sexta-feira, 27 de março de 2020

Corpo de Bombeiros orienta sobre uso seguro do álcool em gel




Muito procurado como aliado na prevenção ao novo Coronavírus, o produto oferece riscos se não for usado de forma correta

26/03/2020 21h59 - Atualizada hoje 01h22
Por Leandro Barreto (CBM)
A pandemia de Covid-19 aumentou a procura e a utilização do álcool em gel, um grande aliado na desinfecção das mãos e de utensílios. Mas como todo produto químico inflamável precisa ser usado de forma correta, para evitar riscos de queimaduras e até incêndio.
O Corpo de Bombeiros Militar do Pará orienta que sejam seguidas algumas normas básicas de segurança na utilização do álcool em gel 70%:
1 – Verificar a procedência do produto;
2 - Não utilizar para assepsia de alimentos;
3 - Somente uso tópico externo;
4 – Usar quantidade moderada, e espalhar homogeneamente até total absorção;
5 - Não inalar;
6 - Não ingerir;
7 - Evitar contato com os olhos;
8 - Manter longe do alcance de crianças; 
9 - Manter longe de fontes de calor;
10 - Após o uso, fechar completamente a embalagem;
11 - Após o consumo total do produto, fazer o devido descarte da embalagem.
agência pará 

Governo contrata Hospital Santa Clara para retaguarda no atendimento a pacientes de Covid-19



Na coletiva, governador Helder Barbalho falou sobre os novos casos da doença no Pará e as ações mais recentes para conter o avanço da doença

