quinta-feira, 19 de março de 2020

MP da negociação de dívidas com a União está pronta para ser votada em Plenário




O Plenário do Senado pode votar a Medida Provisória 899/2019, que regulamenta a negociação de dívidas com a União em um procedimento conhecido como transação, com descontos de até 50% e parcelamento em 84 meses. A medida foi aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (18).
A matéria foi discutida e aprovada em comissão mista presidida pelo senador Luiz Pastore (MDB-ES).
O texto, na forma do projeto de lei de conversão (PLV 2/2020) do relator, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), prevê um desconto maior, agora de 70%, para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e demais organizações não governamentais (ONGs) listadas na Lei 13.019, de 2014, inclusive as religiosas, que estabeleçam parcerias com o poder público.
Nesses casos, o prazo de parcelamento foi estendido de 120 para 145 meses. Entretanto, para débitos envolvendo a contribuição previdenciária do empregado e do empregador, o prazo máximo será de 60 meses, conforme determina a Constituição federal.
Os descontos não poderão ser sobre o valor principal original da dívida corrigido, incidindo somente sobre multas, juros de mora e encargos legais. O crédito da União também deve ser considerado irrecuperável ou de difícil recuperação, conforme critérios a serem estipulados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Em todos os tipos de transação, os honorários serão reduzidos no mesmo percentual aplicado às multas e juros.
Para o relator, o volume de potenciais recursos envolvidos na transação demonstra a relevância do assunto tanto para os contribuintes, como para a Fazenda Pública.
"A carteira de créditos irrecuperáveis ou de difícil recuperação, que poderá ser objeto de transação, é de R$ 1,4 trilhão, superior à metade do estoque da Dívida Ativa da União. O contencioso tributário administrativo e judicial é igualmente gigantesco. Somente no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) há estoque de créditos de R$ 600 bilhões lançados em 120 mil processos. Outros R$ 42 bilhões estariam relacionados a demandas judiciais garantidas por seguro e fiança, gerando custos aos litigantes", explica no relatório.
A MP 899/2019 precisa ser votada até 25 de março para não perder a validade.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Promulgado artigo que protege IBGE, Embrapa e Fiocruz de contingenciamentos



Da Redação | 19/03/2020, 15h12
O presidente Jair Bolsonaro promulgou nesta quarta-feira (18) artigo de lei que isenta de contingenciamentos orçamentários a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros órgãos federais.
O artigo integra a Lei 13.957, de 2019, e havia sido originalmente vetado por Bolsonaro. O Congresso derrubou esse veto no início do mês, e o dispositivo será restaurado no texto da lei. Também ficará impedido o contingenciamento de verbas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e de ações de pesquisas e desenvolvimento agropecuário.
A Lei 13.957 modificou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2020 (Lei 13.898, de 2019). Além de impedir a retenção de recursos para essas áreas — regra que vale apenas para este ano — a lei também tornou obrigatória a execução de emendas orçamentárias feitas pelas comissões do Congresso, da Câmara e do Senado. Outro trecho trazia a obrigatoriedade das emendas do relator-geral da Lei Orçamentária, mas esse dispositivo também foi vetado pelo presidente e, depois, mantido pelos parlamentares.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Voo trará brasileiros do Peru, mas senadores apelam por outros turistas esperando socorro




Milena Galdino | 19/03/2020, 15h40
Na manhã desta sexta-feira (20) um avião deve deixar São Paulo para buscar brasileiros isolados por toque de recolher no Peru por causa do covid-19. A repatriação dos turistas, anunciada nesta quinta-feira (19) pelo senador Fernando Collor (Pros-AL), já era cobrada por senadores há algum tempo.
No Twitter, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), publicou vídeo de turista preso havia dias num hotel em Lima, a capital peruana, sem previsão de voo para retornar ao Brasil.
— Já entramos em contato com o consulado brasileiro, mas está fechado, nem abrem o portão, e a embaixada nos manda aguardar, aguardar. Estão demorando demais — reclama o homem, que não se identifica no vídeo. Em outro vídeo divulgado por Álvaro Dias, esse turista diz ter andado 40 minutos até o consulado, que está fechado com uma notificação de número de emergência, que, segundo ele, não atende.
À Agência Senado, Alvaro Dias disse que estima-se que 3,5 mil brasileiros estão retidos no Peru, impedidos inclusive de transitar, presos no hotel, alguns sem dinheiro até para comer.
— Mantivemos contato com a diplomacia brasileira para agilizar alguma providência que possa permitir o retorno. Também existem brasileiros pedindo socorro em vários países, como Portugal e Angola. Por isso fizemos esse apelo ao Itamaraty, mesmo com a compreensão das dificuldades do governo em atender a todos, mas pedimos que adote providências com esmero e brevidade para que esses brasileiros possam se sentir amparados.

Pandemia de covid-19

O fechamento de fronteiras e o cancelamento de voos em todos os continentes por causa da covid-19 pegaram milhares de brasileiros em viagem para outros países de surpresa. Sem terem como voltar para casa, eles usam redes sociais e tentam contato com os gabinetes parlamentares em busca de socorro. A expectativa deles é de que o governo consiga voos privados, como esse primeiro da companhia aérea Gol rumo a Lima, ou envie aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), como aconteceu no início de fevereiro na operação que trouxe diplomatas e turistas que estavam na China.
O Itamaraty já recebeu dezenas de pedidos de ajuda que vêm de todas as partes: Portugal, Marrocos, Peru, Chile, Argentina, Republica Dominicana etc. Na maioria dos casos, brasileiros que se encontram no exterior não podem voltar porque as companhias aéreas cancelaram voos. Em muitos casos, os voos ficaram inviáveis economicamente, uma vez que grande parte dos passageiros desiste de viajar, ou não podem ser feitos porque houve o fechamento de fronteira. Viagens aéreas entre países foram uma das principais formas de o vírus se espalhar globalmente, causando a pandemia.

Brasileiros em Portugal

Um dos parlamentares que se mobiliza na tentativa de repatriar brasileiros no exterior, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), presidente da Comissão de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), fez contato com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pedindo ajuda ao Itamaraty para trazer 18 alagoanos que estão em Portugal provenientes de um cruzeiro. Eles estão impedidos de remarcarem passagem de volta. Num ofício, Rodrigo ressaltou o risco de os brasileiros estarem desamparados em país europeu, onde a contaminação pelo coronavírus está numa escala mais avançada.
“O momento é grave e afeta o mundo inteiro. No entanto, não podemos deixar nossos compatriotas sem qualquer apoio ou ajuda num país estrangeiro, onde não contam com plano de saúde e vêm a cidade fechada sem saber a quem recorrer”, argumentou o senador, que também pediu providências à empresa TAP, que faz voos entre o Brasil e Portugal.
Um vídeo desses brasileiros que tiveram voos de retorno cancelados em Portugal foi postado no Twitter pelo senador Humberto Costa (PT-PE), intitulado “governo Bolsonaro se recusa a ajudar brasileiros que querem voltar ao país”. Ele mostra várias pessoas aglomeradas na frente da embaixada brasileira em Lisboa. Uma mulher, que se identifica como Arisa, conta que o embaixador, Carlos Alberto Simas Magalhães, teria recebido o grupo para dizer que não há dinheiro nem estrutura para dar apoio nem acomodação até que a situação se resolva. 
Humberto Costa pediu ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) assistência urgente e a imediata repatriação dos prejudicados:
— O governo tem de botar voos da FAB para buscá-los ou requerer aeronaves de empresas privadas para o traslado de todos os que estejam nessa situação. Há um número grande de cidadãs e cidadãos brasileiros presos no estrangeiro, impossibilitados de voltar ao Brasil. Eles ainda enfrentam o problema do exponencial aumento do dólar e do euro frente ao real, o que dificulta ainda mais se manterem por lá — afirmou.
O senador questionou se o governo já tem um levantamento do número de brasileiros nessa situação e quais medidas o Itamaraty está tomando para agilizar a repatriação desses cidadãos impedidos de voltar ao país. Segundo o MRE, esse balanço ainda está sendo feito.
A embaixada brasileira em Lisboa, por meio do seu site, comunicou que trabalha com o governo português para “construir soluções que atendam aos brasileiros em necessidade”.
— Pede-se a compreensão da comunidade quanto à gravidade da situação, que em muito ultrapassa a capacidade humana e material dos postos em reagir nos prazos e condições habituais — diz o comunicado.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) também enviou oficio ao Itamaraty pedindo providencias quanto aos brasileiros retidos no exterior. Ele também pediu informações sobre quantos brasileiros estão presos no exterior e quais as providências vêm sendo tomadas pelo governo.
O Itamaraty diz que, com o apoio de consulados e embaixadas, a prioridade é coordenar com governos e companhias aéreas o retorno ao Brasil dos viajantes brasileiros buscando dar toda a assistência possível em cada caso. Segundo o órgão, nenhuma representação diplomática brasileira está fechada, apenas adaptaram o regime de trabalho, com horários especiais de atendimento ou teletrabalho em países assolados pelo coronavírus.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

MP de combate à pandemia recebe emendas para uso do fundo eleitoral



Da Redação | 19/03/2020, 16h17
Foram apresentadas pelo menos 19 emendas à MP 924/2020, medida provisória que visa combater a pandemia de coronavírus. Enviada pelo governo federal no último dia 13, a MP abre crédito extraordinário de R$ 5 bilhões. Esses recursos são um reforço para as dotações dos ministérios da Educação e da Saúde: são destinados ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (que atua em 40 hospitais universitários), ao Fundo Nacional de Saúde e à Fundação Oswaldo Cruz.
A maior parte das emendas dos parlamentares visa transferir recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como fundo eleitoral, para medidas de combate à covid-19.
Uma delas foi apresentada pelo líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP). Sua sugestão é que R$ 2,034 bilhões do fundo eleitoral, em vez de serem utilizados nas campanhas de outubro para os cargos de vereador e prefeito, sejam transferidos para o enfrentamento da pandemia.
— Esta iniciativa pode fornecer mais de R$ 2 bilhões adicionais [às medidas de combate à doença], que assim alcançariam um valor total de mais de R$ 7 bilhões. Nós estamos em um momento crítico. Devemos transferir esse valor do 'Fundão da Vergonha', que serve para financiar campanhas, santinhos e cabos eleitorais, para ajudar o povo brasileiro. Se o Congresso quiser, de fato, ajudar o país, é só acolher a minha emenda — disse o senador.   

Fundo Partidário

Com o mesmo objetivo, o líder da minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também apresentou emenda para realocação de recursos do fundo eleitoral. Além disso, sua emenda transfere todos os recursos previstos para o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (o fundo partidário) para o combate à pandemia. São cerca de R$ 959 milhões, montante garantido pelo Congresso Nacional em 2020, distribuídos entre as bancadas para despesas com atividades do dia a dia.
— Sabemos que os recursos públicos financeiros são finitos e devem atender, em primeiro lugar, ao interesse da coletividade. E, neste momento, o maior interesse reside no enfrentamento da pandemia, tanto no que tange à proteção da saúde coletiva e individual, como nos seus efeitos econômicos — destacou Randolfe.

Leito

Para aperfeiçoar a distribuição de recursos, o senador Omar Aziz (PSD-AM) apresentou emenda para garantir que, nas localidades onde forem constatados ao menos 20 casos, haja pelo menos um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"Entendemos que todos os entes federados, sobretudo os estados e os municípios, devem estar a postos para quando os serviços hospitalares e de saúde forem instados a atuar perante a epidemia de coronavírus. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a estimativa é de que, a cada 100 pessoas infectadas pelo coronavírus, cerca de cinco precisem de internação em tratamento intensivo", justificou Omar.
O relator da medida provisória é o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso Nacional.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Primeira votação remota do Senado tem na pauta decreto de calamidade pública



Augusto Castro | 19/03/2020, 16h51
O Senado Federal fará nesta sexta-feira (20), a partir das 11h, sua primeira votação remota nos 196 anos de sua história. O único item da pauta do Plenário será projeto de decreto legislativo (PDL 88/2020) que reconhece que o país está em estado de calamidade pública em razão da pandemia global causada pelo coronavírus.  
A Câmara dos Deputados aprovou a medida no dia que a recebeu, quarta-feira (18). Também será a primeira vez que o Brasil entrará em estado de calamidade desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está em vigor. Quem vai presidir a votação é o primeiro-vice-presidente do Senado, senador Antonio Anastasia (PSD-MG). 
— Nós vamos amanhã, pela primeira vez, testar o novo sistema de deliberação remota que foi criado no Senado, tendo em vista a necessidade que temos de continuar funcionando, o Congresso, Senado e Câmara, respondendo às necessidades do Brasil, mas compreendendo a dificuldade que temos de ter um quórum presencial, tendo em vista que alguns senadores já estão até afastados — afirmou Anastasia à TV Senado pela manhã.
De acordo com Anastasia, a área técnica do Senado está se esforçando ao máximo para que tudo ocorra sem erros e sem demora. Ele disse que, por enquanto, as votações remotas serão mais usadas, inclusive nas comissões. Afirmou ainda que uma comissão de deputados e senadores vai acompanhar junto ao Ministério da Economia os gastos do Executivo até o final do ano.
— É fundamental aprovar esse decreto, que foi aprovado na Câmara ontem, para que o governo adote medidas administrativas para combater consequências da pandemia. Com o país em estado de calamidade, o governo pode gastar mais do que estava previamente previsto, e as metas estarão suspensas até o final do ano. Assim o governo poderá alocar recursos e verbas necessários nos programas que julgar adequados, para enfrentar o problema — resumiu Anastasia. 
O relator do decreto é o senador Weverton (PDT-MA). Ele disse que a resposta da Casa precisa ser rápida e prometeu entregar o relatório em poucas horas. 
— Vamos dar uma resposta rápida. Agora mesmo já vou me reunir com a minha assessoria técnica e vamos nos debruçar sobre o relatório que já foi aprovado na Câmara, para apresentar o relatório ainda hoje — afirmou Weverton à TV Senado na parte da manhã. 
Weverton também informou que conversaria com outros senadores durante todo o dia por telefone para ter acordo e a votação ser rápida. 
— Não dá para protelar. É necessário que a gente aprove logo e dê as condições para que o governo possa atender estados, municípios e a população como um todo — alertou Weverton. 
Para a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS), o reconhecimento do estado de calamidade vai ajudar o país. 
— O decreto de calamidade pública permite que o governo federal tenha vários gastos, não cumpra a meta fiscal, agilize a compra de material e tenha uma série de instrumentos para acelerar a sua ação contra o coronavírus, esse inimigo invisível e perigoso que já entrou na nossa sala e causará um estrago muito grande no país — disse Simone Tebet. 
Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, secretário-geral da Mesa do Senado, informou que será usada uma versão preliminar do Sistema de Deliberação Remota do Senado Federal. O sistema ainda não está 100% pronto, disse Bandeira ao informar que a ferramenta será aperfeiçoada. 
Ele explicou que, durante a votação, Anastasia presidirá a sessão de uma sala no Senado e poderá ver e ouvir todos os senadores que se conectarem por meio de computadores e aparelhos eletrônicos. Poderá haver discussão da matéria e cada senador vai falar qual o seu voto. No futuro, explicou Bandeira, haverá um aplicativo de celular seguro para que cada senador digite seu voto. Se estiver sem acesso à internet, poderá ligar para o Senado e votar. 
Segundo Bandeira, o Brasil será o primeiro país a fazer votações remotas no Parlamento.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Em ofício à embaixada da China, Senado manifesta respeito e pede desculpas




Da Redação | 19/03/2020, 17h20
O vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), enviou nesta quinta-feira (19) um ofício para a Embaixada da China, destacando a experiência chinesa com o surto do coronavírus e manifestando solidariedade e respeito ao povo chinês. Segundo Anastasia, a iniciativa partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que está afastado de suas atividades legislativas, em recuperação de covid-19.
A carta afirma que a experiência da China será de “fundamental importância para o combate, no Brasil e no mundo, dessa grave enfermidade, sobretudo no tratamento prioritário ao fornecimento de equipamentos e insumos que possam ajudar na verdadeira guerra de que todos somos parte e, verdadeiramente, estamos do mesmo lado”. Anastasia também destaca a “sólida parceria” que já existe entre Brasil e China e pede que o teor da carta seja comunicado ao presidente chinês, Xi Jinping.

Desculpas

O documento também pede desculpas à nação chinesa, afirmando que “nenhum obstáculo poderá separar nossos povos no combate a uma doença tão intensa e arrasadora”. O pedido de desculpas vem depois de o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ter usado o Twitter para atacar a forma como a China lidou com a epidemia de coronavírus que eclodiu primeiramente naquele país.
Nessa quarta-feira (18), o filho do presidente Jair Bolsonaro acusou os asiáticos de terem omitido informações relevantes sobre o novo coronavírus e culpou o Partido Comunista Chinês pela pandemia. A declaração recebeu muitas críticas dos senadores, que classificaram a atitude como “absurda” e o deputado como “irresponsável”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores usam redes sociais para fazer alertas e recomendações sobre pandemia



Da Redação | 19/03/2020, 17h53
Preocupados com a pandemia de coronavírus, senadores usaram as redes sociais, como o Twitter, nesta quinta-feira (19) para sugerir à população uma série de medidas que amenizem os impactos da covid-19.
Alguns fizeram campanha para incentivar a doação de sangue, pois os bancos de sangue tiveram uma queda de cerca de 30% no número de doadores. Foi o caso de Major Olimpio (PSL-SP), que usou suas redes sociais para pedir às pessoas que procurem os postos de coleta para fazer doações de sangue. Ele sugeriu que policiais e bombeiros militares façam isso para dar o exemplo.
Já Paulo Paim (PT-RS) fez um apelo para que as pessoas permaneçam em suas casas, evitando sair às ruas e ir a locais de grande circulação. Ele salientou que são medidas importantes para evitar o contágio e a disseminação do vírus. A mesma preocupação foi compartilhada pelo senador Telmário Mota (Pros-RR).
Alvaro Dias (Podemos-PR) observou que o momento econômico é frágil e atinge a todos, especialmente os pequenos comerciantes varejistas, que não dispõem de capital de giro suficiente para se manter por muito tempo. Ele pediu que as pessoas apoiassem o comércio local, comprando o que precisam; assim, concluiu, será possível amenizar os impactos da crise e, “cuidando uns dos outros, vamos superar mais essa”. 
Fabiano Contarato (Rede-ES) ressaltou as várias medidas que estão sendo adotadas pelo Executivo e pelo Legislativo para amenizar os impactos da pandemia. Uma das iniciativas citadas pelo senador é a MP 925/2020, medida provisória de socorro à aviação civil, que foi editada pelo governo nesta quinta-feira (19) e será analisada pelo Congresso Nacional.
Contarato defendeu também ações em outras áreas, principalmente para o atendimento da população menos favorecida. Ele destacou que algumas medidas de apoio aos trabalhadores informais já foram tomadas. Também lembrou da antecipação do 13º salário para pensionistas do INSS.
Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirmou que é importante seguir as recomendações das autoridades de manter o isolamento das pessoas. Mas ela fez uma ressalva: há grupos sociais que não podem manter o distanciamento social e o autoisolamento, pois dependem de outras pessoas para viver — como é o caso de pessoas com deficiência. Mara elaborou e divulgou uma cartilha virtual para orientar familiares e cuidadores de pessoas com deficiência em meio à pandemia da covid-19.
Lasier Martins (Podemos-RS) defendeu o uso das redes sociais para que as pessoas mantenham contato com os mais próximos — como amigos e familiares —. Ele manifestou sua preocupação com aquelas pessoas que necessitam de mais atenção, agora que muitos estão em casa, evitando sair às ruas. Para o senador, é importante usar a tecnologia como forma de aproximação entre as pessoas neste momento.
Já Romário (Podemos-RJ) pediu que as famílias tenham atenção especial no cuidado com os idosos, pois, trata-se de um grupo que está entre os mais vulneráveis à covid-19.
Bittar (MDB-AC) divulgou um alerta à população sobre os sintomas da doença. Ele também fez um apelo para que aqueles que estiverem com febre, tossindo ou dificuldade de respirar procurem uma unidade de saúde.
Presidente da CPI das Fake News, Angelo Coronel (PSD-BA) advertiu a população para tomar cuidado com a propagação de notícias relacionadas à pandemia de coronavírus. Segundo ele, antes de compartilhar um conteúdo, é preciso verificar se as informações são verdadeiras e se as fontes são confiáveis. Ele disse que “espalhar fake news só vai causar mais pânico e não vai ajudar a combater a proliferação do vírus”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Prisco Bezerra é o terceiro senador diagnosticado com covid-19



Da Redação | 19/03/2020, 22h30
O senador Prisco Bezerra (PDT-CE) informou nesta quinta-feira (19) também ter testado positivo para covid-19. Além dele, também foram contaminados o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Prisco Bezerra passa bem e vai participar da sessão deliberativa com votação remota marcada para 11h desta sexta-feira. Confira a seguir a nota de sua assessoria:
“Após apresentar sintomas semelhantes a um quadro gripal, como tosse e febre, o senador Prisco Bezerra (PDT-CE) realizou o exame para detecção do coronavírus e testou positivo. O Senador passa bem e, por medida de precaução, antes mesmo de conhecer o resultado, já estava isolado, em quarentena, trabalhando em regime de _home office_. Nesta sexta-feira (20/03), participa da primeira sessão remota do Senado Federal, onde será votado, por meio de aplicativo, o projeto de decreto legislativo 88/2020 do Governo Federal, que reconhece o estado de calamidade pública no País em razão da pandemia global causada pelo coronavírus.”
Assessoria de Imprensa do Senador Prisco Bezerra

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Dólar recua 1,8% e fecha a quinta-feira negociado a R$ 5,10



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Dólar teve dia marcado por altas e baixas

Dólar teve dia marcado por altas e baixas

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Após fechar colado nos R$ 5,20 e renovar o maior valor da história na véspera, o dólar recuou 1,8% e terminou a sessão desta quinta-feira (19) negociado a R$ 5,104.
A sessão desta quinta-feira foi marcada por altas e baixas da moeda norte-americna. Na mínima do dia, o dólar tocou R$ 5,09, enquanto no pico da sessão bateu R$ 5,2130, (+0,26%).
Pela manhã, o banco central dos Estados Unidos abriu as torneiras para que bancos centrais em 9 países tenham acesso a dólares na expectativa de impedir que a epidemia de coronavírus cause uma crise econômica global.
O Fed disse que os swaps, em que o banco central norte-americano aceita outras moedas como garantia em troca de dólares, permitirá pelo menos pelos próximos seis meses que os bancos centrais de Austrália, Brasil, Coreia do Sul, México, Cingapura, Suécia, Dinamarca, Noruega e Nova Zelândia acessem um total combinado de até US$ 450 bilhões, dinheiro que vai garantir que o sistema financeiro dependente de dólares continue a funcionar.
Na véspera, o dólar saltou 3,94%, a R$ 5,1993 na venda, nova máxima recorde nominal para um encerramento, e chegou a tocar R$ 5,2510 na máxima do dia em meio ao caos nos mercados internacionais
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