sábado, 21 de março de 2020

"Levem a sério esta pandemia, isto não é férias", diz David Uip




Governador João Doria determinou quarentena em todos os municípios do estado de São Paulo para conter a transmissão do novo coronavírus

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David Uip alertou para a necessidade de cumprir a quarentena

David Uip alertou para a necessidade de cumprir a quarentena

FLAVIO CORVELLO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Neste sábado (21), o governador de São Paulo, João Doria, decretou quarentena em todo o estado durante coletiva de imprensa. A medida vale a partir de terça-feira (24) e se estende por 15 dias.
Durante a entrevista, o coordenador do Centro de Contingência para o coronavírus no estado de São Paulo, David Uip, alertou para a banalização da pandemia, a necessidade de cumprir a quarentena e fazer isolamento social.
"Levem a sério esta pandemia, isto não é férias. Tem bairros que parece que o dia a dia não mudou. É necessário compreender a gravidade [da situação]", destacou.
Em entrevista ao R7, o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, ressaltou que ficar em casa e evitar locais cheios é uma questão de "responsabilidade individual e senso de solidariedade" daqueles que não fazem parte do grupo de risco, composto por pessoas acima dos 60 anos, doentes crônicos (diabéticos, cardiopatas, pessoas com problemas renais) e indivíduos imunossuprimidos (em tratamento oncológico e transplantados).
De acordo com o especialista, ao circular por ambientes com aglomerações, os indivíduos podem levar o vírus para dentro de suas casas.
"[Esse ato] acaba sendo um favorecedor para que esse vírus chegue a pessoas que podem desenvolver formas graves da doença e, neste caso, pode até levar à morte", afirmou.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, já esclareceu que o isolamento e a quarentena são medidas de saúde pública para o enfrentamento ao coronavírus no país.
“O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das pessoas, ele é um ato de civilidade para proteção das outras pessoas. Já a quarentena é uma medida restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. Essas são medidas de saúde pública”, reforçou.
R7

Estradas e aeroportos reabrem no Brasil por decreto de Bolsonaro




O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, decretou hoje sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decidido por vários governos regionais do país para combater a pandemia do novo coronavírus

Estradas e aeroportos reabrem no Brasil por decreto de Bolsonaro
Notícias ao Minuto Brasil
21/03/20 17:30 ‧ HÁ 43 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA CORONAVÍRUS
Bolsonaro publicou um decreto que atribui ao Governo a exclusividade para regular os transportes nacionais e internacionais e deixa sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decretados em vários estados.
 
Segundo o diploma, os governos regionais e municipais só podem ordenar o encerramento de terminais ou vias de transporte com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador vinculado ao executivo.
No mesmo decreto, Bolsonaro garante o normal funcionamento dos serviços públicos e atividade essenciais, bem como a circulação de alimentos e produtos básicos para a população, incluindo material médico e equipas de saúde, necessárias para combater a pandemia pela covid-19.
Para o presidente brasileiro, a economia não pode parar e é necessário garantir o transporte de material de ajuda no combate ao novo coronavírus.
Entre os serviços e atividades consideradas essenciais estão os serviços médicos e hospitalares e o transporte entre municípios e estados brasileiros e as viagens internacionais de passageiros.
A medida de Bolsonaro vai permitir a milhares de argentinos e chilenos que estão há vários dias dormem nos aeroportos dos Brasil, impedidos de sair devido às restrições impostas pelo novo coronavírus, de poderem viajar para os seus países.
O Brasil contabiliza 11 mortos e 904 infectados pelo novo coronavírus.
Do total de mortes, nove ocorreram em São Paulo, que tem ainda 396 casos confirmados. O estado do Rio de Janeiro tem dois mortos e 109 infectados. Os estados de Roraima e Maranhão continuam os únicos sem casos registrados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.
política ao minuto 

Governador do Pará solicita apoio da China para combate à Covid-19




A parceria visa à aquisição de materiais médicos, sanitários, respiradores e testes rápidos para diagnóstico da doença