26/03/2020 22h40 - Atualizada hoje 01h13
Por Jackie Carrera (SECOM)
A rede pública de saúde do Estado ganhou o reforço de mais 70 novos leitos, depois de o governador Helder Barbalho assinar, nesta quinta-feira (26), o contrato de locação do Hospital Santa Clara, que funciona no bairro do Marco, em Belém. O governador e o secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, fizeram uma visita técnica às instalações da unidade, que está sendo reativada após passar por readequações. O Hospital Santa Clara é da rede particular, e ficou fechado após notificação da vigilância sanitária.Helder Barbalho (c) no ato de assinatura do contrato de locação do Hospital Santa ClaraFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará
O objetivo desta locação é usar, integralmente, o hospital para atender somente pacientes diagnosticados com o novo Coronavírus, desafogando o fluxo de pacientes que precisarão de atendimento em unidades de referência, como os 11 hospitais regionais, a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Universitário João de Barros Barreto e outras unidades da rede particular que disponibilizaram leitos.
“O paciente que está com baixa complexidade e foi atendido num hospital de referência será encaminhado para o ‘Santa Clara’. Por exemplo, aquele que já passou pelo tratamento semi-intensivo e precisa ir para um apartamento, um leito sem necessidade de maior intensividade, vai para o ‘Santa Clara’. Tudo isso é um reforço preventivo”, esclareceu o governador.O governador Helder Barbalho (d), o secretário Alberto Beltrame e o representante do Hospital Santa Clara durante a inspeção às instalaçõesFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará
A iniciativa do governo deixará um legado importante, após o período de enfrentamento à Covid-19, para a saúde do Estado, pois o contrato continuará em vigor mesmo após o término da pandemia no Pará. O perfil de atendimento do novo hospital ainda será definido, mas deve ser voltado para pediatria.
Parcerias – A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recebeu, por meio de uma parceria com a empresa Natura, doações de materiais de higiene e proteção. Foram entregues e serão distribuídos pela Cruz Vermelha 3 mil sabonetes doados pela Natura. O Estado recebeu também 2.500 macacões impermeáveis da empresa Jari Celulose, que serão logo entregues aos hospitais para proteção dos profissionais de saúde.Helder Barbalho com representantes da Natura, empresa que doou sabonetes para ajudar na prevenção ao novo CoronavírusFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará
Ainda dentro das ações de proteção, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Fábrica Esperança, que integra o programa de ressocialização de egressos do sistema prisional, produzirá 10 mil máscaras por dia. O material será usado por trabalhadores das áreas de saúde e segurança.Helder Barbalho e o representante da Jari Celulose na entrega dos macacões para profissionais de saúdeFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará
Boletim atualizado – No Pará, subiu para 13 o número de pessoas infectadas com o novo Coronavírus nesta quinta-feira. Em isolamento domiciliar, todos apresentam um quadro de saúde estável. Segundo o boletim divulgado pela Sespa, de ontem (25) para hoje (26) foram confirmados mais seis casos. Os dados atuais mostram que quatro municípios são focos de contágio: Belém (com sete pacientes), Ananindeua (4) e Castanhal (1), todos na Região Metropolitana de Belém, e Itaituba (1), no sudoeste paraense.
Na coletiva, Helder Barbalho atualizou o quadro da Covid-19 no Pará e anunciou outras medidas de enfrentamento à doençaFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáNa entrevista coletiva concedida hoje à noite, o governador informou que os quatro pacientes de Ananindeua se conhecem e tiveram contato entre si, representando os três primeiros casos de transmissão local de Covid-19. “Uma mulher de 35 anos teve contato com o primeiro caso confirmado em Ananindeua. E o esposo, de 26 anos, pegou dela. Os dois tiveram contato com a mulher que foi o 6º caso confirmado no Estado, e que teve passagem por São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal”, pontuou Helder Barbalho.
Os dois casos no interior do Estado foram importados de Fortaleza (Ceará) e da Europa: Uma mulher de 24 anos, moradora de Itaituba, e outra de 47 anos, residente em Castanhal. Até hoje, são 13 confirmados, 441 descartados e 97 em análise.
Segundo o governador, “é natural que haja aumento do número de casos. Estamos fazendo todas as medidas preventivas para diminuir o número de pessoas contagiadas e o ciclo dessa crise”.
O governador Helder Barbalho e o secretário Alberto Beltrame na coletivaFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáO secretário Alberto Beltrame ressaltou que a elaboração e a divulgação do boletim epidemiológico da Sespa seguem os protocolos do Ministério da Saúde, priorizando responsabilidade e transparência. “É importante transmitir informações claras, precisas e confiáveis. Temos que ter uniformidade e centralidade nas informações. Isso não é um campeonato de quem anuncia primeiro. A Sespa jamais libera dados sem checar antes, com ética e cuidado”, enfatizou o titular da Sespa.
O governador também anunciou a chegada, na noite de hoje, da equipe de profissionais que montará os quatro hospitais de campanha, com 720 leitos no total. O trabalho de instalação dos hospitais deve ser iniciado na próxima segunda-feira (30).
Fiscalização fluvial – Helder Barbalho informou que o Pará também está reforçando a fiscalização nas divisas e rios, por meio do Grupamento Aéreo (Graesp), para evitar descumprimento do decreto estadual que proíbe o transporte interestadual de passageiros.
“Vamos usar uma aeronave modelo Caravan e um helicóptero para monitorar as fronteiras, porque tivemos informações de que na região oeste do Estado embarcações vindas do Amazonas estariam descumprindo o decreto que determina a proibição de transporte coletivo de passageiros de outros estados para dentro do Pará”, disse Helder Barbalho.
Educação – A secretária de Estado de Educação, Elieth Braga, voltou a participar da coletiva, orientando os alunos da rede estadual sobre o Programa ‘Todos em Casa pela Educação’, uma parceria com a Fundação de Radiodifusão do Pará (Funtelpa) e o Sistema Educacional Interativo (SEI). As videoaulas serão transmitidas a partir de segunda-feira (30), às 15h15, pela TV Cultura, e o conteúdo programático e outras atividades ficarão disponíveis pelo aplicativo “Rede Cultura”.
A secretária Elieth Braga mostrou como os alunos da rede pública vão poder usar os recursos virtuaisFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará“É uma ação inovadora e interativa. Os alunos poderão assistir às aulas, falar por mensagem com os professores e ainda postar selfies estudando em casa. O acesso às mídias é feito pelo aplicativo ‘Rede Cultura’. Estamos fazendo isso pra não haver prejuízo aos alunos com a suspensão das aulas”, reiterou a secretária.
Foi anunciado ainda que, a partir desta sexta-feira (27), deve começar a distribuição de cestas básicas para alunos de mais de mil escolas estaduais. O investimento é de R$ 69 milhões. A distribuição seguirá um calendário por escola para evitar aglomerações e a retirada dos alimentos em dia e horário inadequados. O calendário será divulgado pelo governo em veículos de comunicação e mídias sociais.

