terça-feira, 17 de março de 2020

Podcast Arquivo S mostra o machismo da primeira lei educacional do Brasil



Da Redação | 16/03/2020, 14h33
No Mês da Mulher, o podcast Arquivo S — O Senado na História do Brasil mostra que a primeira lei educacional do país limitava o conteúdo escolar que as escolas do Império podiam ensinar às meninas. O novo episódio do podcast está no ar desde domingo (15). Aprovada em 1827, época de dom Pedro I, a lei estabelecia que, nas aulas de matemática, as garotas veriam somente as quatro operações básicas, ao passo que os garotos iriam mais longe e aprenderiam também geometria, frações, números decimais e proporções.
Antes de entrar em vigor, a lei foi debatida e votada no Senado. De acordo com documentos históricos do Arquivo do Senado, muitos senadores apoiaram o encolhimento do currículo das meninas sob o argumento de elas teriam menos capacidade intelectual do que os meninos e não conseguiriam entender conceitos complexos de matemática.
No episódio de março, o podcast também mostra que, para os senadores do Império, a escola não tinha como missão capacitar as meninas para se tornarem profissionais qualificadas no futuro, mas sim educá-las para virarem boas mães de famílias. Por isso, a lei educacional que o Senado e a Câmara aprovaram em 1827 estabeleceu que as garotas também aprenderiam “prendas domésticas”, isto é, corte, costura e bordado.
Para explicar o contexto histórico e o significado dessa lei, o novo episódio do Arquivo S conta com a participação do historiador André Paulo Castanha, que é autor de estudos sobre a educação nos tempos do Império.
Todo dia 15, o Arquivo S apresenta um episódio diferente da história do Brasil. Para ouvir, basta fazer uma busca com as palavras “Arquivo” e “Senado” em algum agregador de podcast ou aplicativo de streaming de áudio.
O Arquivo S é resultado de uma parceria entre a Rádio Senado, a Agência Senado, o Núcleo de Mídias Sociais e o Arquivo do Senado e também está disponível como reportagem escrita (publicada na primeira segunda-feira de cada mês no Portal Senado Notícias) e livro ilustrado (editado todo ano e liberado para download gratuito no site da Livraria do Senado).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CE cancela reunião deliberativa desta semana



Da Redação | 16/03/2020, 13h33
Por determinação do presidente da Comissão de Educação (CE), senador Dario Berger (MDB-SC), foi adiada a reunião deliberativa marcada para esta terça-feira (17), às 11h, como medida de precaução e prevenção à propagação do novo coronavírus. O Congresso adotou uma série de restrições de atividades legislativas para tentar conter a circulação do Covid-19.
Na pauta da CE, estavam propostas como o Projeto de Lei (PL) 3.807/2019, que garante a venda de ingressos pela internet ou telefone para pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Também seria analisada a emenda de Plenário ao projeto de lei que regulamenta a atividade de psicopedagogia (PLC 31/2010). A emenda diminui de 600 para 450 horas a duração mínima dos cursos de especialização em psicopedagogia requeridos para que os portadores de diploma de psicologia, pedagogia ou fonoaudiologia possam exercer a atividade.
Ainda não há definição sobre quando será a próxima reunião.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Sessão plenária desta segunda-feira é cancelada


Da Redação | 16/03/2020, 12h52

A sessão plenária não deliberativa marcada para esta segunda-feira (16) foi cancelada por força do do Ato do Presidente 4/2020, divulgado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. De acordo com o artigo 4º do Ato, "enquanto perdurarem as medidas de contenção da Covid-19, somente serão realizadas reuniões de comissões e sessões plenárias deliberativas". Também foi cancelada a sessão de premiações e condecorações agendada para a próxima quarta-feira (18).
A sessão deliberativa ordinária desta terça-feira (17) está mantida para as 14h.



Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CRA cancela audiência sobre agricultura em terras indígenas



Da Redação | 16/03/2020, 12h11
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) decidiu cancelar a audiência pública marcada para quarta-feira (18) que previa a participação de lideranças dos índios e representantes de órgãos públicos para discutir a agricultura em terras indígenas. O debate, solicitado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e apoiado pelo senador Jean-Paul Prates (PT-RN), ainda não tem uma nova data para acontecer.
De acordo com a secretaria do colegiado, a audiência pública foi cancelada em atendimento aos atos publicados pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, com medidas de prevenção à propagação do novo coronavírus. Entre as ações de contenção do covid-19 adotadas pelo Senado, está a restrição das atividades legislativas a reuniões deliberativas, tanto nas comissões quanto nas sessões plenárias.
Também ficou determinado que serão consideradas justificadas as ausências, em reuniões de comissões e do Plenário do Senado, de parlamentares com mais de 65 anos, gestantes, imunodeprimidos ou portadores de doenças crônicas — grupo que compõe risco de aumento de mortalidade por covid-19.

Convidados

Entre os convidados da audiência da CRA, estão o cacique José Luiz Katu, da Articulação dos Povos Indígenas do Rio Grande do Norte (Apirn); o advogado Ubiratan Maia Wapichana, da Associação Terra Indígena Rio das Cobras e da Associação Terra Indígena Chapecozinho; e representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Advocacia-Geral da União (AGU), entre outros.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Dólar abre com leve queda, mas se mantém acima de R$ 5




Moeda americana fechou a segunda-feira, 16, acima dos R$ 5 pela primeira vez na história


O dólar, que já se valorizou mais de 20% em 2020 e, na segunda-feira, 16, fechou, pela primeira vez na história, acima de R$ 5, cotado a R$ 5,05, abriu as negociações desta terça-feira, 17, a R$ 5,04, um leve recuo de cerca de 0,08% em relação ao dia anterior.

10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters
Os mercados internacionais, neste momento, atuam em cenário de pânico global, provocado, principalmente, pelas incertezas causadas pelo novo coronavírus, causador da Covid-19.
Como os investidores não sabem quais serão, efetivamente, os impactos totais da pandemia, já que estamos vendo ainda o início de todo o processo, há uma apreensão generalizada, mesmo com medidas de estímulos sendo tomadas por bancos centrais de todo o mundo. O Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), banco central americano, por exemplo, baixou a taxa básica de juros dos Estados Unidos para a faixa entre 0,25% e 0%, o que não acontecia desde 2008, época da bolha do mercado imobiliário americano. Isso serviria, entre outras coisas, para baratear o custo de tomada de crédito, o que deveria animar os empresários. Mas o que os mercados viram na segunda foi um outro tombo nos pregões mundiais.
Bolsas da Europa e Américas fecharam em queda na segunda. Nesta terça, a Europa abriu com uma leve tendência de recuperação, mas logo em seguida "inverteu o sinal" e passou a cair de forma generalizada. Nos EUA, os mercados futuros, antes da abertura, operam em alta, ensaiando uma recuperação da maior queda dos índices de Wall Street desde 1987, e, no Brasil, a tendência é que este "sobe e desce" se mantenha. O Ibovespa fechou a segunda com pouco mais de 71 mil pontos, em uma queda de 13,9%.
Por aqui, o investidor vai avaliar o pacote fiscal de R$ 147 bilhões anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite de segunda, em meio a expectativas de um eventual corte da Selic qualquer momento pelo Copom, que reúne-se nesta terça e na próxima quarta-feira, 18. Também são esperadas novas ações setoriais de estímulo e possíveis contingenciamento do Orçamento e aumento da meta fiscal em estudo pelo Ministério da Economia.
Terra

RJ: Governo determina redução de 50% da lotação dos transportes



Decreto publicado nesta terça-feira (17) vale para ônibus, barcas, trens e metrô. Gratuidades para estudantes ficarão suspensas pelos próximos 15 dias

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Medida tem como objetivo impedir aglomerações

Medida tem como objetivo impedir aglomerações

Severino Silva/Agência O Dia - 28.05.2018
O Governo do Rio de Janeiro publicou na manhã desta terça-feira (17) um decreto em que determina a redução de 50% da capacidade de lotação dos transportes públicos do Estado por causa do novo coronavírus. A medida vale para ônibus, barcas, trens e metrô e também exige, sempre que possível, a circulação dos coletivos com janelas abertas.
Além da redução na capacidade de transporte pela metade, o decreto assinado pelo governador Wilson Witzel suspende pelos próximos 15 dias a utilização dos passes livres de estudantes em todo o Rio de Janeiro. A circulação de ônibus interestaduais com origem em estados com casos registrados de vírus também está suspensa pelo mesmo prazo.

