sexta-feira, 3 de abril de 2020

Hospital de campanha com 4 mil leitos é aberto em Londres

COVID-19
Inaugurado por videoconferência pelo príncipe Charles, que se recupera de Covid-19, local foi construído em menos de dez dias em centro de conferências. Reino Unido tem mais de 38 mil casos de coronavírus; Rainha Elizabeth II fará pronunciamento no domingo.
Funcionários do NHS são vistos em frente ao NHS Nightingale Hospital no centro ExCel, em Londres, pouco antes da inauguração, na sexta-feira (3) — Foto: Stefan Rousseau/Pool via Reuters



Um imenso hospital de campanha com capacidade para 4 mil leitos foi inaugurado nesta sexta-feira (3) em um centro de conferências em Londres, em um contexto de crise na saúde devido ao novo coronavírus, no qual a rainha Elizabeth II fará um discurso incomum à nação.
Inaugurado por videoconferência pelo príncipe Charles e pelo secretário da Saúde, Matt Hancock, o hospital de Nightingale conta, hoje, com 500 leitos, podendo chegar a 4 mil. Este número equivale a dez hospitais convencionais.
Foi construído em menos de dez dias com a colaboração do Exército.
O filho da rainha Elizabeth II, que ficou em quarentena esta semana após ter sido infectado pelo vírus, chamou o hospital de campanha de "luz radiante em tempos sombrios".
"Sem nenhuma dúvida é uma proeza em todos os sentidos, desde a rapidez de sua construção, em apenas nove dias, até o talento de quem o criou", disse o herdeiro do trono.
O príncipe Charles, em quarentena na Escócia após ter contraído Covid-19, envia mensagem por teleconferência aos convidados da inauguração do NHS Nightingale Hospital no centro ExCel, em Londres, na sexta-feira (3) — Foto: @Clarencehouse/Handout via Reuters

O primeiro-ministro, Boris Johnson, que também testou positivo para o vírus, afirmou que permanecerá em quarentena porque continua tendo febre.
Ambos fazem parte dos 38.168 casos confirmados de coronavírus no Reino Unido. Nas últimas 24 horas foram registrados mais 4.450, segundo dados desta sexta-feira às 08 horas (5 horas no horário de Brasília), divulgados pelo Ministério da Saúde.
A rainha planeja fazer um discurso televisionado ao Reino Unido e Commonwealth neste domingo às 19 horas (16 horas em Brasília), um gesto pouco habitual.
O novo hospital tratará pacientes graves da COVID-19, que serão transferidos de outros hospitais da capital.

"Assassino invisível"

Hancock elogiou o trabalho do serviço nacional de saúde, NHS, pago com dinheiro público.
"Nestes tempos conturbados, com este assassino invisível cercando o mundo todo, o fato de que neste país temos o NHS é algo muito mais valioso do que antes", afirmou.
O chefe do NHS na Inglaterra, Simon Stevens, afirmou que espera que não sejam necessários mais hospitais adicionais.
"Isso vai depender em parte de como as pessoas vão cumprir as medidas para reduzir a taxa de propagação do vírus, ficando em casa para salvar vidas", declarou em um comunicado.
O governo pediu aos britânicos que fiquem em casa o máximo possível e ordenou em 23 de março o fechamento de todos os comércios de produtos e serviços não essenciais, em um contexto de confinamento nacional orientado a conter a expansão do coronavírus.
Os responsáveis de saúde alertam, no entanto, que as medidas levarão um tempo para surtir efeito.

FONTE: AFP

Gato testa positivo para coronavírus em Hong Kong; 2º no mundo

COVID-19


De acordo com as autoridades sanitárias, o animal de estimação foi contaminado pela dona, que está em estado grave

Primeiro caso de gato com coronavírus é detectado na Bélgica | EXAME
O segundo caso mundial de um gato diagnosticado com a Covid-19 foi registrado em Hong Kong, de acordo com a autoridade de bem estar animal da cidade. O felino começou a apresentar sinais da doença após a dona também receber resultado positivo. A jovem de 25 anos está em estado grave.
O coronavírus foi detectado, na segunda-feira (30/03), a partir de amostras das vias aéreas e do reto do animal.
Os registros de transmissão do coronavírus para animais de estimação são raros. O primeiro caso de um gato contaminado pelo novo coronavírus foi identificado na Bélgica, em 27/03. As autoridades sanitárias do país informaram que ele também contraiu a doença do dono.
Em Hong Kong, um lulu-da-pomerânia e um pastor-alemão também testaram positivo para o vírus.

De acordo com estudos científicos realizados em locais que já foram mais afetados pela epidemia, não há razão para acreditar que os animais domésticos possam ser vetores do Sars-CoV2. (Com informações do South China Morning Post)




Cristãos em todo o mundo irão se conectar para lembrar o valor da morte de Jesus

MUNDO
Testemunhas de Jeová promovem palestra bíblica, na próxima terça (7), e todos poderão assistir de suas próprias casas, por videoconferências





Jesus Cristo disse, antes de sua morte: "Fazei isso em memória de mim"
FOTO: WESLEY ALMEIDA/CANÇÃO NOVA












Na noite antes de morrer, Jesus pediu que seus seguidores (apóstolos) se reunissem para lembrar a sua morte. Ele disse: "Persistam em fazer isso em memória de mim" (Lucas 22:19).
Em obediência a esta instrução, na próxima terça-feira (7), após o pôr do sol, milhões de Testemunhas de Jeová e pessoas interessadas, em todo o mundo, estarão conectadas, de suas próprias casas, por videoconferências ou outros meios eletrônicos, para lembrar o valor do sacrifício de Jesus. 
Na ocasião, e de forma simultânea, uma palestra bíblica será ministrada, explicando por que a morte de Jesus Cristo é tão importante e como ela pode nos beneficiar. 
E com o objetivo de criar expectativas para esta celebração, neste sábado (4) e domingo (5), um discurso especial será feito em todo o mundo, com base na Bíblia. O tema é: "Existe um líder em quem você pode confiar?".
As Testemunhas de Jeová no Brasil, mundialmente conhecidas e reconhecidas pelo trabalho de pregação sobre assuntos bíblicos, convidam a todos, juntamente com suas respectivas famílias e amigos, para se conectarem neste grande acontecimento. 
Assim, quem se interessar em saber a hora e o link da videoconferência, poderá falar com um membro da denominação de sua região ou poderá acessar a gravação desses discursos no site jw.org.
GAZETA WEB

Pandemia mexe em tarifas de comércio no mundo

ECONOMIA
Países zeram tarifas de importação para facilitar entrada de alimentos, medicamentos e equipamentos de proteção individual, e proíbem exportações de mercadorias consideradas essenciais na crise. Apex-Brasil apresentou assunto em conferência online e listou alguns casos.


São Paulo – A pandemia da covid-19 está fazendo com que países derrubem tarifas de importação e restrinjam exportação de produtos. Várias nações reduziram e zeraram taxas para comprar no exterior produtos essenciais para o combate ao coronavírus, como equipamentos de saúde e artigos de proteção, além de outros primordiais para o abastecimento, como alimentos. Alguns países também proibiram as exportações de mercadorias necessárias ao seu mercado doméstico no atual cenário.
Um panorama sobre isso foi apresentado nesta sexta-feira (03) em conferência online promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O coordenador de acesso a mercados, Gustavo Ribeiro, apresentou a queda nas tarifas de importação e a restrição de exportações como oportunidades para empresas de comércio internacional. No caso da proibição de exportação, a saída do país como fornecedor pode representar mercado aberto para um terceiro país.
Isaura Daniel/ANBA
Celeste em conferência online da Apex-Brasil
Ribeiro, porém, pediu cautela quanto a esses dados e informou que a maioria das decisões valem por períodos curtos e há até algumas anteriores ao coronavírus ou adotadas apenas para a avaliação do estoque interno. Ele lembrou que a Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) fizeram alertas para que os governos minimizem as restrições ao comércio.
De acordo com o coordenador de acesso a mercados da Apex-Brasil, entre 50 a 60 países têm em vigor atualmente algum tipo de restrição de exportação ligado ao complexo médico de produtos. Taiwan restringiu a exportação de equipamentos de proteção individual, a Índia proibiu a venda internacional de equipamentos de proteção e material de laboratório, e a Arábia Saudita vedou a exportação de equipamentos e medicamentos. A Índia restringe também o embarque de hidroxicloroquina, paracetamol e vitaminas.
No universo da redução ou queda de taxas de importação, a Colômbia zerou o imposto para entrada de equipamentos de proteção individual e produtos de limpeza. A China derrubou a taxa para importar bens de prevenção e controle da pandemia e para carnes, a Indonésia adiou por seis meses a cobrança da taxa para 19 setores, como insumos de produtos cirúrgicos, açúcar, farinha e sal. Por fim, a Arábia Saudita zerou por um mês a taxa para o complexo médico, e os Emirados oferecem o reembolso.
Há ainda a Hungria proibindo exportação de hidroxicloroquina, a Rússia com restrição da venda para fora do país de trigo por dez dias, o Cazaquistão restringindo a exportação de trigo, centeio e açúcar, Vietnã, Índia, Cambodja e Tailândia proibindo os embarques de arroz, Tailândia vedando a saída do país de equipamentos individuais e de ovos, e o Paquistão banindo a exportação de cebola, esta anterior ao coronavírus.
Isaura Daniel/ANBA
Pimenta mostrou números de países afetados
Ribeiro disse que esse tipo de movimento no comércio internacional ocorre também em segmentos não diretamente relacionados a alimentos ou à área médica, como móveis ou equipamentos de transporte. O gerente de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Isquierdo Celeste, também falou sobre o assunto. “A questão das restrições de exportações de alimentos e bebidas por parte de alguns países, isso pode abrir janelas, mesmo que curtas, de exportação por terceiros países”, disse.
Celeste apresentou dados de comércio exterior do Brasil no primeiro trimestre deste ano. No período, o Brasil teve receita de exportação de US$ 50 bilhões, com queda de 3,7% na média diária. No cenário das trocas internacionais, ele disse que alimentos e bebidas estão entre os setores menos afetados. “Já prevíamos que haveria um impacto menor por conta da essencialidade”, disse o gerente, na abertura do webinar.
O analista de Negócios Internacionais da Apex-Brasil, Ulisses Pimenta, deu um panorama sobre o comércio do Brasil com os países fortemente afetados pela covid-19, como Itália, China e Estados Unidos. No primeiro bimestre, houve queda na exportação brasileira para eles de petróleo e derivados (-4,8%), máquinas e equipamentos (-34%), alimentos e bebidas (-25,4%) e produtos agropecuários (-2,8%). Segundo Pimenta, em todos os países afetados pelo coronavírus houve mudança rápida no perfil de consumo para produtos essenciais.
FONTE: ANBA

Trump quer impedir que empresa exporte máscaras para América Latina e Canadá

MUNDO
Segundo a 3M, medida vai ter 'implicações humanitárias significativas'; EUA recomendam que cidadãos usem máscaras de pano ao sair de casa

Máscaras do tipo N95 fabricadas pela 3M. Empresa é uma das maiores fabricantes do equipamento no mundo Foto: Nicholas Pfosi / REUTERS

 Um dia depois de o presidente Donald Trump invocar a  Lei de Produção de Defesa, uma legislação criada nos anos 1950, para forçar a gigante industrial 3M a aumentar o ritmo de fabricação de máscaras usadas pelos profissionais médicos que tratam de pessoas infectadas pelo coronavírus, a empresa alertou para os possíveis impactos da medida para o resto do mundo.
Em comunicado publicado na manhã desta sexta-feira, a 3M, uma das maiores fabricantes de máscaras do mundo, disse que vem ampliando a sua capacidade de produzir o equipamento, atendendo a uma demanda do próprio governo. Isso inclui ainda a importação de milhões de máscaras de unidades da empresa na China. A própria 3M, em princípio, elogia o uso da lei, que priorizou os pedidos feitos pela Fema, a agência do governo responsável por agir em situações de desastre.
Contudo, a 3M questiona uma segunda parte da ordem de Trump, que é bem clara ao exigir que a empresa suspenda todas as exportações de máscaras, hoje destinadas principalmente à América Latina e ao Canadá.
"Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já  fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos."
Na entrevista coletiva desta sexta, Trump deixou claro que vai assinar uma nova ordem impedindo não apenas a exportação de máscaras, mas também de outros itens e suprimentos médicos usados contra o coronavírus, algo que pode gerar novas reações ao redor do mundo.