21/03/2020 15h13 - Atualizada hoje 16h15
Por Bruno Magno (CPH)
O governador do Pará, Helder Barbalho, solicitou ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, neste sábado (21), o apoio do governo chinês para o combate à Covid-19, causada pelo novo Coronavírus. O ofício assinado pelo chefe do Executivo quer parceria para aquisição de materiais médicos, sanitários, respiradores e testes rápidos, além de insumos para detectar a doença. A China é um dos principais parceiros comerciais do Pará.Governador Helder Barbalho assinando o documento, no qual pede ao embaixador o apoio do governo chinêsFoto: Marco Santos / Ag.Para
"A parceria da China com o Pará é de grande importância, e está garantindo a implantação do Polo Siderúrgico, da Ferrovia do Pará, da exportação de carne ao mercado chinês, além de possibilidades de investimentos na produção e verticalização locais. Portanto, embaixador Yang Warnming, todo nosso respeito e agradecimento de sempre. Reforçando ainda a disponibilidade para receber ajuda na aquisição de equipamentos para combate ao Coronavírus no Estado", escreveu Helder Barbalho, em seu Twitter.
No ofício já enviado ao embaixador da China, Helder Barbalho informou que está tomando todas as providências possíveis para prevenir novos contágios por Coronavírus no Estado, mobilizando todo o Sistema de Saúde Pública. O principal pedido do governador é referente à aquisição de respiradores, testes rápidos e leitos de UTI, com os insumos necessários.
Parcerias - O Pará e a China são grandes parceiros comerciais. Em maio do ano passado, o governo do Estado, a mineradora Vale e a CCCCSA (China Communications Construction Company) assinaram um protocolo de entendimentos para a construção de uma laminadora de aços planos em Marabá, no sudeste paraense, com investimento previsto de R$ 1,5 bilhão e capacidade para produção de 300 mil toneladas/ano de aços laminados. A siderúrgica será instalada no distrito industrial de Marabá.
Em setembro do ano passado, quatro frigoríficos paraenses receberam habilitação para exportar para o mercado chinês. Conforme um comunicado do GACC (órgão sanitário da China), 25 plantas frigoríficas brasileiras estavam habilitadas a vender carne para o país asiático, entre elas o Frigorífico Rio Maria, no município de Rio Maria (sul do Estado); Master Boi Ltda., em São Geraldo do Araguaia (sudeste); Frigol, em Água Azul do Norte (também no sudeste), e Mercúrio Alimentos, em Castanhal (Região Metropolitana de Belém).
Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), os quatro frigoríficos representam quase 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos. A comercialização de carne no mercado internacional manteve o setor e, consequentemente, o mercado interno e os empregos gerados pela atividade em território paraense.
Ferrovia - Em novembro de 2019, o Governo do Pará e a CCCCSA também firmaram protocolo de intenções para estudos de viabilidade econômica visando à implantação e exploração da Ferrovia Pará, entre os municípios de Marabá e Barcarena, no valor de R$ 7 bilhões. A malha ferroviária proposta interligará o porto de Vila do Conde, em Barcarena, no nordeste do Estado, a municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até Açailândia, no Maranhão, com a Ferrovia Norte-Sul. Trata-se de um dos mais importantes projetos estruturais e de desenvolvimento do Norte do Brasil, e o maior investimento internacional em andamento no País, reforçando os laços do Pará com a China.
Outro setor contemplado na relação comercial entre Pará e Ásia é o da mineração. Ao todo, em 2019 foram US$ 15.789.839 bilhões em produtos exportados pelo Pará, com destaque para o minério de ferro bruto, que teve um crescimento de 23,94% no período, chegando a exportar mais de US$ 11 bilhões, principalmente para o mercado chinês. A Ásia se manteve como o bloco econômico que mais comprou produtos oriundos do Pará, com destaque para o minério de ferro e seus concentrados exportados para a China.
agência pará 

No Pará, vacinação contra gripe terá mais 32 postos e drive thru



A descentralização da campanha visa evitar aglomerações nas Unidades Básicas de Saúde e a proliferação do novo Coronavírus