Chefe de gabinete do Japão diz que país planeja sediar Olimpíada

ESPORTES

Secretário afirma que país dará continuidade aos preparativos



Homem usando máscara de proteção em Tóquio por temor do coronavírus próximo a anéis dos Jogos de Tóquio 2020

                                    © Reuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservados

Por NHK* - Tóquio

O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, afirmou que seu país dará continuidade aos preparativos para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, conforme programado para este verão.
Nesta terça-feira de manhã, Suga conversou com repórteres após os líderes do Grupo dos Sete terem realizado uma videoconferência em caráter extraordinário para coordenar sua resposta à epidemia do novo coronavírus.
O primeiro-ministro Shinzo Abe, por sua vez, disse aos líderes do G7 que o Japão realizará a Olimpíada e a Paralimpíada de maneira integral.
Segundo Yoshihide Suga, nenhum dos líderes globais afirmou que os jogos deveriam ser adiados.
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Secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, durante coletiva - Reuters/Toru Hanai;Direitos reservados
Ele disse que o governo vai fazer os preparativos firmemente para sediar os eventos conforme planejado, ao mesmo tempo em que trabalha em conjunto com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o comitê organizador dos jogos e o governo metropolitano de Tóquio.
Suga acrescentou que o comitê organizador da Olimpíada de Tóquio informou ao governo que o revezamento da tocha olímpica no Japão terá início em 26 de março, na província de Fukushima, conforme programado.

Escolas

O ministro da Educação do Japão, Koichi Hagiuda, informou que o governo deverá anunciar orientações para a reabertura de escolas até o fim de março.
Em entrevista nesta terça-feira (17), ele falou sobre os parâmetros que os municípios em todo o país poderão consultar para decidir sobre o momento do reinício das aulas.
Hagiuda afirmou que as condições para a reabertura das escolas em um município devem depender de fatores como a existência de infecções dentro do próprio município, bem como em seus arredores.
Segundo ele, o governo vai determinar cuidadosamente se revoga completamente ou não o pedido de fechamento das escolas.
Hagiuda também destacou que o governo vai levar em consideração os resultados das análises, a serem divulgadas por um painel de especialistas na próxima quinta-feira (19).
Acrescentou que autoridades ministeriais vão observar escolas que já reabriram para verificar os passos que devem ser dados na prevenção de infecções. Essas medidas também deverão ser anunciadas.

*Emissora pública de televisão do Japão
Edição: Graça Adjuto
DA Agência Brasil 

imobiliário com recursos da poupança mostra recuperação



Entrega de 528 novas moradias do programa de habitação de interesse social do Governo Federal, em São Sebastião, Distrito Federal
Marcelo Camargo Agência Brasil 

Expectativa do setor é em 2020 alcançar o patamar de R$160 bi



Publicado em 17/03/2020 - 06:05 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Os novos financiamentos imobiliários com recursos da poupança e do FGTS, que tiveram o pico em 2014 com o total de R$ 155 bilhões e chegaram no fundo do poço na recessão em 2017, somando R$ 102 bilhões, mostraram recuperação e em 2019 atingiu R$ 135 bilhões. O diretor executivo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Filipe Pontual, disse que após este desempenho, a expectativa para 2020 é alcançar R$ 160 bilhões.
Para o diretor, os números representam “uma superboa recuperação”, mas ele ponderou que a confirmação dessa expectativa depende do impacto que o coronavírus vai provocar na economia mundial e quais os reflexos na economia brasileira. “Se não for um impacto muito grande e no resto do mundo o impacto for contido mais rapidamente de modo que influencie pouco o desenvolvimento da economia brasileira, esse número vai se verificar. Se o impacto for prolongado no resto do mundo e mais amplo do que já foi no Brasil também, a gente não sabe. Por enquanto, está indo muito bem”, completou.
Embora também considere que ainda é cedo para projetar os efeitos do coronavírus na economia brasileira, o professor do MBA em Gestão de Negócios, de Incorporação Imobiliária e da Construção Civil da Fundação Getulio Vargas (FGV), Sérgio Cano, disse que em um primeiro momento, quando existe crise econômica que abala os mercados mundiais, as pessoas se sentem mais seguras em investir em um ativo real, um ativo fixo que no caso é o imóvel. 
“A pessoa sabe que aquele imóvel, por mais que possa ter uma desvalorização por algum tempo, se for o caso, elas têm um patrimônio, têm um ativo garantido e fixo, diferentemente de quando se está no mercado financeiro que tem uma volatilidade muito grande e pode perder dinheiro. Em um primeiro momento diria que pode haver até um incremento na procura de imóveis por conta dessa crise”, analisou, acrescentando que não se pode cravar a extensão do impacto do coronavírus na economia mundial.