Três hospitais públicos já receberam macacões cirúrgicos para proteção dos profissionais



Os equipamentos de proteção foram doados pela empresa Jari Celulose, que se juntou aos esforços do Estado para enfrentar a Covid-19

27/03/2020 00h23 - Atualizada hoje 02h13
Por Bruno Magno (CPH)
Macacões cirúrgicos entregues no Hospital de Clínicas Gaspar ViannaFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáO Governo do Pará repassou 2  mil macacões cirúrgicos, que evitam contaminação, doados pela empresa Jari Celulose, para três hospitais públicos do Pará na noite desta quinta-feira (26), com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde no combate ao novo Coronavírus. O equipamento de proteção foi entregue ao Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Hospital Ophir Loyola e à Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, que já poderão usar os macacões nos próximos dias. As doações foram anunciadas pelo governador Helder Barbalho durante a coletiva on-line para imprensa paraense no início da noite.
Governador Helder Barbalho, ao receber a doação, destacou a importância da proteção aos profissionais de saúdeFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáSegundo o governador, os profissionais de saúde precisam "estar protegidos para proteger a nossa população".
O Hospital de Clínicas passa a dispor de 500 macacões, recebidos pela enfermeira Michelle Till, que estava de plantão. Ela disse que se surpreendeu com a doação da Jari Celulose. "Em nome da direção do Hospital agradeço pelas doações. Trabalhar com segurança para o profissional da saúde é fundamental. Nós precisamos estar seguros para fazer atendimento nessa situação crítica que estamos vivendo, e esses equipamentos vieram em boa hora. Agradeço também ao governador Helder Barbalho pelo empenho que está tendo em relação à pandemia do novo Coronavírus", disse Michelle Till.
Entrega de 750 peças ao Hospital Ophir Loyola, referência em tratamento oncológicoFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáDoentes fragilizados - Referência no tratamento de câncer no Estado, o Hospital Ophir Loyola recebeu 750 peças. O material foi entregue ao diretor José Roberto Lobato, que destacou a importância dos macacões para a equipe desempenhar as funções em tempos de novo Coronavírus. "Sabemos que estamos enfrentando essa crise da Covid-19 no Estado, e esses macacões são extremamente importantes porque nós temos, aqui no Hospital, doentes oncológicos, que são extremamente fragilizados. Então, essa doação vai dar mais segurança para as equipes trabalharem neste momento delicado", destacou.
Já na Santa Casa, os 750 macacões foram A Santa Casa de Misericórdia também recebeu macacões doados pela Jari CeluloseFoto: Bruno Cecim / Ag.Paráentregues ao chefe de almoxarifado, Luiz Guilherme Souza. Surpreso, ele destacou o empenho do governador Helder Barbalho no combate à Covid-19 no Estado. "Em nome do diretor do hospital, queremos agradecer por essa contribuição com o nosso trabalho, e ressaltar que o governo tem dado todo apoio neste momento. A Fundação está se preparando da melhor forma possível para essa crise, já que nossa missão é prestar um grande serviço para as pessoas que precisarem do Hospital. O material só veio agregar ainda mais ao trabalho dos nossos médicos, enfermeiros e demais membros da equipe de saúde", disse Luiz Guilherme Souza.

Campeonato Gaúcho é suspenso por tempo indeterminado por coronavírus




Inicialmente, a paralisação tinha prazo de 15 dias, contando a partir do dia 16 de março

Campeonato Gaúcho é suspenso por tempo indeterminado por coronavírus
Notícias ao Minuto Brasil
27/03/20 06:00 ‧ HÁ 40 MINS POR FOLHAPRESS
ESPORTE FUTEBOL
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Federação Gaúcha de Futebol anunciou nesta quinta-feira (26) a decisão de manter o Campeonato Gaúcho suspenso por tempo indeterminado, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, a paralisação tinha prazo de 15 dias, contando a partir do dia 16 de março.
 
