segunda-feira, 23 de março de 2020

Líderes adotam discursos de guerra contra pandemia

MUNDO

Chefes de Estado e de governo recorrem a frases e gestos nacionalistas


Retórica militar, patriotismo exacerbado e a lembrança de glórias passadas. Na crise da Covid-19, diversos líderes mundiais têm buscado em entrevistas e pronunciamentos seu momento Winston Churchill.
O primeiro-ministro britânico da Segunda Guerra Mundial tornou-se icônico ao levantar o moral de um povo assustado com o avanço nazista, prometendo nunca se render.
Embora a oratória churchilliana seja insuperável, chefes de Estado e governo têm recorrido a frases e gestos grandiosos para demonstrar a gravidade do momento e pedir a união nacional.
Mesmo com o uso frequente das redes sociais, a TV segue sendo um veículo incontornável, com frequentes cadeias nacionais e coletivas.
Referências a guerra são comuns. Em pronunciamento à nação francesa em 16 de março, o presidente Emmanuel Macron usou sete vezes a expressão "estamos em guerra" em 21 minutos.
"Não lutamos contra um Exército ou contra outra nação. Mas o inimigo está lá, invisível, imperceptível, progredindo. E isso requer nossa mobilização geral", disse, sentado em seu gabinete no Palácio do Eliseu.
Foi a segunda fala em quatro dias de Macron, sua forma preferida de se comunicar com os franceses. Os primeiros acordes da Marselhesa no início da transmissão ajudaram a compor o clima solene.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel adotou o mesmo modelo, no dia 18.
Com a abóbada transparente do Reichstag (o Parlamento) ao fundo, sentada e com ar sóbrio, comparou o momento à luta contra o nazismo.
"Desde a reunificação, não, desde a Segunda Guerra Mundial, não houve outro desafio para nosso país que dependa tanto de nossa ação solidária e comum", disse.
Os dois líderes europeus optaram por discursos caudalosos. Macron usou 2.621 palavras, e Merkel, 1.746.
"É uma guerra médica. Temos de vencer essa guerra. É muito importante."
Donald Trump (EUA)
Como se comunica: deu 11 entrevistas coletivas desde o final de fevereiro
"Vocês usam máscaras, então não posso ver seus rostos. Mas no meu coração vocês são as pessoas mais adoráveis."
Xi Jinping (China)
Como se comunica: visitou Wuhan em 20 de março
“Esta é uma grande nação. Uma comunidade humana que tem por valores a solidariedade e a fraternidade."
Emmanuel Macron (França)
Como se comunica: fez 2 pronunciamentos em rede nacional

