Edital da Secretaria de Economia prevê interrupção do cronograma de avaliação até agosto. As provas discursivas, agendadas para 12 abril, foram canceladas
RENATA MOURA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Os candidatos a uma das vagas de auditor fiscal da Receita do DF terão de esperar um pouco mais para o prosseguimento do concurso público. A prova discursiva, prevista para o dia 12 de abril, foi cancelada. A Secretaria de Economia resolveu ainda adiar todo o cronograma de atividades do processo seletivo até agosto.
A decisão foi publicada hoje (26), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). “Em razão das medidas preventivas adotadas para o enfrentamento do novo coronavírus, torna pública a suspensão temporária do concurso público para o provimento de vagas e a formação de cadastro de reserva no cargo de Auditor-Fiscal da Receita do Distrito Federal”, diz o novo edital.
A banca examinadora selecionada para organização da concorrência é o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
De acordo com o edital de lançamento da seleção, o concurso prevê o preenchimento de 40 vagas para contratação imediata e, mais 80 de cadastro de reserva. Os candidatos deverão ter diploma superior em qualquer área de formação registrado no MEC. A remuneração do auditor fiscal é de R$ 14.970 para carga horária de 40 horas/semanais.
Os candidatos, aprovados nas provas objetivas, ainda devem passar por prova discursiva e avaliação de vida pregressa.
Encontro estava previsto para 15 de abril. Decisão, em função do decreto que recomenda fim de aglomerações, vai permitir que mais pessoas opinem sobre o tema
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Para garantir a ampla participação social no debate sobre a minuta do Projeto de Lei Complementar de loteamentos fechados, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) suspendeu a realização da audiência pública.
O aviso da suspensão foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta quinta-feira (26). Anteriormente, a Seduh havia fixado 15 de abril como dia para submeter a proposta à avaliação da comunidade. Porém, em razão das medidas para reduzir a disseminação do novo coronavírus no território, optou-se pelo adiamento.
A decisão está amparada, inclusive, na determinação do Decreto nº 40.509, de 11 de março de 2020. Pela norma, editada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ficam suspensos, em todo o DF, eventos com público com mais de 100 pessoas.
O novo marco legal é um dos compromissos estabelecidos pela Seduh no início desta gestão e foi anunciada no lançamento do SOS Destrava DF, em março do ano passado. No decorrer de 2019, foi feito um seminário específico, além de cinco audiências públicas preparatórias para coletar as sugestões da comunidade ao tema.
O texto estabelece classificações e critérios para enquadrar os parcelamentos, à exceção das áreas no Conjunto Urbano de Brasília e área de influência. Também é exceção a zona urbana consolidada. Por meio da classificação, será possível estabelecer o tipo de fechamento permitido para cada área.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A atriz Marianne Ebert, 51, que fez novelas como "Barriga de Alguel" (1990) e "Sonho Meu" (1993), morreu nesta terça-feira (24) após uma longa luta contra o câncer.
Ela estava em tratamento desde 2014, quando descobriu a doença. Marianne, que também era bailarina, coreógrafa e compositora, interpretou Drica em "Barriga de Aluguel", e Irene em "Sonho Meu".
Seu último trabalho na TV brasileira foi em um episódio do programa Você Decide.A atriz morava nos Estados Unidos quando descobriu a doença, mas estava no Brasil nos últimos anos devido à saúde debilitada.
Em uma página de vaquinha online, ela conta que convivia com dores fortes e problema de mobilidade.
Na página de arrecadação, Marianne conta que seus problemas de saúde começaram com um câncer de mama, que demorou a ser diagnosticado e provocou metástase. Em 2016, ela chegou a passar por uma cirurgia.
No ano passado, amigos da atriz fizeram uma página no Instagram para ajudá-la, onde foram postados depoimentos de vários famosos, como o cantor Carlinhos Brown, 57, e a atriz Glória Pires, 56.
Iniciativa, segundo diretoria do TBV, é uma forma de homenagear os profissionais atuam no combate à pandemia do coronavírus
AGÊNCIA BRASÍLIA *
A partir das 19h dessa quinta-feira, o Templo da Boa Vontade (TBV) receberá iluminação especial na cor verde, alusiva à saúde e à esperança. A iniciativa, realizada também em outros países afetados pelo coronavírus (Covid-19), reverencia médicos, enfermeiros e técnicos, entre outros profissionais da área da saúde, que estão engajados diuturnamente no combate à doença e no cuidado com as pessoas enfermas no Brasil e no mundo.
O Templo da Paz, como é conhecido o monumento, também está atendendo às recomendações do Ministério da Saúde e do Governo do Distrito Federal que suspendem atividades com aglomerações, a fim de evitar a disseminação desse vírus. Entre as medidas adotadas, destacam-se a interrupção de todas as reuniões públicas e encontros presenciais, o adiamento dos eventos no ParlaMundi da Legião da Boa Vontade (LBV), o fechamento da Ala dos Estudantes e da biblioteca e a suspensão de visitas aos setores do TBV, exceto a Nave, o ambiente principal.
Por meio de rádio, TV, pela internet e pelo aplicativo Boa Vontade, prossegue a transmissão diária, às 18h, do programa A Hora do Templo, bem como das Cruzadas do Novo Mandamento de Jesus (aos sábados) e das mensagens e orações ecumênicas.
* Com informações do TBV e da Subsecretaria de Relações com a Imprensa (SRI) do GDF
Pró-Vítima vai atender por telefone em seis canais. Veja, abaixo, a lista dos contatos e os respectivos profissionais de plantão
IAN FERRAZ, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
A Secretaria de Justiça e Cidadania estabeleceu o sistema de teletrabalho como forma de enfrentamento e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). A medida altera o funcionamento de serviços como o dos Núcleos Pró-Vítima, destinados às vítimas de violência. Esses espaços vão funcionar em caráter de atendimento emergencial, por telefone.
Há seis núcleos disponíveis para as vítimas de violência. Veja os canais de atendimento:
Ceilândia
Contato: (61) 2104-1480 e 61) 99245-5207 (assistente social Joana)
Guará
Contato: (61) 99276-3453 (assistente social Katia Dupim)
Taguatinga
Contato: (61) 3451-2528 e (61) 99108-1274 (assistente social Ana Luzia)
Planaltina
Contato: (61) 3103-2405 e (61) 99276-5279 (assistente social Maria Isabel)
Paranoá
Contato: (61) 3369-0816 e (61) 99288-5585 (psicóloga Luana)
Sede
Contato: (61) 2104-4289 e (61) 99960-1892 (assistente social Eliane)
Os demais atendimentos permanecerão interrompidos e os servidores exercerão as atividades em regime de teletrabalho. A elaboração de relatórios, documentos, entre outros, relacionados à aplicação de medidas protetivas deverá ser mantida de forma integral pelos servidores.
Sobre o Pró-VítimaÉ um programa de atendimento de psicologia e de assistência social voltado a vítimas de violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e institucional, e seus familiares. É ofertado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), por meio da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav).
Ao buscar o programa, as vítimas são acolhidas e orientadas sobre seus direitos socioassistenciais, além de participarem de sessões de terapia de apoio individual, com foco na violência vivenciada, para o restabelecimento do equilíbrio mental e emocional.
Os serviços são gratuitos, para todas as pessoas, não havendo necessidade de comprovação de hipossuficiência econômico-financeira.
A vítima de violência pode buscar os núcleos de atendimento do Pró-Vítima de forma espontânea ou ser encaminhada por instituições e/ou autoridades públicas, assim como por amigos, parentes ou pessoas da comunidade. Os atendimentos são realizados por equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais.
"O isolamento social que esta pandemia trouxe consigo traduz-se num exame minucioso à qualidade da relação do casal. O desfecho parece óbvio, ou reforçam a relação, estando mais unidos do que nunca, ou a relação acaba e cada um deles vai ser feliz sozinho", afirma a psicóloga Vera de Melo, num artigo de opinião que partilhou com o Lifestyle ao Minuto.
Se antes, conviviam com outras pessoas e o tempo que passavam juntos se reduzia a uns pares de horas, agora não têm outra hipótese, os dois fechados em casa, em regra com crianças 24 sobre 24 horas, enfrentam assim, uma proximidade verdadeiramente forçada.
