terça-feira, 24 de março de 2020

Coronavírus: Como reorganizar a rotina pode ajudar a saúde psíquica na quarentena


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Mudanças nas tarefas diárias podem trazer impactos psicológicos diversos; conheça estratégias para manter o equilíbrio
Seg, 23/03/2020 - 20h39 | Do Portal do Governo
Com o aumento no registro de casos da COVID-19, doença causada pelo coronavírus, uma preocupação de especialistas é com a saúde mental dos cidadãos, principalmente em razão da necessidade de distanciamento social. Para o professor e psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), o momento exige que todos reorganizem as rotinas.
“Um dos primeiros efeitos da quarentena é a desorientação atencional. A pessoa se sente mais confusa, menos concentrada, muito mais cansada. Ela pensa que vai trabalhar em casa e vai conseguir descansar, mas não é isso que acontece. Porque uma série de apaziguadores que nós temos no trabalho, como a pausa para o cafezinho ou a conversa com o colega, são suspensos”, aponta o psicanalista ao Jornal da USP.
“É uma crise geral, mas é muito importante a gente ter em mente que isso tudo vai passar. Pode demorar muito tempo, pode demorar mais tempo do que a gente gostaria, mas vai passar”, ressalta. O docente lembra que se trata de uma situação com várias fases e que está apenas começando. “Ter consciência disso é muito importante para fazer a travessia deste momento”, aponta.
Christian Dunker destaca os possíveis efeitos da quarentena em dois grupos de pessoas. O primeiro é de quem nunca foi ansioso, mas passa a ter ansiedade; nunca teve insônia, mas fica com dificuldade de dormir, apresenta reações muito agressivas ou irritadas; ou então começa a se sentir confuso ou desorientado.
Do outro lado, estão aquelas pessoas cujos efeitos da quarentena intensificarão as dificuldades e fragilidades que já estavam presentes antes. Por exemplo, para um paciente com uma orientação paranoide (um tipo de transtorno de personalidade), é possível que a quarentena incremente o sofrimento ou traga um efeito relativamente apaziguador. Outro exemplo são as pessoas com fobia social e que diariamente lutam para ir ao trabalho. Em casa, elas podem se ver em um ambiente mais protegido, mais favorável.
Relatos
Christian Dunker conta que vários de seus pacientes com algum tipo de depressão disseram a ele que agora as coisas estavam melhores, pois antes da quarentena era muito difícil sair da cama ou de casa e agora não precisavam mais se preocupar com isso, podiam passar o dia de pijama e demorar mais para sair da cama. O professor alerta que, no caso dessas pessoas, o que agora está sendo sentido como um relativo alívio, pode se tornar potencialmente mais grave com o passar do tempo.
Uma atitude preditiva para um mal percurso, de acordo com o psicanalista, são aqueles que negam a gravidade da epidemia. “Esse tipo de negação é muito ruim porque, no fundo, sabemos que é uma espécie de autoengano, às vezes, de autoengano coletivo. E tende a produzir uma espécie de ruptura, de violação, de sentimento de traição, de instabilidade psíquica derivada da ruptura das nossas referências simbólicas”, diz o professor.