Em comparação, os dois pronunciamentos na TV do presidente Jair Bolsonaro sobre o vírus foram raquíticos e frios: 203 palavras em 6 de março, quando chamou a doença de "grande desafio" e 221 no de 12 de março, quando falou apenas em preocupação. Em ambos, pediu para não haver pânico.
Um pronunciamento também foi o modo escolhido pelo primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte para falar à nação em 4 de março, momento em que as mortes disparavam.
"Somos um país forte, um país que não se rende. É o nosso DNA", disse.
Curiosamente, no país do Império Romano e do Renascimento, Conte buscou num evento relativamente recente um exemplo da fibra italiana.
"Vamos aplicar o modelo da Ponte Morandi, que nos ensina que quando nosso país é golpeado, sabe se levantar, formar um time e tornar-se mais forte".
A referência é a uma construção em Gênova que desabou em 2018, causando a morte de 43 pessoas. Passado o choque da tragédia, houve um grande movimento nacional de solidariedade às famílias dos mortos e incentivos econômicos do governo para a reconstrução da ponte e da região onde ela ficava.
Expoentes da direita populista, Donald Trump (EUA) e Boris Johnson (Reino Unido) têm preferido o formato de entrevistas coletivas quase diárias, sempre ladeados por cientistas (mas que quase não abrem a boca).
Trump também investe pesado na metáfora bélica, e chegou a se declarar um "presidente em tempo de guerra" no dia 18 de março. Também não resistiu a uma referência à Segunda Guerra.
"Cada geração de americanos é chamado a fazer sacrifícios pelo bem da nação. Na Segunda Guerra, adolescentes e jovens se voluntariaram para lutar", declarou.
Trump, contudo, tem tido momentos menos solenes, como fustigar a China chamando a Covid-19 de "vírus chinês" e bater boca com repórteres.
Já Johnson tem repetido os eloquentes movimentos com braços e as súbitas alterações no tom de voz ao falar à nação, duas marcas registradas.
Para ele, a Covid-19 é um "inimigo invisível", como classificou numa entrevista coletiva.
"Precisamos remover esse manto da invisibilidade [fazendo o gesto de uma capa sendo retirada] e identificar quem de nós o está carregando [esticando o braço e apontando para os jornalistas à sua frente]".
“Eu realmente acho, olhando para tudo, que nós podemos virar a maré nas próximas 12 semanas."
Boris Johnson (Reino Unido)
Como se comunica: deu 8 entrevistas coletivas desde o início de março
“Não estamos condenados a assistir à transmissão desse vírus passivamente"
Angela Merkel (Alemanha)
Como se comunica: fez um pronunciamento na TV em 19 de março
“Estamos no mesmo barco. Quem está no timão tem o dever de manter a rota."
Giuseppe Conte (Itália)
Como se comunica: fez 3 pronuncia-mentos na TV e deu 2 coletivas

Ninguém foi mais explícito no uso da simbologia militar, no entanto, que o chinês Xi Jinping, numa visita a Wuhan, epicentro da pandemia, em 20 de março.
Cercado por militares de farda, ele disse a profissionais da área de saúde por videoconferência que "podemos vencer essa guerra". Em resposta, de máscaras e roupas protetoras, eles bateram continência para o líder chinês.
Para a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, momentos de crise sempre trazem a figura do "grande líder" que fala para a nação.
"O chefe de Estado ou governo pode aparecer como o salvador nesse momento, a face da massa. A crise abre uma fresta de oportunidade para eles", afirma.
Da mesma forma, é a hora em que o nacionalismo aflora, assim como o peso da história.
"O momento é favorável para esses nacionalismos exacerbados, e até medidas de exceção em alguns casos", diz.

No Japão, o primeiro-ministro Shinzo Abe aproveitou o relativo sucesso no controle da doença para estocar dois adversários históricos, a China e a Coreia do Sul.
Em entrevista coletiva em 14 de março, lembrou que o número e infectados no país é menor do que nos dois vizinhos. Abe tem preferido se comunicar por meio de notas oficiais, após reuniões técnicas sobre o tema. Já são 22 desde o final de janeiro.
No mundo emergente, a retórica da guerra se repete, a começar por nossa vizinhança mais imediata, a Argentina.
"É uma luta contra um Exército invisível e que além disso era desconhecido. Uma luta muito desigual, porque não sabemos onde está o inimigo", disse o presidente Alberto Fernández em entrevista coletiva em 16 de março.

Na África do Sul, o presidente Cyril Ramaphosa falou à nação em 15 de março pela TV e ​agarrou-se num evento histórico glorioso do país, a luta contra o apartheid. Terminou citando "We Shall Overcome" (vamos superar), hino da luta contra a segregação racial.
O vírus também levou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, a fazer um raro pronunciamento.
Em 1min53s, ele basicamente agradeceu aos profissionais de saúde do país, um dos mais atingidos pela pandemia, e evitou pronunciar coronavírus ou covid-19. Referiu-se apenas a "doença recente" e "vírus malicioso".