Um verdadeiro desafio…
Com o passar do tempo, com o desgaste decorrente da situação e o nível de stress associado podem começar as primeiras discussões. Às vezes nem se percebe os verdadeiros motivos, são discussões sem sentido e sem razão aparente. Discussões que vão aumentando de escalada, intensidade e frequência, tornando a sobrevivência no mesmo espaço, um verdadeiro inferno.
Mas das discussões ao divórcio ainda vai um longo caminho.
O isolamento social não será a causa do divórcio mas sim um precipitador do mesmo, ou seja irá apenas afetar aqueles casais cujas relações já estavam fragilizadas e onde não reinava a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e reconhecer as suas necessidades. O stress do contacto constante irá tendencialmente agravar as fragilidades existentes, mas importa referir que o isolamento não é o “bicho-papão” que irá destruir a relação. Se não fosse o isolamento seria outra coisa qualquer.
Os problemas agora serão mais visíveis porque o contacto é maior, mas também porque existe um fator de stress externo elevado, que acarreta um conjunto de desafios pois de repente em simultâneo têm de desempenhar vários papéis e fazer várias tarefas como, trabalhar, refeições, gerir as crianças, os pais e sogros, desempenhar o papel de professores, ir às compras, etc.
Paralelamente cada um dos elementos do casal está focado em gerir os seus medos e ansiedades face à pandemia pelo que a disponibilidade para o outro, para o ouvir e compreender é reduzida.
O segredo será aproveitar o momento para reforçar a identidade do casal.
Deixo uma pequena lista de compras para se abastecerem numa próxima ida às compras no 'seu supermercado interior':
20 Kg de paciência- Paciência para com o outro, para os seus medos e fragilidades. Paciência pressupõe tolerância, um “ingrediente” importante para sobreviver a esta pandemia.
15 Kg de comunicação- Comunicarem o que estão a sentir face à situação atual que estão a viver. O que os preocupa, o que os irrita e aquilo que os deixa feliz. É fundamental expressarem o que estão a sentir e desenvolver a capacidade de escuta e de aceitação da opinião do outro.
25 kg de empatia- Empatia para se colocar no lugar do outro, escutá-lo, perceber as suas ideias e pontos de vista. A empatia promove o respeito pelo outro e liga-nos do ponto de vista emocional.
20kg flexibilidade- Flexibilidade para encontrar estratégias para se adaptar à nova realidade. Flexibilidade para se ajustar às mudanças diárias e às necessidades, opiniões e ideias do outro elemento do casal.
17 kg de criatividade- Criatividade para encontrar estratégias para conseguir conciliar as múltiplas tarefas e papéis que têm de desempenhar. Abasteçam-se dela pois vai ser importante para reservarem algum tempo para estarem enquanto casal, a dois, sem crianças.
Para terminar abasteçam-se muito de amor, o amor traz consigo o carinho e os sorrisos, e nesta altura amor fará a diferença. Encararão com otimismo e esperança o futuro.
Conheça a história de quando a capital do país foi cenário de pilotos incríveis e suas máquinas voadoras
LÚCIO FLÁVIO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Os circuitos de rua dominaram as primeiras provas na cidade, desde o dia 23 de abril de 1960, quando três provas já mostravam a vocação da capital para a velocidade. Foto: Arquivo Público do DF
Nos anos 1960, com a nova capital do país prestes a ser inaugurada, o Brasil reunia números interessantes. Um deles dizia que a frota de carros licenciados era de 310 mil veículos. O que dava uma média de um carro para cada 226 pessoas. Uma quantidade relevante para a época. Empolgado com os dados, não demoraria para o empresário Victor Civita, do Grupo Abril, criar, em agosto daquele ano, a primeira revista sobre veículos do país, a Quatro Rodas. Uma revolução editorial. Eram os reflexos da indústria automobilística que também havia contaminado Brasília. Tanto que, durante as festividades da criação da cidade, seria realizada a primeira corrida no local, no dia 23 de abril, às 8h30. Na verdade, uma corrida, não. Três.