Otimismo

Apesar da indefinição do cenário futuro, o diretor da Abecip disse que atualmente o mercado de crédito imobiliário poupança está otimista com o aumento de demanda por financiamentos e créditos. Os bancos, tanto os privados, como os públicos, veem o crédito imobiliário como um negócio importante e a competição dos cinco maiores está muito acirrada. O interesse vem se registrando também nos bancos regionais menores, especialmente os públicos. “Há uma competição ferrenha pelo cliente e consequentemente pela qualidade dos serviços oferecidos e as taxas ofertadas”, completou.
Pontual lembrou que no ano passado, com a perspectiva e a aprovação da reforma da previdência, inflação sob controle, juros caindo para patamares mais civilizados e a sensação de que outras reformas necessárias viriam logo a seguir, foi criado um ambiente muito positivo entre os diversos agentes da economia entre consumidores, incorporadores e os bancos financiadores. Para o diretor, esse clima foi reforçado pela pequena melhora do mercado de trabalho e em mais confiança de quem estava empregado de que não perderia a sua vaga. “Assumindo que as reformas tributária e todas as outras em discussão, privatizações, tudo que tem a ver com controle fiscal do governo, com marcos regulatórios e tudo que deixe a economia mais ágil e melhore o ambiente de negócios do país, se tudo isso progredir, como a gente acha que vai, a gente tem tudo para ter um ano muito bom de crédito imobiliário e de lançamentos imobiliários”, estimou.

Taxa de longo prazo

O diretor executivo da Abecip observou que as perspectivas de diversas entidades ligadas ao mercado imobiliário apontam uma clara aceleração de lançamentos de imóveis, em particular em São Paulo e ainda no Rio de Janeiro, onde havia excesso de imóveis parados e atualmente passa por uma recuperação gradual. Pontual chamou atenção ainda para a queda da taxa de juros de médio e longo prazos, que é o que mais interessa nos financiamentos habitacionais. “Essa é a taxa importante e para onde os bancos estão olhando, porque como o banco está emprestando por um longo prazo ele tem que olhar pelo menos para essa taxa de cinco anos, que é um mercado bastante líquido ainda”, afirmou,
Segundo o diretor, a taxa de cinco anos em fevereiro de 2018 estava em 9,10%, em março de 2019 era 8,4%, agosto do mesmo ano 6,9%, em dezembro 6,2%, chegando em fevereiro de 2020 em 6%. A explicação para ele, é a percepção de melhoras com reformas da economia. Com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, a taxa teve pequena elevação neste mês de março chegando a 6,3%.
“Não é um bom sinal, mas não foi um aumento muito grande e mostra que estamos próximos ao patamar. Para conseguir manter em taxas menores nesse mercado de cinco anos depende de que o mercado tenha confiança de que as reformas vão acontecer”, disse.
Esse mercado funciona com algumas variáveis. O incorporador precisa ter confiança de que vai poder investir na construção que leva de dois a três anos e o comprador necessita de um horizonte com a garantia de que poderá pagar. “A pessoa física que vai comprar tem que ter confiança no futuro. Tem que acreditar que a economia vai bem e que vai ter emprego durante 20, 30 anos para poder pagar a dívida. A mesma coisa do banco que vai financiar”, observou.