O professor também chama a atenção para a forma como algumas pessoas lidam com o medo, emoção esperada diante da situação: com excessivo compartilhamento de informações. Ele destaca que os dados confiáveis são muito importantes, agem até como medidas protetivas. Mas há quem, em vez de se acalmar, se aquietar e se conter, age com muita compulsividade, seja na obtenção ou na disseminação de informações, sem uma reflexão ou contextualização.
Tarefas a cumprir
Quem está na quarentena tem algumas tarefas a cumprir, de acordo com o psicanalista. A primeira é a reorganização cotidiana e pensar em horários para fazer cada coisa. A segunda tarefa é cuidar da higiene e manter a salubridade corporal, pois os cidadãos entrarão em um período de baixa atividade física, o que os fragiliza.
O docente Christian Dunker também recomenda a prática da meditação e lembra que o Conselho Regional de Psicologia autorizou o tratamento psicológico online. Se os sintomas de ansiedade e depressão passarem da conta, o psicanalista sugere procurar ajuda de um profissional da área e pensar em um tratamento via internet.
Para o equilíbrio mental, o psicanalista sugere fazer pausas ao longo do dia e encontrar atividades que não sejam exatamente produtivas, mas sim restaurativas: pode ser uma leitura, a jardinagem, o cuidado com os animais, ou a arrumação de armários e da casa ou mudar os móveis de lugar.
“Acho a leitura uma boa prática para isso, diferente das telas [televisão, celular, computador], porque ela convoca uma reestruturação da atenção da pessoa. Você precisa entrar no livro e seguir o personagem”, destaca.
Outra coisa muito importante é a recuperação dos laços afetivos e sociais: aquele avô ou avó talvez precise de alguns empurrões para, finalmente, entrar no mundo digital, e conversar, por exemplo, via Skype (comunicador de voz e imagem via internet).
Christian Dunker lembra que há lugares nos quais o aplicativo fica ligado durante o dia, continuamente, e não apenas durante as ligações, assim podem ouvir e partilhar a rotina diária com pessoas que estão em outra residência. São usos diferentes para recursos com os quais a população já está acostumada.
Crianças e idosos
Sobre as crianças, elas demandam, segundo o professor, uma atenção especial, pois terão mais dificuldades em substituir os laços físicos pelos digitais. É um momento para acompanhar o filho mais de perto, contar histórias, participar das brincadeiras e interações perdidas ao longo do tempo.
“Para os pais que vivem dizendo ‘eu não tenho tempo pra isso’, agora chegou o momento de fazer esses ajustes. Também é necessário observá-las, se pararam de brincar, se se isolaram demais, se estão comendo e dormindo direito, porque a quarentena é uma situação muito adversa e elas são muito sensíveis para captar a preocupação dos adultos”, informa o psicanalista.
Os pais precisam falar a verdade sobre a quarentena porque, em geral, mentir nesse momento aumenta a problemática. A criança vai ter de lidar com pensamentos como “por que será que os meus pais estão me escondendo alguma coisa?”, além de todas as outras pressões que atingem a todos neste momento.
Os idosos também demandam muita atenção, pois geralmente mantêm uma relação muito específica com o cotidiano e são muito sensíveis às reformulações mais radicais Para Christian Dunker, é um momento para cultivar a solidariedade, o altruísmo e a humildade.