A decisão foi tomada durante reunião por videoconferência, envolvendo representantes da federação e dos 12 clubes envolvidos na competição. A medida será reavaliada em nova reunião no dia 20 de abril.
As últimas partidas disputadas pelo estadual ocorreram no último dia 15, pela terceira rodada do segundo turno. A primeira etapa da competição foi conquistada pelo Caxias em vitória sobre o Grêmio na decisão.
DESPORTE AO MINUTO 

Aeroporto Tom Jobim terá redução de 90% dos voos em abril



Avião decola no aeroporto de Congonhas. 

                                    Rovena Rosa Agência Brasil 

Cenário previsto é devido à crise provocada pela pandemia de covid-19

Publicado em 26/03/2020 - 18:40 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Aeroporto Internacional Tom Jobim-RIOgaleão prevê redução média de 90% do total de voos, no próximo mês de abril. A projeção é que serão cancelados 93% dos voos internacionais, com redução de 87% de voos domésticos. A estimativa foi divulgada hoje (26) pelo consórcio RIOgaleão, que administra o aeroporto internacional do Rio de Janeiro. O cenário previsto é resultado da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus no país.
Segundo o RIOgaleão, a crise no setor de saúde provoca adequações operacionais constantes, de modo a permitir que o aeroporto continue funcionando e que o impacto seja o menor possível. Esta semana, por exemplo, foi decidido o encerramento temporário das atividades do Píer Sul, extensão do terminal 2, com 100 mil metros quadrados e investimento de cerca de R$ 2 bilhões. Ali estão localizadas 26 pontes de embarque, salas VIPs, lojas e restaurantes.
A partir de agora, foi definido que todos os embarques, domésticos e internacionais serão realizados pelas 17 pontes de embarque do terminal 2. Além disso, a partir do próximo dia 1º de abril, a pista 10/28, uma das duas pistas de pousos e decolagens, terá as atividades encerradas durante o período de crise, visando diminuir os custos de manutenção envolvidos na operação.

Obrigações financeiras

Outras ações vêm sendo efetivadas, com objetivo de garantir que as obrigações financeiras possam ser honradas. Uma delas é relativa aos salários dos diretores e gerentes, que sofrerão redução de 15% a partir deste mês, para que a concessionária possa continuar pagando em dia todos os colaboradores. Essa medida vai vigorar por tempo indefinido.
A área comercial do RIOgaleão está também renegociando contratos dos estabelecimentos comerciais, com o objetivo de tornar as operações sustentáveis, de modo que as lojas e restaurantes possam se manter no aeroporto até que o cenário volte à normalidade.
O vice-presidente do aeroporto, Alexandre Monteiro, disse que “o RIOgaleão está tomando todas as medidas para seguir prestando um serviço de qualidade e essencial ao Rio de Janeiro e ao país. O Aeroporto Internacional Tom Jobim tem importância fundamental para a economia da cidade e do estado do Rio e quando a turbulência passar, vamos retomar nossas atividades de forma plena", afiançou Monteiro.
Matéria atualizada às 19h23
Edição: Aline Leal


Agência Brasil 

Câmara aprova auxílio R$ 600 por mês para trabalhador informal


Ordem do dia para deliberação de vetos. Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia (DEM - RJ)

                                      Pablo Valadares Câmara dos Deputados 

Benefício vai ser pago por três meses devido à pandemia de coronavírus

Publicado em 26/03/2020 - 22:42 Por Heloisa Cristaldo -Repórter da Agência Brasil - Brasília

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600,00, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para análise do Senado. 
Pelo texto do relator, deputado Marcelo Aro (PP-MG), o auxílio pode chegar a R$ 1.200 por família. O valor final, superior aos R$ 200 anunciados pelo Executivo no início da crise em virtude da pandemia, foi possível após articulação de parlamentares com membros do governo federal. O projeto prevê ainda que a mãe provedora de família “uniparental” receba duas cotas. 
Os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxílio:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
Pelo texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições:
- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
Pelas regras, o trabalhador não pode ter vínculo formal, ou seja, não poderão receber o benefício trabalhadores formalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e servidores públicos. 
Pela proposta, também será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio. O pagamento será realizado por meio de bancos públicos federais via conta do tipo poupança social digital. Essa conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas não pode permitir a emissão de cartão físico ou cheques.