21/03/2020 14h41 - Atualizada hoje 15h56
Por Giovanna Abreu (SECOM)
A partir da próxima segunda-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciará a 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza no Pará (vírus causador de gripe), organizada em parceria com o Ministério da Saúde (MS). A Campanha prosseguirá até 22 de maio, dividida em três fases.
Diante da pandemia da Covid-19, e das consequentes recomendações para evitar aglomerações, o governo do Estado implementará uma estratégia de descentralização dos postos de vacinação para priorizar o atendimento a grupos de risco. “Além de manter a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), vamos trabalhar em parceria com as farmácias, supermercados e shoppings para melhorar a distribuição do serviço”, informa o titular da Sespa, Alberto Beltrame. Serão 32 novos pontos de vacinação - 13 em farmácias, 13 em supermercados e seis em shoppings.
A Sespa também anuncia outra medida para ampliar a cobertura da Campanha. “Se há um idoso em casa, é natural que as pessoas fiquem com medo de se deslocar para as Unidades Básicas de Saúde. Por isso, vamos fazer, pela primeira vez no Pará, um drive thru de vacinação. Tudo será sinalizado, e teremos uma equipe adequada para realizar os atendimentos”, reitera o secretário. “O técnico de Enfermagem pode entrar no carro para realizar a vacinação ou, se for necessário, o paciente entra em uma cabine, montada nessa estrutura, para tomar a vacina e seguir de volta para casa. Isso garante a menor exposição de quem vai se vacinar”, completa Alberto Beltrame. 
Os primeiros grupos prioritários para imunização, a partir da segunda-feira (23), são idosos e profissionais de saúde. A segunda fase da Campanha, a partir de 16 de abril, priorizará professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além de doentes crônicos. A partir de 09 de maio, serão vacinadas crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães com até 45 dias após o parto, população indígena e pessoas com deficiência.
Vacinação simultânea - Haverá uma ação simultânea para que o público também se vacine contra o sarampo. “As pessoas acima de 60 anos não precisam se vacinar contra o sarampo, mas o público, em geral, precisa. Por isso, a partir da segunda etapa, vamos também associar à cobertura vacinal de sarampo. Vamos fazer as duas vacinas, influenza e sarampo, buscando a maior proteção para os paraenses”, assegura Alberto Beltrame. 
Em 2019, o Ministério da Saúde colocou à disposição dos estados 50 milhões de doses de vacina. Neste ano, serão disponibilizadas 75 milhões, o que representa 50% a mais em comparação ao ano passado. A Sespa contará com mais de 400 mil doses extras. Segundo o secretário de Saúde Pública, “a expectativa de alcance para este ano é muito positiva. No ano passado, já tivemos excelentes resultados, porque historicamente, em média, campanhas vacinais alcançam cerca de 40% de cobertura. Nós conseguimos na Ilha do Marajó, a partir de um trabalho intensivo em conjunto com as prefeituras, atingir 89% da população”.
agência pará 

"Adotaremos medidas policiais para evitar festas no estado", diz Doria




Governador de SP afirmou que polícias já foram orientadas a atuar em casos de aglomeração e chamou de 'promotores do mal' organizadores de bailes

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Doria promete combater festas e bailes no estado com uso das polícias

Doria promete combater festas e bailes no estado com uso das polícias

Reprodução / Governo de SP
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou neste sábado (21) que o cumprimento da quarentena para evitar a propagação do coronavírus será fiscalizado pelo Estado e também pelas prefeituras e prometeu usar as polícias para barrar a realização de festas e bailes funk. 
"Vamos adotar medidas policiais para evitar aglomerações e festas de qualquer natureza na capital e em todo o estado. Querem sobrepor interesses pessoais e econômicos aos interesses da saúde da população", justificou Doria.

Em entrevista coletiva na sede do Palácio dos Bandeirantes, o governador destacou a solidariedade da maioria das pessoas, mas citou que há raras exceções, como os que chamou de "promotores do mal", numa referência aos organizadores de eventos e pancadões. "É inacreditável minimizar problemas como este ou promover festas em comunidades. Não é hora de fazer qualquer tipo de celebração. Fiquem em casa!", ressaltou.
Segundo o governador, as Polícias Militar e Civil já foram orientadas a atuar em caso de aglomerações e festas "com firmeza e determinação, de acordo com protocolos".
A promessa é de que festas ao ar livre serão coibidas pela PM não apenas na Grande São Paulo, mas também no interior e no litoral do estado.
Quarentena
O governador João Doria determinou quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo a partir desta terça-feira (24). Ficarão fechados por 15 dias os comércios, como lanchonetes, bares e restaurantes. Estão mantidos serviços essenciais de alimentação, abastecimento, saúde, bancos, limpeza e segurança.
Este sábado é o oitavo dia de circulação comunitária do coronavírus em São Paulo. Até o início da tarde, foram confirmados 396 casos de Covid-19 e 15 mortes em decorrência da doença, todas na capital.

