sexta-feira, 3 de abril de 2020

Coronavírus: SLU vai higienizar unidades de saúde do DF




Ação teve início nesta sexta-feira (3) e vai contemplar os 61 centros hospitalares da capital

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Todas as 61 unidades hospitalares do Distrito Federal vão ser higienizadas com água e desinfetante. A medida faz parte de uma ação liderada pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) como forma de combater a proliferação do novo coronavírus (Covid-19). Também participam da iniciativa a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER/DF), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e condomínios e associações de moradores.
A mobilização teve início nesta sexta-feira (3). Da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto partiram 21 caminhões-pipa em direção a hospitais regionais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Cada um deles levou 12 mil litros de água para a limpeza dessas áreas públicas. Parte desses equipamentos conta com água quente.
“Essa é uma ação que nós estamos fazendo para reforçar uma ação já desenvolvida pelo SLU, lavando todos os espaços públicos, hospitais principalmente, centros de saúde, as UPAs, rodoviárias, feiras…. Onde for necessário e tiver aglomeração de pessoas vamos atuar para evitar que o vírus se propague”, explica Edson Duarte, presidente do SLU.
A lavagem de áreas externas vai cobrir todas as unidades hospitalares públicas do DF [veja a lista abaixo], além de áreas de grande circulação de pessoas. “Enquanto durar a pandemia essas equipes estarão trabalhando. É bom frisar que essa campanha se integra ao programa Sanear/DF e também ao programa de intensificação das ações de segurança que nós estamos adotando, com protocolos e medidas de segurança e de ações para combater o coronavírus no DF”, acrescenta Edson Duarte.
A população pode ter a convicção e a certeza que ela não está desprotegida. Ela tem um governo que está nas ruas, pronto e mobilizado para protegê-la”, finaliza Duarte.
Cronograma de ações
Plano Piloto
HRAN (Segunda, quarta e sexta)
Hospital de Base (Terça, quinta e sábado)
HUB (Terça, quinta e sábado)
HMIB (Terça, quinta e sábado)
Hospital de Apoio (Sábado)
Hospital da Criança (Sábado)
Rodoviária (Segunda, quarta e sexta)
Setor Norte
Hospital de Sobradinho (Segunda e quinta)
Hospital de Planaltina (Terça e sexta)
Hospital do Paranoá (Quarta e sábado)
Demais regiões administrativas
Hospital Regional do Gama (Diária)
Hospital Regional de Santa Maria (Diária)
Hospital Regional do Guará (Diária)
UPA Núcleo Bandeirante (Diária)
UPA Recanto das Emas (Diária)
UBS 4 e 5 (Gama) (Terça e Sexta)
UBS 1 e 2 (Santa Maria) (Terça e Sexta)
UBS Qd. 102 (Recanto das Emas) (Terça e Sexta)
UBS 1 (Riacho Fundo) (Segunda e quinta)
UBS 3 (Riacho Fundo II) (Segunda e quinta)
Centro de Vacinação de Águas Claras (Quarta e sábado)
UBS 2 (Arniqueiras) (Quarta e sábado)
UBS Vicente Pires (Quarta e sábado)
UBS 2 e 4 Estrutural (Segunda e quinta)
UBS 1 Guará (Segunda e quinta)
UBS 1 Lago Sul (Segunda e quinta)
UBS 1 Candangolândia (Segunda e quinta)
UBS Núcleo Bandeirante (Segunda e quinta)

DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Buraco do Tatu ganha nova sinalização



