sexta-feira, 20 de março de 2020

Câmara aprova MP que regulamenta negociação de débitos fiscais com a União



18/03/2020 - 22:43  

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para deliberação de vetos
Deputados aprovaram descontos e parcelamento de dívidas de contribuintes
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (18), a Medida Provisória 899/19, que regulamenta a negociação de dívidas com a União em um procedimento conhecido como transação, com descontos de até 50% e parcelamento em 84 meses. Aprovada em votação simbólica e por acordo, a MP será enviada ao Senado.
O texto foi aprovado na forma do projeto de lei de conversão do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), que prevê desconto maior (70%) para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e demais organizações não governamentais (ONGs) listadas na Lei 13.019/14, inclusive as religiosas, que estabeleçam parcerias com o poder público.
Emenda do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) estendeu o prazo de parcelamento nesses casos de 120 para 145 meses. Entretanto, para débitos envolvendo a contribuição previdenciária do empregado e do empregador, o prazo máximo será de 60 meses, conforme determina a Constituição Federal.
Os descontos não poderão ser sobre o valor principal original da dívida corrigido, incidindo somente sobre multas, juros de mora e encargos legais (honorários advocatícios, por exemplo). O crédito da União também deve ser considerado irrecuperável ou de difícil recuperação, conforme critérios a serem estipulados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Em todos os tipos de transação, os honorários serão reduzidos no mesmo percentual aplicado às multas e juros.
Pequeno valor
O texto também cria a transação para dívidas de pequeno valor (até 60 salários mínimos) e permite o uso do mecanismo para dívidas junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Simples Nacional sob certas condições.
Falência
Um destaque do Novo aprovado pelo Plenário retirou do texto a possibilidade de o governo pedir a conversão da recuperação judicial da empresa em falência caso ocorra a rescisão da transação.
O que entra
As dívidas que podem ser objeto da transação são aquelas junto à Receita Federal ainda não judicializadas, as de competência da Procuradoria-Geral da União (PGU), da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Em relação à MP original, o relator incluiu as de natureza não tributária.
Quanto às dívidas perante o regime tributário especial para as micro e pequenas empresas (Simples Nacional), a transação dependerá de lei complementar específica.
Já as com o FGTS dependerão de autorização do Conselho Curador, que terá 20 dias úteis para decidir sobre o pedido de autorização. Se a decisão não sair nesse prazo, a autorização será considerada dada e a negativa terá de ser acompanhada de manifestação expressa e fundamentada.
Esse prazo contará da comunicação pela PGFN ao conselho sobre a proposta feita pelo contribuinte ou sobre edital com as condições ofertadas pelo órgão.
Parâmetros
Na definição dos parâmetros para se aceitar proposta de transação feita pelo contribuinte, a PGFN deverá levar em conta o insucesso dos meios tradicionais de cobrança, a idade da dívida, a capacidade de pagamento do devedor e os custos da cobrança judicial.
Nesse sentido, uma novidade incluída pelo relator é que serão considerados como difíceis de receber os créditos de empresas em processo de recuperação judicial, falência ou liquidação judicial ou extrajudicial.
Valores maiores
Quando a proposta de transação envolver valores maiores aos já fixados em ato de regulamentação do ministro da Economia ou do advogado-geral da União, ela dependerá de autorização prévia e expressa do ministro, que poderá delegar a decisão.
A transação poderá ocorrer por meio de proposta do contribuinte ou do governo, por meio de edital. Nos dois casos, ela não implicará a devolução ou a compensação com valores pagos por meio de parcelamentos anteriores.
Gratificação de auditores
Os deputados aprovaram ainda outra emenda, assinada pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que disciplina a base de cálculo do bônus por produtividade devido aos auditores e analistas tributários por meio da Lei 13.464/17. A emenda diz que o valor individual do bônus terá como limite máximo 80% do maior vencimento básico do respectivo cargo do servidor.
Já o valor global do bônus não poderá considerar as receitas obtidas com multas tributárias e aduaneiras aplicadas pela Receita Federal, inclusive por descumprimento de obrigações acessórias como falta de entrega de declarações.
Conselho de recursos
Quanto ao Conselho de Recursos Fiscais (Carf), a emenda prevê que, em caso de empate no julgamento de processo administrativo de determinação e exigência do crédito tributário, não se aplica o voto de desempate do presidente das turmas ou câmaras do órgão, cargo ocupado por servidores da Receita.
O Carf reúne também representantes dos contribuintes e julga recursos administrativos contra lançamentos do Fisco questionados nessa instância. Segundo a emenda, no caso desse tipo de processo, quando a Receita tenta resolver a pendência de forma mais “amigável”, se houver empate a questão será decidida favoravelmente ao contribuinte.
Benefícios
Além dos descontos e dos prazos de parcelamento, a transação poderá envolver outros benefícios, como formas de pagamento especiais, inclusive moratória ou adiamento do prazo, e substituição de garantias.
O texto do relator especifica que poderão ser aceitas quaisquer tipos de garantia envolvendo bens móveis ou imóveis, créditos fiduciários e créditos líquidos e certos contra a União reconhecidos em sentença final (transitada em julgado).
Compromissos
Ao assinar a transação, o devedor deverá assumir alguns compromissos, como não usar o mecanismo para prejudicar a livre concorrência; não usar “laranjas” para esconder patrimônio; não vender bens ou direitos sem comunicar ao órgão da Fazenda competente se exigível em decorrência de lei; e desistir dos recursos administrativos e das ações envolvendo o crédito motivo da transação.
Proibições
Serão proibidas as transações que reduzam multas de natureza penal; envolvam devedor contumaz (frequente); reduzam o valor principal da dívida; ou que envolvam créditos não inscritos em dívida ativa da União, exceto aqueles sob responsabilidade da Procuradoria-Geral da União.
As reduções obtidas por meio da transação não poderão ser acumuladas com outras asseguradas pela legislação.

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - Pierre Triboli
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Exigências do teto dos gastos e da “regra de ouro” superam estado de calamidade pública



Dispositivo constitucional só pode ser contornado por meio de créditos adicionais aprovados pelo Congresso
20/03/2020 - 15:15  

O reconhecimento pelo Congresso Nacional do estado de calamidade pública no País em decorrência da pandemia do coronavírus não livra os Poderes do cumprimento do teto de gastos e da regra de ouro, que são exigências constitucionais. O estado de calamidade pública está previsto em norma complementar, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Divulgação/Organização Mundial de Saúde
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O estado de calamidade pública aprovado pelo Congresso permitirá, segundo o governo, implementar as ações contra o coronavírus
Como aconteceu na Câmara dos Deputados na quarta-feira (18), o Senado aprovou nesta manhã o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/20, já promulgado pelo Congresso. A medida decorre de pedido do presidente Jair Bolsonaro, para que o governo federal tenha condições de implementar, com dinheiro público, as ações de combate ao Covid-19.
A LRF exige que, após a avaliação das receitas e despesas verificadas a cada bimestre, deverá ser feito o bloqueio de gastos discricionários caso a arrecadação não seja suficiente para atingir a meta fiscal do ano. O PDL 88/20 dispensa isso temporariamente, até 31 de dezembro. Até lá, uma comissão parlamentar mista acompanhará esses números.
Ineditismo
Nos termos atuais, o estado de calamidade pública é inédito em nível federal. A LRF prevê essa condição temporária, a fim de suspender prazos para ajuste das despesas de pessoal e dos limites do endividamento; para cumprimento das metas fiscais; e para adoção dos limites de empenho (contingenciamento) das despesas de livre execução.
Já a Emenda Constitucional 95, que criou o teto de gastos, limita as despesas federais por 20 anos, considerando a variação da inflação (IPCA). Em 2020, pela primeira vez desde a adoção da norma, Judiciário, Legislativo, Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União não poderão contar com “ajuda” do Executivo para cumprir as respectivas metas.
Por sua vez, a “regra de ouro” proíbe as operações de crédito (emissão de títulos públicos) que excedam o montante das despesas de capital (investimentos e amortizações). Esse dispositivo constitucional só pode ser contornado por meio de créditos adicionais aprovados pelo Congresso, com apoio de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.
Cenário
Neste ano, o Orçamento sancionado sem vetos pelo presidente Bolsonaro prevê um déficit primário de R$ 124,1 bilhões como meta fiscal para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho: descontado o pagamento dos juros da dívida pública, as despesas superam as receitas.
Na proposta do Executivo para 2020, as despesas foram fixadas em R$ 6,9 bilhões abaixo do teto dos gastos. Isso foi ajustado pelo Congresso durante a tramitação da proposta. Por outro lado, os parlamentares reduziram para R$ 343,6 bilhões o crédito suplementar necessário para contornar a “regra de ouro” e pagar aposentadorias e benefícios sociais.
Não há, ainda, hoje, dinheiro para pagar os R$ 5,9 bilhões em emendas do relator-geral do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE). Isso porque essas despesas estão condicionadas às eventuais receitas decorrentes da promulgação, ainda neste ano, da Proposta de Emenda Constitucional 186/19, a chamada PEC Emergencial, do Executivo.

Reportagem - Ralph Machado
Edição - Roberto Seabra
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Defesa Civil alerta moradores sobre abertura de comporta no Paranoá



A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), emitiu mais um alerta aos moradores da região próximo ao Lago Paranoá, nesta sexta-feira (20). 



O motivo do aviso foi para que os moradores da região evitassem as margens do Rio São Bartolomeu, que teria o volume de água aumentado com a abertura de duas comportas – 10 centímetros em cada uma – na Barragem do Paranoá.
O motivo da abertura das comportas, realizada pela Companhia Energética de Brasília (CEB), foi o nível de água ter atingido o estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA). As chuvas da noite anterior fizeram com que o volume aumentasse.
No aviso, a Defesa Civil orientou os moradores a evitarem atividades às margens do rio São Bartolomeu, para onde a água seguiu. “Esta orientação é importante, pois o volume de água pode mudar repentinamente. O alerta local, com acionamento do sinal sonoro, foi dado antes da abertura”, esclareceu o coordenador de Operações da Defesa Civil, tenente-coronel Sinfrônio Lopes. A operação foi finalizada por volta das 14h, sem nenhuma intercorrência.
Para garantir a segurança, o órgão acionou ainda o apoio do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). De acordo com Lopes, essa é uma medida de prevenção.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública
  AGÊNCIA BRASÍLIA *

Convocados pela Codhab têm novo prazo para enviar documentos



A data de envio, que terminaria no dia 31 de março, foi prorrogada para o dia 10 de maio



A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) informa que, em razão do decreto governamental que interrompe o funcionamento dos cartórios, o prazo para o envio de documentos dos convocados da lista, que terminaria no dia 31 de março, foi prorrogado para o dia 10 de maio.
O procedimento deve ser feito, exclusivamente, pelo aplicativo da Companhia, e os convocados devem entrar no app com login e senha, clicar no nome “Habilitação”, que estará em azul, e seguir os passos indicados.
Aplicativo Codhab
Para instalar a ferramenta é simples, basta ir à loja de aplicativos do celular – Google Play, no caso do Android, e App Store – no caso do iOS, e baixá-la. Para garantir a segurança na utilização da ferramenta, a recomendação é baixar direto da loja e confirmar se o nome do desenvolvedor da ferramenta é a Codhab.

*Com informações da Codhab

Secretaria de Saúde realiza troca de extintores



Até o final da próxima semana, mais 600 novos extintores devem ser instalados em toda a rede

A Secretaria de Saúde começou a troca dos extintores das unidades da rede pública. Ao todo, serão substituídos 760 extintores de incêndio pó PQS ABC. Outros 867 passarão por manutenção.
Três hospitais da rede já receberam os aparelhos. No Hospital de Apoio, nove extintores novos já foram colocados e outros 16 receberam manutenção. Em Ceilândia, 101 aparelhos foram trocados. No Materno Infantil, 11 passaram por manutenção e 150 foram trocados por extintores novos.
“Até o final da próxima semana, entregaremos mais 600 extintores nos demais hospitais, unidades básicas de saúde (UBS) e centros de atenção psicossocial”, explica o gerente de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho Ricardo Theotônio.
O processo de aquisição e manutenção de extintores teve início em fevereiro de 2019, com a assinatura do contrato Nº 026/2020-SES/DF, firmado com a empresa vencedora da licitação.
* Com informações da Secretaria de Saúde
 AGÊNCIA BRASÍLIA 

Brasília Ambiental prorroga até 5 de abril atendimentos emergenciais no Hvep



Medida é decorrente da classificação da Covid-19 como pandemia pela OMS



Uma instrução normativa do Brasília Ambiental formalizada na manhã desta sexta-feira (20) prorrogou os atendimentos emergenciais do Hospital Veterinário Público (Hvep) até 5 de abril. A medida leva em consideração a pandemia do novo coronavírus, causador da doença Covid-19. Consultas eletivas temporariamente estarão suspensas.
Clique aqui e confira a instrução sobre a mudança no atendimento do Hvep
Conforme o documento, a classificação da Covid-19 como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março, reforça que a situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a fim de evitar a disseminação da doença no âmbito do Distrito Federal.
A medida se faz necessária porque em dias normais há uma grande concentração de pessoas no local, o que potencializa o risco de transmissão do coronavírus. O horário de triagem dos atendimentos de urgência também foi reduzido para o período das 8h às 13h. As medidas previstas na instrução poderão ser reavaliadas a qualquer momento.
O Hvep está localizado no Parque Lago do Cortado, em Taguatinga Norte. O acesso pode ser feito pela QNF 14, ao lado do prédio do Serviço Social da Indústria (Sesi).

* Com informações do Brasília Ambiental
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Saúde firma parceria com UnB para ampliar diagnósticos




Universidade pode realizar entre 500 a 700 exames por dia



Foto: Breno Esaki – Agência Saúde
Uma parceria entre a Secretaria de Saúde e a Universidade de Brasília (UnB) foi firmada, nesta sexta-feira (20), para fortalecer o combate ao coronavírus (Covid-19). Os resultados dos exames feitos pela universidade podem demorar até dois dias para serem concluídos. Ficou definido que a universidade oferecerá apoio na realização de testes de diagnóstico da doença.
De acordo com o professor de Imunologia da UnB, Jaime Santana, o laboratório da universidade tem capacidade para realizar entre 500 a 700 diagnósticos por dia. “A ideia é fazermos essa parceria e utilizar a expertise da universidade nessa área para aumentarmos o número de diagnósticos para o coronavírus”, afirmou Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF, em reunião no Centro Empresarial PO 700.
“Estamos todos prontos para começar. Assim que os insumos forem comprados para fazer a reação que detecta o vírus, começaremos imediatamente, como parte da função social que a universidade desempenha”, informou Santana.
O laboratório da UnB possui dez máquinas capazes de amplificar o material genético do vírus e fazer as reações químicas que detectam o DNA do coronavírus. “Nessa ampliação se faz cópias do DNA até um nível que possamos avaliar e saber, com certeza, se o vírus analisado é do coronavírus ou algum outro”, explicou o professor.
* Com informação da Secretaria de Saúde

Estádio Nacional Mané Garrincha liberado para o combate ao coronavírus



A Arena BSB disponibilizou ao GDF, nesta sexta-feira (20), o uso do local. O espaço poderá ser utilizado como um centro de triagem ou hospital de campanha pela Secretaria de Saúde



Foto: Arquivo/Agência Brasília
A concessionária adotou os protocolos de prevenção e controle das autoridades competentes e tem viabilizado a remarcação de datas dos eventos. Foto: Arquivo/Agência Brasília

O diretor-presidente da Arena BSB, Richard Dubois, oficializou nesta sexta-feira (20) a disponibilização do Estádio Nacional de Brasília para sua utilização nas ações do GDF, no enfrentamento à epidemia da Covid-19. Segundo Dubois, o estádio, devido à localização central, pode aliviar a rede hospitalar para pacientes com maiores gravidades e se tornar um grande hospital de campanha.
“Temos acompanhado as informações sobre a pandemia do coronavírus, especialmente no Brasil. No âmbito do Distrito Federal fomos um dos primeiros a ter medidas restritivas de atuação, por lidarmos com o entretenimento e grandes públicos, mas, mesmo assim, acreditamos nas ações do Governo no combate à disseminação daCovid-19. Entendemos que disponibilizar a estrutura do estádio é assumir uma cota de responsabilidade social neste momento tão crítico”, explicou.
De acordo com Dubois, ele está disposto a colaborar em todas as ações necessárias para a minimização da epidemia e suas consequências. “Desde o início da gestão do Complexo Esportivo de Brasília temos como compromisso a segurança e o bem-estar de todos os usuários dos nossos equipamentos” destacou.
A concessionária adotou os protocolos de prevenção e controle das autoridades competentes e tem viabilizado a remarcação de datas dos eventos. “Nos solidarizamos neste momento com as produtoras de eventos, cada artista, atletas e profissional de apoio; parados, assim como nós, por uma causa maior: o bem-estar de todos”, disse Richard Dubois ao citar todos os agentes e profissionais que também têm suas atividades paralisadas neste momento.
Estádio iluminado
Como uma mensagem de esperança, nestes dias difíceis para todos, serão acesas as luzes externas do Estádio Nacional de Brasília, todas as noites, das 19h às 23h.
*Assessoria de Comunicação Arena BSB

Centro Médico da PMDF vai reforçar atendimento à população




Durante pandemia do Covid-19, local amplia atendimento também a civis. Iges-DF vai destinar mais médicos e enfermeiros



Anexo ao Quartel-General da Polícia Militar do DF, localizado no Setor Policial Sul, o Centro Médico da PMDF vai ajudar a desafogar os atendimentos emergenciais nos hospitais públicos, enquanto durar o período de combate à pandemia causada pelo vírus Covid-19. A determinação está em mais um decreto editado pelo Governo do Distrito Federal e será publicado nesta sexta-feira (20).
Segundo o documento, o centro médico vai atender civis e militares sem distinção. “Serão executada de forma igualitária, indistintamente, em benefício de integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal e dos cidadãos em geral, vedada a distinção de tratamento, atendimento preferencial ou a criação de escalas especiais de atendimento aos membros da Polícia Militar do DF de qualquer patente, em qualquer especialidade médica”, descreve o decreto.
A medida foi tomada “diante da situação concreta de perigo iminente representada pela irrupção da pandemia do coronavírus, bem como do estado de calamidade pública e de emergência já reconhecidos”.
Conforme a determinação, o centro médico passa a ser gerenciado pela Secretaria de Saúde e vai receber reforços de profissionais do Instituto de Gestão da Saúde (Iges-DF). “Ficam requisitados, para apoiar a administração do Centro Médico da Polícia Militar pela Secretaria de Estado da Saúde do DF e garantir a universalidade do atendimento, os serviços da força de trabalho do Instituto de Gestão da Saúde – Iges-DF, em escala a ser definida em ato de cooperação a ser subscrito pelo secretário de estado da Saúde e pelo diretor-presidente do Instituto”.

Uber: projeto de lei prevê mais segurança para motoristas



Protocolada na Câmara Legislativa, proposta do GDF determina que operadores como Uber, 99 e Cabify disponibilizem dispositivos de segurança aos prestadores autônomos, como o chamado botão do pânico



Foto: Arquivo / Agência Brasília
Está protocolada na Câmara Legislativa (CLDF) a proposta de projeto de lei (PL) que garante mais segurança ao motorista de aplicativo sem pesar muito no bolso. De iniciativa do Governo do Distrito Federal, a minuta encaminhada na segunda-feira (16) destina a maior parcela da responsabilidade pela segurança dos profissionais às empresas que operam no serviço.
A proposição, que já está na pauta da CLDF, busca modificar a Lei 5.691, de 2 de agosto de 2016. Esta normativa regulamentou a prestação do serviço de aplicativo no âmbito do DF. Entre as mudanças propostas pelo novo PL está, por exemplo, a determinação de que as operadoras (Uber, 99 e Cabify) disponibilizem dispositivos de segurança aos prestadores autônomos, como o chamado “botão do pânico”.
“Não é justo a gente ter de bancar a nossa segurança se trabalhamos para uma empresa milionária”Alessandro Melo, motorista de transporte por aplicativo
O PL vem a público exatamente 18 dias depois da reunião do governador Ibaneis Rocha com representares de empresas de aplicativo e dos próprios motoristas. Na época havia outro texto aprovado pela CLDF sobre o mesmo assunto, de autoria do deputado Daniel Donizet.
Mas a proposição não foi bem aceita no setor. Assim, prestadores do Serviço de Transporte Individual Privado de Passageiros em Tecnologia da Comunicação em Rede do DF (Stip-DF) se reuniram com o governador Ibaneis Rocha para reclamar do texto, alegando que as modificações oneravam ainda mais o já diminuto orçamento dos motoristas.
Um dos pontos da proposta anterior do deputado Donizet – e que contrariavam os proprietários de carro usados no serviço – era a instalação de câmeras de segurança e de botão do pânico. Tudo seria arcado com os recursos dos motoristas de aplicativo.
O governador Ibaneis Rocha, então, acabou vetando o PL do deputado distrital Daniel Donizet. Desde então o chefe do Executivo e sua equipe se debruçaram sobre o assunto até apresentaram um texto com propostas bem mais leves ao bolso do profissional, mas sem se descuidar das medidas que visam sua segurança. Uma delas é a proibição do pagamento das corridas com dinheiro, item que estava na proposta de Daniel.
Na modificação do Artigo 11-B da antiga Lei 5.691, de 2 de agosto de 2016, o texto reforça o pedido dos proprietários de carros que trabalham na área – atendido de pronto pelo governo – e determina que “as empresas que operam no Stip-DF deverão oferecer ferramenta de segurança eficazes aos prestadores”.
No Artigo 11-C fica determinado também que as operadoras deverão disponibilizar canais eletrônicos para atendimento voltados aos prestadores (motoristas). A regulamentação dessas mudanças cabe ao comitê técnico que será criado.
Conteúdo
A nova redação proposta pelo Buriti e encaminhada à CLDF prevê a criação do comitê técnico de monitoramento. O grupo deverá apoiar o desenvolvimento de ações específicas voltadas às empresas de operação, prestadores e usuários. Cada proposta surgida deverá ser regulamentada por decreto. Além disso, as empresas e o Poder Executivo deverão desenvolver estudos, projetos e ferramentas de segurança necessárias à prestação do Stip-DF.
“Não existe um consenso acerca de onde esse dispositivo deve ser instalado ou como devem ser realizadas as devidas triagens para encaminhamento aos órgãos de segurança do Distrito Federal”, afirma o subsecretário de Serviços da Secretaria de Mobilidade, Ricardo Grossi.
Segundo Grossi, as medidas visam não somente beneficiar os motoristas, mas também os usuários do serviço. “Não analisamos o projeto do ponto de vista de quem vai ser onerado, mas do ponto de vista de segurança”, explica. “Entretanto, sim, é menos oneroso ao motorista, uma vez que traz para as empresas operadoras do STIP/DF, em parceria com o Poder Executivo do Distrito Federal, uma obrigação de realizar estudos, projetos e ferramentas de segurança necessárias à prestação do Stip no DF. Assim, não só o prestador será beneficiado, mas também as empresas poderão discutir com o poder público de forma mais dinâmica o que pode ser realizado para melhorar a segurança de prestadores e usuários”.
Depois de aprovado o PL, representantes das empresas e dos órgãos do GDF envolvidos nas ações que são tratadas no PL deverão assinar termo de cooperação técnica para a efetividade das ferramentas de segurança expostas na proposição, que deverá ser votada em breve na CLDF.
Violência recorrente
As modificações foram resultantes da necessidade imposta pela crescente violência contra motoristas de aplicativo verificada desde o início do ano. Três prestadores foram assassinados por bandidos que se passavam por passageiros.
De lá para cá, autoridades e empresários do sistema debateram as formas de modificação para tentar impedir a violência. Uma delas elimina a punição a motoristas de aplicativo caso estes cancelem viagens por não reconhecerem o passageiro de acordo com a fotografia cadastrada.
Para o motorista da Uber Alessandro Melo, 43 anos, as medidas vêm em momento certo. “É muito perigoso rodar por aplicativo da forma como está. É preciso mesmo mais leis contra os bandidos e a favor dos motoristas”, destaca o morador do Gama. O profissional autônomo afirma que qualquer gasto adicional – ou seja, além dos já computados, como gasolina e manutenção de carro – já sufoca o orçamento.
“Não é justo a gente ter de bancar a nossa segurança se trabalhamos para uma empresa milionária”, completa.