“Eu estava lá e me lembro como se fosse hoje, apesar de ter apenas oito anos”, conta Alex Dias Ribeiro, um dos pilotos pioneiros da cidade. “Nunca tinha visto nada igual, fiquei alucinado, imagina como era para um garoto que adorava ônibus, caminhão, motores, estar num ambiente como aquele. Saí dali com o meu destino traçado, queria ser piloto”, conta Ribeiro, filho do primeiro médico particular a se estabelecer no Núcleo Bandeirante, na época chamado de Cidade Livre.
Então organizado pelo Automóvel Clube do Brasil (ACB) – entidade criada em 1958, antes da inauguração de Brasília, e com o apoio de JK -, o Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubistchek contou com a participação de competidores de várias partes do país. Alguns deles, figuras de renomes no segmento, como o piloto paulista Eugênio Martins, pilotando um DKV Vemag, e a lenda do esporte na época, Francisco Sacco Landi, o Chico Landi.
“A vocação de Brasília para o automobilismo nasceu com a cidade. O desenvolvimentismo de JK, a aposta do país na indústria automobilística e as avenidas largas de Brasília desembocaram numa espécie de paixão pela velocidade e na revelação, já nos anos 1970, de nomes como Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e Alex Dias Ribeiro”, explica o jornalista e pesquisador Paulo Rossi, autor, com o também jornalista Luiz Roberto Magalhães, de Ponto de Partida, livro que conta a origem de todo o segmento esportivo na nova capital brasileira.
A primeira prova
Oito carros participaram da primeira prova, com largada no Eixo Monumental, ao lado da Rodoviária. Na segunda bateria, foram 25 pilotos. Na terceira, a mais importante, trinta bólidos disputaram o Prêmio Juscelino Kubitschek. Foto: Arquivo Público do DF
E, assim, oito carros participaram da primeira prova, num circuito improvisado com largada no Eixo Monumental, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto. Na segunda bateria, foram 25 pilotos. Na terceira etapa, a mais importante do evento, trinta bólidos disputaram o “Prêmio Juscelino Kubistchek”, vencido por Jean Louis de Lacerda, um brasileiro nascido na França. “Essa foi uma das mais difíceis vitórias que consegui. Uma vitória suada”, relatou o vencedor em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
Somente no segundo ano do aniversário de Brasília, em 1962, numa cidade ainda ofuscada pelas sombras das construções, um novo traçado seria desenhado para carros velozes e seus pilotos ousados. Nasceria assim, no dia 29 de abril daquele ano, “Os 1000 Quilômetros de Brasília”, cujo circuito passava por trechos como o Setor Comercial Norte, Hotel Nacional, Setor Comercial Sul, Banco do Brasil, Vale do Rio Doce.
A maratona no asfalto foi disputada por 33 competidores. A corrida, com largada às 4h da manhã, tinha quase 10h de duração. Era uma espécie, guardadas as devidas proporções, do circuito de Mônaco (um dos mais tradicionais da Fórmula 1), no coração do Cerrado. Só que sem príncipe. E sem Grace Kelly. E, naquele ano de 1962, também sem JK.
“Os carros passavam bem na frente da minha casa. Naquela madrugada, eu, meu pai e meu irmão ficamos na janela de casa assistindo, maravilhados”, lembraria, anos depois, Napoleão Augusto Ribeiro, presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal (FADF), que morava na 403 Norte, em depoimento ao livro Ponto de Partida.
Uma sensação do esporte na cidade na década de 1960, “Os 1000 Quilômetros de Brasília” seriam realizados pelas ruas espaçosas da capital até abril de 1970, quando foi proibido pelas autoridades visando a segurança da população. A última prova, disputada em 1970, debaixo de muita chuva, seria vencida pela dupla Marivaldo Fernandes e Emílio Zambello, pilotando um Alfa Romeo GTA, da equipe Jolly.
Só assim, após três anos de corridas numa pista improvisada no estacionamento do Estádio Rei Pelé, finalmente foi inaugurado, em fevereiro de 1974, o hoje Autódromo Internacional Nelson Piquet. O circuito seria inaugurado com uma disputa extracampeonato de Fórmula 1, vencida pelo piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, guiando uma McLaren Ford.
“Quando, por razões de segurança, os circuitos de rua foram proibidos, era natural que a jovem e veloz capital da República ganhasse um autódromo capaz de receber inclusive GPs da Fórmula 1. E, assim, o circuito brasiliense foi inaugurado”, comenta Paulo Rossi. “À época, era o mais moderno circuito do país”, assegura o jornalista.
Ídolos do volante no DF
Numa cidade onde as ruas e avenidas largas e espaçosas são abundantes como as grossas raízes árvores do Cerrado – pelo menos nos traços desenhados por Lucio Costa no Plano Piloto -, mais do que natural que uma geração de pilotos de corridas brotasse pela cidade como ouro em mina. O primeiro deles seria o gaúcho de Pelotas, Ênio Garcia, convidado pela Willys Interlagos para disputar a prova dos “1000 Quilômetros de Brasília” já no início da cidade, em 1962.
Acho essa uma das melhores histórias de Brasília, creio que ela é mais relevante mundialmente para a Capital, que a história do Rock Brasília.Denílson Félix, cineasta
“Ênio foi o primeiro nome da capital a conquistar resultados expressivos no automobilismo nacional, orgulhava-se de ter aberto as portas da velocidade para talentos que levaram o nome de Brasília para o mundo”, frisa Rossi.
Na segunda metade dos anos 1970, o talento de um jovem criativo de sobrenome francês, fora e dentro das pistas, deu o que falar no Brasil e no mundo. Filho de pais pernambucanos e nascido no Rio de Janeiro, o Piquet foi surrupiado do nome de solteira da mãe. Uma tática matreira para enganar o pai, um respeitado médico, ex-ministro da Saúde, que o queria ver trocando bola nas quadras de tênis.
“Ninguém imaginava que o Nelson fosse chegar à Fórmula 1. Nem ele”, recordaria anos depois, no livro Ponto de Partida, José Luiz Faria, um dos mais respeitados mecânicos da mítica oficina de automóveis da capital, Camber, e um dos mentores de Nelson Piquet. “Ele já era bom de volante e tinha ficado muito bom na mecânica. Era inventivo e sempre foi fuçador”, disse Faria.
O resto é história, que o transformaria em lenda do automobilismo brasileiro e mundial, com três títulos de Fórmula 1 nas costas, conquistados em 1981, 1983 e 1987. “Nunca sonhei em ser piloto. Nunca achei que seria capaz. Queria apenas saber mais sobre mecânica. Acabei com mais gasolina do que hemoglobina em meu sangue”, admitiria o ídolo, no livro, De Volta Para o Futuro – Camber Uma Escola de Vida, que conta a trajetória da oficina mecânica que consolidou a carreira, também, de Roberto Pupo Moreno. “A Camber física é coisa do passado, mas marcou uma geração de fãs de automobilismo na cidade e o seu legado está vivo na memória dos apaixonados pelo tema”, garante Alex Dias Ribeiro, hoje morando em São Paulo.
Quando éramos jovens
O ano era 1967. Os Beatles tinham acabado de lançar Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, no Reino Unido, e no sudoeste asiático, a Guerra do Vietnã estava longe de ter um fim. No Brasil, o povo dançava ao som dos festivais da canção sob a sombra da ditadura. Enquanto isso, em Brasília, quatro jovens apaixonados por automobilismo, bons de volantes e antenados em motores alimentavam um sonho quase utópico. “A gente queria ter o nosso próprio carro de corrida”, revela Alex Dias Ribeiro, que, a bordo de um March 761 Ford, chegaria a Fórmula 1 em 1973.
E foram o que ele e os amigos Helládio Toledo, João Luiz da Fonseca e José Álvaro Vassalo fizeram, dando origem a uma das mais respeitadas e requisitadas mecânicas de automóveis da capital, a Camber, que até 1975, tinha dois endereços na cidade. Um na Asa Norte e outro na Asa Sul. O nome não podia ser mais apropriado e técnico. Fazia referência ao ângulo de inclinação das rodas de um automóvel. Por ali trabalharam como mecânicos Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno. E ali foi construído o primeiro carro de corrida de Brasília. “Nós conseguimos nosso protótipo”, exulta, Alex.