No Pará, vacinação contra gripe terá mais 32 postos e drive thru




A descentralização da campanha visa evitar aglomerações nas Unidades Básicas de Saúde e a proliferação do novo Coronavírus

21/03/2020 14h41 - Atualizada hoje 15h56
Por Giovanna Abreu (SECOM)
A partir da próxima segunda-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciará a 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza no Pará (vírus causador de gripe), organizada em parceria com o Ministério da Saúde (MS). A Campanha prosseguirá até 22 de maio, dividida em três fases.
Diante da pandemia da Covid-19, e das consequentes recomendações para evitar aglomerações, o governo do Estado implementará uma estratégia de descentralização dos postos de vacinação para priorizar o atendimento a grupos de risco. “Além de manter a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), vamos trabalhar em parceria com as farmácias, supermercados e shoppings para melhorar a distribuição do serviço”, informa o titular da Sespa, Alberto Beltrame. Serão 32 novos pontos de vacinação - 13 em farmácias, 13 em supermercados e seis em shoppings.
A Sespa também anuncia outra medida para ampliar a cobertura da Campanha. “Se há um idoso em casa, é natural que as pessoas fiquem com medo de se deslocar para as Unidades Básicas de Saúde. Por isso, vamos fazer, pela primeira vez no Pará, um drive thru de vacinação. Tudo será sinalizado, e teremos uma equipe adequada para realizar os atendimentos”, reitera o secretário. “O técnico de Enfermagem pode entrar no carro para realizar a vacinação ou, se for necessário, o paciente entra em uma cabine, montada nessa estrutura, para tomar a vacina e seguir de volta para casa. Isso garante a menor exposição de quem vai se vacinar”, completa Alberto Beltrame. 
Os primeiros grupos prioritários para imunização, a partir da segunda-feira (23), são idosos e profissionais de saúde. A segunda fase da Campanha, a partir de 16 de abril, priorizará professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além de doentes crônicos. A partir de 09 de maio, serão vacinadas crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães com até 45 dias após o parto, população indígena e pessoas com deficiência.
Vacinação simultânea - Haverá uma ação simultânea para que o público também se vacine contra o sarampo. “As pessoas acima de 60 anos não precisam se vacinar contra o sarampo, mas o público, em geral, precisa. Por isso, a partir da segunda etapa, vamos também associar à cobertura vacinal de sarampo. Vamos fazer as duas vacinas, influenza e sarampo, buscando a maior proteção para os paraenses”, assegura Alberto Beltrame. 
Em 2019, o Ministério da Saúde colocou à disposição dos estados 50 milhões de doses de vacina. Neste ano, serão disponibilizadas 75 milhões, o que representa 50% a mais em comparação ao ano passado. A Sespa contará com mais de 400 mil doses extras. Segundo o secretário de Saúde Pública, “a expectativa de alcance para este ano é muito positiva. No ano passado, já tivemos excelentes resultados, porque historicamente, em média, campanhas vacinais alcançam cerca de 40% de cobertura. Nós conseguimos na Ilha do Marajó, a partir de um trabalho intensivo em conjunto com as prefeituras, atingir 89% da população”.
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Governador apresenta novas medidas para conter o avanço do coronavírus e detalha sobre 2º caso no Pará