'Um erro'

No Canadá, país que não fabrica as máscaras N95, o primeiro-ministro Justin Trudeau enfatizou a importância de manter as linhas de suprimento abertas e disse que seria "um erro criar bloqueios ou reduzir o comércio" entre os dois países:
— Há produtos médicos e outros artigos essenciais que se movimentam através da fronteira nas duas direções... há coisas com as quais os americanos contam — observou Trudeau.
Na quinta-feira, horas depois do anúncio do recurso à lei dos tempos da Guerra Fria contra a 3M, o próprio Trump foi ao Twitter atacar a empresa e dizer que "não estava feliz" com ela.
"Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já  fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos."
Na entrevista coletiva desta sexta, Trump deixou claro que vai assinar uma nova ordem impedindo não apenas a exportação de máscaras, mas também de outros itens e suprimentos médicos usados contra o coronavírus, algo que pode gerar novas reações ao redor do mundo.

'Um erro'

No Canadá, país que não fabrica as máscaras N95, o primeiro-ministro Justin Trudeau enfatizou a importância de manter as linhas de suprimento abertas e disse que seria "um erro criar bloqueios ou reduzir o comércio" entre os dois países:
— Há produtos médicos e outros artigos essenciais que se movimentam através da fronteira nas duas direções... há coisas com as quais os americanos contam — observou Trudeau.
Na quinta-feira, horas depois do anúncio do recurso à lei dos tempos da Guerra Fria contra a 3M, o próprio Trump foi ao Twitter atacar a empresa e dizer que "não estava feliz" com ela.
"Nós atingimos a 3M de maneira dura depois de ver o que estavam fazendo com suas máscaras. 'P Act' (Lei de Produção de Defesa) em frente. Uma grande surpresa para muitos no governo com o que estão fazendo — eles vão pagar um preço alto!"
Antes, o conselheiro para Comércio do presidente, Peter Navarro, havia seguido a mesma linha.
— Para ser franco, nos últimos dias estamos tendo problemas para garantir que, de toda a produção que a 3M entrega ao redor do mundo, uma parte suficiente dela venha para cá, para os lugares certos — afirmou Navarro, durante a entrevista coletiva diária na Casa Branca. — Vamos resolver essa questão da 3M provavelmente amanhã. Não podemos perder dias ou horas ou mesmo minutos nesta crise.

Máscaras de pano

Enquanto a polêmica sobre as máscaras para profissionais de saúde não parece ter um fim próximo, o Centro de Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês) emitiu uma recomendação para que todos os habitantes dos EUA usem máscaras feitas de pano ao sair de casa. A proposta vinha sendo discutida nos últimos dias como parte das medidas para tentar controlar o avanço do vírus no país.
Ao falar sobre a medida, o presidente Donald Trump disse que ela não substitui as recomendações do governo federal nem as regras locais de estados e municípios. Mas ressaltou que a ação é voluntária.
— Você pode usá-las, pode não usar. Eu escolhi não usar, mas algumas pessoas podem querer usar e está tudo bem — afirmou, durante a entrevista coletiva diária na Casa Branca.
Ao ser questionado sobre os motivos para a recomendação, o administrador da saúde pública do país, Jerome Adams, disse que ela se deu por causa dos indivíduos assintomáticos, que transmitem a doença sem saber que estão infectados.

FONTE:O Globo e agências internacionais




Tévez convoca mundo do futebol e jogadores a ajudarem mais durante pandemia do coronavírus

CORONAVÍRUS
Ídolo do Boca Juniors diz que colegas podem viver um ano sem receber pagamento e espera mudança de comportamento diante da crise mundial

O atacante argentino Tévez disse que o futebol deve fazer mais para ajudar os setores desfavorecidos da sociedade durante a pandemia de coronavírus e convocou outros jogadores como ele a se envolverem com os menos afortunados. O ídolo disse que seus colegas têm dinheiro suficiente para enfrentarem tempos difíceis.
"Os jogadores de futebol podem viver seis meses, um ano sem receber pagamento"
- Eles não estão desesperados com as crianças dia após dia, tendo que deixar suas casas às seis da manhã e retornar às sete da noite para alimentar a família. Temos que estar lá e ajudar - disse Tevez em uma entrevista à América TV, da Argentina.
"Temos que agradecer por estarmos sãos e salvos e nos colocar no lugar dos outros"
Tevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFETevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFETevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE



Com mais três meses de contrato com o Boca Juniors, até junho, Tévez se mostrou disposto a ajudar as autoridades no auxílio aos que mais estão sofrendo com a pandemia. Disse que está disposto até a ajudar na distribuição de mercadorias e comida.
- Não gosto de fazer fantasias sobre muitas coisas, porque quando se ajuda deve ser de coração. Não é para aparecer num vídeo. Eu me coloco à disposição do clube, mesmo que isso signifique entregar mantimentos. Em vez de ir para o treinamento pela manhã, fazer coisas para as pessoas. Por exemplo, ir às cozinhas de sopa em La Boca. Eu ficaria feliz em ir. Eu sei que a minha família está bem.
"Estar com essas pessoas carentes vai nos tornar muito mais fortes, aí é que começa o grande exemplo"
O ídolo espera que a crise realmente mude as pessoas ao redor do mundo.
- É importante que todos se unam e tentem ajudar as pessoas mais necessitadas. Espero que o mundo mostre mais solidariedade.
"Estamos percebendo que somos todos iguais"
Isso nos atinge da mesma maneira, avós ainda mais, estejam eles na Argentina ou nos Estados Unidos. Espero que cresçamos como sociedade e que amanhã o mundo mude para melhor. O vírus nos ensina isso. Espero que todos saibamos disso juntos - disse Tévez.

FONTE: GloboEsporte.com e agências internacionais — Buenos Aires, Argentina

Mortes por coronavírus na Itália passam de 14,5 mil

COVID-19
EFE/EPA/PAOLO SALMOIRAGOA Itália tem 14.681 mortes causadas pelo novo coronavírus
O governo da Itália informou no início da tarde desta sexta-feira (3) que mais 766 pessoas morreram no país por Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas. Com a atualização, o número total de mortes na Itália chegou a 14.681.
De ontem para hoje, o país ainda registrou mais 4.585 casos de coronavírus, elevando o total de infectados a 119.827. São 85.388 casos ativos.
A Itália segue sendo o país com mais mortes provocadas por Covid-19, seguida por Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Apesar disso, o país é o terceiro em número de casos, atrás de Estados Unidos e Espanha, mas já na frente da China, onde a pandemia começou.
Ainda de acordo com o governo italiano, mais 1.480 pessoas se recuperaram da Covid-19 nas últimas 24 horas, um total de 19.758 recuperados. Em todo o mundo, 221.262 pessoas se curaram da doença.