SP registra 30 óbitos relacionados à COVID-19



Mortes registradas desde domingo (22) são da capital; há 745 casos confirmados no Estado
Seg, 23/03/2020 - 17h56 | Do Portal do Governo 
A Secretaria de Estado da Saúde registrou um total de 30 óbitos relacionados à COVID-19 (doença provocada pelo novo coronavírus), nesta segunda-feira (23). Todos ocorreram na cidade de São Paulo. Dos oito novos óbitos confirmados desde ontem, seis são homens (33, 68, 75, 76, 77, 78 anos) e duas mulheres (80 e 88 anos).
O paciente de 33 anos tinha comorbidades, condição que, assim como no caso dos idosos, configura grupo de risco.
Entre o total de mortes registradas até o momento, 27 ocorreram em hospitais privados e três em hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde). O Estado também registra 745 casos confirmados.

Coronavírus Sem Fake nº 3: vacina contra gripe, doação de álcool em gel e bebida morna



Equipe técnica da Secretaria da Saúde esclarece informações falsas divulgadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagem
Seg, 23/03/2020 - 18h48 | Do Portal do Governo
O Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado da Saúde e da Comunicação, tem atuado também no combate à desinformação sobre o novo coronavírus. A fim de orientar a população sobre quais ações adotar no dia a dia, Governo tem usado seus canais oficiais de comunicação para divulgar informações corretas e para desmentir notícias falsas a respeito do novo coronavírus e da Covid-19, nome da doença causada por ele.
Abaixo, veja mais três informações verificadas pela equipe técnica da Secretaria da Saúde.
1. É falsa mensagem sobre vacinação contra gripe por ordem alfabética
DownloadGoverno do Estado de São Paulo
campanha de vacinação contra a gripe, iniciada em todo o país nesta segunda-feira (23), é válida para todos os idosos acima de 60 anos. Além dos profissionais da saúde, idosos fazem parte do público alvo nesta primeira etapa da campanha. Em abril e em maio, a vacinação será ampliada para outros grupos.
São falsas, portanto, as mensagens que dizem que a vacinação em São Paulo será dividida por ordem alfabética. Todos os que forem desses grupos podem se vacinar nesta primeira etapa. Em caso de dúvidas, procure o serviço de saúde da sua cidade. A Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com os municípios, fez uma série de recomendações a fim de evitar aglomerações.
A vacina contra a gripe não previne a COVID-19 (doença provocada pelo novo coronavírus), mas ela é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses.
2. É falso link que indica doação de álcool em gel pela Ambev
DownloadGoverno do Estado de São Paulo
Material compartilhado nas redes sociais e por celular com o título “Ambev – Retire seu álcool gel” é falso. O link usado na mensagem não tem relação com a empresa nem tampouco foi compartilhado por ela. A imagem compartilhada ainda escreve de forma errada o nome do produto. A forma correta é “álcool em gel”. Erros ortográficos e gramaticais grosseiros são alguns dos indícios de que mensagens são falsas.
Por meio de nota, a Ambev afirma que essa mensagem é mentirosa e adverte que pessoas mal-intencionadas estão usando a pandemia de COVID-19 para aplicar golpes cibernéticos.
“A Ambev esclarece que a produção de álcool em gel que está produzindo será doado para hospitais públicos municipais de SP, RJ e BSB, locais onde há mais casos da doença no momento”, diz a nota da empresa.
3. É falso que ingerir bebidas mornas contra COVID-19
DownloadGoverno do Estado de São Paulo
Áudio de um homem que recomenda métodos de prevenção à COVID-19, como ingerir chás e sopas, traz conteúdo errado e falso. Até o momento não há remédios específicos nem vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus.
“A temperatura do corpo humano é de pelo menos 36°C, assim, beber água a uma temperatura de 26 a 27 °C não traz benefício algum em relação à prevenção ou eliminação do Coronavírus (COVID-19), uma vez que no corpo humano o vírus tolera temperatura de pelo menos 36°C”, esclarece nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
As recomendações de prevenção, da Secretaria da Saúde e do Ministério da Saúde, são, por exemplo:
– lavar as mãos com frequência, com água e sabão, ou higienizá-las com álcool em gel 70%
– ao espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável;
– evitar contato com pessoas doentes ou com sintomas de gripe e resfriado;
– evitar aglomerações;
– não compartilhar objetos de uso pessoal;
– ficar em casa em caso de sintomas (até que os sintomas desapareçam) e, principalmente, se for pessoa idosa com mais de 60 anos.