Impacto fiscal

No início da tarde, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o auxílio de R$ 500 durante o período de crise. Segundo ele, o valor referente a meio salário-mínimo (atualmente em R$ 1.039) deveria ser pago por três meses e teria um impacto fiscal estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Com a mudança, a perspectiva fiscal é de um impacto de R$ 14 bilhões. Maia argumentou que o valor pago aos profissionais informais deve ser mantido caso ainda haja necessidade após os três meses previstos no texto. 
“Não é possível que a gente não possa garantir aos trabalhadores informais uma renda por esse período de três meses e avaliando esse cenário a cada semana, porque isso é um cenário de guerra. É importante que a gente possa aplicar os recursos [públicos] também na sociedade brasileira”, disse o presidente da Câmara.
O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), destacou o apoio de presidente Jair Bolsonaro para o auxílio de R$ 600. "O presidente Bolsonaro, muito sensível a esses 25 milhões de brasileiros que são os mais afetados, os mais sofridos, atento às reivindicações dos líderes partidários, decidiu apoiar a medida de R$ 600. Isso vai fazer com que as famílias que têm duas pessoas nessa condição tenham mais do que 1 salário mínimo, serão R$ 1.200."
Para o líder minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), a medida é essencial em tempos de crise. “Nós temos a compreensão de que, em um momento como esse, de grave crise na economia real, que está impactando a saúde pública no Brasil, nós não podemos ter restrições para gastar. Portanto, o gasto com a saúde tem que ser ilimitado”, afirmou.  
O líder do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), afirmou que a proposta garante o “mínimo de esperança” para trabalhadores informais, mas também serão necessárias medidas para micro e pequenas empresas. 
“São os informais que hoje não estão trabalhando, não têm renda. Hoje não têm a mínima esperança de chegar ao final do mês e ter o seu dinheiro para comprar as necessidades mais básicas da sua família’, argumentou o parlamentar”, disse. “Nós aguardamos agora crédito para as pequenas e médias empresas, porque nós sabemos que também elas estão paradas e não têm como se sustentar. É preciso que o governo olhe para as pequenas e médias empresas e possa liberar crédito barato extraordinário para essa finalidade, e também a medida provisória para garantir emprego e o seguro-desemprego para os trabalhadores”.
img20200318175208058
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conduziu sessão virtual da Casa Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Hospitais filantrópicos

O plenário também aprovou nesta quinta a suspensão, por 120 dias, a contar de 1º de março, a obrigatoriedade de hospitais filantrópicos de cumprirem metas quantitativas e qualitativas contratadas junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em troca de isenção de impostos, essas unidades de saúde precisam prestar serviços de saúde como consultas, exames e procedimentos de média e alta complexidade (cirurgias, por exemplo) ao SUS.
No entanto, por causa da crise provocada pela pandemia de coronavírus, esses hospitais não conseguirão atingir as metas de quantidade e qualidade para que as mantenedoras possam contar com a isenção. 
“[A medida] garante aos prestadores de serviço do SUS, especialmente as santas casas, hospitais universitários, a manutenção dos recursos que esses prestadores recebem mensalmente e que, infelizmente, podem ser interrompidos neste momento da pandemia do coronavírus”, disse o deputado Dr Luizinho (PP-RJ). 
“Porque infelizmente, neste momento, nós temos uma situação que suspende as cirurgias eletivas. A maioria desses prestadores de serviço trabalham com as cirurgias eletivas, com procedimentos ambulatoriais e certamente serão afetados. Por isso, a manutenção por 120 dias é fundamental, a fim de que eles possam ter a manutenção das suas atividades, da situação econômica dos seus empregos”, completou o parlamentar.

Adicional de insalubridade

Outra proposta aprovada pelos parlamentares garantiu um adicional de insalubridade para trabalhadores de serviços essenciais ao combate a epidemias em casos de calamidade pública.
O texto prevê que profissionais da área de saúde, segurança pública, vigilância sanitária, corpo de bombeiros e limpeza urbana no combate de epidemias devem receber o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, o equivalente a 40% do salário mínimo da região (R$ 418).
Edição: Fábio Massalli


da Agência Brasil

quinta-feira, 26 de março de 2020

Caixa reduz juros e anuncia R$ 33 bi em estímulos para economia


Brasília - Neste sábado, 37 agências da Caixa Econômica Federal do Distrito Federal e entorno estão abertas das 9h às 15h para atendimento exclusivo sobre contas inativas do FGTS (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

                                     Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil 

Medidas fazem parte de ações para enfrentar coronavírus

Publicado em 26/03/2020 - 22:30 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Caixa Econômica Federal reforçou, em R$ 33 bilhões, as linhas de crédito para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. O dinheiro se somará aos R$ 78 bilhões anunciados na semana passada, o que totalizará R$ 111 bilhões em recursos injetados.
Os R$ 33 bilhões adicionais serão destinados a linhas de capital de giro para empresas, que ganharam reforço de R$ 20 bilhões; para a compra de carteiras (R$ 10 bilhões); para o crédito a Santas Casas (R$ 2 bilhões) e para o crédito agrícola (R$ 1 bilhão).
A Caixa também cortou as taxas de juros do cheque especial para pessoa física, do parcelamento da fatura do cartão de crédito, de capital de giro, de empréstimos para hospitais, para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e para o penhor. Os juros reduzidos entrarão em vigor em 1º de abril para o cheque especial e o cartão de crédito. Para os demais produtos, as taxas já estão em vigor.
Os juros do cheque especial passaram de 4,95% para 2,90% ao mês. As taxas do parcelamento da fatura do cartão caíram de 7,7% ao mês (em média) para juros a partir de 2,90% ao mês. Para o capital de giro, as taxas máximas passaram de 2,76% para 1,51% ao mês. As taxas do CDC caíram de 2,29% para 2,17% ao mês. Os juros do penhor foram cortados de 2,1% para 1,99% ao mês. Nas linhas de crédito para hospitais, as taxas passaram de 0,96% para 0,8% ao mês.
O período em que o cliente pode ficar sem pagar as parcelas passou de 60 para 90 dias. A medida abrange o crédito a pessoas físicas, a pessoas jurídicas, a hospitais e o crédito habitacional para pessoas físicas e empresas.

Estados e municípios

O banco reforçou o volume de empréstimos para estados e municípios. A medida abrange os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Financiamento à Infraestrutura e Saneamento Ambiental (Finisa). De 2 a 17 de março, a Caixa empestou R$ 3,35 bilhões a governos locais, em 246 operações com 195 tomadores. Ainda estão em estudo outras 324 operações, no total de R$ 1,81 bilhão.
Conforme a Medida Provisória 927, o banco suspendeu o recolhimento do FGTS pelos empregadores em março, abril e maio. Quem não recolher pode parcelar o valor em até seis vezes, tendo o certificado de regularidade do FGTS prorrogado por 90 dias. O empregador que precisar suspender o pagamento precisará declarar as informações dos trabalhadores no aplicativo Sefip.

Micro e pequenas empresas

A Caixa anunciou uma linha de capital de giro para manutenção da folha de pagamento das micro e pequenas empresas. O valor não foi divulgado. O banco firmou parcerias para ampliação de linhas de crédito e para o suporte a pequenos negócios por meio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A antecipação de recebíveis, quando o comerciante recebe adiantado o valor de compras com cartão de crédito, terá taxas reduzidas.
Edição: Liliane Farias

da Agência Brasil 


CNT vai ao STF para impedir fechamento de divisas estaduais



Rodovia

                                      Marcelo Camargo/Agência Brasil 

Entidade alega que medidas são ilegais e sem embasamento técnico


Publicado em 26/03/2020 - 17:18 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/03/2020 - 19:56

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) entrou hoje (26) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular decretos estaduais e municipais que determinaram o fechamento de divisas locais como medidas para conter a disseminação do novo coronavírus. 
Na ação, a CNT alega que as medidas são ilegais e podem causar danos irreparáveis aos cidadãos e à economia do país. 
“Em inobservância às suas competências constitucionais e em contrariedade às normas gerais aplicáveis, governadores de estados e prefeitos de municípios vêm editando atos normativos nitidamente inconstitucionais que determinam, de forma desarrazoada e sem embasamento científico e técnico, o fechamento das fronteiras interestaduais e intermunicipais com a pretensão de minimizar os efeitos do contágio do Covid-19”, argumenta a CNT. 
A questão será decidida pelo ministro Luiz Fux, relator do caso.