Dos que tiveram privilégio de pilotar a caranga, vermelha como uma Ferrari e esquisita como um patinho feio, tal qual o personagem da fábula do dinamarquês Hans Christian Andersen – apelido que ganhou após uma reportagem do Correio Braziliense -, o bólido construído improvisadamente em 25 dias conseguiu a façanha de conquistar o segundo lugar nos “500 Quilômetros de Brasília”. Um feito que chamaria a atenção do cineasta Denílson Félix, realizador de um documentário que conta a história desses quatro pilotos sonhadores e sua máquina voadora. O filme foi vencedor da mostra paralela do Festival de Brasília do Cinema de Brasileiro de 2018.
“Eu simplesmente achava que levar aquela história para os cinemas era uma necessidade histórica e uma obrigação cinematográfica”, justifica hoje Félix, que pretende lançar uma continuação do projeto. “Acho essa uma das melhores histórias de Brasília, creio que ela é mais relevante mundialmente para a Capital, que a história do Rock Brasília. Estamos ainda trabalhando na segunda parte da história, que agora vai tratar especificamente da oficina Camber, da rotina da oficina Camber, que para muitos, foi o ‘Facebook’ da época”, afirma.
Meta é garantir que não sejam interrompidos os serviços essenciais à população, como abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto
AGÊNCIA BRASÍLIA *
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) solicitou, na quarta-feira (25), à Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), a elaboração de um plano de contingência. A meta é garantir a continuidade, sem interrupção, dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, enquanto vigorar a situação de emergência em saúde pública, decorrente do coronavírus (Covid-19).
O plano de contingência segue determinação do governo federal, ao qual coube definir os serviços públicos e as atividades essenciais indispensáveis à comunidade que, neste momento, podem colocar em risco a saúde da população se não forem atendidos.
No ofício encaminhado à Caesb, a Adasa reforça que o órgão regulador deve ser comunicado previamente, caso haja alguma limitação ou interrupção nos serviços não incluídos no plano – que deve ser encaminhado à agência até a próxima segunda-feira (30).
SLU
Com o mesmo objetivo, a Adasa comunicou ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU) que qualquer alteração na coleta e tratamento de resíduos sólidos, também considerados essenciais, deverá ser articulada previamente com o órgão regulador.
A agência se colocou à disposição do SLU para colaborar com discussões e ações de regulação que possam contribuir na prestação do serviço para o enfrentamento da pandemia.
Foram liberados R$ 7.774 milhões. Expectativa é que obras comecem no segundo semestre
AGÊNCIA BRASÍLIA*
A primeira reunião de 2020 do Fundo de Desenvolvimento Urbano do Distrital (Fundurb) foi realizada, nesta quarta-feira (25), por vídeo conferência em função do Decreto n° 40.596, que determinou o teletrabalho.
O colegiado discutiu a liberação de recursos para obras de revitalização do Setor de Rádio e TV Sul e da Praça do Povo, localizada no Setor Comercial Sul. O relator das duas matérias foi o representante da Secretaria de Obras, no colegiado, Maurício Canovas.
O primeiro parecer colocado em discussão tratou das obras de acessibilidade e recuperação das calçadas do Setor de Rádio e TV Sul. O colegiado acompanhou o voto do relator e aprovou o parecer destinando R$ 6.177 milhões para a requalificação do SRTVS. Os recursos serão liberados da seguinte forma: R$ 3.052 milhões para este ano e R$ 3.125 milhões para 2021.
O segundo parecer tratou da requalificação da Praça do Povo, localizada no Setor Comercial Sul. Nesse caso, o colegiado também aprovou o parecer do relator Maurício Canovas, destinando R$ 1.597 milhão para as obras. Sendo que R$ 1.197 milhão será liberado este ano.
Os dois processos já haviam sido aprovados pelo Fundurb em 2019, mas os projetos originais sofreram reajustes e por isso, foi necessária nova votação.
De acordo com a secretária-executiva da Seduh, Giselle Moll, “as obras públicas são indispensáveis para o equilíbrio da economia, especialmente neste momento que estamos vivendo”. “A reunião mostra que embora estejamos a distância, estamos unidos na continuidade dos trabalhos, para viabilizar projetos e obras importantes para o DF”, afirmou.
Fundurb
O Fundo de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Fundurb) possui natureza contábil e é vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
Possui como objetivo captar e destinar recursos para viabilizar programas e projetos voltados para o desenvolvimento urbano, institucional e para preservação do patrimônio existente na área de tombamento de Brasília.