sexta-feira, 3 de abril de 2020

A origem da saúde em Brasília




Conheça a história das primeiras unidades hospitalares do DIstrito Federal

Tudo começou em meados dos anos 50… | Foto: Arquivo Público
Em evidência nestes tempos sombrios que parecem ter emergido das páginas do romance existencialista A Peste, do escritor franco-argelino Albert Camus, os aguerridos profissionais da saúde do DF têm muito do que se orgulhar quando se trata da história do sistema hospitalar surgido na nova capital. Trata-se de passado marcado pela vanguarda, empenho e dedicação de pioneiros do setor que fizeram e, como mostram os dias atuais, fazem toda a diferença.
Tudo começou em meados dos anos 50. Com aquele que foi oficialmente o primeiro médico a pisar solo candango, o carioca Ernesto Silva (1914-2010). E, por ostentar condição tão peculiar – ou seja, a de ser um dos exploradores da região – até o final de seus 95 anos de vida, ele seria lembrado pela alcunha de o “pioneiro do antes”. Cabe o registro de que Dr. Ernesto, também militar, de fato só iria arregaçar as mangas em prol da saúde no DF em meados dos anos 50, quando assumiu uma das diretorias da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Homem de confiança de JK, fora encarregado pelo presidente de implantar as diretrizes não apenas da saúde na cidade surgida do nada, no meio do Cerrado, mas também do plano educacional.
“Como Brasília era realmente um famoso terreno de obras, os acidentes de trabalho começavam a surgir diária e assustadoramente”Edson Porto, pioneiro do setor de saúde pública no DF, sobre o HJKO
“Assumi o cargo por mérito, sem indicação política, já que Juscelino sabia que eu conhecia bem a região”, lembraria anos depois.
Nascida sob a égide da modernidade, o Plano de Saúde do DF, assim como outros elementos sociais indispensáveis para o funcionamento de uma cidade, era para ter sido essencialmente “uma obra original, isenta de erros e vícios, adaptada à rápida transformação por que passa o mundo”, como Ernesto Silva escreveu no livro História de Brasília – Um sonho, uma esperança, uma realidade.
Modernismo “assustador”
Gaúcho de Pelotas que chegou a Brasília no final dos anos 60 para fazer parte do quadro do Hospital de Base – na época chamado de Hospital Distrital –, o médico aposentado Cláudio Luiz Viegas, hoje com 74 anos, recorda que o conceito modernista da então nova capital do país assustou um bocado de gente.
Para ele, a cidade estava muito à frente de muitos governantes que a tiveram sob comando, bem como dos profissionais que chegaram à nova cidade para trabalhar em diversos segmentos.
“Muitos não estavam preparados”, avalia o profissional da saúde, que chegou aos 24 anos à capital federal. Ele atuou primeiro como clínico geral e, depois, passou a se dedicar à pneumologia.
Os primeiros postos e atendimentos
Assim como quase tudo no começo de Brasília, a saúde no DF teve início com um empurrão da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a partir da criação de um departamento que prestou relevantes serviços à coletividade. Resumia-se a um mero barraco de madeira construído no acampamento da empresa, o que viria a ser o primeiro núcleo hospitalar do Planalto Central.
“Hospital Distrital”: o Base em seus primórdios | Foto: Arquivo Público
Em tempos de coronavírus, o Departamento de Saúde da Novacap, sob direção do Dr. Jairo de Almeida, ainda nos primórdios da cidade prestou inúmeros serviços de natureza preventiva junto à jovem população que se formava. A partir de um convênio firmado com o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Endemias Rurais (DNERu), manteve em sua sede um intenso serviço de vacinação contra variólica, paralisia infantil e combate a viroses como sarampo, caxumba e rubéola.
E não apenas isso. Um ambulatório oferecia medicamentos de urgência, aplicação de injeções e até pequenas cirurgias.
No acampamento do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (Iapi), localizado entre a Candangolândia e a então Cidade Livre (hoje, Núcleo Bandeirante), seria montado também em madeira outro posto pioneiro de saúde que atendia os trabalhadores em peso.
“Havia um só médico, recém-formado, mas dedicado e prestativo”, lembraria Ernesto Silva em suas memórias. Era o jovem médico mineiro Edson Porto, mineiro de Araguari, que acabara de chegar de Goiânia, aos 26 anos.
“Brasília foi uma necessidade de sobrevivência, força de contingência, não pelo fato de acreditar na cidade”, admitiria o médico ao Programa de História Oral do Arquivo Público, gravado em fevereiro de 1989.
“Como todo médico, ou qualquer iniciante de uma carreira, eu tinha ambição de me projetar, de me realizar dentro daquela atividade. Como não havia a possibilidade de trabalhar em Goiânia naqueles primeiros anos, me ofereci para dar assistência em Brasília”, confessaria.
O Hospital Juscelino Kubistchek de Oliveira, primeira grande estrutura de saúde do DF, na década de 1950 | Foto: Arquivo Público
E foi bem ali, no acampamento do Iapi, que em julho de 1957 seria inaugurado o Hospital Juscelino Kubistchek de Oliveira (HJKO), a primeira unidade hospitalar robusta do gênero na cidade, que prestaria inestimáveis “serviços durante a construção da cidade”, como o próprio Ernesto Silva recordaria.
Visitado pouco antes de sua inauguração pelo presidente de Portugal, Craveiro Lopes, o hospital prestava assistência médica, cirúrgica e odontológica a particulares, servidores e operários que precisavam fazer o exame médico para a admissão ao serviço. “Nenhuma empresa podia dar emprego sem a apresentação da Carteira de Saúde”, registra Ernesto, também em suas memórias.
Convergência médica
Estrategicamente localizado no DF, o HJKO cuidava dos milhares de candangos que chegavam à cidade todos os dias para trabalhar nas obras da nova capital. Em 1968, com a inauguração do Hospital Distrital (atual Hospital de Base), o espaço viraria um posto de saúde. Em 1974, o antigo hospital de madeira parou de funcionar.
“O hospital HJKO foi feito realmente como um projeto interessante, na linha hospital de campanha, com 40 leitos, funcionando as quatro clínicas básicas: médica, cirúrgica, pediatria e gineco-obstetríca”, conta o pioneiro Edson Porto no depoimento ao ArPDF.
Como Brasília era realmente um famoso terreno de obra, os acidentes de trabalho começavam a surgir diariamente e assustadoramente. Foi então que, quando inaugurado o hospital, foi providenciado imediatamente a instalação de um serviço de ortopedia para atendimento nesses casos”, relata.
Vale destacar o que todos os pioneiros da área de saúde gostam de frisar: o extraordinário serviço prestado pelo Hospital Volante das Pioneiras Sociais, entregue à população em 26 de outubro de 1957. “Sua atuação foi muito valiosa quando, em 7 de junho de 1958, a Novacap iniciou o assentamento em Taguatinga da enorme população que se havia instalado ao longo da estrada Brasília-Anápolis, junto ao Núcleo Bandeirante”, reconhece Ernesto Silva.
“Até que se inaugurasse o Hospital São Vicente de Paulo, em 1959, o Hospital Volante das Pioneiras resolvia todos os casos simples naquela cidade-satélite”, acrescenta.
O hospital-base
Inaugurado em 12 de setembro de 1960, quando se comemora o nascimento de JK, o Hospital de Base (na origem chamado de Hospital Distrital, vale lembrar) surgiu para ser, como o próprio nome entrega, a base de todo o “Plano Médico-Hospitalar” do DF, atendendo os habitantes do Plano Piloto. Dotado de equipamentos de ponta e todas as especialidades, fazia parte de um moderno e avançado modelo de instituição idealizado pelo médico Bandeira de Mello, um funcionário do Ministério da Saúde contratado pela Novacap àquela época.
O sistema de atendimento médico previa ainda a construção de outros onze hospitais gerais e seis instituições rurais espalhados pela cidade e suas satélites, hoje denominadas de regiões administrativas do Entorno.
“Era um sistema bem organizado e centralizado, com ramificações para todos os hospitais, mas que ficou prejudicado, de certa forma, pelo inchaço da cidade, dez anos depois de sua inauguração – o que aconteceu, com a determinação definitiva da vinda das embaixadas e de todos os ministérios nos anos 70”, lamenta o médico aposentado Claudio Luiz Viegas, autor do livro Fragmentos – Cinquenta anos de residência médica no Hospital de Base.
Hospital de Base em seus primeiros dias, na década de 1960 | Foto: Arquivo Público
Referência na região central do país, com mais de 600 mil atendimentos anuais no pronto-socorro e no ambulatório, o Hospital de Base marcou e norteou toda uma geração de profissionais da saúde  que vieram de várias partes do Brasil tentar a sorte no Cerrado. Foi o que aconteceu com o paulista de origem árabe Hélcio Luiz Miziara, o primeiro patologista de Brasília e um dos primeiros médicos legistas do DF.
“Assinei contrato com a FHDF [Fundação Hospitalar do Distrito Federal] em janeiro de 1961, depois de ser escolhido entre três candidatos de alto nível”, conta o pioneiro, que está prestes a completar 86 anos.
“O Hospital de Base contava com um staff de alta qualidade, onde trabalhavam profissionais de alta qualidade, com passagem pelos Estados Unidos e Europa. O Hospital de Base era onde todo mundo queria ficar”, recorda o médico, ele próprio aluno residente em Anatomia Patológica no Hospital Mercy, em Pittsburgh (Pennsylvania, EUA).
Muito de sua experiência de mais de 40 anos como profissional de relevante unidade hospitalar do DF está relatado, agora, no livro Hospital que nós amamos – Hospital Distrital, que acaba de concluir. Ele pretende lançar a obra após o surto de pandemia que assola o DF e todo o país. São histórias de exemplo e passagens curiosas, como o período em que trabalhou na formação técnica de auxiliares de saúde do hospital – entre eles um jovem tímido que explodiria nacionalmente, anos depois, chamado Ney Matogrosso.
“Eu estava lá quando o presidente Tancredo Neves foi hospitalizado… São muitas histórias que narro como forma de agradecimento à cidade”, arremata.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Iges-DF lança plataforma Especial Covid-19



Ferramenta ofertará vídeos e cursos realizados em ambiente virtual por profissionais capacitados

Uma plataforma chamada ‘EaD IGESDF Especial Covid-19’ que conta com vídeos, cursos e treinamentos em ambiente virtual para o combate à atual pandemia foi lançada, nesta quinta-feira (2), pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A ferramenta tem como objetivo elevar a aprendizagem dos profissionais da saúde, além de oferecer conteúdo gratuito de educação em saúde para a população.
O EaD IGESDF Especial Covid-19 soma-se às outras estratégias no enfrentamento da pandemia pelo coronavírus. A plataforma irá ampliar o alcance das ações de educação permanente para todos os colaboradores do instituto e demais profissionais do Sistema Único de Saúde.
O conteúdo é produzido pelo time de especialistas do Iges-DF e será disponibilizado nos formatos de web-palestras, cursos e vídeos com orientações direcionadas para o combate à pandemia.
“A maior ferramenta que temos no momento para enfrentar a situação de pandemia é a educação tanto da população, quanto dos profissionais de saúde. Todos podem contribuir para o controle dessa doença”, ressaltou o diretor de Inovação, Ensino e Pesquisa do Iges-DF, Everton Macêdo.
Segundo ele, para o profissional de saúde, a ferramenta será um meio rápido e intuitivo de receber orientações sobre as formas de atendimento seguro aos pacientes e como se proteger adequadamente.
“Para a população, que não pode sair de casa, é um caminho para buscar informações qualificadas de como se prevenir, já que há circulação de muitas informações inadequadas”, complementou.
Conteúdo
Para acessar, é necessário criar um login. Inicialmente, estão sendo disponibilizados quatro vídeos, mas a plataforma é dinâmica e o conteúdo será continuamente produzido por profissionais especializados do Iges-DF, com dados técnicos atualizados. Os vídeos já disponibilizados tratam sobre lavagem de mãos, entubação de pacientes, procedimentos de fisioterapia e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Os vídeos têm duração de dois a quatro minutos.
Confira a plataforma acessando o link: http://igesdf.org.br/ead/
* Com informações do Iges-DF
DA: AGÊNCIA BRASÍLIA

Esporte cria grupo para promover o acesso às pessoas com autismo nos COPs



Projeto quer incentivar o esporte para crianças e adultos

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), criou um grupo de trabalho para incluir e promover o acesso de pessoas com autismo nos programas da pasta. A ideia surgiu durante uma conversa, online, na tarde desta quinta-feira (2), pela rede social Instagram, com o secretário de Esporte e Lazer, Leandro Cruz, e o presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Fernando Cotta (Moab), que falavam sobre a importância do esporte como ferramenta de inclusão.
O grupo de trabalho será formando por quatro integrantes da SEL (Marcela Parsons, responsável pelo Esporte da Pessoal com Deficiência; Marcelo Ottoline, da secretaria de Esporte, Lazer e Espaços Esportivos; e Paulo Dubois, diretor dos Centros Olímpicos e Paralímpicos) e Fernando Cotta (Moab). E eles irão trabalhar em prol da criação de um programa especificamente para autistas na área do esporte.
Atualmente, os autistas são atendidos juntos com os demais alunos nos Centros Olímpicos e Paralímpicos.  O COP de Santa Maria é um dos equipamentos do DF que recebe este público. Por lá, são 26 alunos que passam por atividades para desenvolver as habilidades motoras básicas de locomoção, manipulação e estabilização. Eles também fazem atividades que buscam o fortalecimento dos processos de cognição e socialização.
“As 12 unidades dos Centros Olímpicos e Paralímpicos já atendem alunos com autismo, agora vamos reorganizar a estrutura para melhorar e ampliar o atendimento desses alunos. É importante lembrar que quando falamos de autismo, não são apenas crianças, mas sim todos aqueles que têm necessidades para o atendimento, isto vai de crianças a idosos. E nós temos uma grande estrutura nos COPS para atender este público do Distrito Federal”, destacou o secretário Leandro Cruz.
Para o presidente do Moab, Fernando Cotto,  este grupo de trabalho é um grande presente para as famílias de pessoas com autismo no Distrito Federal.  “Isso vai ajudar a promover o desenvolvimento não apenas dos alunos com autismo, mas também das famílias.  Vamos fazer com que os adultos também sejam incentivados a praticar uma modalidade esportiva. A criação deste grupo é um grande presente, e veio para somar, neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo”, comemorou.
* Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Saúde orienta como identificar profissionais na hora da vacina em domicílio



Relatos de moradores apontam que bandidos estariam se aproveitando da campanha de imunização contra gripe para entrar e roubar residências

Durante a campanha de vacinação contra a gripe, pessoas acamadas ou institucionalizadas podem solicitar agendamento da imunização e receber a aplicação em casa. Porém, relato de moradores do Plano Piloto, que chegaram à vigilância epidemiológica, acendeu um alerta: bandidos estariam se passando por agentes para entrar nas casas com a desculpa da vacinação.
Diante disso, a Secretaria de Saúde ressalta quais quesitos os moradores precisam observar. “Os agentes só vão mediante agendamento prévio, feito pelo disque-saúde, e todos os servidores da secretaria estão identificados com o crachá funcional”, frisa a chefe substituta do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Região de Saúde Central, Mariana Dantas Brito.
As equipes também receberam a orientação de só chegarem à casa do paciente em carros oficiais da Secretaria de Saúde.
Vacinação 
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Influenza vai até 22 de maio. Ao todo, 128 salas de vacina estarão abertas neste período. A meta é vacinar cerca de 913 mil pessoas.
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Estudo revela redução significativa de veículos em razão do Coronavírus



Desde a publicação do primeiro Decreto que determinou a interrupção das aulas, ponto facultativo e teletrabalho, menos da metade da frota de veículos continua circulando

 Um estudo da Gerência de Controle Operacional de Trânsito do Detran/DF (Gercop) sobre o volume de tráfego nas vias urbanas após as ações do Governo do Distrito Federal, apontam que aproximadamente 56% da fora de veículos deixou de circular no período de restrições impostas para o combate à pandemia da COVID-19 no mês de março.
O estudo, iniciado com a publicação do Decreto nº 40.509/2020 que versa sobre a interrupção das atividades escolares, já demonstrou uma redução imediata de 10% da frota circulante e culminou com a publicação do Decreto nº 40.550/2020, onde foi verificado uma redução variável de 55% na segunda-feira (23) e de 65% no último domingo (29).
É possível notar que a redução de veículos circulando nas vias foi, em média, de 54,4% nos dias úteis e de 61,5% no final de semana, comparado com períodos normais de circulação. Comprova-se, portanto, que a população do Distrito Federal está permanecendo em casa, como sugere a Secretaria de Saúde e o Governador Ibaneis Rocha.
O estudo foi realizado com base na taxa de passagens de veículos nos equipamentos de registro eletrônico de velocidade. Em períodos normais de circulação é possível verificar uma média de 2,3 milhões de passagens, uma vez que um veículo passa mais de uma vez por equipamentos durante o trajeto. A partir dessa análise realizada em vias de todas as regiões administrativas do Distrito Federal, é realizada a comparação com a circulação no período de isolamento imposto pelos Decretos Distritais.
Patrulhamentos de alerta
Desde o dia 16 de março, a fiscalização de trânsito está utilizando o sistema sonoro das viaturas para fazer alertas à população, a fim de que as pessoas evitem sair de casa, como determina as autoridades de saúde. Os patrulhamentos ocorrem, prioritariamente, nos centros comerciais das cidades do Distrito Federal e vai se estender enquanto houver determinações legais para o isolamento social.
 

* Com informações do Detran
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

GDF atualiza sistema de imposto sobre herança



Cálculo e emissão do imposto vencido também passa a ser feito pela internet

A Secretaria de Economia (SEEC) disponibilizou no portal da Receita do DF uma nova versão do sistema que calcula o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) – ou imposto sobre herança, como também é conhecido. Com a atualização, a ferramenta on-line passa a permitir que o contribuinte emita o imposto nas hipóteses em que ele esteja vencido. O próprio sistema calculará o valor do imposto devidamente atualizado e com os acréscimos legais.
Outra novidade é que a partir de 30 de maio de 2020 será possível enviar as declarações relativas aos processos de divórcios e separações. Com as mudanças implementadas, a SEEC acredita que 80% dos cálculos do ITCD serão realizados pela internet.
Desde que a Secretaria de Economia lançou o sistema da Declaração Eletrônica do ITCD (DEITCD), o contribuinte pode emitir o boleto de pagamento pela internet. Para isso, basta acessar o portal www.receita.fazenda.df.gov.br e preencher a declaração eletrônica. Após isso, um sistema calcula automaticamente o valor do imposto e gera o boleto.
Essa modalidade foi disponibilizada em maio de 2019 para proporcionar agilidade e comodidade aos contribuintes.  A partir de então, o cidadão não precisa mais se dirigir a uma agência da Receita, abrir um processo e aguardar sua tramitação, o que poderia levar até 90 dias.
De acordo com o último levantamento, de 31 de março de 2020, os contribuintes já enviaram um total de 928 declarações por meio dessa declaração. Isso representou uma arrecadação de aproximadamente R$ 12,5 milhões aos cofres públicos.
A Secretaria de Economia estima que a nova funcionalidade de apuração do imposto vencido proporcione uma redução mensal de 200 processos encaminhados aos auditores-fiscais da Receita do DF para cálculo do imposto de forma convencional – feita com o envio de documentos no atendimento virtual do site da Receita. 
Por essa modalidade, a documentação é conferida pelos auditores manualmente e o cálculo não é automático. Já em relação aos casos de divórcios e separações, a redução esperada é de 60 declarações mensais.
O sistema da Deitcd pode ser acessado na área restrita do link “Serviços On-Line” constante do site da Receita do Distrito Federal (www.receita.fazenda.df.gov.br<http://www.receita.fazenda.df.gov.br/>) e as instruções de preenchimento poderão ser encontradas na opção “Cidadão”, na aba “Inventário / Separação / Divórcio / Dissolução de União Estável<https://www.receita.fazenda.df.gov.br/>”, no link “Inventário – ITCD.”

Prazo de atendimento
–  Deitcd on-line: imediato
–  Atendimento virtual com preenchimento de formulários: até 90 dias

Sobre o ImpostoO ITCD, mais conhecido como imposto de herança e doação, é um tributo que incide sobre a doação ou sobre a transmissão hereditária ou testamentária de bens móveis, inclusive semoventes, títulos e créditos, e direitos a eles relativos ou bens imóveis situados em território do Estado.
O valor do imposto é calculado sobre o valor venal (de venda) da transmissão de quaisquer bens ou direitos havidos por sucessão legítima ou testamentária, inclusive por sucessão decorrente de morte presumida e por sucessão provisória, nos termos da lei civil; ou por doação.

Quem deve pagar o ITCD?
– O herdeiro ou legatário nas transmissões causa mortis
– O beneficiário, na hipótese de renúncia ou desistência de herança, legado ou usufruto
– O donatário nas doações

Com informações da Secretaria de Economia
DA : AGÊNCIA BRASÍLIA

Convênio entre FAP-DF e Finatec fortalecerá ações contra a Covid-19



Secretaria de Saúde será contemplada com diversos projetos, entre eles a aquisição de materiais e insumos para testagem do coronavírus

Secretaria de Saúde ressalta que será reforçada a capacidade de diagnóstico do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), com investimentos da ordem de R$ 5 milhões | Foto: Secretaria de Saúde / Divulgação
Com a finalidade de apoiar a execução e o desenvolvimento de projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão destinadas ao combate à Covid–19, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) firmaram um convênio em que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal será beneficiada diretamente.
A Secretaria de Saúde ressalta que será reforçada a capacidade de diagnóstico do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), com investimentos da ordem de R$ 5 milhões.
Segundo o secretário de Saúde, Francisco Araújo, o convênio “é um passo importante para superação de uma das grandes dificuldades que todo o Brasil enfrenta, ou seja, o de realizar testagens do coronavírus, a partir da aquisição de materiais e insumos”.
A FAP-DF oferecerá recursos orçamentários e/ou financeiros no valor de R$ 30 milhões. O montante será repassado à Finatec de acordo com cronograma de desembolso contido no plano de trabalho.
“Nosso maior objetivo, sempre destacado pelo governador Ibaneis Rocha, é aplicar nossos recursos para o enfrentamento das grandes demandas do DF e agora, não poderia ser diferente, já que o enfrentamento da pandemia de Covid-19 é um desafio não apenas aqui, mas em todo o mundo”, afirma o diretor-presidente da FAP-DF, Alessandro França Dantas.
De acordo com ele, a atuação articulada entre governo, universidade e setor produtivo, especialmente em momentos difíceis, é uma valiosa estratégia para conseguir fortalecer a capacidade de ação baseada em ciência, tecnologia e inovação.
Atuação
Para atingir o objetivo geral, o convênio abrange três eixos principais de atuação. O primeiro deles é o apoio a projetos selecionados no âmbito da chamada de propostas de projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão para o combate à Covid-19, medida publicada pela Universidade de Brasília (UnB) em 25 de março.
O segundo eixo é o apoio a projetos voltados para a solução de demandas da Secretaria de Saúde relacionados ao combate à Covid-19. O terceiro eixo é o fomento ao setor produtivo (startups, micro e pequenas empresas) que tenha por objetivo o desenvolvimento de ações e projetos de inovação tecnológica e produtos que se enquadrem no combate à Covid-19 e às consequências da pandemia.
Benefícios
Dentro desses eixos, diversos projetos serão desenvolvidos. O primeiro deles, feito em parceria direta com a Secretaria de Saúde, é para o fortalecimento da capacidade de diagnóstico do Lacen-DF, para o qual a previsão orçamentária é de R$ 5 milhões.
Nesse sentido, o Instituto de Ciências Biológicas da UnB (ICB/UnB) já disponibilizou máquinas de PCR (termocicladores) com o objetivo de colaborar com o aprimoramento da infraestrutura do Lacen-DF.
No contexto de pandemia – em que são essenciais a infraestrutura e os materiais de diagnóstico de pessoas infectadas e o impacto positivo que esse procedimento tem na saúde pública – a Finatec propõe a aquisição de 15 mil kits, reagentes para diagnóstico da infecção pelo novo coronavírus; aquisição de 10 mil kits reagentes (teste rápido) e demais insumos para diagnóstico da infecção; e aquisição de máquinas de PCR (termocicladores) para detecção de coronavírus.
Eixo de atuação envolve projeto de pesquisa no âmbito da Universidade de Brasília | Foto: Secretaria de Saúde / Divulgação
“Tudo isso se trata de uma ação inicial prevista pelo convênio. Outras ações poderão ser contempladas por meio do mesmo convênio ou com outras instituições, tais como Fiocruz e agências da Organização das Nações Unidas”, explica o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica e Projetos da Finatec, Carlos Humberto Spézia.
Segundo Spézia, a importância em se testar de forma maciça a população do Distrito Federal para o novo coronavírus, e não apenas os casos graves, tem respaldo na experiência internacional, já que países como Coreia do Sul, Taiwan e Japão conseguiram, até o presente momento, achatar a curva de transmissão com baixíssimas taxas de mortalidade. Isso se deve ao fato de que as nações intensificaram a testagem em massa e o distanciamento pessoal.
“Se identificado um maior número de pessoas infectadas, em especial, as assintomáticas, pode-se isolar essa pessoa de modo a impedi-la de transmitir o vírus para outros – achatando, assim, a curva [de transmissão]. Menos pessoas infectadas no mesmo período de tempo significa menos pressão sobre os sistemas público e privado de saúde, reduzindo gasto e desgastes a longo prazo”, defende.
Demandas
Também constam entre os objetivos que constam no Documento de Oficialização de Demanda da FAP-DF:
  • Monitorar a saúde dos profissionais de saúde e da segurança pública;
  • Ampliar a capacidade geral da SESDF em atendimento da população do DF e a realização de diagnóstico da infecção causada pelo Covid-19;
  • Desenvolver tecnologias digitais para o diagnóstico, o tratamento e a prevenção da infecção causada pela Covid-19;
  • Preparar força de trabalho para atuar no ambiente de saúde digital;
  • Fomentar a rede cooperativa de ciência e tecnologia da cadeia de inovação digital do DF para o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas de enfrentamento de doenças infectocontagiosas;
  • Desenvolver atividades de comunicação, publicação e pesquisas para ampliar o grau de informação e bem-estar da comunidade do DF.
Publicação
O Convênio nº 3/2020, firmado entre a FAP-DF e a Finatec, foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (02).
O processo nº 00193-00000381/2020-22 foi assinado em 31 de março de 2020.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA

Elenco de 'La Casa de Papel' revela como é se ouvir em outras linguas




Atores falam sobre personagens serem considerados heróis e revelam curiosidade: atriz de Nairóbi acha voz de dubladora melhor que a dela própria 

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Berlim, Palermo, Estocolmo, Helsinque e Nairóbi falaram sobre sucesso da série

Berlim, Palermo, Estocolmo, Helsinque e Nairóbi falaram sobre sucesso da série

Reprodução/Instagram Netflix Brasil
Fenômeno mundial desde que estreou na Netflix, a série espanhola La Casa de Papel chega, nesta sexta (3), à sua quarta parte com muitas expectativas.
Em entrevista exclusiva ao R7, o elenco da série comentou como é ser tido como herói no mundo todo, mesmo interpretando ladrões de banco.

ra Alba Flores, a Nairóbi do seriado, esta é a grande sacada da série: colocar assaltantes fazendo algo heroico e que tem valor na sociedade. "Eu acredito que não são heróis nem vilões. Podem comportar-se bem ou comportar-se mal. Todos somos muito complexos".
Já Pedro Alonso, o Berlim, acredita que, com personagens quebrados, a série demonstra uma urgência de toda a sociedade. "Todos temos a sensação de que o sistema nos oprime, nos fere, nos anula, e a série toca nesse ponto. Ela toca nesse ponto com personagens que seguramente estão desestruturadas emocionalmente, mas tem uma necessidade incontrolável de encontrar uma razão de não sustentar mais essa situação e buscar uma solução, se negando a aceitar e indo até o final com suas decisões."
Rodrigo de la Serna, que interpreta Palermo, complementa o raciocínio. "Não estamos dizendo que para mudar o sistema é necessário roubar um banco, que isso fique claro".
Com o sucesso da série vieram também as dublagens em diversas línguas ao redor do mundo. Alba comenta que as vezes acha estranho encontrar vozes que considera melhores que dela mesma para para Nairóbi. "Já aconteceu de eu ouvir uma dubladora e pensar: 'Ai, essa voz era melhor…'. Melhor do que a minha para minha personagem!"
Enquanto Esther Acebo, que interpreta Mônica Gaztambide e, posteriormente, Estocolmo na série, conta que encontrou sua dubladora brasileira e ganhou até um presente dela. "Eu estive com a Mônica, a atriz brasileira que faz a voz da minha personagem e ela me deu um colar com o nome Mônica, pois ela e minha personagem tem o mesmo nome! Ela havia me mandado alguns vídeos e foi a primeira vez que “me escutei" em português. É divertido! É bonito e uma forma de abrir a série ao mundo também".
R7