Coronavírus: Procon registra 5.166 atendimentos relacionados ao novo coronavírus


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Reclamações são encaminhadas às empresas, que deverão apresentar soluções viáveis e satisfatórias para cada caso específico
Seg, 23/03/2020 - 19h42 | Do Portal do Governo
Até esta segunda-feira (23), a Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado, registrou 5.166 atendimentos sobre problemas relacionados ao coronavírus (cancelamentos de viagens e eventos, além de denúncia de abusividade de preços e ausência de produtos), dos quais 2.915 foram reclamações e 2.251 consultas.
Das 2.915 reclamações, 1.515 foram contra agências de viagens e 998 contra companhias aéreas. Os consumidores também reclamaram de farmácias, lojas e mercados (240 casos), programas de fidelidade (66 queixas), cruzeiros (49 casos) e de problemas com ingressos e eventos (47 queixas).
As reclamações estão sendo encaminhadas às empresas, que deverão apresentar soluções viáveis e satisfatórias a cada caso específico, e as denúncias serão apuradas pela equipe de fiscalização para providências de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O Procon-SP reitera que é importante que o consumidor siga as orientações dos órgãos competentes (Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde) para se proteger e evitar a propagação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Direitos
O consumidor não é obrigado a expor a saúde a riscos viajando ou indo a eventos onde poderá contrair o coronavírus. As empresas devem negociar alternativas que não prejudiquem o consumidor, como adiar a viagem ou o evento para data futura; restituir valores já pagos ou ainda outras possibilidades que não lesem o consumidor e com a qual ele esteja de acordo.
Segundo o CDC, é caracterizado como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. Dessa forma, se o consumidor se deparar com algum valor de produtos ou serviços relacionados ao coronavírus que considere abusivo, poderá registrar reclamação junto ao órgão estadual.
A Diretoria de Fiscalização solicitará esclarecimento junto ao fornecedor que poderá responder a processo administrativo e até ser multado caso a infração seja constatada.
Canais de atendimento
O Procon-SP disponibiliza canais de atendimento a distância para intermediar conflitos e orientar os consumidores: via internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo – disponível para Android e iOS – ou redes sociais, marcando @proconsp, indicando o endereço ou site do estabelecimento.
O telefone 151 (para cidades atendidas pelo código de área 11) pode ser utilizado para orientações e denúncias.

Coronavírus: Como reorganizar a rotina pode ajudar a saúde psíquica na quarentena