Em Taguatinga, o DER pintou faixas de pedestres

Com as medidas de isolamento social em vigor devido à pandemia do Coronavírus, as ruas do Distrito Federal estão, consideravelmente, com o tráfego de veículos reduzido. Pensando nisso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF) esteve, nesta sexta-feira (3), em dois lugares ao mesmo tempo para fazer reparos nas vias: Plano Piloto e Taguatinga. Houve pintura de faixas, de sinalização e limpeza.
Na passagem entre o eixo rodoviário sul e o norte – mais conhecido como Buraco do Tatu –, os servidores do departamento fizeram a pintura da sinalização horizontal, que é a faixa pontilhada que divide os dois sentidos (Sul e Norte). Na segunda-feira (8), os balizadores, que são aqueles pinos em cima dessa faixa, serão trocados. Ao todo, são 750 metros de pista.
Para realizar o serviço de revitalização no Buraco do Tatu, foi preciso interditar todo o trecho, que tem o formato de túnel e passa sob a Rodoviária do Plano Piloto. “Aproveitamos o fluxo menor de carros para causar menos transtorno ao motorista”, explicou Paulo Izidório, que é assessor do segundo Distrito Rodoviário do DER.
Mesmo sendo obrigado a desviar o trajeto, já que o sentido Asa Norte–Asa Sul estava interditado, o motorista que passava nesse sentido apoiou a iniciativa do DER. “É mais segurança para nós, motoristas. Uma boa sinalização evita acidentes”, frisa o servidor público Hugo Carvalho Lima, 38 anos, que mora em Samambaia.
Pintura de faixa de pedestre em Taguatinga. Foto: DER-DF


DA : AGÊNCIA BRASÍLIA
A cerca de 30 km do Buraco do Tatu, em Taguatinga, os servidores do DER concentraram a mão de obra e o esforço concentrado na revitalização das faixas de pedestres no Pistão Sul.

Bombeiros inspecionam a Ceasa-DF com equipamento de última geração




Câmera térmica mede a temperatura das pessoas ainda no interior do veículo. Casos suspeitos são encaminhados ao hospital mais próximo

Tecnologia de ponta é utilizada pelos agentes a cada aproximação de veículos | Foto: CBMDF / Divulgação
Dando continuidade às ações de prevenção à Covid-19 no DF, o Corpo de Bombeiros (CBMDF) realizou nesta sexta-feira (3) a Operação Covid-19. Com câmeras térmicas de alta geração, a equipe fez a detecção de casos suspeitos da doença em todas as pessoas que entraram na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF).
Na detecção dos casos, uma câmera térmica mede a temperatura da pessoa ainda no interior do veículo. Se a pessoa estiver com temperatura acima de 37 graus, os bombeiros realizam uma segunda abordagem e fazem a medição novamente, com um termômetro de aproximação.
Se for constatada a temperatura alta mais uma vez, os bombeiros realizam um check-list de sintomas comuns da Covid-19, como falta de ar, tosse seca e fadiga, entre outros. Em caso positivo, uma viatura é chamada para encaminhar a pessoa ao hospital mais próximo, para realização de exames mais precisos.
Essa ação faz parte das recomendações do Governo do Distrito Federal ao autorizar, na tarde desta quinta-feira (2), a reabertura de 22 feiras permanentes do DF. A Ceasa está seguindo todos os protocolos indicados pelos órgão de saúde para evitar a disseminação e contágio da Covid-19.
Intensificação de ações
A Ceasa é responsável pelo abastecimento, em todo o Distrito Federal e Entorno, de alimentos e produtos agrícolas. A instituição tem trabalhado junto com o GDF para evitar a disseminação da doença em suas dependências.
Abordagem mais próxima aos condutores pode se desdobrar em encaminhamento de casos suspeitos a hospitais | Foto: CBMDF / Divulgação
Durante a ação desta sexta-feira (3), cartilhas explicativas foram distribuídas aos caminhoneiros. Também foi ampliada a fixação de displays de sabão em todos os banheiros e de álcool em gel no pavilhão, bem como foi intensificada a lavagem da Pedra, do Mercado da Agricultura Familiar, do Banco de Alimentos e de outros ambientes.
Informações sobre contágio e como evitar a doença também são exibidos em telões fixos no Pavilhão B8, o mais movimentado da Ceasa.

* Com informações da Ceasa-DF
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Mikael Omik e a arte do grafite brasiliense




Grafiteiro nascido em Ceilândia, ele conta que Brasília ajuda na sua construção como artista. “Desejo não ter que sair daqui, mas que eu possa levar as coisas boas para fora”, confessa

18dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
Omik considera Brasília uma “galeria de inspirações”. Segundo ele, há vários artistas em atividade, o que mostra que existe vida na cidade. “Existem vários trabalhos de qualidade, tanto na questão técnica quanto em relação à personalidade”, avalia. Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
“Eu sou o Mikael Guedes de Oliveira. Nas ruas, sou mais conhecido como Mikael Omik. Nasci em Brasília, em Ceilândia. Vivi lá quase minha vida inteira. Me mudei há seis anos por conta do grafite, que comecei há oito anos.
Hoje moro no Guará, em um ateliê que divido com cinco amigos. Eu desenho desde os 6 anos, mas quando terminei o Ensino Médio passei a ter contato maior com a arte e me deu vontade de expor o que eu fazia.
Tudo começou quando eu tinha uns 18 anos e estava passando de ônibus por um lugar quando vi um artista que eu admirava muito na rua. Ele estava pintando o Snoopy. Eu desci do ônibus e fiquei observando ele pintar do início ao fim. No caminho para casa, decidi que era isso que queria fazer. Chequei em casa, peguei umas tintas de parede, uns pincéis, e fui fazer meu primeiro grafite, em Ceilândia mesmo. Fiquei o dia todo na rua.
Existe em Brasília um trabalho com estética autoral, o que é muito importante. Brasília é uma cidade moderna e daqui a 30 anos vai continuar sendo. Essa característica meio atemporal me chama muito a atenção.
No começo, quando eu comecei a pintar, eu fazia meus painéis em locais mais escondidos porque eu não sentia confiança no meu trabalho. Pintava mais perto de casa. Acabei conhecendo outras pessoas que pintavam e acabamos fazendo com que essa atmosfera do grafite mudasse nossa cidade.
A gente usava o grafite como se fosse um refúgio. As pessoas conheciam somente a pichação, algumas tinham até problemas com a polícia, e mostramos que é possível fazer arte com o grafite, que usa a mesma ferramenta, até para as crianças. Após o alto índice de trabalhos urbanos nas ruas, o grafite foi ganhando espaço na sociedade.
O grafite mudou a cara de Ceilândia. Tanto é que grandes nomes do grafite brasiliense são da cidade. Esse movimento era muito forte lá. As pessoas queriam entender o que era, aprender e acabamos convertendo muitas crianças que iam para o caminho errado. Demos uma atividade para elas e elas fizeram boas escolhas.


Brasília é uma galeria de inspirações porque existem vários artistas em atividade, o que mostra que existe vida na cidade, o que é bem legal. Atualmente têm surgido vários trabalhos de qualidade, tanto na questão técnica quanto em relação à personalidade.
Existe em Brasília um trabalho com estética autoral, o que é muito importante. Brasília é uma cidade moderna e daqui a 30 anos vai continuar sendo. Essa característica meio atemporal me chama muito a atenção. Você conseguir fazer uma coisa hoje que continue sendo atual lá na frente…
Todo lugar que a gente vai, São Paulo, por exemplo, tem muito da arte europeia inserida na cidade, Brasília, não. Tem uma originalidade que é só dela. Tanto que todo mundo que vem aqui fala isso. ‘Ah, é uma cidade futurista’. É bom ouvir as pessoas elogiando a cidade.
E esse céu… Essa coisa de você olhar 360 graus e conseguir olhar o horizonte. A arquitetura não interfere, mas ela compõe com a questão natural. Brasília tem me construído como artista. Eu desejo não ter que sair daqui, mas, também, que eu possa levar as coisas boas para fora. Mostrar pro mundo todo o valor que a gente tem.”
Mikael Omik, 26 anos, artista plástico, mora no Guará
  • Depoimento concedido à jornalista Gizella Rodrigues
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Estado garante 20 leitos de UTI exclusivos para covid-19 no Ophir Loyola