“Essa não é uma batalha solitária do Japão. O mundo todo está confrontando o coronavírus, nosso inimigo comum."
Shinzo Abe (Japão)
Como se comunica: deu 4 entrevistas coletivas e soltou 22 notas à imprensa

“Somos a Argentina. Um país unido em que cada um deve comprometer-se com os demais e todos com cada um, começando pelo Estado."
Alberto Fernández (Argentina)
Como se comunica: 1 pronunciamento na TV e 1 entrevista coletiva

“É uma questão grave, mas não podemos entrar no campo da histeria."
Jair Bolsonaro (Brasil)
Como se comunica: 2 pronunciamentos na TV e 2 entrevistas coletivas

VÁCUO NO PÚLPITO

No Brasil, a hesitação do presidente Jair Bolsonaro em admitir a gravidade da pandemia abriu caminho para que governadores ocupassem espaço.
O principal é o paulista João Doria, que vem promovendo entrevistas coletivas quase diárias no Palácio dos Bandeirantes.
De pé, com púlpito armado e ao lado de outras autoridades, ele comporta-se como mestre de cerimônias. Chega pontualmente e preocupa-se com detalhes como iluminação e enquadramento das câmeras antes do início.
No sábado (21), ele adotou a fórmula militar-nacionalista usada por líderes ao redor do mundo para tratar da doença.
"Sabemos que estamos numa guerra. E esta guerra deverá ser enfrentada com decisões corretas, rápidas e eficientes, mas sobretudo solidárias", disse, na oitava entrevista do tipo desde o início da crise.
Em seguida, exortou a população a colocar uma bandeira do Brasil nas janelas. "Este é o momento de você amar o seu país. Amamos o Brasil. Ame o seu país", disse, antes de anunciar medidas como o fechamento do comércio.
Já Wilson Witzel, do Rio, tem preferido dar entrevistas para veículos de imprensa, em que cobra de forma dura Bolsonaro, seu inimigo político.
Para a cientista política Maria Herminia Tavares, o protagonismo dos governadores é um caso único no cenário internacional, mas compreensível. "Estamos vivendo um presidencialismo sem presidente. A falta de empatia de Bolsonaro levou a essa situação", afirmou.

Folha de S. paulo



domingo, 22 de março de 2020

Leilão de veículos do Detran é suspenso



A medida ocorre para evitar risco de contágio com o novo Coronavírus.

Em razão da evolução de casos de Covid-19 no Distrito Federal e a necessidade de cumprir as exigências de isolamento, além de restringir aglomerações, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal informa que suspendeu a realização do Leilão de Veículos previsto para ocorrer nos dia 30 e 31 de março. 
Com isso, a visitação que estava marcada para iniciar na próxima segunda-feira (23) não ocorrerá até que as atividades estejam normalizadas. 

Mesmo sendo um leilão totalmente on-line, várias fases do processo são presenciais e os arrematantes precisam deslocar-se aos pátios do Detran e do leiloeiro para concluir a aquisição dos veículos. Por isso, a preocupação da Autarquia em evitar que essas pessoas corram riscos de contaminação. A orientação nesse momento é para que todos fiquem em casa. 
*Com informações do Detran

Operação Covid-19 do CBMDF – 21 de março de 2020



Bombeiros não registraram casos suspeitos

A operação de prevenção foi realizada nas rodovias interestaduais (BR 040/BR 060) e no Aeroporto Internacional de Brasília por militares do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF). Participaram da ação 5 viaturas e 15 homens da corporação. Nas rodovias, 107 passageiros, de 7 ônibus foram abordados e no aeroporto, três voos com aproximadamente 470 pessoas. Não foram registrados casos suspeitos.
Em Águas Claras, a equipe de bombeiros foi acionada para uma ocorrência suspeita de coronavírus, mas tratava-se de uma crise de ansiedade.
*Com informações do CBMDF