Mudanças nas tarefas diárias podem trazer impactos psicológicos diversos; conheça estratégias para manter o equilíbrio
Seg, 23/03/2020 - 20h39 | Do Portal do Governo
Com o aumento no registro de casos da COVID-19, doença causada pelo coronavírus, uma preocupação de especialistas é com a saúde mental dos cidadãos, principalmente em razão da necessidade de distanciamento social. Para o professor e psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), o momento exige que todos reorganizem as rotinas.
“Um dos primeiros efeitos da quarentena é a desorientação atencional. A pessoa se sente mais confusa, menos concentrada, muito mais cansada. Ela pensa que vai trabalhar em casa e vai conseguir descansar, mas não é isso que acontece. Porque uma série de apaziguadores que nós temos no trabalho, como a pausa para o cafezinho ou a conversa com o colega, são suspensos”, aponta o psicanalista ao Jornal da USP.
“É uma crise geral, mas é muito importante a gente ter em mente que isso tudo vai passar. Pode demorar muito tempo, pode demorar mais tempo do que a gente gostaria, mas vai passar”, ressalta. O docente lembra que se trata de uma situação com várias fases e que está apenas começando. “Ter consciência disso é muito importante para fazer a travessia deste momento”, aponta.
Christian Dunker destaca os possíveis efeitos da quarentena em dois grupos de pessoas. O primeiro é de quem nunca foi ansioso, mas passa a ter ansiedade; nunca teve insônia, mas fica com dificuldade de dormir, apresenta reações muito agressivas ou irritadas; ou então começa a se sentir confuso ou desorientado.
Do outro lado, estão aquelas pessoas cujos efeitos da quarentena intensificarão as dificuldades e fragilidades que já estavam presentes antes. Por exemplo, para um paciente com uma orientação paranoide (um tipo de transtorno de personalidade), é possível que a quarentena incremente o sofrimento ou traga um efeito relativamente apaziguador. Outro exemplo são as pessoas com fobia social e que diariamente lutam para ir ao trabalho. Em casa, elas podem se ver em um ambiente mais protegido, mais favorável.
Relatos
Christian Dunker conta que vários de seus pacientes com algum tipo de depressão disseram a ele que agora as coisas estavam melhores, pois antes da quarentena era muito difícil sair da cama ou de casa e agora não precisavam mais se preocupar com isso, podiam passar o dia de pijama e demorar mais para sair da cama. O professor alerta que, no caso dessas pessoas, o que agora está sendo sentido como um relativo alívio, pode se tornar potencialmente mais grave com o passar do tempo.
Uma atitude preditiva para um mal percurso, de acordo com o psicanalista, são aqueles que negam a gravidade da epidemia. “Esse tipo de negação é muito ruim porque, no fundo, sabemos que é uma espécie de autoengano, às vezes, de autoengano coletivo. E tende a produzir uma espécie de ruptura, de violação, de sentimento de traição, de instabilidade psíquica derivada da ruptura das nossas referências simbólicas”, diz o professor.
O professor também chama a atenção para a forma como algumas pessoas lidam com o medo, emoção esperada diante da situação: com excessivo compartilhamento de informações. Ele destaca que os dados confiáveis são muito importantes, agem até como medidas protetivas. Mas há quem, em vez de se acalmar, se aquietar e se conter, age com muita compulsividade, seja na obtenção ou na disseminação de informações, sem uma reflexão ou contextualização.
Tarefas a cumprir
Quem está na quarentena tem algumas tarefas a cumprir, de acordo com o psicanalista. A primeira é a reorganização cotidiana e pensar em horários para fazer cada coisa. A segunda tarefa é cuidar da higiene e manter a salubridade corporal, pois os cidadãos entrarão em um período de baixa atividade física, o que os fragiliza.
O docente Christian Dunker também recomenda a prática da meditação e lembra que o Conselho Regional de Psicologia autorizou o tratamento psicológico online. Se os sintomas de ansiedade e depressão passarem da conta, o psicanalista sugere procurar ajuda de um profissional da área e pensar em um tratamento via internet.
Para o equilíbrio mental, o psicanalista sugere fazer pausas ao longo do dia e encontrar atividades que não sejam exatamente produtivas, mas sim restaurativas: pode ser uma leitura, a jardinagem, o cuidado com os animais, ou a arrumação de armários e da casa ou mudar os móveis de lugar.
“Acho a leitura uma boa prática para isso, diferente das telas [televisão, celular, computador], porque ela convoca uma reestruturação da atenção da pessoa. Você precisa entrar no livro e seguir o personagem”, destaca.
Outra coisa muito importante é a recuperação dos laços afetivos e sociais: aquele avô ou avó talvez precise de alguns empurrões para, finalmente, entrar no mundo digital, e conversar, por exemplo, via Skype (comunicador de voz e imagem via internet).
Christian Dunker lembra que há lugares nos quais o aplicativo fica ligado durante o dia, continuamente, e não apenas durante as ligações, assim podem ouvir e partilhar a rotina diária com pessoas que estão em outra residência. São usos diferentes para recursos com os quais a população já está acostumada.
Crianças e idosos
Sobre as crianças, elas demandam, segundo o professor, uma atenção especial, pois terão mais dificuldades em substituir os laços físicos pelos digitais. É um momento para acompanhar o filho mais de perto, contar histórias, participar das brincadeiras e interações perdidas ao longo do tempo.
“Para os pais que vivem dizendo ‘eu não tenho tempo pra isso’, agora chegou o momento de fazer esses ajustes. Também é necessário observá-las, se pararam de brincar, se se isolaram demais, se estão comendo e dormindo direito, porque a quarentena é uma situação muito adversa e elas são muito sensíveis para captar a preocupação dos adultos”, informa o psicanalista.
Os pais precisam falar a verdade sobre a quarentena porque, em geral, mentir nesse momento aumenta a problemática. A criança vai ter de lidar com pensamentos como “por que será que os meus pais estão me escondendo alguma coisa?”, além de todas as outras pressões que atingem a todos neste momento.
Os idosos também demandam muita atenção, pois geralmente mantêm uma relação muito específica com o cotidiano e são muito sensíveis às reformulações mais radicais Para Christian Dunker, é um momento para cultivar a solidariedade, o altruísmo e a humildade.

Estado recebe R$ 96 milhões em doações para combate ao novo coronavírus



Governo de SP cria canal de doações para recebimento de dinheiro, materiais e serviços do setor privado e sociedade civil
Seg, 23/03/2020 - 10h41 | Do Portal do Governo
*Atualizado às 14h20
O Governador João Doria e os membros do Comitê Executivo do Governo Covid-19 se reuniram virtualmente nesta segunda-feira (23) com mais de 130 empresários de diversos setores para anunciar a doação de R$ 96 milhões em dinheiro, materiais e serviços que serão empregados no combate ao novo coronavírus.
Na reunião, foram apresentadas demandas específicas e o modelo de governança de enfrentamento à doença, assim como compartilhados alguns exemplos de mobilidade que já estão acontecendo com resultados positivos nas primeiras semanas de trabalho, com apoio nas áreas médica e hospitalar, assistência social, segurança pública e logística.
“Este é um momento crítico da vida mundial. Não é um tema apenas do nosso País e o Brasil está dando exemplo de solidariedade. Todos estão oferecendo a sua contribuição, tanto empresários, representantes da sociedade civil, equipes de saúde, de segurança, profissionais atuando em serviços essenciais, a nossa equipe de secretárias e secretários. Quero transmitir a minha emoção em ver tantas pessoas solidárias em um momento tão difícil como esse”, afirmou Doria.
Mobilização
A mobilização inicial resultou na doação de 345 respiradores e monitores para implantação no Hospital das Clínicas; R$ 4 milhões para a compra de equipamentos hospitalares; 100 mil máscaras cirúrgicas no valor de R$ 300 mil; apoio com logística e serviços da ordem de R$ 25 milhões; R$ 1 milhão para montagem de hospital de campanha em parceria com o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, com capacidade para 100 leitos; viabilização de dois centros de acolhimento em escolas estaduais de Paraisópolis, na zona sul da capital, com mais de mil leitos, para atender pessoas com sintomas do novo coronavírus; e R$ 1 milhão para apoio a pequenos e microempreendedores.
Em gêneros alimentícios, produtos de limpeza e higiene pessoal, serão repassados R$ 7 milhões em alimentos e R$ 1 milhão em refeições prontas; R$ 5 milhões em cestas básicas e itens de primeira necessidade para comunidades carentes; 1 milhão de litros de álcool 70%; 150 mil litros de álcool que serão transformados em álcool em gel; R$ 5 milhões em álcool em gel; e R$ 1 milhão em produtos de limpeza e higiene pessoal.
Parceria
Durante a reunião, foi também anunciado um pacote de medidas a serem desenvolvidas em parceria com a iniciativa privada. Para os locais de grande adensamento, como as favelas, haverá captação e distribuição de 275 mil kits de limpeza para residências, higiene pessoal, cestas básicas, água potável e gás. Também serão captados 10 mil kits de camas e todos os demais insumos para montagem de alojamentos provisórios para isolamento de pessoas com sintomas.
A Secretaria de Desenvolvimento Social fará a montagem de alojamentos provisórios destinados às pessoas em situação de rua. Serão distribuídos kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para as equipes que fazem acolhimento a idosos em instituições de longa permanência – em equipamentos do Estado e dos municípios. Além disso, o Bom Prato passará a distribuir as refeições prontas em embalagens descartáveis para consumo em domicílio.
Canal de doações
A frente responsável pela organização do recebimento de doações foi criada pelo Comitê Executivo do Governo Covid-19. A comissão que cuidará dessa finalidade está estrutura pelo Edital de chamamento público nº 01/2019, processo SPDOC nº 301699/2019, prorrogado até 24 de setembro de 2020.
Em paralelo às medidas que vêm sendo adotadas pelo Governo do Estado, a participação da sociedade civil e de representantes do setor privado também será essencial para o suporte necessário aos cidadãos paulistas no combate à COVID-19.
O Fundo Social de São Paulo (FUSSP) concentrará as doações em dinheiro. As informações para transferência são:
• Banco do Brasil
• Agência nº 1897-X
• Conta corrente nº 19.490-5
• CNPJ/MF nº 44.111.698/ 0001-9
ou por meio de boleto bancário
Para mais informações sobre como doar, acesse o hotsite do coronavírus do Portal do Governo do Estado (www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus). Em caso de dúvidas ou mais informações, entre em contato pelo e-mail doacaodebens@sp.gov.br.