PARÁ
Por Lívia Soares (HOL)
Foto: Ascom / Ophir LoyolaO Governo do Estado determinou que a antiga Clínica de Olhos, localizada na Travessa 14 de Abril, em Belém, fosse transformada em uma Unidade de Terapia Intensiva destinada a assistir pacientes oncológicos acometidos pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O prédio foi desapropriado em 2014 e, desde então, estava deteriorando. Ele agora passará pelas adequações necessárias ao perfil de atendimento intensivo e será colocado em funcionamento.
A estrutura contará com 20 leitos a fim de que os enfermos diagnosticados com o novo conoravírus não fiquem no prédio matriz, uma vez que são classificados como grupo de risco por serem imunossuprimidos e mais suscetíveis a desenvolver a forma mais grave da doença. No local, duas equipes intensivistas multiprofissionais prestarão assistência com todos os protocolos de segurança estabelecidos pela Comissão Controle à Infecção Hospitalar.
Foto: Ascom / Ophir LoyolaO espaço possui uma área de aproximadamente 800 m², divididos em dois andares: o pavimento térreo com 537,05 m² e superior com 344,78m², ambos abrigarão leitos de UTI. O valor aproximado da obra é estimado em R$ 11 milhões, incluindo adequações e equipamentos. Os recursos já foram liberados pelo governador Helder Barbalho. O prazo para a finalização da obra é de 60 dias e de entrega do espaço equipado para população é de mais 30 dias, aproximadamente.
"O HOL tem atualmente 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, com esses 20 novos leitos, ao fim da pandemia de covid-19, o Ophir Loyola será o único hospital do Pará a contar com 50 leitos de UTI para atender as demandas de suas referências", disse Dr. Faruk Fuad, diretor administrativo.
Foto: Ascom / Ophir LoyolaO Governo do Estado está adquirindo um tomógrafo e todos os equipamentos modernos, equipamentos de proteção individual (EPI’s) para as equipes assistenciais, materiais, medicações e insumos necessários à segurança dos usuários e servidores, em conformidade com as determinações do Ministério da Saúde.

FONTE: AGÊNCIA PARÁ

Santa Casa forma comissão e define estratégias para o enfrentamento da covid-19

PARÁ

A meta é alinhar todas as ações necessárias que preparem o hospital para o atendimento de pacientes graves da doença