Informe sobre o coronavírus no Distrito Federal, dia 21 de março, 18h50



Até o momento, o DF tem 108 casos confirmados de infecção por COVID-19, sendo oito sem relação direta ou indireta com viagens internacionais.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (GECAMP/CIEVS), vem monitorando diariamente a situação epidemiológica mundial e nacional referente à COVID-19.
No dia 28/02 foi ativado o COE-COVID-19-DF, que é uma estrutura operacional para gerenciamento da epidemia mundial, no Distrito Federal. Uma das funções do COE – COVID-19- DF é o monitoramento diário dos casos suspeitos detectados do Distrito Federal e adoção das medidas indicadas.
O primeiro caso confirmado de COVID – 19 no Distrito Federal foi no dia 05/03. De acordo com este monitoramento no Distrito Federal já foram confirmados 108 casos, sendo que 8 casos não tiveram relação direta ou indireta com viagem internacional.
No dia 20/3, o Ministério da Saúde reconheceu a existência de transmissão comunitária no território nacional, que já havia sido evidenciada em alguns estados. A partir desta nova fase a notificação de casos passa a se concentrar nos casos confirmados, tendo em vista que os casos suspeitos que ainda estão em investigação representam uma parcela dos casos que já tem transmissão local. Da mesma forma, a informação sobre relação com viagens internacionais deixa de ter relevância, na medida em que grande parte dos casos passam a ser transmitidos dentro do pais.
Gradativamente a notificação vai se concentrar nos casos graves e, em casos com síndrome gripal, que apresentam fatores de risco, por meio de um sistema de vigilância e de atenção voltado para a detecção e atendimento desses casos, refletindo a prioridade de evitar o agravamento e ocorrência de complicações que possam levar ao óbito. 
No cenário mundial, vem ocorrendo um aumento no número de casos, totalizando 266.073 casos desde o início da epidemia até 21/03/2020. Enquanto na China, onde se iniciou a pandemia, houve uma redução acentuada da ocorrência de casos novos da doença, na maioria dos  países vem se registrando aumento. 
A Secretaria de Saúde do DF enfatiza as medidas que constam no Plano de Contingência para Epidemia da Doença pelo Coronavirus 2019 (COVID-19) do Distrito Federal (http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/10/Plano-de-Continge%CC%82nciaCoronavirus10.pdf). 
O Ministério da Saúde passou a tomar como base para definição de casos suspeitos viajantes de todos os países (http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/). No dia 25 foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no país, de um paciente procedente da Itália.
Os casos suspeitos de Covid-19 deverão ser notificados na plataforma RedCap, acessada pelo endereço: http://bit.ly/notificaCOVID19
Informamos que desde a sexta-feira, dia 13, o banco de dados e o sistema de notificação do Formsus2 (RedCAP) do Ministério da Saúde está instável, o que provoca divergência com os dados do DF.pelo endereço: http://bit.ly/notificaCOVID19
Observação:
– Transmissão local – quando a contaminação se dá por pessoa que entrou em contato com algum viajante positivo
– Transmissão comunitária – quando não é possível definir como foi feita a transmissão.
* Com informações da Secretaria de Saúde

Informe sobre o coronavírus no Distrito Federal, dia 22 de março, às 19h



O Distrito Federal confirma 117 casos, sendo que 8 deles não tiveram relação direta ou indireta com viagem internacional.



