuntamente com docentes da Uepa e da Universidade Federal do Pará (UFPA), além de profissionais de outras categorias. A proposta é arrecadar doações em dinheiro ou materiais e insumos para compra ou produção de EPIs, para serem distribuídos para profissionais de saúde da Grande Belém e de municípios do interior. 
Na última quinta-feira (2), foram distribuídos pelo Grupo Solidariedade diversos materiais, entre eles, caixa de intubação, máscaras, capotes e aventais impermeáveis, para a Santa Casa de Misericórdia do Pará, um dos hospitais de retaguarda no Estado para o atendimento de pacientes de Covid-19, encaminhados via regulação. Entretanto, há outros lugares programados para receber os EPIs antes do futuro pico do coronavírus.
“Sabemos que a Covid-19 vai ter seu pico no final de abril e início de maio. Por causa disso, estamos trabalhando intensamente nessas últimas duas semanas para que possamos ter os Equipamentos de Proteção Individual neste período e, dessa forma, possamos não sofrer com o desabastecimento aqui no Pará, pois lamentavelmente, ninguém no mundo estava preparado para esta pandemia” - Marília Brasil, médica e idealizadora do Grupo Solidariedade.
O projeto já arrecadou, aproximadamente, R$ 20 mil e distribuiu em torno de 100 máscaras do tipo face shields, 200 óculos de proteção, mil capotes, mil máscaras, uma caixa de intubação e 40 aventais impermeáveis, além de outros produtos, como gorros e macacões, alguns deles feitos pelos próprios integrantes do grupo. 
Máscaras do tipo Face ShieldFoto: Grupo SolidariedadeFace Shield – No grupo, a máscara Face Shield está sendo produzida por meio do coordenador do Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta) da Uepa, Jorge Lopes, que desenvolveu a partir de materiais de baixo custo um equipamento de dupla proteção. O objeto evita que o contato de gotículas, salivas e fluídos nasais possa atingir o rosto, o nariz, a boca e os olhos do profissional da saúde que fizer uso.
“Eu atendi ao chamado do Grupo de Solidariedade e prontamente comecei a desenvolver máscaras do tipo Face Shield de baixo custo para profissionais da saúde e também entrei no grupo para desenvolver caixas de proteção para intubação de pacientes. Os EPis são produzidos por meio de materiais diversos como acrílico, acetato, elásticos, polipropileno e PVC para serem disponibilizados de acordo com as normas de higienização” - professor Jorge Lopes, coordenador do Labta.
Pensando em estratégias que pudessem ampliar as possibilidades de produção de EPIs, tanto no âmbito do território paraense quanto em um contexto nacional, Jorge Lopes organizou procedimentos para confecção de Face Shields de baixo custo e compartilhou vídeos em uma rede social (acesse o link aqui), ensinado o público a produzir. O objetivo é que esta ideia seja ampliada e executada por outras pessoas.
“O compartilhamento destas informações já está surtindo efeito, pois uma ex-aluna minha já está desenvolvendo este trabalho em Aracaju e outro ex-aluno já vai iniciar esta ação em Marabá, portanto, isso demonstra a força destas informações no contexto atual desta pandemia, pois outros colegas terapeutas ocupacionais já estão se mobilizando para iniciar esta ação também”, disse o coordenador do Labta.
O egresso do curso de Terapia Ocupacional do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Uepa, Rafael Nunes, que mora atualmente na cidade de Marabá, no sudeste do Pará, é um dos profissionais que foi estimulado a produzir a Face Shield a partir das informações compartilhadas pelo professor Jorge Lopes, com objetivo de fazer a distribuição nos hospitais e postos de saúde da região do Carajás.
“Qualquer Equipamento de Proteção Individual que tenha sido confeccionado com materiais de baixo custo e que promovam a segurança dos profissionais da saúde a ponto destes poderem se empenhar cada vez mais no propósito de cuidar do outro é válido, porque não podemos esperar somente ações e medidas das autoridades, afinal cada um pode fazer sua parte nas diversas áreas de atuação para que, através da união, seja possível colher resultados benéficos a todos no combate ao coronavírus”, ponderou Rafael Nunes.
Grupo – Para as próximas três semanas, o Grupo Solidariedade estipulou uma meta de produção que compõe a confecção de 50 caixas de proteção para intubação, além de produzir por semana 2 mil aventais, 2 mil máscaras, 200 Face Shield, 2 mil gorros e 50 roupas cirúrgicas para uso em hospitais e postos de saúde. O grupo atua também com psicólogos e psiquiatras, a partir de uma plataforma de mensagem e apoio emocional aos profissionais de saúde.
"Estamos cobrindo Belém e ao redor, mas estamos orientando grupos do interior do Pará à produção e a expectativa é que a rede cresça para atender mais pessoas, pois precisamos muito de apoio da sociedade para continuar na produção dos materiais e ajudar nossos profissionais da saúde nessa luta" - professora Marília Brasil.
Como ajudar na campanha?
Quem quiser ajudar na campanha de doações para a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde pode entrar em contato pelo telefone/WhatsApp: (91) 98444 0032. Ao final, serão enviadas aos doadores notas de compras e serviços. 
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Pessoas em situação de rua começam a ser acolhidas em Santarém




O espaço destinado para o acolhimento dos moradores de rua é a sede do São Raimundo Esporte Club

06/04/2020 14h19 - Atualizada hoje 15h17
Por Ronilma Santos (SRGBA)
A exemplo do que foi feito em Belém, onde pessoas em situação de rua foram acolhidas no Estádio Mangueirão, como medida preventiva à contaminação pelo novo coronavírus, em Santarém, no oeste paraense, o Governo do Estado também vem prestando assistência a esse grupo. O trabalho teve início nesta segunda-feira (6) e o espaço destinado para o acolhimento dessas pessoas é a sede do São Raimundo Esporte Club (Panterão). A ação está sendo desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Santarém.
Foto: Ronilma Santos / Ascom CRGSPTodos os órgãos de Segurança Pública e de Saúde do Estado e do município estão envolvidos nesse trabalho por determinação do governador Helder Barbalho. Hoje iniciamos oficialmente o acolhimento e até agora recebemos 20 pessoas. Amanhã faremos novas buscas pelas ruas da cidade para trazer os desabrigados para o abrigo montado no clube", informou o secretário regional de Governo do Oeste, Henderson Pinto.
A estimativa é que o público acolhido ao longo dos próximos 20 dias fique em torno de 80 pessoas. Todos que chegam no abrigo passam por um processo de triagem, cadastro e higienização. Depois recebem atendimentos em saúde - como testes rápidos e vacinação - e alimentação. Serão quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar. 
Foto: Ronilma Santos / Ascom CRGSPO acolhimento trouxe alívio e segurança para dona Merilane Magalhães, de 60 anos. Natural de Manaus, ela veio para Santarém há mais de 10 anos em busca de emprego, mas acabou tendo que morar nas ruas. "Eu vim pelo desemprego, pela fome e pelo medo. Eu fico lá no Centro POP durante o dia e, à noite, eu durmo nas calçadas. Tenho amigos das ruas que me protegem, mas Deus em primeiro lugar. Quando fiquei sabendo desse vírus, eu fiquei com medo, por isso estou muito feliz em poder ficar aqui esses dias, e estar sendo cuidada”, contou.
Em Santarém, além da parceria do Governo do Estado e do município, vários segmentos da sociedade se mobilizaram voluntariamente para ajudar com doações. "A Ufopa está ajudando com alimentação, fornecendo almoço; a igreja começou uma campanha de arrecadações, vários empresários e redes de supermercados também doaram alimentos e materiais de higiene pessoal. Com isso foi possível iniciar o acolhimento a estas pessoas”, destacou o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar.
Foto: Ronilma Santos / Ascom CRGSPSolidariedade
Lençóis, alimentos não perecíveis, toalhas e produtos de higiene pessoal continuam sendo recebidos. Os pontos de arrecadação estão concentrados no Centro Regional de Governo do Oeste do Pará (Avenida 15 de Agosto com Siqueira Campos, 120), na SEMTRAS (por trás da Prefeitura) e na sede do São Raimundo Esporte Clube (Avenida Silva Jardim, bairro de Aparecida). Também está em funcionamento o Disque Doação: (93) 99135 1522.
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Centro de Formação da Seduc abre inscrições para cursos à distância



As incrições podem ser feitas até a próxima quinta-feira (9)

06/04/2020 14h35 - Atualizada hoje 15h00
Por Leidemar Oliveira (SEDUC)
O Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará (Cefor) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) abrirá inscrições, a partir desta terça-feira (07), para a formação continuada de professores paraenses. Os cursos são EAD (Educação a Distância) e vão abranger todas as áreas de conhecimento, inclusive a educação especial. Podem participar professores efetivos e temporários das redes municipais, assim como da rede estadual de todo o Estado do Pará. 
O período de inscrição é curto e segue somente até o dia 9 de abril, no hotsite do Cefor.
Foto: DivulgaçãoNeste mês de abril a formação deve atender até mil docentes, gestores e especialistas em educação em cursos pela plataforma Google Sala de Aula. Vinculado à Seduc, o Cefor é voltado para a formação dos profissionais da educação básica com oferta de cursos o ano todo de forma presencial, semipresencial e à distância.
O coordenador do Centro, professor Augusto Paes explica que “os cursos ofertados neste mês fazem parte do portfólio de formação do Centro e, ocorrem ao longo do ano, sendo que pela primeira vez vamos oferecer cursos com várias áreas do conhecimento ao mesmo tempo”, destaca.
Segundo ele, os cursos têm como objetivo a democratização do acesso ao conhecimento científico, a promoção de discussões de temas transversais, interdisciplinares, contextualizados, que fomentam a participação ativa dos envolvidos por meio do uso de ferramentas educacionais. A cada mês a Seduc lançará uma oferta de cursos nessa modalidade.
A formação inicia na próxima segunda-feira (13) e segue até o dia 30 de abril. Entre os cursos ofertados, estão Ferramentas Digitais para Educação à Distância, que será ofertado pela Coordenação de Tecnologia aplicada à Educação (CTAE); Práticas Leitura e Escrita: letramentos possíveis; Ensino de Ciências no Brasil; Gestão Escolar e Educação Inclusiva e Historiografia dentre outros. Cada curso tem carga horária de 30 horas. “Esta formação é uma oportunidade para que os professores em meio a suspensão das aulas possam aprimorar os conhecimentos, investindo na formação continuada”, lembra Paes. 
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Produtores assistidos pela Emater comercializam por delivery




Serviço substituirá durante o período da pandemia de coronavírus, o projeto Vitrine Artesenal

06/04/2020 14h48 - Atualizada hoje 15h05
Por Rodrigo Reis (EMATER)
Produtores assistidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), por meio do projeto Vitrine Artesanal, vão comercializar, seus produtos da agricultura familiar por delivery a partir desta terça-feira (7). Neste primeiro momento, o atendimento vai abranger a região metropolitana de Belém, mas a expectativa é que agricultores de outros municípios do Estado também participem de vendas no delivery. 
Foto: DivulgaçãoA ação é mais uma iniciativa da instituição em ajudar o agricultor familiar a comercializar seu produto e gerar renda, já que todos os agricultores do projeto estão impossibilitados de participar das tradicionais feiras itinerantes por conta do isolamento social de combate ao novo coronavírus. 
De acordo com a coordenadora do projeto, Sandra Filgueiras, o interessado em adquirir um produto pode entrar em contato com os produtores, inclusive por aplicativo de mensagem. “Para qualquer produto, a compra mínima para entrega (sem taxa) é de R$50, e abrange todos os municípios da região metropolitana de Belém”, garante.
Logística – Toda sexta-feira a Emater vai disponibilizar um veículo com motorista para levar agricultores até os clientes. O limite será de um produtor por viagem. “O mais importante é que durante as entregas todos vão estar com luva, máscara, touca, e álcool em gel, para garantir limpeza e higiene durante o processo” comenta a presidente da Emater, Cleide Amorim. 
A produtora Alcilene Carvalho, atendida pela Emater há dois anos, vai comercializar peixe, caranguejo e camarão, e explica que o apoio da Emater é fundamental neste período. “Estou preparada para atender a demanda e a instituição está de parabéns pela iniciativa”. Carvalho faz parte da Associação Filé do Mangue, de Bragança, região Nordeste, há seis anos, e todos os produtos que comercializa tem registro na Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). 
Vitrine Artesanal
É um projeto que se destina à comercialização direta de produtos da agricultura familiar e a melhoria na renda das famílias, com sustentabilidade ambiental e técnicas artesanais e empreendedoras. Agora, por delivery, os 22 produtores participantes vão comercializar produtos variados, como biscoitos, bombons regionais, licores, doces e compotas, queijo, mel, hortaliças, filé de peixe, camarão e caranguejo. E, ainda, artesanatos, crochê e biojoias, plantas ornamentais, entre outros. 
Os agricultores cadastrados são dos municípios de Ananindeua, Belém, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará, da região metropolitana de Belém; Bragança, do nordeste, e Ponta de Pedras, do Arquipélago do Marajó.
agência pará 

Balanço da Segup aponta redução de crimes durante a quarentena no Estado




As medidas restritivas impostas pelo governo incidiram principalmente sobre os índices de homicídios e roubos

06/04/2020 15h22 - Atualizada hoje 18h22
Por Walena Lopes (SEGUP)
Dados divulgados pelos órgãos que integram o Sistema de Segurança Pública do Pará, apresentados em coletiva na manhã desta segunda-feira (6), indicam queda nos índices gerais de criminalidade do Estado desde que foi decretada pelo governo a quarentena de combate à covid-19.
O levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup) no período de 18 de março a 2 de abril resulta tanto das ações de policiamento e fiscalização, como de um novo recurso que possibilitou monitorar o índice de isolamento social, inédito no Pará: o uso da inteligência artificial.
A partir da implantação dos novos canais de comunicação do Disque Denúncia e do aplicativo de monitoramento de aglomerações foi possível sabe quais municípios e, especificamente na Região Metropolitana de Belém, quais bairros estão cumprindo as regras estabelecidas pelo decreto governamental 6.09/20
Foto: Marco Santos / Ag. ParáNa RMB, os três bairros que apresentaram índice de distanciamento social inferior a 50%, até o último sábado (04), foram: Pratinha (39%), Campina (39,7%) e Tenoné (44,6%). Já no interior, os municípios com menor índice de distanciamento social (abaixo de 50%) foram: Concórdia do Pará (43,8%), Mãe do Rio (44,9%) e Bagre (45,2%).
Por outro lado, os bairros da RMB que lideraram os casos de aglomerações, com índices superiores a 50%, foram São João do Outeiro (80%), Águas Lindas (77,90%) e Maracangalha (73,3%). Considerando a leitura por municípios, no interior as cidades onde mais as pessoas mais respeitaram a determinação para ficar em casa foram: Chaves (82%), São Domingos do Capim (72,1%) e Colares (72%).
O monitoramento dos dados de distanciamento social é feito por um software adquirido pelo Governo do Estado, por meio do qual é possível identificar áreas com maior fluxo de pessoas nas ruas, tanto nos bairros da capital quanto nos municípios do interior. O Pará foi o primeiro estado do país a utilizar essa ferramenta para medir o índice de isolamento, como explica o secretário de Segurança Pública do Estado, Ualame Machado.
“Estamos acompanhando esse momento do combate ao novo coronavírus com policiamento ostensivo e fiscalização convencional, mas, também com o auxilio da tecnologia, para que possamos garantir a segurança da sociedade. Por meio do aplicativo é possível monitorar os bairros da capital e dos municípios quanto ao cumprimento das medidas de distanciamento social decretadas pelas organizações de saúde, essenciais no combate à proliferação do vírus. No Pará pudemos observar que em alguns bairros, especialmente nas localidades onde há o funcionamento de feiras livres e comércio, os índices de isolamento ficaram abaixo de 50%.", avaliou Uálame.
O mesmo se aplica a alguns interiores do Estado, onde, segundo o titular da Segup, esse índice ainda não atingiu a marca favorável. Com essa ferramenta podemos estudar ações para conscientizar a população dessas áreas a respeitarem as medidas de distanciamento, preservando, assim, não apenas a segurança, mas a saúde de todos”, ressaltou o secretário.
As ocorrências de violência doméstica (somatória de ameaça, lesão corporal, injúria e estupro) tiveram uma redução de 41% no Estado, na comparação com o mesmo período de 2019. Isso representa 280 casos a menos que os 686 computados no ano passado.
Foto: Marco Santos / Ag. ParáNa Região Metropolitana de Belém a queda foi de 44%, com 122 casos a menos, no comparativo dos anos de 2020 e 2019, com 275 ocorrências entre 18 de março e 02 de abril de 2019, contra 153 este ano.. No interior do Estado a redução foi de 38%, com 158 casos a menos que os 411 registrados no ano passado. 
“A violência doméstica também apresentou redução no período, ressaltado-se, no entanto, que as delegacias e unidades da Polícia Civil que atendem em apoio direcionado aos crimes contra as mulheres continuam trabalhando normalmente, registrando os casos e apurando as denúncias”, disse Ualame Machado
O crime de estupro de vulnerável, tendo como vítimas, crianças e adolescentes, caiu de 57% no Estado, com 64 casos a menos no comparativo com o mesmo período de 2019. Foram registrados 112 ocorrências em 2019 e apenas 48 este ano.
Na RMB a queda em registros de estupro de vulnerável (crianças e adolescentes) foi de 73% em relação ao ano passado, contabilizando 22 ocorrências a menos neste ano em relação ao ano passado (foram 30 casos em 2019 contra 8 este ano). Já o interior do Estado apresentou um recuo de 51%, com 42 casos a menos que no ano passado (82 ocorrências).
O número de roubos a estabelecimentos comerciais caiu 11%, com 7 ocorrências a menos, em todo o Estado em relação a 2019 (63 casos). No interior, esse tipo de crime caiu 26%, com nove casos a menos que no ano anterior (35).
O roubo a transeuntes, no mesmo período, apresentou redução de 66%, com 2.240 casos a menos. Foram 3.395 no ano passado e 1.155 esse ano. Na RMB a queda foi de 70%, com 77 registros a menos. Foram contabilizados 2.241 casos em 2019 e 667 em 2020. No interior, a queda alcançou 58%, com 666 registros a menos. Foram contabilizados 1.154 e 488, nos anos de 2019 e 2020.
“Observamos que nesse período ocorreu uma migração de crimes e para combater essas práticas que possam surgir em decorrência do distanciamento social estamos nos preparando para agir, coibindo e inibindo ostensivamente as ações criminosas, especialmente contra os estabelecimentos que permanecem abertos, assim como postos de gasolinas e atentos”, avaliou o titular da Segup.
agência pará