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
Desde o fim de janeiro, quando foi designada como um dos hospitais de retaguarda para o atendimento de casos graves da covid-19 no Pará, a Santa Casa tem fortalecido sua estrutura e mão de obra para a assistência aos pacientes. Esse processo passou pela capacitação de servidores, estabelecimento de fluxos independentes de atendimento às pacientes grávidas com suspeita da doença (para a qual a instituição atua como porta aberta), aquisição de mais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e elaboração de planos de ampliação da capacidade de atendimento, caso os leitos hoje disponíveis sejam esgotados, de acordo com a evolução da doença.
Para que todos os detalhes recebessem a atenção necessária, foi formada a Comissão Temporária de Enfrentamento da covid-19 da Santa Casa do Pará. “Essa comissão tem por objetivos alinhar todas as ações necessárias para que o hospital esteja preparado quando chegar o momento de atender pacientes graves da covid-19, bem como garantir a assistência dos demais pacientes que continuarão sendo acolhidos na Santa Casa. São ações que precisam ser coordenadas do ponto de vista gerencial para que o servidores trabalhem de forma coesa, protegidos com EPIs e garantam a assistência adequada, tanto nos casos suspeitos que entrem pela urgência e emergência obstétrica, como no atendimentos dos pacientes graves, que precisarão de UTI”, explica o presidente da Santa Casa, Bruno Carmona.
Foto: FSCMP / ASCOMA comissão está responsável por atualizar diariamente as informações oficiais das medidas que estão sendo adotadas, de acordo com a dinâmica de evolução da doença e com os últimos decretos de governo publicados, além de garantir o abastecimento do hospital no que se relaciona aos EPIS, respiradores, monitores e outros itens. Quanto ao fluxo de atendimento de pacientes, a diretoria assistencial definiu que no caso de grávidas com sintomas de síndrome respiratória, atendidas pela urgência e emergência obstétrica, o fluxo definido começa na recepção. 
“Já na recepção um profissional de sáude treinado vai verificar a temperatura da paciente, orientará para a higienização das maõs e fará perguntas sobre os sintomas que ela apresenta. Se forem de covid-19, ela receberá uma máscara cirúrgica assim que chegar e será encaminhada para avaliação em uma ala do hospital restrita a pacientes sintomáticas, separada do atendimento de gestantes sem sintomas”, explica a médica Norma Assunção, diretora assistencial da Santa Casa.
Foto: FSCMP / ASCOMEla também reforça que a porta aberta da Santa Casa é apenas para situações de urgência e emergência obstétrica, outros pacientes com covid-19 só serão internados na instituição quando encaminhados por meio da central estadual de regulação. “Pacientes grávidas que tiverem sintomas gripais, com desconforto pra respirar e intercorrências obstétricas, devem procurar a Santa Casa. Os demais pacientes só serão admitidos quando regulados, pois a Santa Casa é um hospital de retaguarda."
Atualmente, a Santa Casa possui seis leitos disponíveis para o atendimento de casos de covid-19. Este número poderá ser ampliado, de acordo com o comportamento da demanda durante a pandemia. 
Para evitar aglomerações e garantir a segurança dos pacientes com covid-19, parte do atendimento ambulatorial e das cirurgias eletivas tiveram que ser suspensos na Santa Casa. Os médicos das especialidades suspensas foram deslocados para assistência hospitalar. Permaneceram inalterados o pré-natal de alto risco, o Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais e o atendimento aos pacientes transplantados (adulto e pediátrico).

FONTE: AGÊNCIA PARÁ

350 mil famílias paraenses terão a conta de luz paga pelo governo durante pandemia

PARÁ
O governador Helder Barbalho anunciou, na tarde desta sexta-feira (03), que o Governo do Estado vai assumir o pagamento da conta de luz de 350 mil famílias de baixa renda durante a pandemia de covid-19. A medida vale para os paraenses que tenham Cadastro Social e consumam até 100 kilowatt (kW), por mês. Se aprovada na Assembleia Legislativa do Estado, a medida já valerá para este mês de abril.

Helder Barbalho explica que o pagamento é mais uma ação do Estado para minimizar os impactos socioeconômicos da pandemia. “Com essa iniciativa queremos auxiliar quem mais precisa neste momento de dificuldade”.
Suspensão do cortes de água e luz 
O Governo do Estado também já havia articulado junto às empresas responsáveis pelo fornecimento de água e energia elétrica a suspensão do corte do serviço por falta de pagamento por um período de 90 dias.

FONTE: AGÊNCIA PARÁ

Alemanha tem muitos casos de coronavírus, mas poucas mortes. Por quê?

MUNDO

A Alemanha é o quinto país mais afetado pelo coronavírus, mas taxa de mortalidade é baixíssima. O que explica esse fenômeno?