FONTE: JOVEM PAN

F

"O pior está por vir", alerta secretário-geral da ONU

MUNDO

09.jan.2020 - Debate no Conselho de Segurança da ONUImagem: Xinhua/Li Muzi


Num recado duro ao mundo, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo para que governos e atores abram caminho para que milhões de pessoas sejam protegidas diante da pandemia. Num discurso nesta manhã em Nova Iorque e no momento em que a doença atinge mais de um milhão de pessoas, o chefe da diplomacia das Nações Unidas alertou sobre o risco da proliferação do vírus em locais como Síria, Afeganistão e em vários países africanos afetados por conflitos armados. "O vírus mostrou a rapidez com que pode atravessar fronteiras, devastar países e pôr vidas em risco. O pior ainda está para vir", alertou. Há dez dias, o apelo da ONU para um cessar-fogo mundial para abrir espaço para o combate à pandemia recebeu a adesão de dezenas de partes envolvidas em conflitos armados. Num levantamento publicado nesta sexta-feira, a entidade revela que grupos armados nos Camarões, República Centro-Africana, Colômbia, Líbia, Myanmar, Filipinas, Sul do Sudão, Sudão, Síria, Ucrânia e Iémen aceitaram a proposta de silenciar os canhões. Mas nem sempre cumpriram suas promessas.


 "Essa é uma oportunidade para a paz, mas estamos longe disso. E a necessidade é urgente. A tempestade COVID-19 está agora chegando a todos estes teatros de conflito. Temos de fazer tudo o que for possível para encontrar a paz e a unidade de que o nosso mundo tanto precisa para combater o COVID-19. Temos de mobilizar cada grama de energia para a derrotar", insistiu. O apelo a um cessar-fogo imediato em todos os cantos do globo tinha como objetivo dar espaço para a ação diplomática e ajudar a criar condições para salvar vidas nos locais mais vulneráveis à pandemia do COVID-19.


 "Este apelo teve as suas raízes num reconhecimento fundamental: Hoje só deveria haver uma luta no nosso mundo: a nossa batalha comum contra o COVID-19", explicou Guterres. "Sabemos que a pandemia está a ter profundas consequências sociais, económicas e políticas, incluindo as relacionadas com a paz e a segurança internacionais. Vemos, por exemplo, no adiamento de eleições ou em limitações à capacidade de voto, em restrições sustentadas à circulação, na espiral do desemprego e outros fatores que podem contribuir para o aumento do descontentamento e das tensões políticas", alertou. "Além disso, os grupos terroristas ou extremistas podem tirar proveito da incerteza criada pela propagação da pandemia", indicou. Mas ele acredita que o apelo global ao cessar-fogo está ressoando em todo o mundo. Até agora, mais de 70 países, atores não estatais, redes e organizações da sociedade civil aderiram ao pacto. "Os líderes religiosos - incluindo o Papa Francisco - juntaram a sua voz moral em apoio a um cessar-fogo global", indicou.

 Fragilidade 


A ONU, porém, não tem ilusões de que essa situação é de extrema fragilidade. "Existe uma enorme distância entre declarações e atos - entre traduzir as palavras em paz no terreno e na vida das pessoas", admitiu Guterres. "Há enormes dificuldades de implementação, uma vez que os conflitos se prolongam há anos, a desconfiança é profunda, com muitos estraga-prazeres e muitas suspeitas", alertou.


 "Sabemos que quaisquer ganhos iniciais são frágeis e facilmente reversíveis", apontou. "E, em muitas das situações mais críticas, não temos visto qualquer recuo nos combates - e alguns conflitos até se intensificaram", admitiu. Um dos exemplos é o do Iemen. Apenas das declarações de diferentes grupos de que iriam aderir ao cessar-fogo, realidade é que a violência disparou. A ONU quer agora convocar todos a uma negociação, justamente aproveitando a crise.

"Apelo a todos os governos e movimentos envolvidos e aos seus apoiantes para que ponham fim ao conflito catastrófico e ao pesadelo humanitário - e venham até à mesa das negociações", disse Guterres. Na Líbia, o governo e o Exército Nacional Líbio acolheram favoravelmente os apelos à suspensão dos combates. "No entanto, os confrontos escalaram drasticamente em todas as linhas da frente, obstruindo os esforços para responder eficazmente ao COVID-19", indicou o secretário-geral. Por fim, no Afeganistão, enquanto os combates aumentavam, em 26 de Março, foi anunciada a formação de uma equipe para negociar com os Talibãs. "Creio que chegou o momento de o Governo e os Talibãs cessarem as hostilidades enquanto a COVID-19 paira sobre o país", completou.


FONTE: UOL