Mais informações

No início da noite, Fux pediu que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ministério da Saúde, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestem sobre o pedido da CNT no prazo de 48 horas. Após receber as manifestações, o ministro vai decidir o caso.
*matéria atualizadas às 19h56 com informações sobre pedido do relator
Edição: Aline Leal

da Agência Brasil -


Saiba como está o avanço do coronavírus no Brasil




Brasil tem 77 mortes e 2.915 casos confirmados de coronavírus


Publicado em 26/03/2020 - 17:05 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/03/2020 - 21:06

Hoje (26) completa um mês do primeiro caso confirmado  do novo coronavírus (covid-19) no Brasil. Durante este período a pandemia produziu 77 mortes, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (26). A taxa de letalidade é de 2,7%.
Ontem, as mortes já haviam se expandido para além de São Paulo e do Rio de Janeiro, com falecimentos em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Amazonas.
O secretário de Vigilância em Saúde, Luiz Henrique Mandetta, retificou o número de mortes no país. No relatório constava 78 óbitos, com um caso no Distrito Federal. Mas o secretário afirmou que o registro foi feito por engano e que DF não tem morte por covid-19.  
Considerando um mês após o primeiro infectado, o Brasil fica atrás da China (213 mortes e 9.802 casos) mas à frente da Itália (29 mortes e 1.694 casos).
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a comparação entre Brasil e Itália deve ser ponderada por uma série de aspectos, como pelo fato dos países terem faixas etárias diferentes (a Itália com mais idosos) e pelo Brasil ter mais leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do que aquele país.
“O fato de termos mais casos não significa nada. Nós começamos de forma mais lenta, mas em compensação a Itália teve crescimento abrupto, que esperamos que nós não tenhamos. Pode ser que daqui a uma semana, nossa situação seja muito melhor que a Itália. Temos uma expectativa que nós não vamos ter número de óbitos proporcional que Itália está tendo. Precisamos esperar mais algumas semanas”, respondeu.
O total de casos confirmados saiu de 2.433 ontem para 2.915 casos. O resultado de hoje marcou um aumento de 54% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas.
Do total de mortes, 58 foram em São Paulo, nove no Rio de Janeiro, três no Ceará, três em Pernambuco, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e uma em Goiás. 
Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 1052 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro (421), Ceará (235), Distrito Federal (200), Rio Grande do Sul (158) e Minas Gerais (153).
Também registram casos confirmados Santa Catarina (122), Bahia (104), Paraná (102), Amazonas (67), Pernambuco (48), Espírito Santo (39), Goiás (39), Mato Grosso do Sul (25), Acre (24), Rio Grande do Norte (19), Sergipe (16), Pará (13), Alagoas (11), Mato Groso (11), Maranhão (10), Piauí (nove), Roraima (oito), Tocantins (sete), Rondônia (cinco), Paraíba (cinco) e Amapá (dois).

Veja na íntegra

Balanço de 1 mês de coronavírus

A avaliação da equipe do Ministério da Saúde é que o avanço do número de casos de coronavírus tem sido abaixo da expectativa, com evolução de 33% a cada dia. Desde o 100º caso,  a média foi de 31% por dia. Nesta semana, houve dias em que os números subiram abaixo dos 20%. Contudo, o secretário de vigilância e saúde, Wanderson de Oliveira, lembrou que isso se deve também ao fato dos testes que detectam a doença estarem sendo destinados a casos mais graves. Com o aumento dos exames anunciado ontem, a perspectiva é que o número seja elevado. 
Ele ressaltou como pontos positivos do enfrentamento à pandemia no país a força do sistema de saúde, a capacidade de detectar “oportunamente” o surto, a disponibilização de material para assistência e as ações para atenção primária. Já entre os pontos negativos ressaltou o fato de nos últimos anos não ter havido investimento na automatização de laboratórios centrais. 