A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (GECAMP/CIEVS), vem monitorando diariamente a situação epidemiológica mundial e nacional referente à COVID-19. No dia 28/02 foi ativado o COE-COVID-19-DF, que é uma estrutura operacional para gerenciamento da epidemia tanto no mundial, quanto no Distrito Federal. Uma das funções do COE – COVID-19- DF é o monitoramento diário dos casos suspeitos detectados do DF e adoção das medidas indicadas.
O primeiro caso confirmado de COVID – 19 no Distrito Federal foi no dia 05/03. De lá para cá, já foram confirmados 117 casos, sendo que 8 deles não tiveram relação direta ou indireta com viagem internacional.
No dia 20/3 o Ministério da Saúde reconheceu a existência de transmissão comunitária no território nacional, que já havia sido evidenciada em alguns estados brasileiros. A partir desta nova fase, a notificação de casos passa a se concentrar nos casos confirmados, tendo em vista que os casos suspeitos que ainda estão em investigação representam uma parcela dos casos que já tem transmissão local. Da mesma forma, a informação sobre relação com viagens internacionais deixa de ter relevância, na medida em que grande parte dos casos passam a ser transmitidos dentro do país.
Gradativamente a notificação vai se concentrar nos casos graves e em casos com síndrome gripal que apresentam fatores de risco, por meio de um sistema de vigilância e de atenção voltado para a detecção e atendimento desses casos, refletindo a prioridade de evitar o agravamento e ocorrência de complicações que possam levar ao óbito.
No cenário mundial, vem ocorrendo um aumento no número de casos, totalizando 266.073 casos desde o início da epidemia até 21/03/2020. Enquanto na China, onde se iniciou a pandemia, houve uma redução acentuada da ocorrência de casos novos da doença, na maioria dos países vem se registrando aumento.
A Secretaria de Saúde do DF enfatiza as medidas que constam no Plano de Contingência para Epidemia da Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) do Distrito Federal.
  • Com informações da Secretaria de Saúde

Vacinação contra gripe começa nesta segunda (23) prevenindo o coronavírus



Idosos serão vacinados por ordem alfabética .Unidades experimentais com modelo drive thru serão testadas. Confira aqui os endereços.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está inovando na campanha de vacinação contra a gripe neste ano. A preocupação com a saúde dos pacientes do grupo de risco de contágio com o coronavírus levou a pasta a experimentar o sistema tipo drive thru de vacinação. Dessa forma, algumas unidades estarão equipadas para atender aos pacientes no estacionamento, sem precisar que saiam dos veículos para receber a imunização.
As unidades que estão prontas para realizar esse serviço são a unidade básica de saúde nº 1 do Gama, a UBS nº 5 de Ceilândia, UBS nº1 do Núcleo Bandeirante, a UBS do Lago Norte e a UBS nº 1 de Taguatinga. Após avaliação do desempenho destas unidades a secretaria poderá ampliar o serviço.
“Nós temos 912 mil habitantes que precisam ser vacinados. Destes, 203 mil pessoas são idosos. É exatamente o grupo vulnerável que toca no ponto do coronavírus”, alerta o secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo.
Para garantir a imunização de todo essa demanda sem haver aglomerações, foi estabelecido um cronograma que segue a ordem alfabética para atendimento. Nesta segunda-feira (23), é recomendado que os usuários acima de 60 anos procurem os postos de vacinação, especialmente aqueles cujos nomes iniciem da letra A a letra E. Na terça-feira estão previstos os atendimentos aos pacientes de iniciais F ao J, e assim por diante.
“Os idosos vão receber suas vacinas por ordem alfabética, o objetivo é evitar as grandes filas que se formam no início das campanhas. Por isso, pedimos que respeitem o cronograma, mas caso algum idoso se confunda no dia, será vacinado também”, recomenda o secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo.
Pessoas acamadas/institucionalizadas com mais de 60 anos de idade podem agendar o recebimento da vacina em domicílio, a partir do dia 23 de março pelo telefone 160 (Disque-Saúde), sendo este serviço exclusivo para esse grupo prioritário.
Todas as medidas estão sendo tomadas para evitar aglomerações nas unidades e postos vacinação durante a campanha.
PARCEIRIA
Postos de vacinação também estão sendo abertos em lugares estratégicos. Como as escolas não estão em funcionamento neste período, a Secretaria de Saúde vem fechando parceria com a Secretaria de Educação para utilizar algumas escolas para realizar a imunização da população. A lista completa de lugares pode ser visualizada aqui (http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2020/03/LISTA-COMPLETA-Postos-de-vacina%C3%A7%C3%A3o_-Influenza-2020-ASCOM.pdf ). Também as Administrações Regionais estão trabalhando em parceria com a Saúde.
SERVIDORES 
A partir do dia 30 de março inicia a imunização dos servidores da saúde. Esses profissionais que estão atuando diuturnamente no atendimento à população será o próximo grupo prioritário.
FAKE NEWS 
No Distrito Federal os casos de fake news deverão ser investigados. Esta é a ordem do governador Ibaneis Rocha anunciada pelo chefe da Casa Civil, Valdetário Monteiro. Identificado um caso de fake news, um inquérito policial deve ser aberto e investigado. “Essas notícias falsas geram uma crise desnecessária. O crime cibernético hoje ele é identificável e ele será punido”, ressaltou Monteiro.
ANTECIPAÇÃO
Neste ao o Ministério da Saúde antecipou o período de vacinação devido a pandemia provocada pelo coronavíris – Covid 19. O objetivo da campanha é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade no público-alvo, decorrentes das infecções pelo vírus influenza. Com isso, o esperado é poder dar maior atenção aos casos da nova doença respiratória. A prioridade de público também foi definido em função das pessoas mais acometidas pelo Covid-19.
*Com informações da Secretaria de Saúde

Sespa reforça prevenção ao Coronavírus no aeroporto e terminais rodoviário e hidroviário



Passageiros passam pela verificação de temperatura e recebem material informativo sobre prevenção da doença

21/03/2020 19h55 - Atualizada em 21/03/2020 22h22
Por Bruno Magno (CPH)
A técnica da Sespa verifica a temperatura dos passageiros que desembarcam no Aeroporto de BelémFoto: Marco Santos / Ag.ParaAgentes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) continuam neste sábado (21) as ações de prevenção ao novo Coronavírus no Aeroporto Internacional de Belém. A medida atende ao plano de ação do Governo do Estado voltado ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 para os próximos 15 dias.
No final da tarde de hoje, duas técnicas em Saúde da Secretaria realizaram a ação preventiva entre passageiros que desembarcaram de vários voos nacionais. Na área de desembarque, as técnicas utilizaram um termômetro para monitorar a temperatura dos passageiros e distribuíram folders explicativos. Um dos voos monitorados veio de Florianópolis (Santa Catarina), com mais de 100 passageiros. "É uma ação muito importante porque estamos recebendo passageiros de várias partes do Brasil. Muitos estão com máscaras, e a prevenção é a nossa melhor opção agora. A distribuição dos folders também facilita bastante o entendimento dos passageiros", explicou Keila Ferreira, técnica em Enfermagem da Sespa.Passageiros com o material informativo distribuído pelas equipes técnicasFoto: Marco Santos / Ag.Para
A profissional disse que, caso um passageiro esteja com os sintomas da Covid-19, logo é feita a notificação. "Nós fazemos a notificação e acionamos a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que passa a cuidar do caso e faz todos os procedimentos para atender ao paciente", completou, destacando que, até o momento, a situação é tranquila no Aeroporto Internacional de Belém. "A maioria das pessoas que chega a Belém está sem febre e sem sintomas. Todos estão contribuindo muito com o nosso trabalho, e esperamos que continue assim", informou Keila Ferreira.Keyla Ferreira, técnica em Enfermagem da Sespa, integra a equipe de prevenção no AeroportoFoto: Marco Santos / Ag.Para
Esclarecimentos - O operário José Nildo Martins, 38 anos, estava entre os passageiros do voo que chegou a Belém vindo de Florianópolis, no final da tarde de hoje. Morador do município de Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, ele contou que a empresa em Santa Catarina liberou os funcionários para evitar contágios pelo novo Coronavírus. "Devido a esse vírus, a empresa liberou os funcionários para casa. Achei muito importante essa ação da Sespa para esclarecer os passageiros. Eu mesmo tinha algumas dúvidas, mas agora estou mais tranquilo", disse ele, que seguiu para o Terminal Rodoviário de Belém.O operário José Nildo Martins chegou de Florianópolis e aprovou a iniciativa da SespaFoto: Marco Santos / Ag.Para
No Aeroporto, o trabalho da Sespa é ininterrupto (das 7 às 13 h; das 13 às 19 h, e das 19 às 7 h do dia seguinte). A cada turno, dois técnicos orientam passageiros e distribuem panfletos.
Outros modais - Já no Terminal Rodoviário de Belém, a ação será realizada em dois turnos, das 7 às 13 h, e das 13 às 19 h. Dois técnicos vão orientar e distribuir folders para quem chega à capital, e ainda para outros usuários do local.
No Terminal Hidroviário de Belém as equipes atuam das 09 as 15 h, período de chegada de embarcações à capital, durante toda a semana. Dois técnicos circulam pelos corredores do THB e distribuem folders com informações sobre prevenção à Covid-19. O objetivo é esclarecer dúvidas dos usuários, mas a prioridade é esclarecer passageiros que chegam da cidade de Macapá, no Amapá, devido à proximidade com a Guiana Francesa, que já confirmou casos da doença.

Prevenção à Covid-19 suspende cadastramento de famílias para o 'Recomeçar'



Em três dias, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil identificaram mais de 1.600 famílias para o benefício oferecido pelo governo do Estado

21/03/2020 19h57 - Atualizada hoje 12h45
Por Leandro Barreto (CBM)
Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil percorreram as áreas vulneráveis em busca das famílias atingidas pelos alagamentosFoto: Ascom / CBMPAEm três dias de atividades, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil cadastraram 1.644 famílias afetadas pelas fortes chuvas que caíram em Belém nos últimos meses, provocando alagamentos em vários bairros da capital paraense. As famílias sertão beneficiadas pelo Programa Recomeçar, do governo do Estado. As ações começaram pelos conjuntos Promorar, CDP e Providência, na última quarta-feira (18), e na sexta-feira (20) foram realizadas no bairro Curió-Utinga.
Em função do isolamento social necessário para prevenção ao novo Coronavírus, as ações previstas no cronograma de cadastramento para sábado (21) e segunda-feira (23) foram suspensas.
No primeiro dia, foram cadastradas 401 famílias; no segundo dia, 756, e no terceiro dia de atividades, 487 famílias. As ações envolveram cerca de 30 militares, que além de coletarem dados para o cadastramento, repassaram às famílias informações sobre medidas de prevenção ao novo Coronavírus, causador da Covid-19, com a distribuição de cartazes explicativos.A ação já cadastrou mais de 1.600 famílias para o benefício do ’Recomeçar’Foto: Ascom / CBMPA
Atendimento - Segundo o morador Elias Souza, coordenador do Fórum de Entidades do Curió-Utinga - formado pelo Centro Comunitário das Castanheiras do Curió, Centro Comunitário do Pantanal, Centro Comunitário São Cristóvão e Associação de Moradores do Paraíso Verde e da Passagem Gaspar Dutra -, área constantemente afetada por alagamentos, “esta foi uma solicitação nossa, e foi muito bem atendida pelos Bombeiros e Defesa Civil, pois muitas famílias foram atingidas pelos alagamentos em nossa comunidade. A intenção é poder atender a todos que precisam”.
Os técnicos foram às casas conversar com as famíliasFoto: Ascom / CBMPAOs moradores aguardam ansiosos pelo benefício, após as perdas provocadas pelos alagamentos, disse Luciana Lima, grávida, que reside com os três filhos na Passagem Gaspar Dutra. “Vai ajudar a mim e aos meus vizinhos. Esse apoio vai ajudar, e muito”, afirmou.
O Programa Recomeçar, foi lançado pelo governo estadual no início de março para amenizar as perdas causadas a famílias que vivem em áreas de risco, em Belém, pelos alagamentos. O benefício é de um salário mínimo. Para a moradora do Promorar, Raquel Santos, esse auxílio amenizará a difícil situação que eles enfrentam por conta das fortes chuvas.

Ação conjunta garante direito do consumidor durante pandemia de Covid-19



As equipes atuam na capital e no interior para evitar preços abusivos e outros prejuízos à população

21/03/2020 21h05 - Atualizada hoje 10h49
Por Claudiane Santiago (SEJUDH)
Fiscais fecham estabelecimentos que desobedeceram ao decreto estadualFoto: Sejudh / Wagner AlmeidaUma força-tarefa para desempenhar ações integradas de prevenção e repressão foi montada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio do Procon (serviço de proteção ao consumidor), para resguardar o direito da população paraense durante a pandemia da Covid-19.
Para fiscalizar o interior do Estado, a fim de coibir a prática de preços abusivos na venda de álcool em gel 70%, máscaras de proteção e luvas, a Sejudh firmou o Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), nesta semana, para que as polícias Civil e Militar ajudem na verificação das demandas oriundas dos municípios. Ao receber denúncias, o Procon repassa a demanda ao Centro Integrado de Operações (Ciop), que vai acionar o contingente policial do município para fazer a averiguação e intervenção no estabelecimento, caso necessário, informou o titular da Sejudh, Rogério Barra.
“A parceria permite que o Estado tenha capilaridade para atender os 144 municípios. A denúncia vai do Procon para o Ciop, que repassará para o policial mais próximo fazer a diligência no local que cometer a abusividade”, disse Rogério Barra, que participou de evento ao lado do secretário adjunto de Operações da Segup, Rômulo Rodovalho; do diretor do Ciop, Luiz Carlos Rayol, e do chefe do Departamento-Geral de Operações da PM, coronel Pedro Celso.O secretário Rogério Barra definiu ações com representantes da Segup, Rômulo Rodovalho; do Ciop, Luiz Carlos Rayol, e da PM, coronel Pedro CelsoFoto: Sejudh / Neth Vilhena
O órgão estadual de defesa do consumidor lançou, ainda, o “Whats Denúncia”, com o número (91) 99230-0151, para facilitar o acesso do consumidor, que pode fazer a denúncia em tempo real, enviando fotos e vídeos. O monitoramento é feito pela Coordenadoria de Fiscalização, disponível para direcionar e averiguar cada situação.
Na Região Metropolitana de Belém, em parceria com a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), foram deflagradas operações que resultaram na interdição de dois estabelecimentos comerciais que cobravam preços abusivos por álcool em gel, nesta semana. “A gente precisa dessa mão forte do Estado contra gente que quer tirar proveito de uma situação de emergência. Estou feliz em ver os órgãos de fiscalização nas ruas da cidade”, declarou a autônoma Larissa Mesquita.Produtos apreendidos pela força-tarefa que atua em defesa do consumidorFoto: Sejudh / Wagner Almeida
Prevenção e adequação – Ainda nesta semana, gestores da Sejudh se reuniram com representantes de farmácias e supermercados para garantir preços justos à população. “Orientamos sobre o cenário atual. Para monitorar o abastecimento, orientamos sobre o decreto do limite de três itens, e também sobre o não aumento da margem de lucro neste momento de exceção que vivemos”, frisou o secretário.
Em parceria com o Ministério Público do Estado, o Procon também formalizou recomendação técnica para os estabelecimentos, visando à efetiva adequação ao Código de Defesa do Consumidor. “A iniciativa visa cumprir o Código de Defesa do Consumidor, que considera prática abusiva aumentar preços de produtos ou serviços sem justa causa e obter vantagem desproporcional, o que caracteriza prática abusiva”, informou o diretor do Procon Pará, Nadilson Neves. 
Ele disse ainda que membros do Procon se reuniram, na última semana, com representantes das Associações Brasileiras de Agências de Viagens, Hoteleiras e Eventos e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), para discutir estratégias destinadas a evitar prejuízos aos consumidores neste cenário de pandemia, que resultou em cancelamentos e remarcações de viagens, hospedagens e eventos em todo o País.