sexta-feira, 3 de abril de 2020

Pandemia mexe em tarifas de comércio no mundo

ECONOMIA
Países zeram tarifas de importação para facilitar entrada de alimentos, medicamentos e equipamentos de proteção individual, e proíbem exportações de mercadorias consideradas essenciais na crise. Apex-Brasil apresentou assunto em conferência online e listou alguns casos.


São Paulo – A pandemia da covid-19 está fazendo com que países derrubem tarifas de importação e restrinjam exportação de produtos. Várias nações reduziram e zeraram taxas para comprar no exterior produtos essenciais para o combate ao coronavírus, como equipamentos de saúde e artigos de proteção, além de outros primordiais para o abastecimento, como alimentos. Alguns países também proibiram as exportações de mercadorias necessárias ao seu mercado doméstico no atual cenário.
Um panorama sobre isso foi apresentado nesta sexta-feira (03) em conferência online promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O coordenador de acesso a mercados, Gustavo Ribeiro, apresentou a queda nas tarifas de importação e a restrição de exportações como oportunidades para empresas de comércio internacional. No caso da proibição de exportação, a saída do país como fornecedor pode representar mercado aberto para um terceiro país.
Isaura Daniel/ANBA
Celeste em conferência online da Apex-Brasil
Ribeiro, porém, pediu cautela quanto a esses dados e informou que a maioria das decisões valem por períodos curtos e há até algumas anteriores ao coronavírus ou adotadas apenas para a avaliação do estoque interno. Ele lembrou que a Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) fizeram alertas para que os governos minimizem as restrições ao comércio.
De acordo com o coordenador de acesso a mercados da Apex-Brasil, entre 50 a 60 países têm em vigor atualmente algum tipo de restrição de exportação ligado ao complexo médico de produtos. Taiwan restringiu a exportação de equipamentos de proteção individual, a Índia proibiu a venda internacional de equipamentos de proteção e material de laboratório, e a Arábia Saudita vedou a exportação de equipamentos e medicamentos. A Índia restringe também o embarque de hidroxicloroquina, paracetamol e vitaminas.
No universo da redução ou queda de taxas de importação, a Colômbia zerou o imposto para entrada de equipamentos de proteção individual e produtos de limpeza. A China derrubou a taxa para importar bens de prevenção e controle da pandemia e para carnes, a Indonésia adiou por seis meses a cobrança da taxa para 19 setores, como insumos de produtos cirúrgicos, açúcar, farinha e sal. Por fim, a Arábia Saudita zerou por um mês a taxa para o complexo médico, e os Emirados oferecem o reembolso.
Há ainda a Hungria proibindo exportação de hidroxicloroquina, a Rússia com restrição da venda para fora do país de trigo por dez dias, o Cazaquistão restringindo a exportação de trigo, centeio e açúcar, Vietnã, Índia, Cambodja e Tailândia proibindo os embarques de arroz, Tailândia vedando a saída do país de equipamentos individuais e de ovos, e o Paquistão banindo a exportação de cebola, esta anterior ao coronavírus.
Isaura Daniel/ANBA
Pimenta mostrou números de países afetados
Ribeiro disse que esse tipo de movimento no comércio internacional ocorre também em segmentos não diretamente relacionados a alimentos ou à área médica, como móveis ou equipamentos de transporte. O gerente de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Isquierdo Celeste, também falou sobre o assunto. “A questão das restrições de exportações de alimentos e bebidas por parte de alguns países, isso pode abrir janelas, mesmo que curtas, de exportação por terceiros países”, disse.
Celeste apresentou dados de comércio exterior do Brasil no primeiro trimestre deste ano. No período, o Brasil teve receita de exportação de US$ 50 bilhões, com queda de 3,7% na média diária. No cenário das trocas internacionais, ele disse que alimentos e bebidas estão entre os setores menos afetados. “Já prevíamos que haveria um impacto menor por conta da essencialidade”, disse o gerente, na abertura do webinar.
O analista de Negócios Internacionais da Apex-Brasil, Ulisses Pimenta, deu um panorama sobre o comércio do Brasil com os países fortemente afetados pela covid-19, como Itália, China e Estados Unidos. No primeiro bimestre, houve queda na exportação brasileira para eles de petróleo e derivados (-4,8%), máquinas e equipamentos (-34%), alimentos e bebidas (-25,4%) e produtos agropecuários (-2,8%). Segundo Pimenta, em todos os países afetados pelo coronavírus houve mudança rápida no perfil de consumo para produtos essenciais.
FONTE: ANBA

Trump quer impedir que empresa exporte máscaras para América Latina e Canadá

MUNDO
Segundo a 3M, medida vai ter 'implicações humanitárias significativas'; EUA recomendam que cidadãos usem máscaras de pano ao sair de casa

Máscaras do tipo N95 fabricadas pela 3M. Empresa é uma das maiores fabricantes do equipamento no mundo Foto: Nicholas Pfosi / REUTERS

 Um dia depois de o presidente Donald Trump invocar a  Lei de Produção de Defesa, uma legislação criada nos anos 1950, para forçar a gigante industrial 3M a aumentar o ritmo de fabricação de máscaras usadas pelos profissionais médicos que tratam de pessoas infectadas pelo coronavírus, a empresa alertou para os possíveis impactos da medida para o resto do mundo.
Em comunicado publicado na manhã desta sexta-feira, a 3M, uma das maiores fabricantes de máscaras do mundo, disse que vem ampliando a sua capacidade de produzir o equipamento, atendendo a uma demanda do próprio governo. Isso inclui ainda a importação de milhões de máscaras de unidades da empresa na China. A própria 3M, em princípio, elogia o uso da lei, que priorizou os pedidos feitos pela Fema, a agência do governo responsável por agir em situações de desastre.
Contudo, a 3M questiona uma segunda parte da ordem de Trump, que é bem clara ao exigir que a empresa suspenda todas as exportações de máscaras, hoje destinadas principalmente à América Latina e ao Canadá.
"Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já  fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos."
Na entrevista coletiva desta sexta, Trump deixou claro que vai assinar uma nova ordem impedindo não apenas a exportação de máscaras, mas também de outros itens e suprimentos médicos usados contra o coronavírus, algo que pode gerar novas reações ao redor do mundo.

'Um erro'

No Canadá, país que não fabrica as máscaras N95, o primeiro-ministro Justin Trudeau enfatizou a importância de manter as linhas de suprimento abertas e disse que seria "um erro criar bloqueios ou reduzir o comércio" entre os dois países:
— Há produtos médicos e outros artigos essenciais que se movimentam através da fronteira nas duas direções... há coisas com as quais os americanos contam — observou Trudeau.
Na quinta-feira, horas depois do anúncio do recurso à lei dos tempos da Guerra Fria contra a 3M, o próprio Trump foi ao Twitter atacar a empresa e dizer que "não estava feliz" com ela.
"Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já  fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos."
Na entrevista coletiva desta sexta, Trump deixou claro que vai assinar uma nova ordem impedindo não apenas a exportação de máscaras, mas também de outros itens e suprimentos médicos usados contra o coronavírus, algo que pode gerar novas reações ao redor do mundo.

'Um erro'

No Canadá, país que não fabrica as máscaras N95, o primeiro-ministro Justin Trudeau enfatizou a importância de manter as linhas de suprimento abertas e disse que seria "um erro criar bloqueios ou reduzir o comércio" entre os dois países:
— Há produtos médicos e outros artigos essenciais que se movimentam através da fronteira nas duas direções... há coisas com as quais os americanos contam — observou Trudeau.
Na quinta-feira, horas depois do anúncio do recurso à lei dos tempos da Guerra Fria contra a 3M, o próprio Trump foi ao Twitter atacar a empresa e dizer que "não estava feliz" com ela.
"Nós atingimos a 3M de maneira dura depois de ver o que estavam fazendo com suas máscaras. 'P Act' (Lei de Produção de Defesa) em frente. Uma grande surpresa para muitos no governo com o que estão fazendo — eles vão pagar um preço alto!"
Antes, o conselheiro para Comércio do presidente, Peter Navarro, havia seguido a mesma linha.
— Para ser franco, nos últimos dias estamos tendo problemas para garantir que, de toda a produção que a 3M entrega ao redor do mundo, uma parte suficiente dela venha para cá, para os lugares certos — afirmou Navarro, durante a entrevista coletiva diária na Casa Branca. — Vamos resolver essa questão da 3M provavelmente amanhã. Não podemos perder dias ou horas ou mesmo minutos nesta crise.

Máscaras de pano

Enquanto a polêmica sobre as máscaras para profissionais de saúde não parece ter um fim próximo, o Centro de Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês) emitiu uma recomendação para que todos os habitantes dos EUA usem máscaras feitas de pano ao sair de casa. A proposta vinha sendo discutida nos últimos dias como parte das medidas para tentar controlar o avanço do vírus no país.
Ao falar sobre a medida, o presidente Donald Trump disse que ela não substitui as recomendações do governo federal nem as regras locais de estados e municípios. Mas ressaltou que a ação é voluntária.
— Você pode usá-las, pode não usar. Eu escolhi não usar, mas algumas pessoas podem querer usar e está tudo bem — afirmou, durante a entrevista coletiva diária na Casa Branca.
Ao ser questionado sobre os motivos para a recomendação, o administrador da saúde pública do país, Jerome Adams, disse que ela se deu por causa dos indivíduos assintomáticos, que transmitem a doença sem saber que estão infectados.

FONTE:O Globo e agências internacionais




Tévez convoca mundo do futebol e jogadores a ajudarem mais durante pandemia do coronavírus

CORONAVÍRUS
Ídolo do Boca Juniors diz que colegas podem viver um ano sem receber pagamento e espera mudança de comportamento diante da crise mundial

O atacante argentino Tévez disse que o futebol deve fazer mais para ajudar os setores desfavorecidos da sociedade durante a pandemia de coronavírus e convocou outros jogadores como ele a se envolverem com os menos afortunados. O ídolo disse que seus colegas têm dinheiro suficiente para enfrentarem tempos difíceis.
"Os jogadores de futebol podem viver seis meses, um ano sem receber pagamento"
- Eles não estão desesperados com as crianças dia após dia, tendo que deixar suas casas às seis da manhã e retornar às sete da noite para alimentar a família. Temos que estar lá e ajudar - disse Tevez em uma entrevista à América TV, da Argentina.
"Temos que agradecer por estarmos sãos e salvos e nos colocar no lugar dos outros"
Tevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFETevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFETevez comemora gol do Boca Juniors com a torcida: empatia — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE



Com mais três meses de contrato com o Boca Juniors, até junho, Tévez se mostrou disposto a ajudar as autoridades no auxílio aos que mais estão sofrendo com a pandemia. Disse que está disposto até a ajudar na distribuição de mercadorias e comida.
- Não gosto de fazer fantasias sobre muitas coisas, porque quando se ajuda deve ser de coração. Não é para aparecer num vídeo. Eu me coloco à disposição do clube, mesmo que isso signifique entregar mantimentos. Em vez de ir para o treinamento pela manhã, fazer coisas para as pessoas. Por exemplo, ir às cozinhas de sopa em La Boca. Eu ficaria feliz em ir. Eu sei que a minha família está bem.
"Estar com essas pessoas carentes vai nos tornar muito mais fortes, aí é que começa o grande exemplo"
O ídolo espera que a crise realmente mude as pessoas ao redor do mundo.
- É importante que todos se unam e tentem ajudar as pessoas mais necessitadas. Espero que o mundo mostre mais solidariedade.
"Estamos percebendo que somos todos iguais"
Isso nos atinge da mesma maneira, avós ainda mais, estejam eles na Argentina ou nos Estados Unidos. Espero que cresçamos como sociedade e que amanhã o mundo mude para melhor. O vírus nos ensina isso. Espero que todos saibamos disso juntos - disse Tévez.

FONTE: GloboEsporte.com e agências internacionais — Buenos Aires, Argentina

Mortes por coronavírus na Itália passam de 14,5 mil

COVID-19
EFE/EPA/PAOLO SALMOIRAGOA Itália tem 14.681 mortes causadas pelo novo coronavírus
O governo da Itália informou no início da tarde desta sexta-feira (3) que mais 766 pessoas morreram no país por Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas. Com a atualização, o número total de mortes na Itália chegou a 14.681.
De ontem para hoje, o país ainda registrou mais 4.585 casos de coronavírus, elevando o total de infectados a 119.827. São 85.388 casos ativos.
A Itália segue sendo o país com mais mortes provocadas por Covid-19, seguida por Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Apesar disso, o país é o terceiro em número de casos, atrás de Estados Unidos e Espanha, mas já na frente da China, onde a pandemia começou.
Ainda de acordo com o governo italiano, mais 1.480 pessoas se recuperaram da Covid-19 nas últimas 24 horas, um total de 19.758 recuperados. Em todo o mundo, 221.262 pessoas se curaram da doença.

FONTE: JOVEM PAN

F

"O pior está por vir", alerta secretário-geral da ONU

MUNDO

09.jan.2020 - Debate no Conselho de Segurança da ONUImagem: Xinhua/Li Muzi


Num recado duro ao mundo, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo para que governos e atores abram caminho para que milhões de pessoas sejam protegidas diante da pandemia. Num discurso nesta manhã em Nova Iorque e no momento em que a doença atinge mais de um milhão de pessoas, o chefe da diplomacia das Nações Unidas alertou sobre o risco da proliferação do vírus em locais como Síria, Afeganistão e em vários países africanos afetados por conflitos armados. "O vírus mostrou a rapidez com que pode atravessar fronteiras, devastar países e pôr vidas em risco. O pior ainda está para vir", alertou. Há dez dias, o apelo da ONU para um cessar-fogo mundial para abrir espaço para o combate à pandemia recebeu a adesão de dezenas de partes envolvidas em conflitos armados. Num levantamento publicado nesta sexta-feira, a entidade revela que grupos armados nos Camarões, República Centro-Africana, Colômbia, Líbia, Myanmar, Filipinas, Sul do Sudão, Sudão, Síria, Ucrânia e Iémen aceitaram a proposta de silenciar os canhões. Mas nem sempre cumpriram suas promessas.


 "Essa é uma oportunidade para a paz, mas estamos longe disso. E a necessidade é urgente. A tempestade COVID-19 está agora chegando a todos estes teatros de conflito. Temos de fazer tudo o que for possível para encontrar a paz e a unidade de que o nosso mundo tanto precisa para combater o COVID-19. Temos de mobilizar cada grama de energia para a derrotar", insistiu. O apelo a um cessar-fogo imediato em todos os cantos do globo tinha como objetivo dar espaço para a ação diplomática e ajudar a criar condições para salvar vidas nos locais mais vulneráveis à pandemia do COVID-19.


 "Este apelo teve as suas raízes num reconhecimento fundamental: Hoje só deveria haver uma luta no nosso mundo: a nossa batalha comum contra o COVID-19", explicou Guterres. "Sabemos que a pandemia está a ter profundas consequências sociais, económicas e políticas, incluindo as relacionadas com a paz e a segurança internacionais. Vemos, por exemplo, no adiamento de eleições ou em limitações à capacidade de voto, em restrições sustentadas à circulação, na espiral do desemprego e outros fatores que podem contribuir para o aumento do descontentamento e das tensões políticas", alertou. "Além disso, os grupos terroristas ou extremistas podem tirar proveito da incerteza criada pela propagação da pandemia", indicou. Mas ele acredita que o apelo global ao cessar-fogo está ressoando em todo o mundo. Até agora, mais de 70 países, atores não estatais, redes e organizações da sociedade civil aderiram ao pacto. "Os líderes religiosos - incluindo o Papa Francisco - juntaram a sua voz moral em apoio a um cessar-fogo global", indicou.

 Fragilidade 


A ONU, porém, não tem ilusões de que essa situação é de extrema fragilidade. "Existe uma enorme distância entre declarações e atos - entre traduzir as palavras em paz no terreno e na vida das pessoas", admitiu Guterres. "Há enormes dificuldades de implementação, uma vez que os conflitos se prolongam há anos, a desconfiança é profunda, com muitos estraga-prazeres e muitas suspeitas", alertou.


 "Sabemos que quaisquer ganhos iniciais são frágeis e facilmente reversíveis", apontou. "E, em muitas das situações mais críticas, não temos visto qualquer recuo nos combates - e alguns conflitos até se intensificaram", admitiu. Um dos exemplos é o do Iemen. Apenas das declarações de diferentes grupos de que iriam aderir ao cessar-fogo, realidade é que a violência disparou. A ONU quer agora convocar todos a uma negociação, justamente aproveitando a crise.

"Apelo a todos os governos e movimentos envolvidos e aos seus apoiantes para que ponham fim ao conflito catastrófico e ao pesadelo humanitário - e venham até à mesa das negociações", disse Guterres. Na Líbia, o governo e o Exército Nacional Líbio acolheram favoravelmente os apelos à suspensão dos combates. "No entanto, os confrontos escalaram drasticamente em todas as linhas da frente, obstruindo os esforços para responder eficazmente ao COVID-19", indicou o secretário-geral. Por fim, no Afeganistão, enquanto os combates aumentavam, em 26 de Março, foi anunciada a formação de uma equipe para negociar com os Talibãs. "Creio que chegou o momento de o Governo e os Talibãs cessarem as hostilidades enquanto a COVID-19 paira sobre o país", completou.


FONTE: UOL



Rio começa na próxima semana testes em massa drive thru

BRASIL

Governo do estado comprou 1,2 milhão de kits de teste rápido


Os testes em massa drive thru contra o coronavírus deverão começar na próxima semana no estado do Rio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo secretário estadual de Saúde, Edmar Santos. Os detalhes de como será a operação ainda estão sendo definidos.
Para possibilitar a testagem em grande volume, o governo do estado comprou 1,2 milhão de kits de teste rápido em massa de covid-19. O lote inicial de 700 mil unidades, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), chega nesta semana. A previsão é que o restante chegue ainda em abril. Além dessa compra, outros 200 mil testes rápidos foram doados pela Petrobras e chegarão na próxima quinzena, totalizando 1,4 milhão de testes.
"Chegará uma remessa grande de testes rápidos. Com isso nós faremos a testagem a partir da semana que vem. Estamos organizando o melhor protocolo para isso, a testagem da população, para entendermos a prevalência do vírus em nosso meio. Já estamos alinhados com o Detran, de tal forma que os postos serão utilizados. Uma empresa de telefonia já colocou à disposição uma rede de smartphones e linhas que serão necessárias para o processo de testagem e monitoramento das pessoas. Até sexta-feira (3) a gente terá a estratégia desenhada para anunciar quando será na semana que vem", disse Edmar, durante coletiva de imprensa.
Para dar suporte ao aumento do número de testes, a capacidade de testagem biomolecular realizada no Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) vai duplicar nas próximas semanas, segundo a SES. Nesse caso, a prioridade do diagnóstico é testar profissionais de saúde e segurança, pacientes graves e óbitos em investigação.
A ampliação foi possível por compra de novas equipamentos e parcerias firmadas com Instituto de Biologia do Exército, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), agilizando o diagnóstico. Com a iniciativa, será possível duplicar as análises realizadas hoje no estado.
Edição: Fábio Massalli

AGÊNCIA BRASIL

Caminhoneiros serão incluídos na campanha de vacinação contra gripe

BRASIL
Categoria é um dos grupos que entrará na segunda fase
Começa vacinação para caminhoneiros, motoristas de transporte ...
↑ (Foto: Ilustração)


O Ministério da Saúde anunciou hoje (2) que incluirá na segunda fase da campanha de vacinação contra a gripe categorias que estão atuando em atividades essenciais ou em ações de prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Foram incluídos na segunda fase trabalhadores da segurança pública, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e trabalhadores em portos. Os professores, que seriam contemplados nessa etapa, vão participar em momento posterior, dado o fato de que as aulas estão suspensas.
A campanha foi iniciada no dia 23 de março, com foco inicial voltado a idosos. A segunda fase terá início no dia 16 de abril. A terceira fase ocorrerá entre 9 e 22 de maio, da qual participarão crianças de 6 meses a 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, população indígena, pessoas com mais de 55 anos e pessoas com deficiência.
Segundo o Ministério da Saúde, até agora, 15,6 milhões de pessoas foram vacinadas na campanha. Essa quantidade representa 62,6% do público-alvo que se pretendia alcançar na primeira etapa.
Edição: Fábio Massalli

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Caixa lançará na terça aplicativo para cadastro em renda emergencial

BRASIL
Calendário de pagamento será divulgado na próxima semana

© Marcelo Camargo/Agência Brasil



A partir da próxima terça-feira (7), dezenas de milhões de brasileiros poderão baixar um aplicativo lançado pela Caixa Econômica Federal que permitirá o cadastramento para receberem a renda básica emergencial, de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil, no caso de mães solteiras. O banco também lançará uma página na internet e uma central de atendimento telefônico para a retirada de dúvidas e a realização do cadastro.
O próprio aplicativo avaliará se o trabalhador cumpre os cerca de dez requisitos exigidos pela lei para o recebimento da renda básica. O pagamento poderá ser feito em até 48 horas depois que a Caixa Econômica receber os dados dos beneficiários, mas o presidente do banco não se comprometeu em apresentar uma data específica. Quem não tem conta em bancos poderá retirar o benefício em casas lotéricas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que o banco lançará outro aplicativo, exclusivo para o pagamento da renda básica. O benefício será depositado em contas poupança digitais, autorizadas recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, e poderá ser transferido para qualquer conta bancária sem custos. Segundo ele, o calendário de pagamentos será anunciado na próxima semana, depois de o banco conhecer o tamanho da população apta a receber a renda básica emergencial.
Segundo Guimarães, o decreto que regulamenta a lei que instituiu o benefício será finalizado hoje, mas ele não informou se o texto será publicado ainda nesta sexta-feira (3) ou no início da próxima semana. Na segunda-feira (6), a Caixa Econômica detalhará o funcionamento dos dois aplicativos.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que só precisarão se inscrever no aplicativo microempreendedores individuais (MEI), trabalhadores que contribuem com a Previdência Social como autônomos e trabalhadores informais que não estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Caso o trabalhador esteja inscrito no cadastro único, o aplicativo avisará no momento em que ele digitar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Bolsa Família

Os beneficiários do Programa Bolsa Família não precisarão baixar o aplicativo. Segundo Onyx, eles já estão inscritos na base de dados e poderão, entre os dias 16 e 30, escolher se receberão o Bolsa Família ou a renda básica emergencial, optando pelo valor mais vantajoso.
O ministro da Cidadania lembrou que o benefício de março do Bolsa Família terminou de ser pago no último dia 30. Para ele, o pagamento do novo benefício a essas famílias antes do dia 16 complicaria o trabalho do governo federal, que ainda está consolidando a base de dados, de separar os grupos de beneficiários.
“A lei cria uma série de regras. Temos de fazer filtragem da base de dados. O que acontece? A base já existe. O maior desafio está nas pessoas que não estão em base nenhuma, por isso criamos a solução via aplicativo, internet e central de telefones”, explicou o presidente da Caixa.
Ele lembrou que, no caso do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), um terço dos 60 milhões de pagamentos foi feito por aplicativo. Para Guimarães, o índice deve ser semelhante com o novo benefício emergencial.

Desafio

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou da apresentação, o grande desafio do governo não consiste em eventuais atrasos na aprovação de medidas, mas na própria montagem da logística. “Não são um ou dois dias de atraso ou de antecipação. Desde que começamos a formular o programa, o grande desafio é a logística de entrega. É um cronograma quase físico de capturar os cadastros. Não é a aprovação que vai mudar o cronograma físico”, destacou.
Guedes destacou que, em três semanas, o governo saiu de zero para cerca de R$ 800 bilhões em programas de enfrentamento à pandemia do noovo coronavírus e de manutenção dos empregos. A conta, que envolve não apenas gastos novos, mas antecipações de despesas, adiamento de tributos e remanejamentos, está, segundo o ministro, em 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos). “Nenhum país emergente fez uma movimentação tão rápida de liberação de recursos como o nosso. A implementação está no mesmo ritmo dos Estados Unidos, um país que tem experiências com catástrofes”, declarou.
O ministro cobrou a união de prefeitos, governadores, Executivo federal, Legislativo e Judiciário para andar com as medidas. Em relação à necessidade da aprovação da proposta de emenda à Constituição do orçamento de guerra para a liberação do benefício, o ministro disse que a ala jurídica do Ministério da Economia tinha dado aval para o início do pagamento, mas que a ala econômica da pasta tinha receio de que o descumprimento da regra de ouro, que proíbe a emissão de dívida pública para gastos correntes, prejudicasse o governo, mesmo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tendo autorizado os gastos extras.

*Matéria ampliada às 17h46


FONTE: AGÊNCIA BRASIL/Edição: Lílian Beraldo


China cancela encomendas de equipamentos médicos ao Brasil

MUNDO
Empresas chinesas têm cancelado encomendas de equipamentos e consumíveis médicos feitos pelo Governo central e pelos governos regionais do Brasil sem dar explicações.

Senadores pedem adiamento das eleições municipais

POLÍTICA

Movimento em zona eleitoral de Recife nas eleições de 2016: cena que deveria voltar a se repetir este ano, pode ser adiada para 2022   Crédito Imagem: Sumaia Villela/Agência Brasil



Além da alteração nas rotinas com as medidas de isolamento, como a suspensão das aulas presenciais e o fechamento do comércio, a pandemia do coronavírus poderá afetar as eleições de 2020. A crise sanitária tem levado muitos senadores a pedir mais prazo para a regularização de documentos eleitorais e até a sugerirem o adiamento das eleições municipais.
Conforme o calendário eleitoral, as eleições para prefeito e vereador devem acontecer em outubro. Por ora, os prazos previstos estão confirmados. Nesta sexta-feira (3) a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou pedido do Partido Progressistas (PP) para adiar por 30 dias o prazo final para filiação de candidatos ao partido político pelo qual vão concorrer.
O site oficial do TSE informa que nesta sexta termina a janela para trocas partidárias, período no qual os vereadores que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito podem mudar de partido e, ainda assim, disputar o pleito.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) foi ao Twitter lembrar que, com a negação da liminar pelo STF, o prazo para filiação dos futuros candidatos a vereadores e prefeitos se encerra neste sábado (4). Também pelo Twitter, o senador Irajá (PSD-TO) alertou os candidatos a cargos municipais a não perderem o prazo.

Adiamento 

No Senado, as propostas legislativas de adiamento das eleições municipais, de 2020 para 2022, vêm ganhando força. O senador Major Olimpio (PSL-SP), por exemplo, defende a unificação dos pleitos federais, estaduais e municipais, evitando assim os gastos com as campanhas eleitorais deste ano. A economia esperada, segundo o senador, seria de até R$ 1,5 bilhão, além dos recursos do fundo eleitoral, que não seriam utilizados. Ele anunciou que pretende apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para viabilizar o adiamento.
O senador Elmano Férrer (Podemos-PI) também já pediu o adiamento das eleições deste ano. Ele informou que estuda uma PEC nesse sentido. Para Elmano, a verba das campanhas eleitorais deveria ser destinada a estados e municípios na luta contra a covid-19.
Na mesma linha, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) anunciou, nesta sexta-feira, a apresentação de uma PEC para tornar coincidentes os mandatos eletivos, criando uma eleição geral em 2022. Ele pediu o apoio dos demais senadores a essa PEC, que daria segurança jurídica ao pleito municipal previsto para este ano, que, na sua opinião, inevitavelmente deverá ser adiado.
— Com isso, poderemos aproveitar os recursos destinados pelo Orçamento à Justiça Eleitoral e também ao fundo eleitoral — declarou o senador.
No início da semana, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Mailza Gomes (PP-AC) também se pronunciaram sobre o tema nas redes sociais. Para Ciro, o adiamento das eleições seria um “ato humanitário” que poderá salvar milhares de vidas, com o uso de recursos eleitorais no enfrentamento da pandemia. Já Mailza afirmou que, em vez de campanha eleitoral, o tempo é de união de esforços e de atenção das autoridades voltadas unicamente às medidas de combate e enfrentamento ao coronavírus no país.

TSE

Em nota divulgada no último domingo (29), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, reafirmou que o calendário eleitoral das eleições 2020 está sendo cumprido. A ministra reconhece como “preocupante” o cenário criado pela pandemia de coronavírus, mas diz considerar prematuro o debate sobre adiamento do pleito no atual momento. Rosa Weber declarou, no entanto, “que a velocidade da evolução do quadro exige permanente reavaliação das providências”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado





Fonte: Agência Senado