Perspectivas para o próximo mês

A perspectiva para próximo mês é que a epidemia aumente no Brasil, uma vez que o país está no início da curva de crescimento pela qual outras nações já estão passando, como Estados Unidos, Itália e Espanha. A equipe disse que não anunciará projeções de casos, mas adiantou que deverá haver mais mortes e mais casos.
“Vamos ter 30 dias muito difíceis. Não vamos conseguir reduzir em 30 dias. Vamos enfrentar isso. É difícil fazer previsão. Essas simulações são muito precoces para fazer. O número de casos depende de variáveis da transmissão e do número de testes. Agora não vamos fazer previsão de quanto teremos em 30 dias. Nossa intenção é fazer que a curva reduza o máximo possível”,  declarou João Gabbardo dos Reis. 
Um problema adicional na avaliação da equipe é o fato desse próximo período de crescimento da curva do novo coronavírus coincidir com o pico de casos de dengue e com a epidemia de influenza. Será, como definiu o secretário Wanderson de Oliveira, uma “tempestade perfeita” que demandará uma atuação voltada às três doenças. 
“Teremos coronavírus, influenza e pico de dengue. Estamos com três epidemias simultâneas. Aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem focos de dengue e vacinem-se conforme o calendário. Se faltou vacina, converse com gestor e pergunte que dia que tem que voltar”, recomendou o secretário.

Evolução do coronavírus no Brasil

evolucao_coronavirus_confirmado
Evolução mensal do coronavírus no Brasil - Ministério da Saúde

Evolução semanal

evolucao_semanal coronavírus
Evolução do coronavírus no Brasil por semana - Ministério da Saúde

Evolução por região

evolução coronavirus_por_regiao
Evolução do coronavírus no Brasil por região. - Ministério da Saúde

asma e obesidade. 
mapa_internados_corona_26mar
Internações por Covid-19 -  por Agência Brasil

Isolamento social

Quanto a diferença de orientações entre o governo federal e as secretarias estaduais sobre o isolamento social, os representantes do Ministério da Saúde reiteraram a orientação do órgão para que pacientes sintomáticos, familiares desses e idosos não saiam de casa, mas que o restante da população evite aglomerações. Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez pronunciamento criticando as medidas dos governadores de isolamento social e fechamento de estabelecimentos comerciais. Em reunião ontem, governadores decidiram manter as providências.
“A nossa decisão prioritária é de cuidar da vida das pessoas, não esquecendo a responsabilidade de administrar a economia. Vamos continuar adotando medidas baseadas no que afirma a ciência, seguindo orientações dos profissionais de saúde e, sobretudo, os protocolos orientados pela Organização Mundial de Saúde”, afirmam os governadores em nota divulgada ao fim do encontro.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a pasta não irá contrapor as decisões dos estados e que está em diálogo com as secretarias estaduais, mas que não há uma orientação fechada do órgão de até quando as quarentenas devem ir. 
“Nós não vamos dizer não cumpram as recomendações [dos estados]. Mas não são recomendações do Ministério da Saúde. Se fechou, agora tem que manter o planejamento. Qual é o tempo? Não temos isso claro e definido. Queremos participar junto com secretários nessa definição”, pontuou. 

Dados e canal de interação

O Ministério anunciou também uma nova plataforma onde disponibilizará os dados sobre os casos e mortes decorrentes do novo coronavírus. Ela funcionará em uma página específica, com informações atualizadas diariamente. 
Foi criado um canal por meio do Whatsapp com respostas as dúvidas e orientações sobre o tema, como forma de complementar o serviço de atendimento telefônico que já existia por meio do número 136. Qualquer pessoa pode acessar enviando uma mensagem para o número 61-99380031.
*Texto alterado às 20h01 para correção de informações sobre o número de mortes no DF. 
*Texto alterado às 21h06 para acréscimo de informações. 
Edição: Liliane Farias

Agência Brasil