A pandemia do novo coronavírus deixou o planeta em estado de alerta. Agora presente em 177 países e territórios, a covid-19 já matou quase 20.000 pessoas em todo o mundo e já contaminou mais de 400.000. É fato que a doença está causando colapso nos sistemas de saúde pública, principalmente nos países mais afetados, e os cientistas agora tentam entender as particularidades deste novo vírus e mapear caminhos para lidar com essa crise.
No meio do caos, a situação da Alemanha chama a atenção não pelas histórias de horror, tal qual se vê na Itália ou na Espanha, mas sim por estar numa situação radicalmente diferente de seus pares europeus: quinto entre os dez países mais afetados pelo novo coronavírus, a Alemanha tem a menor taxa de mortalidade da doença. E isso ainda que comparada com países com números inferiores de casos confirmados.
Até a data da publicação desta reportagem, e com base em levantamento da Universidade Johns Hopkins, o país contabilizava 31.991 casos da doença e 149 mortes (0,4%). A Coreia do Sul, por outro lado, o nono país mais afetado, registrava 9.037 casos e 120 mortes (1,3%). A taxa de mortalidade alemã também impressiona quando colocada diante das taxas da Itália ou da Espanha, que estão em 9,5% e 7%, respectivamente.
O que explica esse fenômeno em um país tão afetado quanto todos os outros?

Não há uma resposta. Tudo indica que o sucesso do país em manter baixa a taxa de mortalidade até agora seja o resultado de um conjunto de iniciativas, colocadas em prática no momento em que se entendeu a gravidade do novo coronavírus.
Uma delas é uma agressiva estratégia de testar o maior número possível de pessoas, o que ajuda as autoridades na detecção dos pacientes assintomáticos. Segundo especialistas, essas pessoas seriam responsáveis por dois terços das infecções da doença. De acordo com números do Instituto Robert Koch (IRK), instituto de pesquisa para o controle e prevenção de doenças, o país vem conduzindo 160.000 testes por semana.
“Acredito que a Alemanha reconheceu a epidemia muito cedo. Estamos duas ou três semanas à frente dos nossos vizinhos. E conseguimos fazer isso graças ao número alto de diagnósticos e testes”, explicou o pesquisador Christian Drosten, chefe do hospital universitário Charité, da Universidade Humboldt e da Unviersidade Livre de Berlim, em entrevista ao jornal Die Zeit. “Estamos vendo cada vez mais casos na Alemanha, como era o esperado. Mas também estamos registrando menos mortes do que em outros países.”
Assim como outros países do mundo, a Alemanha adotou iniciativas de distanciamento social. Escolas, restaurantes e bares estão fechados, reuniões entre mais de duas pessoas são proibidas, com exceção de encontros familiares e moradores de uma mesma casa. Suas fronteiras estão fechadas.
O país pode estar prestes a colher frutos das medidas implementadas. Nesta quarta-feira, 25, espera-se que a Alemanha confirme ter conseguido estabilizar a curva ascendente de novos casos. “Estamos vendo sinais de que a curva de crescimento exponencial está se estabilizando ligeiramente”, disse Lothar Wieler, presidente do IRK, nesta semana para a imprensa. “Mas só poderei confirmar esta tendência definitivamente na quarta-feira.”
Há, ainda, um elemento demográfico que parece jogar a favor da Alemanha: a doença ainda não chegou até a população idosa. Segundo dados do IRK, a maioria das pessoas infectadas por coronavírus no país tem entre 15 e 59 anos de idade (21.373). Apenas 2,7% dos casos confirmados são pessoas com mais de 80 anos de idade. Na Itália, esse índice é de 18%, mostram dados da Bloomberg.
Os dados da Alemanha são positivos e trazem alento num momento no qual o mundo está em pane. Contudo, o governo alemão é cauteloso e enfatiza ser cedo para cravar que o país estava melhor preparado para lidar com essa emergência do que outros. “Estamos apenas no começo desta epidemia. E agora todos os responsáveis por lidar com essa crise precisam resolvê-la”, disse Wieler.
A posição da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, aliás, sempre foi reconhecer a gravidade da pandemia no novo coronavírus. “A situação é séria. Desde a unificação alemã, não, desde a Segunda Guerra Mundial, não enfrentávamos um desafio tão grande”, disse ela em um raro pronunciamento televisionado. E é possível que isso também seja parte importante da resposta.

FONTE: EXAME/Gabriela Ruic