Estoque

O setor enfrentou ainda um outro problema: os grandes estoques de imóveis país à fora. Pontual observou que com a recessão severa e as altas da inflação e dos juros, surgiu a insegurança para quem ia entrar em uma atividade de mais longo prazo como a construção e financiamento. “O consumidor primeiro sumiu. Quem não tinha dívida compromissada parou de querer fazer dívida. Um monte de imóvel ficou encalhado. Muitos que estavam em construção, as construtoras terminaram e ficou aquele estoque grande para vender”, explicou.
O cenário, no entanto, está diferente. “O que a gente observou pelos dados, inclusive das associações ligadas à construção civil, é que esses estoques já diminuíram muito, praticamente não tem mais estoques. A zona oeste do Rio talvez tenha alguma coisa, mas cada vez tem menos. Se vê retomando os lançamentos. Em São Paulo é impressionante. A quantidade de imóveis novos sendo lançados este ano e em 2019 foi enorme e o apetite continua agora. A própria abertura de capital, em lançamento de ações de empresas do setor de construção foi também impressionante. É um sinal da pujança do setor e é um setor muito puxador de emprego e renda”, contou.
Para o professor Sérgio Cano, os estoques elevados também permitiram que os preços não avançassem. “Durante muito tempo a gente ficou com um estoque muito elevado e agora começa, por ter esse movimento que vem desde o ano passado, uma redução um pouco mais acentuada de estoque. Como ainda estava elevado, os preços não subiram, ou quando subiram, pontualmente em algumas regiões como São Paulo, não foi um aumento tão expressivo no valor do imóvel”, avaliou.

Geração de empregos

Pontual destacou que quando começarem as obras dos lançamentos que ocorreram em São Paulo e no Rio, além da criação de empregos, haverá o impacto em toda a cadeia produtiva, que é imensa. “Aí vira uma espiral muito positiva. Quanto mais pessoas empregadas na construção civil, maior consumo, mais gente empregada nas indústrias fornecedoras da construção civil”, disse.

Cadeia produtiva

“É um setor muito importante na geração de empregos e a cadeia da construção civil é muito ampla, muito extensa. Vai desde fornecedores de matéria-prima, passando pelas construtoras e mais adiante os prestadores de serviços, como o pessoal que trabalha na venda dos imóveis, as lojas de eletroeletrônica, a indústria moveleira. Tudo isso é movimentado pela cadeia da construção civil. Um segmento da construção civil forte no país, isso, com certeza, traz efeitos muito positivos para a economia”, completou o professor Sérgio Cano.

Atrativo

Ainda conforme o diretor, a relação do crédito imobiliário sobre o PIB chegou em 2019 a 9,3%, por volta de 2004 era abaixo de 1%. Na visão dele, é uma evolução importante, mas no Chile é 24%, na África do Sul 21% e nos países desenvolvidos supera os 43%, 50%. “Isso é um exemplo de porque estamos otimistas e os bancos estão interessados. O Brasil tem muito o que crescer em financiamento de crédito imobiliário. É um país que tem muita habitação a ser feita ainda, seja no Minha Casa, Minha Vida, seja na média e na alta renda. É um mercado muito grande. Por isso estamos otimistas e os bancos têm feito essa guerra de taxas atrás do cliente”, concluiu.
De acordo com o professor da FGV, a redução das taxas de juros nos financiamentos têm um impacto significativo no mercado, porque coloca mais gente em condições de comprar um imóvel. “Isso demonstra que a taxa de juros é um fator preponderante para que as pessoas possam adquirir um imóvel, tendo um financiamento que cabe no seu bolso e dentro do seu orçamento”, informou.

Bancos

O Itaú informou à Agência Brasil que em 2019 aumentou em 30% as concessões de crédito para pessoas físicas nos financiamentos de imóveis com recursos da poupança, na comparação com o ano anterior. A última redução de taxa de financiamento imobiliário ocorreu em outubro do ano passado, quando a taxa mínima caiu de 8,1% ao ano + Taxa Referencial (TR) para 7,45% ao ano (a.a) + TR. O total do financiamento do imóvel varia de acordo com o valor do imóvel e o percentual de financiamento vai até 82% do valor do bem. O tempo máximo de parcelamento é de 360 meses.
No Banco do Brasil, as operações indexadas à TR têm taxas a partir de 6,99% a.a. e pelo IPCA a partir de 3,45% a.a.. O financiamento é de até 80% para imóveis residenciais e comerciais, com valor mínimo de R$ 20 mil.
O Santander Brasil opera com financiamentos parceláveis em até 420 meses e taxa mínima de juros que pode chegar a 7,99% a.a., mais a TR. As condições são válidas para a aquisição de unidades a partir de R$ 90 mil.
No Bradesco os clientes encontram as taxas na banda mínima de TR + 7,30 % a.a. O banco informou que está desenvolvendo uma taxa com base no IPCA, que deve estar à disposição dos clientes ainda este ano.
Na Caixa, para o crédito imobiliário baseado na TR, a taxa mínima praticada é de 6,50% ao ano e a máxima para 8,5% a.a..Já na que varia conforme o IPCA, a taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados nos Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) é de IPCA+2,95% a.a. e taxa máxima de IPCA+4,95% a.a.
Edição: Aline Leal
agência brasil 

Coronavírus leva Colômbia a fechar fronteiras até 30 de maio


People wait in long lines to buy face masks in order to protect themselves from the coronavirus disease (COVID-19), outside a pharmacy in Taipei

                                      Reuters/Ann Wang/direitos reservados 

Governo diz que medida entra em vigor hoje


Publicado em 17/03/2020 - 07:42 Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal) - Bogotá

A Colômbia vai fechar todas as fronteiras a partir de hoje (17) e até 30 de maio para combater a propagação do coronavírus. O anúncio foi feito pelo presidente  Ivan Duque.
A medida vai abranger "todos os cidadãos nacionais e estrangeiros", mesmo se "o transporte de mercadorias para a entrada e a saída de produtos pelos pontos terrestres autorizados" prossiga sendo ser permitido", acrescentou.
HEALTH-CORONAVIRUS/COLOMBIA
Passageira preenche no aeroporto o formulário exigido pelo governo colombiano como medida preventiva em resposta à propagação do coronavírus Reuters/Luiza Gonzalez/Direitos Reservados
Além dos controles fronteiriços, as autoridades decidiram fechar bares e discotecas, bem como proibir concentrações de mais de 50 pessoas.
A Colômbia conta 57 casos de infecções pelo novo coronavírus. Na América Latina, o balanço é de 819 casos, incluindo sete mortos. O coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Surto começou na China

Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 75 mil se recuperaram. O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que anota a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infectados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos (em 27.980 casos), a Espanha com 309 mortos (9.191 casos) e a França com 127 mortos (5.423 casos) são os países mais afetados na Europa.
Face ao avanço da pandemia, várias nações adotaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Edição: -

Rio pode ter hospitais de campanha para infectados pelo coronavírus




O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou hoje (16) o repasse de R$ 200 milhões para que a Secretaria Municipal de Saúde adquira insumos e adote outras providências necessárias para conter o avanço do contágio do coronavírus. A prefeitura também entrou em contato com o governo Federal para, se necessário, instalar hospitais de campanha destinados às pessoas infectadas pelo  coronavírus (Covid-19), a exemplo do que ocorreu em 2008 na epidemia de dengue no Rio de Janeiro, quando as Forças Armadas montaram hospitais para atendimento à população.
A secretária municipal de Saúde, Beatriz Bush, informou que em 30 dias o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, unidade de referência para o coronavírus, terá 370 leitos preparados para receber pacientes com a doença. Atualmente, 30 estão disponíveis, sendo que três já ocupados até a tarde de hoje.
Crivella voltou a pedir que a população siga as recomendações das autoridades para dificultar a transmissão da doença. Ele citou os cuidados a serem tomados por quem convive em casa com idosos e pessoas com doenças que baixam a imunidade do organismo.
“É fundamental que, neste momento, a gente saiba que nosso futuro depende de a gente ter consciência de que não podemos nos cumprimentar como antes, não devemos frequentar ambientes lotados, piscina em condomínios, praias e ônibus superlotados. Se tem idoso em casa, você não pode ser o vetor. Tem de escolher aonde ir, para não se expor”, explicou.
Crivella confirmou que o gabinete de crise criado semana passada se reunirá novamente nesta terça-feira (17) às 7h para discutir, entre outras  questões, o funcionamento de bares e restaurantes. “A recomendação é que sigam funcionando, com medidas de prevenção, como uma distância segura entre os clientes”, disse.
O prefeito disse que poderá rever a abertura das escolas da rede municipal de ensino das 11h às 13h, para almoço dos alunos. Isso porque nesta segunda-feira, primeiro dia da medida, apenas mil alunos compareceram para fazer a refeição.
A secretária de Saúde, Beatriz Bush, informou que o teste para detecção do coronavírus só será realizado em pacientes internados e pediu que a população só vá a essas unidades em caso de febre alta e dificuldades para respirar.
Edição: Fábio Massalli

da Agência Brasil