sexta-feira, 20 de março de 2020

Anastasia classifica como positiva a primeira votação remota do Senado



Da Redação | 20/03/2020, 17h15
A votação do projeto que reconhece que o país está em calamidade pública por causa do coronavírus teve um resultado bastante positivo. A avaliação é do primeiro-vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), feita em entrevista coletiva depois da sessão desta sexta-feira (20). Foi ele quem presidiu a votação remota, a primeira da história do Senado, que aprovou a matéria (PDL 88/2020). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está afastado de suas atividades legislativas, em recuperação, por ter sido testado positivo para coronavírus.
— Foi algo inédito no Brasil e no mundo. O decreto foi aprovado por unanimidade, com 75 votos, e já foi encaminhado para publicação — afirmou Anastasia.
O senador lembrou que foram mais de quatro horas de sessão remota. Apesar de alguns momentos de dificuldade técnica, registrou, a avaliação geral é satisfatória. Ele também agradeceu a colaboração dos colegas senadores e destacou o esforço dos servidores do Senado para a realização da sessão. Anastasia  informou também que o sistema de votações remoto será aperfeiçoado e usado novamente para as deliberações na próxima semana.
Segundo o senador, as votações remotas podem ocorrer em situações urgentes. Ele sinalizou que esse deve ser o caso da Medida Provisória (MP) 899/2019, que trata de procedimentos tributários. A matéria foi aprovada na quarta-feira passada (18) na Câmara dos Deputados, está pronta para ser deliberada no Plenário do Senado e perde a validade no próximo dia 25.
Anastasia afirmou que outros parlamentos já demonstraram interesse no sistema e que o Senado pretende compartilhar essa nova tecnologia.

Comissão mista

Conforme previsto no projeto de decreto legislativo que reconheceu a situação excepcional no país, haverá uma comissão mista de acompanhamento das ações do governo durante o período de estado de calamidade. Essa comissão será composta por seis senadores e seis deputados, com igual número de suplentes. De acordo com Anastasia, a formação da comissão deve atender à proporcionalidade das bancadas e será acertada com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Carlos Viana: Parlamento cumpre com sua responsabilidade diante da covid-19



Da Redação | 20/03/2020, 17h24
O senador Carlos Viana (PSD-MG) comemorou a aprovação do decreto de calamidade pública, em votação realizada pelo Senado nesta sexta-feira (20). Ele destacou a importância do Legislativo no enfrentamento da pandemia de coronavírus.
— O Parlamento corresponde ao que os brasileiros querem dele. Quando o presidente da República e os ministros definem claramente qual é o caminho que vamos seguir, o Parlamento não se furta a comparecer e a ter responsabilidade — disse, acrescentando que "o nosso futuro será decidido pela forma como nós combateremos o vírus e pela nossa disciplina na não proliferação dessa doença".
O senador manifestou esperança na redução da proliferação e na eficácia dos medicamentos em teste, mas expressou preocupação com a capacidade do sistema de saúde de atender ao aumento da demanda. Para ele, a decretação de calamidade pública, ao colocar em primeiro lugar os gastos com a saúde pública, proporciona os meios econômicos para o cuidado com as pessoas.

Eleições de 2020

Carlos Viana classificou como “prematura” a proposta de adiamento ou cancelamento das eleições municipais deste ano. Apesar disso, ele pediu que o tema seja discutido — inclusive a hipótese de unificação das eleições em 2022 —, alertando para o risco de que as quarentenas prejudiquem o cumprimento do calendário eleitoral.
O senador também condenou qualquer ação com o objetivo de “jogar as ruas contra o Parlamento”.
— Rechaçaremos toda e qualquer ação que venha a colocar em risco o Brasil, a República e, principalmente, a democracia — disse ele, ressaltando que "estamos aqui para defender o melhor para o nosso país".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Izalci sugere novas votações remotas e pede mais investimentos em ciência



O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) sugeriu que o modelo de votação remota seja implementado também em comissões e no Congresso Nacional. Izalci foi um dos 75 senadores que aprovaram nesta sexta-feira (20) por unanimidade, e de forma remota, o projeto que reconhece o país em calamidade pública por causa do coronavírus (PDL 88/2020).
— É uma ferramenta que veio para ficar, e eu espero que a gente possa continuar fazendo mais reuniões dessa forma — declarou.
O senador também fez uma homenagem aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, e sugeriu que a população priorize os pequenos comércios durante o tempo de crise. Izalci ainda disse que o Brasil precisa investir mais em ciência, tecnologia e inovação, pois esse investimento traz economia e mais qualidade de vida para os brasileiros.
— Vamos trabalhar, investindo cada vez mais em ciência, tecnologia e inovação. Precisamos de mais investimentos na educação, principalmente na área de ciência e tecnologia — registrou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado não está paralisado diante da pandemia, ressalta Lasier Martins



Da Redação | 20/03/2020, 17h42
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) afirmou durante sessão deliberativa remota, nesta sexta-feira (20), que o Senado não está paralisado em meio à pandemia do novo coronavírus. O senador lembrou que há pelo menos três medidas provisórias a serem votadas pela Casa nos próximos dias, assim como outras matérias importantes que podem ser analisadas remotamente.
— Eu apenas quero pedir que, quando houver matérias polêmicas e difíceis, deixemos para debate em Plenário, porque nada se compara à espontaneidade, à amplitude, à naturalidade do debate em Plenário — disse.
A MP 899/2019, que regulamenta a negociação de dívidas com a União, já está pronta para ser votada em Plenário. Já as MPs 921/2020 e 924/2020 tratam de questões relacionadas ao coronavírus.
Lasier destacou o momento histórico vivido pelo Senado. Ele falou também sobre a importância da solidariedade demonstrada pelos brasileiros, que homenagearam, por exemplo, os profissionais de saúde e as demais categorias profissionais que seguem trabalhando para ajudar o país a enfrentar a crise.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Momento é de solidariedade e compreensão, diz Alvaro Dias



Da Rádio Senado | 20/03/2020, 17h42
Em pronunciamento na sessão plenária remota desta sexta-feira (20), o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) votou favoravelmente ao projeto de decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Brasil (PDL 88/2020) por causa da pandemia de covid-19, causada pelo coronavírus. O parlamentar ressaltou que neste momento não importa o partidarismo, mas sim a solidariedade e a compreensão. 
— Eu, neste momento, coloco em um segundo plano minha vocação de crítico para dizer que estamos juntos, solidários, compreensivos com a insuficiência certamente de medidas, compreensivos diante da impotência do poder público nesta hora em que há uma pandemia avassaladora. Estamos juntos para superar dificuldades e plantar esperanças de um futuro melhor — disse o senador.
Alvaro lembrou que o deficit nas contas públicas vai ultrapassar R$ 200 bilhões em 2020, mas o que importa é a saúde da população.
— Trará consequências futuras, com o endividamento público, que já é acelerado e se tornará ainda mais preocupante; com o incremento das despesas com taxas de juros, que já são insuportáveis; com o aumento da dívida pública. Mas nós estamos diante desta circunstância e esse é o nosso dever — ressaltou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combate



Medicamentos contra malária, ebola, HIV e doenças autoimunes estão sendo testados no combate a epidemia de coronavírus

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Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combate

Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combate

Yuan Zheng / EFE-EPA - 4.2.2020
A comunidade científica mundial tem corrido contra o tempo para barrar os avanços do coronavírus, que até esta sexta-feira (20) já ultrapassou 245 mil casos e 10 mil vítimas fatais em todo o mundo. Uma vez que a vacina contra a doença levará pelo menos um ano para ser desenvolvida e comercializada — segundo estimativa do vice-presidente da Sanofi Pasteur, David Loew —, os esforços imediatos estão concentrados no desenvolvimento de medicamentos para combater o SARS-covid-2, que causa a covid-19. 
Acompanhe, a seguir, quais medicamentos já foram testados e quais os efeitos sobre o coronavírus: 
Cloroquina e Hidroxicloroquina
Geralmente usados para o tratamento para combater a malária e doenças autoimunes, a cloroquina e hiroxicloroquina ganharam atenção mundial após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar a aprovação da droga em pacientes com covid-19.
Um estudo publicado por pesquisadores chineses na revista Nature mostrou que a os testes com a cloriquina têm se mostrado promissores no combate ao coronavírus. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez ressalvas à aplicação do medicamento. Na quinta (19), o Ministério da Saúde desaconselhou que a população comprasse as substâncias para automedicação. 
Kaletra
Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde incluiu o Kaletra em um teste multinacional de busca de tratamentos contra a Covid-19. A combinação dos medicamentos antivirais lopinavir e ritonavir é geralmente usada para tratar HIV e tem efeitos no sistema imunológico do paciente. 
Apesar das pesquisas, um estudo publicado na quarta (18) pelo New England Jornal of Medicine sugeriu que a combinação de drogas não se mostrou eficiente no tratamento da doença. 
Favipiravir
Produzido com o nome de Avigan, o medicamento japonês contra gripe foi testado em 340 pacientes na China. Na última terça (17), o membro do ministério da Ciência e Tecnologia Zhang Xinmin, a substância seria "claramente eficiente no tratamento". 
Em entrevista ao The Guardian, Xinmin explicou que o uso do medicamento teria melhorado a capacidade pulmonar de 91% dos pacientes em teste.
Remdesivir
Desenvolvido originalmente para o tratamento de ebola, a droga passa por testes clínicos na China. Um estudo publicado pelo JP Morgan mostrou testes promissores na inibição do covid-19 com baixos níveis de toxicidade para a própria célula. 
Interferon beta
A empresa britânica de biotecnologia Synairgen recebeu aprovação para testar um medicamento à base de Interferon beta, uma molécula que faz parte do mecanismo de defesa do pulmão para combater o vírus.
Em entrevista ao Science Media Center, Ian Hall, professor de medicina molecular da Universidade de Nottigham explicou que a ideia do tratamento é "fornecer mais dessa molécula ao pulmão, o que poderia ajudar a reduzir a gravidade da infecção pelo covid-19, especialmente naquelas pessoas que reduziram as respostas imunes ao vírus." 

Uma flor, um carinho, um gesto de solidariedade



Produtores do Distrito Federal doam flores a hospitais em apoio aos profissionais da saúde

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Vinte e cinco produtores do ramo decidiram doar parte do estoque para os profissionais da área da saúde em homenagem aos esforços da classe no combate ao coronavírus. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” Uma das clássicas frases do livro O Pequeno Príncipe (1943), de Saint-Exupéry, resume bem o gesto tocante de produtores de flores do Distrito Federal, realizado na tarde desta sexta-feira (20) em quatro hospitais do Plano Piloto. Mostrando que, assim como foi dito pela raposa ao jovem monarca loiro em dado momento da trama criada, generosidade sempre é bem-vinda, sobretudo em tempos de caos.
E, assim, após uma reunião de emergência ocorrida durante a manhã, 25 produtores do ramo decidiram doar parte do estoque para os profissionais da área da saúde em homenagem aos esforços da classe no combate ao coronavírus. Os buquês de flores tropicais como alpina, lírio, helicônia, boca de leão e rosas vermelhas, rosas e amarelas foram doadas a profissionais do Hemocentro, Hran, Hospital de Base e HMIB (Hospital Infantil de Brasília).
Para evitar o contágio, as flores foram in natura, ou seja, sem qualquer tipo de embalagem, e entregues pelo diretor financeiro da Associação de Produtores de Flores do DF,, Francisco Jakubowski, que estava acompanhado de sua filha Daniela e de sua irmã Márcia. “Quando apresentamos a ideia ao secretário de Saúde ele nem acreditou, ficou felicíssimo, diante de tanto problema, adorou a ideia”, contou.
No Hemocentro, cada doador de sangue que se dispunha a sair de casa para realizar um gesto de solidariedade, também levou uma rosa como recordação. Foi o caso da administradora Jéssica Laranjo. “Acho muito lindo essa ação porque em meio a tanto medo num cenário tão caótico, é uma forma de criar empatia e segurança”, disse a doadora, que resolveu doar sangue, após saber que a proliferação do Covid-19 pode gerar escassez de banco de sangue. “Gentileza gera gentileza. É a primeira vez que venho doar sangue”, admitiu.
A iniciativa foi inspirada numa ação de produtores holandeses realizada recentemente na Europa. Para Francisco Jakubowski, a ação voluntária teve o intuito de amenizar o clima de tensão nos hospitais. “Claro que se colocarmos as flores na câmara fria, elas ainda podem durar um tempo, mas decidimos pela doação em solidariedade a esses profissionais que estão passando por momentos delicados e difíceis”, ressaltou o produtor. “Que cada flor simbolize um sopro de esperança”, desejou.

Jorginho Mello pede liberação de pedágios para evitar contaminação



Da Redação | 20/03/2020, 17h45
O senador Jorginho Mello (PL-SC) afirmou nesta sexta-feira (20) que pediu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para liberar as cancelas dos pedágios no país. Segundo ele, esta é uma fonte de contaminação de dinheiro por conta do troco dado aos motoristas.
— Por que só os pequenos? Os pequenos estão fechados, o dono de bar, o restaurante. Por que a cancela não pode ser erguida para não se cobrar e não se contaminar? — questionou.
O senador também disse que pediu ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que envie para Santa Catarina mais kits de testes para o coronavírus.
Além disto, Jorginho elogiou a atuação do ministro da Saúde. Segundo ele, Mandetta tem sido um grande líder, com conhecimento, diplomacia, sabedoria e calma.
— Ele e toda sua equipe de secretários têm dado um "banho". Parabéns, Ministro Mandetta! Você está antecipando e será uma figura sempre lembrada pela agilidade, pela facilidade, e você nunca se negou a dar informação — afirmou o senador.
Jorginho também cumprimentou todos os funcionários da área da saúde, aos quais chamou de heróis.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado