terça-feira, 17 de março de 2020

Ana Saggese vive um roteiro de sonho na cidade



Roteirista, ela veio de São Paulo, mora na 108 Norte e considera o desenho limpo e organizado da cidade, ao mesmo tempo, estranho e sedutor. “Tudo isso embalado por um céu azul imenso”, elogia

36dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Ana Saggese diz que muitas cidades se parecem com outras, mas que Brasília “se parece com Brasília”. “Você pode gostar ou não, mas ela tem sua própria personalidade”, diz. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Se alguma vidente tivesse me dito que eu moraria em Brasília, eu teria dado risada. Minha vinda de São Paulo para cá foi decidida de forma muito rápida e em um mês eu já estava morando aqui. No caminho do aeroporto para o hotel, olhando pela janela do táxi, eu fiquei encantada com a beleza da paisagem. 
Para quem vem de uma realidade mondrianesca como São Paulo, as árvores floridas, o recuo dos prédios e a escala dos edifícios são como um respiro. O desenho limpo e organizado da cidade é, ao mesmo tempo, estranho e sedutor. Tudo isso embalado por um céu azul imenso. Em São Paulo não se vê céu, mas outdoor, balão de propaganda, poste de iluminação – que às vezes até se confunde com uma lua cheia.
Aqui, a natureza é generosa e alivia qualquer tensão. Na minha quadra, a SQN 108, tem abacateiro, amoreira, goiabeira, e... acabaram de fazer uma horta.
Poucas cidades têm um Parque Nacional com piscinas de água mineral. Já vi bandos de macacos e uma infinidade de pássaros por lá. Aqui, a natureza é generosa e alivia qualquer tensão. Na minha quadra, a SQN 108, tem abacateiro, amoreira, goiabeira, e… acabaram de fazer uma horta. 
Da janela, posso ouvir as crianças brincando e até chamá-las. Minha filha desce e anda de patins entre os pilotis. Ela chegou aqui com sete anos e se adaptou tão bem, que não podemos falar em voltar.
Muitas cidades se parecem com outras, mas Brasília se parece com Brasília. Você pode gostar ou não, mas ela tem sua própria personalidade. 
Aos poucos fui conhecendo o Plano e os problemas foram aparecendo. Não acho que seja um lugar fácil para quem não é funcionário público. É caro e, em muitos aspectos, os encontros são difíceis. Quase não se vê gente na rua e a vida para quem não tem carro é complicada. Mas posso me programar. Levo pouco tempo de um lugar a outro. E consigo fazer mais de uma coisa por dia, o que seria impossível em São Paulo.
Quando eu conheci a UnB, minha vida tomou um rumo inesperado. Comecei a fazer mestrado em Comunicação e um novo mundo se abriu. A universidade é um lugar de encontro e ainda há um clima de utopia muito presente. É impossível não se lembrar de Darcy Ribeiro e do que o Brasil poderia ter sido. E, talvez, algum dia, ainda possa vir a ser. 
Ana Saggese, 53 anos, é roteirista e mora na 108 Sul

Embrapa e Emater-DF começam a estudar pimentas ornamentais



Projeto quer validar manejo cultural em vaso para as espécies biquinho e bode e, assim, atender ao nicho de mercado local ornamental gourmet



Para identificar os principais problemas no cultivo de pimentas ornamentais e, assim, buscar soluções para alavancar a produção do produto, vem aí um projeto para atender uma antiga demanda: ter técnicas de manejo cultural em vaso adequadas às condições do clima e do solo do DF.
O trabalho será feito pela Emater-DF em parceria com a Embrapa Hortaliças. O programa chama-se Validação das cultivares BRS Moema e BRS Seriema no cultivo em vasos e o primeiro encontro com produtores que serão acompanhados pelo projeto ocorreu no núcleo rural Rio Preto, em Planaltina-DF.
Foto: Divulgação/Emater-DF
De acordo com a coordenadora de Floricultura da Emater, Loiselene Trindade, essa é uma demanda antiga dos produtores que cultivam pimentas ornamentais. “Agora a Embrapa vai a campo. O envolvimento dela na pesquisa, no atendimento da floricultura, é muito importante para o desenvolvimento de tecnologias”, ressaltou.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Hortaliças Sabrina Carvalho, apesar de a floricultura ser reconhecida como uma atividade econômica local de grande importância social e econômica, especialmente para os pequenos produtores rurais, é dificultada pela escassez de pesquisas específicas e tecnologias alternativas para essa atividade.
Segundo a pesquisadora e coordenadora do projeto, Cláudia Ribeiro, um dos principais gargalos enfrentados pelos produtores de pimentas ornamentais, atualmente, é a carência de informações e técnicas de manejo cultural de pimentas em vaso adequadas às condições do clima e do solo do DF. 
“Esta proposta visa validar as cultivares BRS Moema [pimenta biquinho] e BRS Seriema [pimenta bode] em cultivo em vasos, para atender ao nicho de mercado local de pimenta ornamental gourmet”, contou.
O projeto estudará aspectos morfológicos, nutricionais (vitamina C e carotenóides) e de manejo agronômico de pimentas gourmet em vaso, como o uso de fertirrigação, testes com diferentes substratos disponíveis no mercado, tipos de vasos e número de mudas/vaso, que melhorem a qualidade do produto final a ser disponibilizado no mercado local, assim como a renda do produtor familiar.
Além de identificar os produtores e acompanhar todos os aspectos da pesquisa, a Emater-DF acompanhará pesquisadores da Embrapa Hortaliças em visitas técnicas que buscam identificar os principais problemas enfrentados pelos produtores de pimentas de vaso, como doenças e pragas, por exemplo. 
E, também, na identificação de produtores que inicialmente avaliarão as cultivares da Embrapa em vaso. A parceria entre a Emater-DF e Embrapa Hortaliças permanecerá durante a execução do projeto, que será de 24 meses (anos de 2020 e 2021).
* Com informações da Emater-DF

GDF e TCB preparam projeto de construção do Museu do Transporte



Veículos antigos de várias partes do país devem ser trazidos para a cidade contando a história dos coletivos no Brasil



Interior de um ônibus modelo Mercedes-Benz 1970: características originais, com algumas adaptações de restauração | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília
A exposição de ônibus e carros antigos de diversas partes do país começa a ser planejada para Brasília. Por meio de uma parceria entre as secretarias de Turismo (Setur), de Transporte e Mobilidade (Semob) e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda (TCB), o Governo do Distrito Federal (GDF) planeja construir na cidade o Museu do Transporte.
A proposta é readequar um prédio já construído a uma área de aproximadamente 20 mil metros quadrados na garagem da TCB, no Setor de Garagens Oficiais Norte (SGON). O projeto entra na fase de planejamento comandado por um grupo de trabalho e com apoio de museólogos.
No início da tarde desta terça-feira (17), o governador Ibaneis Rocha visitou um dos ônibus que serão expostos no museu. Parado ao lado do Palácio do Buriti, o veículo, modelo Mercedes-Benz ano 1970, é semelhante ao utilizado pela TCB em Brasília há 50 anos. Internamente, conserva características originais, com algumas adaptações de restauração.
As primeiras peças para exposição serão cedidas pelo empresário Joaquim Constantino: 20 ônibus e 12 carros antigos do acervo pessoal do empresário. A expectativa é que, com o espaço estruturado, outros colecionadores se dispunham a doar ou emprestar suas coleções para visitação no Museu do Transporte.
Maquetes e fotos
A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, informa que todos os veículos a serem trazidos para exposição permanente na cidade retratam a história do transporte coletivo do Brasil, o que merece ser resgatado. Maquetes de automóveis e fotografias também estarão à disposição dos visitantes.
“Será um espaço de promoção de Brasília e do Brasil, fomentando o turismo cívico-pedagógico da nossa cidade”, diz. “Como a TCB administra toda a frota de transporte escolar, será também uma forma de apresentar às crianças essa exposição que será tão lúdica.”

GDF e TCB preparam projeto de construção do Museu do Transporte



Veículos antigos de várias partes do país devem ser trazidos para a cidade contando a história dos coletivos no Brasil



Interior de um ônibus modelo Mercedes-Benz 1970: características originais, com algumas adaptações de restauração | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília
A exposição de ônibus e carros antigos de diversas partes do país começa a ser planejada para Brasília. Por meio de uma parceria entre as secretarias de Turismo (Setur), de Transporte e Mobilidade (Semob) e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda (TCB), o Governo do Distrito Federal (GDF) planeja construir na cidade o Museu do Transporte.
A proposta é readequar um prédio já construído a uma área de aproximadamente 20 mil metros quadrados na garagem da TCB, no Setor de Garagens Oficiais Norte (SGON). O projeto entra na fase de planejamento comandado por um grupo de trabalho e com apoio de museólogos.
No início da tarde desta terça-feira (17), o governador Ibaneis Rocha visitou um dos ônibus que serão expostos no museu. Parado ao lado do Palácio do Buriti, o veículo, modelo Mercedes-Benz ano 1970, é semelhante ao utilizado pela TCB em Brasília há 50 anos. Internamente, conserva características originais, com algumas adaptações de restauração.
As primeiras peças para exposição serão cedidas pelo empresário Joaquim Constantino: 20 ônibus e 12 carros antigos do acervo pessoal do empresário. A expectativa é que, com o espaço estruturado, outros colecionadores se dispunham a doar ou emprestar suas coleções para visitação no Museu do Transporte.
Maquetes e fotos
A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, informa que todos os veículos a serem trazidos para exposição permanente na cidade retratam a história do transporte coletivo do Brasil, o que merece ser resgatado. Maquetes de automóveis e fotografias também estarão à disposição dos visitantes.
“Será um espaço de promoção de Brasília e do Brasil, fomentando o turismo cívico-pedagógico da nossa cidade”, diz. “Como a TCB administra toda a frota de transporte escolar, será também uma forma de apresentar às crianças essa exposição que será tão lúdica.”

Pequenos produtores também podem prorrogar dívidas




Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco do Brasil faz parte das instituições que aderiram a prorrogação (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)



Os produtores rurais de pequeno e médio porte estão inclusos na decisão dos principais bancos do País de prorrogar o pagamento de dívidas por 60 dias. A informação foi confirmada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em comunicado por e-mail à revista Dinheiro Rural.
Em nota, a entidade orientou que o produtor procure o banco com quem tem o contrato de crédito para saber se tem direito de solicitar a prorrogação. A medida também vale para pessoas físicas, além das micro e pequenas empresas.

Com o avanço de casos do novo coronavírus no Brasil, o objetivo da ação das instituições financeiras é oferecer um auxílio para a economia do País.
A medida foi divulgada pela Febraban, dia 16, em conjunto com o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander. No comunicado original, os principais bancos do País anunciaram que iriam prorrogar, por dois meses, o pagamento de dívidas das pessoas físicas, além das micro e pequenas empresas.
O protocolo só entrará em vigor para casos em que os empréstimos estejam com pagamento em dia.

DINHEIRO RURAL 

Minerva confirma férias coletivas em quatro frigoríficos



Crédito:  Pedro Ladeira/Folhapress
São Paulo, 17 – O frigorífico Minerva anunciou nesta terça-feira, 17, que vai conceder férias coletivas de até 20 dias, a partir do dia 23 de março, para funcionários de quatro de suas dez plantas no País, por conta da pandemia do coronavírus. Serão paralisadas as fábricas de Janaúba (MG) e José Bonifácio (SP) e duas em Mato Grosso: Mirassol D´Oeste e Paranatinga.
Segundo comunicado do grupo, como uma das medidas preventivas por conta do coronavírus, o Minerva passou a adotar desde segunda, 16, regime de trabalho home office para parte do quadro de funcionários das áreas administrativas, dos escritórios corporativos de São Paulo e de Barretos.
Nesta semana, a partir do dia 19, o JBS, maior produtor global de proteína animal, vai conceder férias coletivas de 20 dias para cinco das 37 fábricas que a companhia tem no Brasil.
O setor de carne segue em alerta.
O fechamento do mercado europeu e a forte queda da demanda na Ásia deverão elevar a oferta de carne dos frigoríficos e, por consequência, reduzir os preços da commodity.
DINHEIRO RURAL 



Itália já prevê deixar pacientes de covid-19 com mais de 80 morrerem



Documento obtido pelo jornal inglês 'The Telegraph' mostra que diretrizes de guerra podem ser adotadas em breve por excesso de pacientes em UTIs

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Paciente com covid-19 é transferido para a UTI em hospital de Roma

Paciente com covid-19 é transferido para a UTI em hospital de Roma

Gemelli Policlinico via Reuters - 17.3.2020
A Itália já se prepara para ter que escolher quem vive e quem morre durante a pandemia de covid-19. Um documento obtido pelo jornal inglês The Telegraph preparado por um gabinete de crise em Turim indica que o país terá de negar atendimento em unidases de terapia intesiva para pacientes com mais de 80 anos ou que apresentem más condições de saúde.
O novo coronavírus já fez mais de 2 mil vítimas fatais no país. O número de casos chega a quase 28 mil. A Itália está em quarentena total desde o dia 9 de março.
O documento foi preparado pelo Departamento de Defesa Civil do Piemonte e estabelece critérios para acesso aos serviços intesivos de saúde. Além dos idosos e dos que apresentem outras condições graves de saúde, também a possibilidade de sobrevivência dos pacientes será avaliada.
"É como seria se estivéssemos em guerra", disse um médico ouvido pelo jornal inglês.
De acordo com o Telegraph, o documento está pronto e aguarda o parecer de uma junta científica para ser enviado aos hospitais. R7

Brasileiros presos no Peru relatam medo: "Desamparados"



Grupo de turistas não consegue voltar ao País após fechamento das fronteiras; eles reclamam de preços abusivos e violência policial