Hoje, decreto de calamidade pública no Estado foi aprovado pela Alepa

20/03/2020 16h48 - Atualizada hoje 13h49
Por Jackie Carrera (SECOM)
O governador Helder Barbalho (ao centro), ao lado do vice-governador, Lúcio Vale (direita) e o secretário da saúde do Pará, Alberto Beltrame (esquerda)Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáReforçando os cuidados para reduzir a circulação do novo coronavírus no Pará, o governador Helder Barbalho determinou 14 novas medidas a serem seguidas no Estado. As novas medidas foram apresentadas durante coletiva de imprensa realizada, nesta sexta-feira (20), no Palácio do Governo, em Belém. Uma das medidas é o fechamento por via marítima e terrestre das divisas do Estado. Ou seja, a partir deste domingo (20), não será permitido o transporte interestadual de passageiros em coletivos ou embarcações. Assista a coletiva na íntegra.
Em relação aos aeroportos, o governador aproveitou para explicar que não tem jurisdição para fechá-los, portanto, as ações estaduais, nestes locais, serão educativas, da mesma forma como está sendo feito em terminais rodoviários e hidroviários. “O ambiente aeroviário é de responsabilidade federal. Não podemos autorizar fechamento. Mas haverá, nestes locais, os colaboradores da Anvisa e Sespa que estarão realizando inspeções para orientar passageiros, sobretudo alguém que estiver apresentando sintomas”, explicou o governador.
Também serão fechados, a partir da 0h, os bares, restaurantes e casas noturnas. A medida passa a valer por 15 dias (podendo ser prorrogado por mais 15). A decisão proíbe que funcionem os modelos de self service, evitando que os clientes permaneçam nos estabelecimentos. A sugestão é que passem a atuar por “delivery”, com serviços de entrega. Também é exigido mais rigor nas regras sanitárias para funcionamento desse tipo de serviço que envolve entrega e recebimento de alimentos. Os shoppings deverão fechar a partir das 20 horas desta sexta-feira (20), incluindo cinemas, com exceções para supermercados farmácias e laboratórios que existem nestes locais.
Segundo caso de Covid-19 confirmado no Pará
Também durante a coletiva de imprensa no Palácio do Governo, Helder Barbalho atualizou os dados sobre o novo coronavírus no Pará. "Agora são dois casos confirmados, 32 descartados e 81 casos em análise".
O governador informou ainda mais detalhes sobre o segundo paraense infectado pela Covid-19, trata-se de uma mulher, de 36 anos, que esteve até o dia 14 deste mês no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com as informações apuradas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), a paciente, que conversou com o governador pelo telefone, está em condição estável de saúde e segue em isolamento domiciliar após receber orientações médicas.
“Os procedimentos foram absolutamente adequados. A paciente, assim que sentiu os sintomas, procurou consulta médica. Foi feito o exame e imediatamente passou para o isolamento. Ela mora sozinha e isso é um fator importante porque configura restrição de contato. Ela está sendo acompanhada pelo profissional que a atendeu e está seguindo rigorosamente todas as recomendações”. Helder Barbalho, governador do Pará.
Suspensão de serviços – O Governo do Estado também decidiu suspender o atendimento à população nas unidades do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Ciretrans e postos avançados. A suspensão dos serviços passa a valer a partir da próxima segunda-feira (23) e se estenderá até o dia 06 de abril. Isso inclui os atendimentos em clínicas credenciadas, escolas de formação e espaços onde são realizados exames teóricos e práticos, assim como leilões presenciais.
A obtenção de 2ª via de habilitação estará disponível para solicitação diretamente no site do Detran/PA, ficando autorizado o reaproveitamento dos dados biométricos (imagens da fotografia, assinatura e impressões digitais) já previamente coletados.
O servidores do Detran desempenharão suas atividades internas, de 9h às 11h, em regime de escalas de revezamento, resguardando aqueles que façam parte de grupos de risco e que possam realizar seu trabalho remotamente.
Além disso, o Estado suspendeu as visitas de familiares de presos em unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e em unidades sócio-educativas da Fundação Sócio-Educativa do Pará (Fasepa). 
Fiscalização – Em reunião com o sistema de segurança pública, o governo decidiu intensificar as operações de fiscalização do comércio de produtos de higiene pessoal (álcool em gel (70%), máscaras de proteção e luvas) para evitar reincidência de abusividade nos preços. 
Também será reforçada a fiscalização de higienização no transporte coletivo. O governador disse que “ainda há dificuldade por parte das empresas responsáveis pelo transporte público em conseguir material de higiene pessoal. E aos poucos, as empresas estão ajustando essa logística para o acesso de álcool em gel dentro dos coletivos”.
Decreto de Calamidade Pública
Também foi confirmada na ocasião, a aprovação por parte do legislativo, do Decreto de Calamidade Pública no Estado. A partir de agora, o governo tem a autorização de aumentar gastos com ações preventivas e de mitigação dos impactos causados pelo Coronavírus.
Buscando tranqüilizar a população, o governador ainda deixou claro que não há sinal de desabastecimento no Estado, portanto, supermercados, farmácias e comércios afins que comercializam alimentos estarão abertos normalmente.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
“Faço apelo à população para não estocar alimentos. Não é necessário. Nós dialogamos com os responsáveis pelos supermercados e não há risco de desabastecimento”, ressalta o governador.
Por enquanto, não há medida que obrigue o fechamento dos bancos, mas o governo incentiva os usuários de serviços bancários a procurar o auto-atendimento e canais online para realizar as transações. Nesse período, o Banpará não aceitará pagamentos de boletos bancários de outros bancos para evitar aglomerações.

Coronavírus: Itália tem 793 mortes em 24 horas e total é de 4.825



Sistema de saúde italiano tem novo recorde de mortes na pandemia e total de casos positivos sendo tratados no país chega a 42.681

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Posto de controle policial em Corsico, no norte da Itália

Posto de controle policial em Corsico, no norte da Itália

Sergio Pontorieri / EPA - EFE - 21.3.2020
A Itália registrou 793 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas e, neste sábado (21), já contabiliza 4.825 no total desde o início da pandemia, além de um número de casos ativos de 42.681, afirmou o chefe da Defesa Civil do país, Angelo Borrelli, em entrevista coletiva.
O número de pessoas curadas é de 6.072, o que faz com que o total de casos registrados no país desde o início da pandemia do novo coronavírus seja de 53.578 em um país com 60 milhões de habitantes.
A região da Itália mais afetada pela Covid-19 é a da Lombardia, no norte, onde houve 22.264 infecções e 2.549 vítimas faleceram. Em seguida aparecem Emilia Romagna (5.968 casos da doença), Vêneto (4.031), Piemonte (3.461) e Marche (1.981).
Neste sábado, completa-se um mês desde que foram detectados os primeiros 16 casos de contágio na Itália, país com o maior número de mortes pela doença em todo o mundo e onde, segundo projeções oficiais, o pico da curva de infecções ainda não chegou.
Nas últimas 24 horas, 4.821 pessoas foram identificadas com a Covid-19, e 943 foram curadas.

Idosos em risco

Também presente à coletiva na qual os números foram divulgados, o presidente do Instituto Superior da Saúde, Silvio Brusaferro, reiterou que a idade média das pessoas que morreram era de cerca de 80 anos e que a grande maioria sofria de outras doenças.

Brusaferro aproveitou a oportunidade para advertir que muitos italianos "não estão levando a sério o perigo" decorrente desta pandemia.
"Há casos em que, com a desculpa de fazer uma rápida caminhada, algumas pessoas fazem reuniões sociais", alertou.
"(A propagação) acaba prejudicando as pessoas mais frágeis da sociedade, que são os idosos, o grupo mais frágil", ressaltou.

Necessidade de isolamento

Brusaferro também insistiu sobre a importância de os idosos ficarem em casa, assim como o resto dos cidadãos, que só deve ir à rua em caso de extrema necessidade, e mesmo assim mantendo sempre uma distância segura de um metro para outras pessoas.
"Estamos em uma fase em que a curva ainda está crescendo. Vamos ver nos próximos dias se as medidas de isolamento foram suficientes", disse o presidente do Instituto Superior da Saúde.
O governo italiano proibiu viagens a casas de veraneio, fechou parques públicos, escolas e universidades, locais de entretenimento e negócios, além de ter limitado deslocamentos que não sejam por razões de trabalho, saúde ou outras necessidades urgente

Decreto define produção e distribuição de alimentos como atividades essenciais



Vigilância sanitária, certificações fitossanitárias, controle e erradicação de pragas e doenças também figuram nessa classificação, não podendo assim serem interrompidos durante pandemia do novo coronavírus

alimentos

Foto: Pixabay
Foi publicado em edição extra do Diário Oficial neste sábado, 21, decreto presidencial que inclui entre serviços e atividades essenciais o funcionamento de toda a cadeia de alimentos e bebidas – desde a produção até a entrega ao consumidor final.
O decreto traz uma série de outras atividades que são consideradas essenciais à população e não podem ser interrompidas durante a pandemia do novo coronavírus, conforme estabelece medida provisória 926/2020 também publicada neste sábado.
Qualquer situação excepcional, segundo a medida provisória, deve ser avaliada pelo órgão federal regulador da área.
Pelo decreto 10.282/2020, são considerados, por exemplo, serviços e atividades essenciais:
– produção, distribuição, comercialização, entrega realizada presencialmente ou por meio do comércio eletrônico de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;
– vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
– prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e doenças dos animais;
– vigilância agropecuária internacional;
– transporte e entrega de cargas em geral;
– fiscalização tributária e aduaneira;
– produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
– atividades de suporte e de disponibilização de insumos necessários as cadeias produtivas dos serviços públicos e atividades essenciais.

Medida provisória

Na mesma edição do Diário Oficial, o governo publicou uma medida provisória com mudanças na lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
Segundo a MP 926, quando forem adotadas medidas de restrição excepcional e temporária de entrada e saída do país, elas deverão resguardar o exercício e o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais. Também proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais.