domingo, 8 de março de 2020

Hospital Santa Rosa é entregue à população do Baixo Tocantins



Unidade terá atendimento de obstetrícia 24 horas. Atendimento ambulatorial já começa nesta segunda-feira (9).

07/03/2020 17h10 - Atualizada hoje 15h28
Por Tayná Horiguchi (COSANPA)
Foto: Marco Santos / Ag.ParaMaria das Graças está grávida de seis meses à espera da primeira filha. Ela não vai mais precisar viajar quase 50 quilômetros até o município vizinho para uma consulta. O Hospital Regional do Baixo Tocantins - Santa Rosa, do Baixo Tocantins, foi entregue à população de Abaetetuba, neste sábado (7).
“Eu tinha que ir até Barcarena, viajar quase uma hora, para fazer o acompanhamento. Estou muito feliz de não ter mais que me deslocar até lá para fazer o pré-natal”, comemorou a futura mamãe que mora em Abaetetuba.
Grávida de 6 meses, Maria das Graças vai concluir o pré-natal em Abaetetuba. Antes ela viajava 50 km para fazer uma consulta.Foto: Marco Santos / Ag.Para“As grávidas tinham que ir para Belém ou para Barcarena. A nossa maternidade daqui é pequena, não pode acolher todas as gestantes. Agora vai dar e isso é um sonho realizado. Por muitos anos esperamos por isso”, disse Noemy Pereira, técnica de enfermagem.
Longa espera - No final de 2018, o hospital chegou a ser entregue com obras inacabadas. Havia, inclusive, um poste de energia elétrica ativo dentro das instalações da unidade. De acordo com o Secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, o Hospital Regional Santa Rosa atenderá pacientes de Abaetetuba, Cametá, Moju, Igarapé Miri, Baião, Mocajuba, Barcarena, Oeiras do Pará, Acará, Tailândia e Limoeiro do Ajuru. “A população de Abaetetuba e toda a região do Baixo Tocantins terão acesso à obstetrícia porta aberta, UTI de adultos, UTI neonatal, ala de cirurgia, ala de internação... É um hospital de 94 leitos que vai estar pronto para servir a comunidade depois de uma longa espera", destacou Beltrame. Veja outras fotos da inauguração aqui.
"Finalmente, nós estamos concretizando este sonho e entregando um grande hospital, um hospital decente com qualidade e com respeito à população”, Alberto Beltrame - Secretário de Saúde Pública do Pará.
Funcionamento – O Hospital Santa Rosa abre as portas na segunda-feira, dia 9, para atendimento ambulatorial com cardiologia, ginecologia, obstetrícia, ortopedia, clínica geral e exames de raio-x, mamografia e exames laboratoriais. Na quinta-feira, dia 12, começará a obstetrícia 24 horas. No dia 16, serão iniciados os serviços de pediatria, clínica médica, UTI adulto, UTI neonatal.
Governo também firmou parceria com o 'Albert Einstein', de São Paulo, que vai disponibilizar serviço de telemedicina, a partir de abrilFoto: Marco Santos / Ag.ParaSão 94 leitos para atendimentos de obstetrícia no regime de porta aberta, e referenciado em pediatria, cirurgia geral (urologia e ortopedia) e clínica geral naqueles casos mais graves que possam requerer cuidados intensivos. Pela primeira vez a região contará com Leitos de UTI de adultos e de UTI Neonatal.
Foto: Marco Santos / Ag.ParaSerão oferecidas mensalmente 1,8 mil consultas médicas, 500 consultas com outros profissionais de saúde, 2,8 mil atendimentos obstétricos de urgência; 370 internações hospitalares e cerca de 13,5 mil procedimentos diagnósticos. Todos os serviços serão regulados pela Central Estadual de Regulação.
Inovação – A partir de abril, por conta de uma parceria já firmada entre o Governo do Pará e Instituto Israelita Albert Einstein, de São Paulo, o Hospital Santa Rosa terá disponível a telemedicina: por meio de videoconferências, a equipe médica do Hospital Albert Einstein estará em contato com a equipe médica do Hospital Santa Rosa para realização de diagnósticos e tratamentos para a população de Abaetetuba.
Geração de emprego – Para funcionar, cerca de 600 contratações diretas e indiretas foram feitas. A psicóloga Pryscilla Fernandes é uma delas. “Pela primeira vez, vou trabalhar na minha cidade. Trabalhei em outro município do estado do Pará e, agora, tive a oportunidade de fazer o processo seletivo e consegui esse retorno pra casa. Estou muito feliz de trabalhar no meu município, no lugar que eu gosto, na área que eu gosto, nesse hospital maravilhoso. Ele tá lindo! Repaginado, todos os equipamentos novos, equipe nova, é um sentimento de vitória para toda a população de Abaetetuba”, disse emocionada a profissional.
Lorena Palheta, técnica de enfermagem, conseguiu o tão sonhado primeiro emprego. “Muito feliz porque há 7 meses eu estava tentando emprego em todos os cantos de Abaetetuba e não tinha conseguido. Este hospital é muito importante para a saúde pública, vai melhorar muito os serviços de maternidade, ginecologia. Não será mais necessário ir até Belém e isso será muito bom”, comemorou. 
O governador do Pará, Helder Barbalho, reafirmou o compromisso e o respeito com a população paraense de realizar entregas de espaços que possam atender efetivamente as pessoas. “Espero e desejo que todos os profissionais que aqui estejam trabalhando possam de forma humanizada atender as pessoas. Todos que procuram um hospital, procuram porque precisam, precisam de cuidado, necessitam de zelo. E isto é fundamental", disse o governador.
"Este equipamento representa um novo tempo para a saúde pública de Abaetetuba, um novo tempo para a saúde pública do Baixo Tocantins. Que boa parte da demanda que tem que se deslocar até Belém, possa ser atendida, próximo da nossa população, agindo de maneira rápida para salvar a vida das pessoas”, Helder Barbalho - governador do Pará.
Na ocasião de entrega também estiverem presentes a primeira dama, Daniela Barbalho, o vice-governador, Lúcio Vale, a deputada federal Elcione Barbalho, além do prefeito de Abaetetuba e deputados federais e estaduais.
Helder Barbalho durante entrega do Cheque MoradiaFoto: Marco Santos / Ag.ParaHabitação - Durante o evento, também foi entregue a segunda parcela do Cheque Moradia para 12 famílias de Abaetetuba que estão em situação de vulnerabilidade social. No total, R$ 74.700,00 serão repassados pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Habitação do Pará (Cohab).
A lavradora Cristiane Pereira foi uma das beneficiadas. “Na minha casa estava faltando tudo, o cheque veio para melhorar e concluir a construção da minha casa. Não tenho banheiro e agora vou terminar de fazer”, afirmou. Ainda neste sábado (7), o governador assinou a ordem de serviço para drenagem e pavimentação com asfalto de 15 quilômetros em ruas de Abaetetuba.
agência pará 

Média de doação feminina de sangue no Pará já ultrapassa meta brasileira



Pará supera média nacional de doação feminina e sai na frente com 40% de doações efetivadas pelas mulheres 

07/03/2020 17h55 - Atualizada hoje 15h26
Por Vera Rojas (HEMOPA)
A comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, neste domingo (8), vem ganhando ressignificações ao longo dos anos. Entre suas lutas e conquistas está o aumento gradativo da participação do segmento feminino no processo da doação voluntária de sangue que já representa 40% das coletas efetivadas. Este percentual está acima da média nacional proposta pelo Ministério da Saúde, ao sugerir que 30% da população doadora seja do sexo feminino. 
Foto: Ascom / HemopaNo Pará, da média de 5 mil bolsas de sangue coletada, por mês, pela Fundação Hemopa, aproximadamente 1.500 são de mulheres e, esse quantitativo de doações, beneficia uma média de 6 mil/mês pacientes internados na rede hospitalar.  
Entre este seleto grupo de mulheres que multiplicam amor, através do voluntariado da doação de sangue, está a recepcionista Márcia da Silva, de 48 anos. Há três anos, ela mantém a regularidade deste ato solidário. “Minha primeira doação foi para minha sobrinha que estava na UTI em tratamento de dengue hemorrágica. A partir desse momento, eu vi que era importante eu ajudar outras pessoas também”, refletiu a voluntária com tipo sanguíneo O Negativo.
Para a gerente de Captação de Doadores do Hemopa, a assistente social Juciara Farias, a doação de sangue é de responsabilidade de todos que atendem aos critérios básicos. “É um ato tão simples e rápido. Agradecemos todas as pessoas que disponibilizam um pouco do seu tempo para salvar vidas e ficamos muito felizes também ao perceber o crescimento da atuação da mulher neste processo. Ao longo de 10 anos já saímos de 12% para os atuais 40%. Isso é uma vitória que comemoramos no dia-a-dia”, informou.
Márcia da Silva levanta a bandeira do incentivo à doação de sangue, para ajudar outras pessoasFoto: Ascom / HemopaVitória conquistada pela força e união das mulheres que fez Márcia da Silva levantar bandeira do incentivo à doação de sangue, para ajudar outras pessoas. “Devemos pensar o que é realmente importante na nossa vida para se tornar uma pessoa mais útil e importante. A doação de sangue é um ato de generosidade. Isso sim é uma atitude, quando a gente decide não somente pensar, mas ajudar o outro”, ressaltou, ao destacar que incentiva tanto a doação de sangue como o cadastro de medula óssea, entre familiares amigos.
A Fundação Hemopa conta com uma hemorrede composta por 11 unidades de coleta de sangue, entre elas, o Hemonúcleo de Capanema, nordeste paraense, onde a estudante Tainá Silva, 20, efetivou sua terceira doação de sangue nesta sexta-feira (6). Além de compor o público feminino que doa sangue, a estudante também faz parte do segmento de doadores jovens (16 a 28 anos) que hoje é responsável por 38% das coletas realizadas no Pará. “Eu acho importante a doação de sangue como algo coletivo e com o propósito de salvar vidas. Não podemos pensar só na gente. A doação de sangue é necessária”, afirmou.
A atuação crescente da mulher como doadora voluntária de sangue no Pará causa orgulho ao presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, que agradece a atitude do público feminino, além de enaltecer o árduo trabalho desempenhado pela sua equipe multiprofissional para elevar cada vez mais o número de coletas, visando a regularidade do estoque técnico. “A mulher tem importante papel na sociedade e atualmente, mais ainda no segmento da doação sangue, o que impacta positivamente na melhoria da saúde pública, ao contribuir para o atendimento da demanda transfusional", reforçou.
Para doar sangue - É preciso ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto.
Serviço: As doações de sangue também podem ser feitas no Hemocentro Coordenador e na Estação de Coleta Castanheira, de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h30, e aos sábados, de 7h30 às 17h. Tem também a Estação de Coleta Pátio Belém, que funciona de segunda a sexta-feira, de 10h às 17h. Mais informações: 08002808118 ou 3110-6500.
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Pará é um dos estados que reduziram casos de feminicídio




O trabalho integrado de vários órgãos estaduais vem obtendo êxito no enfrentamento à violência contra a mulher

08/03/2020 09h00 - Atualizada hoje 15h29
Por Jackie Carrera (SECOM)
Foto: Marcelo Seabra / Ag. ParáFalar de direitos da mulher atualmente é dar relevância a algo essencial: o direito à vida. As estatísticas demonstram que o feminicídio é uma realidade cruel em uma sociedade que ainda não conhece, de fato, a igualdade de gênero. E o Estado é fundamental para enfrentar, ao lado de todos os segmentos sociais, esse cenário de violência.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), no ano passado foram registrados 46 casos de feminicídio em todo o Pará, uma redução de 32% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 68 ocorrências. Neste ano, nos dois primeiros meses, foram 11 casos registrados.
“De fato, em nível nacional, os números são muito altos. São 16 Estados brasileiros que apresentaram aumento do feminicídio. No entanto, o Pará está no rol dos que apresentam queda neste tipo de crime. Em razão disso, nós continuamos fazendo orientações, criando atendimentos especializados, dando melhor estrutura para as delegacias da Mulher e para a Patrulha Maria da Penha, que atua com o Tribunal de Justiça e, em breve, será lançado o nosso aplicativo, para quem é atendida por medida protetiva”, destaca o titular da Segup, Ualame Machado.
A política de enfrentamento no Pará integra diversos órgãos, entre os quais Polícia Civil, Polícia Militar, ParáPaz, Ministério Público do Estado, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça.
Centro de Informática e Telecomunicações da PM desenvolveu um aplicativo que auxilia no combate à violência contra a mulherFoto: Marcelo Seabra / Ag. ParáTecnologia - No período de um ano, a rede de apoio estadual vem buscando maior fortalecimento. Para isso, a equipe do Centro de Informática e Telecomunicações da PM (Citel) foi acionada para desenvolver uma espécie de botão do pânico. “Isso é uma conquista para a instituição, porque o nosso papel é atender a comunidade. Desde o início do comando do coronel Dilson Junior (comandante-geral da PM) passamos a intensificar a tecnologia dentro da Polícia Militar usando aplicativos que ajudam o nosso trabalho interno e operacional. E no dia a dia a gente sempre se deparou com a necessidade de atender melhor essa demanda e poder salvar vidas”, diz o chefe do Citel, major Alberto Silva de Souza.
Cabo Santos ajudou a cria o aplicativo: sensibilidade da PMFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará“O aplicativo é de ajuda e de informação. Mas, basicamente, a vítima pode acionar imediatamente uma central administradora, que irá mobilizar a Patrulha Maria da Penha para o local exato onde ela está. Em reunião, surgiu a necessidade desse aplicativo, o que mostra a sensibilidade da Polícia Militar no combate a essa escalada da violência contra a mulher”, informa o cabo José Nilson dos Santos, um dos criadores do aplicativo.
O aplicativo só poderá ser usado por vítimas de violência que estão amparadas pela Justiça, por meio de medida protetiva. Atualmente, são 126 mulheres cadastradas no Estado. A mulher que dá prosseguimento à denúncia, dando entrada na delegacia e buscando o amparo da lei para se proteger, não estará sozinha.
Delegada Janice Aguiar (Deam) diz que o fortalecimento da rede de apoio a esse tipo de público é decisivo para a queda dos númerosFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará
Prevenção - A delegada Janice Aguiar, diretora da Delegacia da Mulher (Deam), esclarece que nem todo caso de feminicídio está relacionado à violência doméstica, mas ressalta que o fortalecimento da rede de apoio a esse tipo de público é decisivo para a queda dos números. “Essas mulheres que atendemos aqui, vítimas de violência doméstica e familiar, não estão sendo vítimas de feminicídio. Então, por que está surtindo efeito? Porque essa mulher que deixaria de pedir ajuda, ela poderia estar mais à mercê de um feminicídio. No caso contrário, não. O agressor fica sabendo que está descumprindo uma lei, e que é passível de prisão preventiva”, ressalta a delegada. 
Por isso, o empoderamento feminino é tão importante para frear todo tipo de violência. De acordo com dados da Segup, de 2018 (com 110 casos) para 2019 (66 casos), os números de assédio caíram 40%, assim como os de estupro – 793 casos (em 2019) contra 852 (em 2018) -, uma redução de 6,92%. A Fundação ParáPaz, que atua dentro das delegacias especializadas, vem fazendo diversas ações para a sociedade.
Cassiana de Tássia (ParáPaz): ações humanizadas para a mulherFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará“A equipe vem criando uma metodologia mais humanizada e qualificada para as mulheres, saindo dessa demanda mais imediatista na delegacia para ações de conscientização, com rodas de conversas e outras atividades que as integrem mais. Elas vão conhecendo melhor os direitos que têm, inclusive sobre a Lei Maria da Penha e outros tipos de violência. Elas estão mais presentes, buscando se interessar mais pela temática. Estamos atraindo não só a mulher, mas os homens, a família”, acrescenta a gerente do Polo ParáPaz em Belém, Cassiana de Tássia.

Sefa apreende 190 mil latas de cerveja em Dom Eliseu



Mercadoria estava sem documento fiscal e saiu de Imperatriz no Maranhão com destino a capital paraense

08/03/2020 09h33 - Atualizada hoje 11h19
Por Ana Márcia Pantoja (SEFA)
Foto: Ascom / SEFA
Servidores da Secretaria da Fazenda do Pará (Sefa) apreenderam, neste sábado (7), na unidade de coordenação de mercadorias em trânsito do Itinga, na BR 010, em Dom Eliseu, 190 mil latas de cerveja sem documento fiscal. De acordo com o motorista do rodotrem que transportava as mercadorias, a cerveja saiu de Imperatriz no Maranhão e tinha como destino a cidade de Belém.
A mercadoria irregular foi flagrada durante inspeção de rotina. Como não tinha documento fiscal hábil, o veículo foi conduzido ao Posto Fiscal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, para contagem do produto. Este apoio da PRF foi fundamental  para a realização do trabalho.
O valor da cerveja é estimado em R$ 389 mil. Foram lavrados dois termos de apreensão no valor total de R$210 mil, referente a imposto mais multa. A mercadoria está retida a espera do pagamento dos tributos.
agência pará 

Governo está à frente de políticas voltadas à valorização da mulher




Já com 41 conselhos municipais ativos, governo prepara a Conferência Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher

08/03/2020 10h59 - Atualizada hoje 15h28
Por Carol Menezes (SECOM)
Projeto “Ela Pode” visa capacitar duas mil mulheres nos sete bairros que compõem o TerPazFoto: DivulgaçãoO Dia Internacional da Mulher - 8 de Março simboliza uma luta histórica das mulheres para terem direitos iguais aos concedidos aos homens. Se antes a data remetia à reivindicação por igualdade salarial, hoje pode ser celebrada como um símbolo no enfrentamento ao machismo e à violência. Em todo o planeta, cresce a rede de apoio que ratifica a importância desse movimento por igualdade e respeito. No Pará, o cenário não é diferente. Iniciativas do Governo do Estado voltadas à valorização da mulher já estão implantadas em todas as regiões, e recebendo o apoio da sociedade.
Criado como um programa que tornam indissociáveis ações de segurança pública e de cunho social, o “Territórios pela Paz” (TerPaz) conta com um eixo específico voltado ao público feminino, pensado a partir de um cuidado necessário: não apenas prover serviços ou garantia de direitos, mas também fazer a mulher protagonista, para que reconheça seu próprio valor.
Atualmente, seis das sete redes locais de cidadania do programa são liderados por mulheres. À frente está a socióloga Juliana Barroso, que associa os números alarmantes de feminicídio e violência contra o gênero no Pará como um norte para o entendimento da necessidade de uma atenção especial à mulher em todo o desenvolvimento do programa, “centrando-a, tornando-a protagonista. Ela não só é o foco das ações, ela é o sujeito".
Segundo Juliana Barroso, "o empoderamento é trabalhado a partir do ponto de vista financeiro, como no 'Empodera', do Banpará (Banco do Estado do Pará), que concede crédito a empreendedoras, mas também em outras frentes que surgiram a partir das demandas identificadas".
Parcerias - A entrada do Projeto “Ela Pode” na rotina do TerPaz é um exemplo dessas múltiplas abordagens. Iniciativa do Instituto Rede Mulher Empreendedora, maior rede de empreendedorismo feminino do Brasil, com o apoio da Google, a parceria visa capacitar duas mil mulheres nos sete bairros que compõem o programa nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, até o final de 2020.
"Já tínhamos entrado como parceiros do governo por meio de um edital da Sectet (Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica) voltado ao empreendedorismo feminino. Logo entendemos que o TerPaz tinha essa demanda, que se alinhava ao nosso trabalho", conta Helen Gonçalves, uma das coordenadoras do “Ela Pode!”. "Nosso diferencial é o olhar específico para cada território, tentando adaptar nossa metodologia-padrão voltada à construção da autonomia financeira, mas tenta identificar a realidade de cada uma, em quais situações elas estão envolvidas", reforça Janaína Borghi, que também responde pela coordenação.
Elas contam que para criar uma conexão e o sentido de pertencimento ao meio empreendedor, o material entregue às participantes da capacitação foi inteiramente personalizado e identificado com histórias e experiências de empreendedoras locais. "Você vai a uma feira de bairro e são dezenas de mulheres, algumas com crianças, trabalhando. A batedora de açaí, a erveira. Elas não estão no subemprego, não é só uma vendinha. Elas são maravilhosas, e têm um conhecimento único. É com elas que queremos nos conectar", reforça Janaína Borghi.
Protagonismo – Ela reconhece que todos os órgãos do Poder Executivo, de alguma forma, reforçam as ações voltadas ao empoderamento feminino. "Nós temos um quadro de mulheres muito fortes nas secretarias, no Legislativo. O governo tem que estar à frente disso, embora não seja obrigado a fazê-lo, mas o faz, por ter uma enorme sensibilidade em relação à necessidade de recolocar a mulher no seu lugar de protagonista", reitera.
A liderança feminina dentro do TerPaz não se restringe às coordenações. De acordo com Janaína Borghi, em alguns territórios a implementação do programa deu origem a fóruns e outros movimentos criados de forma espontânea. Para ela, trata-se de um efeito transformador. "Há locais em que as mulheres se reúnem por contra própria e nos trazem as demandas, para que possamos digerir, encaminhar. E a gente estende isso aos parceiros. Recentemente, oferecemos um curso de encanador e abrimos vagas para mulheres. Quatro se inscreveram, e fizemos questão de reforçar que aquela capacitação era, sim, aberta a todos", reforça Juliana Barroso.
Atendimento – A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Coordenação de Integração de Políticas das Mulheres, busca monitorar e ampliar a rede de atendimento em todo o Pará. Pela potencialização do poder de atuação dos conselhos Municipais de Defesa e organismos políticos, o objetivo é criar extensões do órgão estadual, e assim garantir que a assistência chegue a todas as esferas sociais.
"Temos feito uma grande ação intensiva, e estamos hoje em processo de realização de conferências municipais que culminarão na Conferência Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, nos dias 29 e 30 de abril. Do início de 2019 para cá, pulamos de 30 para 41 conselhos, dentre criações e reativações, inclusive em municípios da Ilha do Marajó", ressalta Márcia Jorge, coordenadora de Integração de Políticas para Mulheres da Sejudh. 
Foto: JADER PAES / AG. PARÁSegundo ela, o que fortalece a atuação da Secretaria são as muitas parcerias estabelecidas, incluindo o Ministério Público do Pará (MP-PA), Defensoria Pública do Estado e a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Só neste ano, por conta dessa união de forças, foi possível promover a capacitação de 600 mulheres moradoras dos municípios de Breves, Curralinho, Bagre, Melgaço, São Sebastião da Boa Vista e Portel, todos no Arquipélago do Marajó.
"Fizemos várias articulações da rede de atendimento no sentido de criar um protocolo para receber mulheres em situação de violência. Hoje, por meio de um sistema criado pela Prodepa (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará), tudo é integrado, para que a mulher receba o apoio desde o ParáPaz até o encaminhamento ao mercado de trabalho", informa Márcia Jorge.
Exemplo e orgulho - A servidora Darilene Monteiro Moura faz parte do efetivo do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), e há um mês integra as ações da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca). A policial é a primeira mulher do Pará selecionada para integrar o grupo de militares brasileiros enviados àquele País.
Darilene Monteiro, da Rotam, diz que desenvolver ações no continente africano é um ato de extrema responsabilidade e orgulhoFoto:
"Me sinto com uma responsabilidade muito grande. Na minha opinião, a nossa polícia é uma das melhores do Brasil, e nela contamos com mulheres altamente preparadas para desenvolver qualquer função, mesmo que muitas vezes precisemos abdicar de estarmos com nossa família. Abrimos mão da nossa vaidade para nos capacitar e qualificar profissionalmente, para melhor servir e proteger o Estado e a sociedade", diz a servidora, para quem "representar essas mulheres nessa missão é um ato de extrema responsabilidade e orgulho".
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Caminhada lança campanha para garantir o protagonismo da mulher nas políticas públicas



Campanha “Mulheres na Política: por uma democracia Paritária” é promovida pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos

08/03/2020 14h52 - Atualizada hoje 15h25
Por Claudiane Santiago (SEJUDH)
Foto: Jader Paes /Ag.Para“Lugar de mulher diz aonde é, é onde ela quer, pois lugar de mulher é onde ela quiser...Se quiser pode se presidente, deputada, juíza, tenente..”, o trecho da música “Lugar de Mulher” embalou a caminhada alusiva ao Dia Internacional de Luta pelos Direitos das Mulheres – 8 de Março, realizada na manhã de hoje, em Belém. 
Mulheres de vários segmentos saíram da escadinha do Cais do Porto, às 10h, seguindo pela Avenida Presidente Vargas até o Theatro da Paz ao som do repertório especial preparado pelas cantoras paraenses Joelma Kláudia, Mariza Black, Juliana Franco e Samba de Salto e todo o coletivo feminino do cenário musical paraense. O coletivo levou o melhor das músicas que exaltam, valorizam e mostram o papel e importância da mulher na sociedade. 
Ainda no evento, falas relacionadas sobre as políticas publicadas voltadas à população feminina, várias mulheres seguiram com blusas personalizadas, cartazes e faixas pedindo respeito e o fim da violência. De iniciativa do Conselho Estadual da Mulher, o ato buscou sensibilizar a população sobre a importância da luta pela promoção e garantia de direitos. “O 8 de março é um dia de reflexão para mudanças de paradigmas no comportamento dos homens e mulheres, a gente precisar repensar muitas atitudes para que tenhamos uma sociedade justa”, enfatizou a presidente do Conselho Estadual, Márcia Jorge. 
Artistas paraenses levaram repertório especial para as ruas de BelémFoto: Jader Paes /Ag.ParaPor volta de 11h30, a caminhada chegou ao Theatro da Paz, onde a programação prosseguiu com homenagens às mulheres, em especial à Maria Sylvia Nunes, grande expoente das artes cênicas paraenses, que faleceu nesta semana. Em seguida, o público prestigiou o espetáculo gratuito que narra a vida e obra de outro grande nome da cultura popular paraense: Iracema Oliveira.
A programação conta com a parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Ministério Público do Pará, Procuradoria Especial da Mulher e bancada feminina da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). 
Lançamento – O ato também marcou o lançamento da campanha estadual de políticas públicas direcionadas às mulheres, no Pará, intitulada “Mulheres na Política: por uma democracia Paritária”, promovida pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos por meio da Coordenadoria de Integração de Políticas para as Mulheres (CIPM).
“Estamos aqui enquanto Estado para reafirmar o compromisso de garantir políticas públicas no Pará que garantam à mulher proteção, saúde, e justiça”, reforçou a diretora da Sejudh, Elizabeth Lima. 
Foto: Jader Paes /Ag.ParaO tema será trabalhado nos 144 municípios paraenses ao longo do mês de março, com ações no enfrentamento à violência contra a mulher, protagonismo social, empoderamento e a importância da participação feminina na gestão.
Foto: Jader Paes /Ag.Para“O Conselho tem uma avaliação positiva da caminhada, que inicia a campanha que vai trabalhar a temática por meio de várias agendas positivas, como audiências públicas, encontro municipais de mulheres, rodas de conversa, capacitação profissional, eventos de formação, dentre outros que reporte a necessidade da participação da mulher na política”, descreveu Márcia Jorge.
O encerramento da programação ocorrerá no dia 30, com um encontro estadual que vai debater temas como a evolução da presença das mulheres no Parlamento e a luta por mais espaço na política. O debate será realizado na Alepa, das 8h às 12h.
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Programação no Theatro da Paz homenageia grandes nomes da cultura paraense



Mulheres importantes na cultura paraense são reverenciadas. Programação também incluiu lançamento de edital de teatro infantil.

08/03/2020 17h24
Por Thaís Siqueira (SECULT)
Foto: SECULT / Leandro TocantinsEm comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Theatro da Paz abriu as portas neste domingo (8), com uma programação gratuita que exalta grandes nomes femininos da cultura paraense. Durante a ação, também foi lançado pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o edital "Era Mais Uma Vez", que vai selecionar artistas e coletivos que atuam no teatro infantil para se apresentarem no Da Paz.
A programação iniciou por volta de 11h, com uma homenagem especial à Maria Sylvia Nunes, grande expoente das artes cênicas paraenses, que faleceu nesta semana. A professora doutora da Escola de Teatro e Dança da UFPA, Valéria Andrade, declamou uma cena de “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, espetáculo emblemático montado pela primeira vez no Brasil por Maria Sylvia, em 1958.
A secretária de cultura Úrsula Vidal participou da programaçãoFoto: SECULT / Leandro Tocantins“Maria Sylvia Nunes representa muito bem esse papel de uma mulher visionária, que enxergou muito à frente e conseguiu provocar tantas transformações com sua generosidade em partilhar o imenso conhecimento que possuía. Tudo isso fez dela uma referência fundamental para gerações de artistas, diretores, diretoras, atores e atrizes, e somos muito gratos por tudo o que ela fez em vida”, frisou Valéria.
Na sequência, o público pôde apreciar o espetáculo "Iracema Voa", produzido por Ester Sá em homenagem à Iracema Oliveira, outra renomada artista que se destacou no rádio, TV, teatro e por sua colaboração à tradição dos Pássaros Juninos. “Iracema é uma testemunha ativa da cultura do Estado. Além de tudo o que ela realizou, criou os filhos, enfrentou a vida e se tornou artista numa época em que havia muito preconceito, mas resolveu encarar isso porque era a missão dela, era o chamado do coração, da alma”, destacou Ester.
Público também acompanhou espetáculo "Iracema Voa"Foto: SECULT / Leandro TocantinsA homenageada esteve presente e interagiu com a plateia. No meio do espetáculo, o público foi convidado a participar e algumas pessoas aceitaram interpretar personagens de um quadro do Pássaro Junino. Foi o caso da professora Andrea Verçosa, que na ocasião interpretou a marquesa do Pássaro. “Sou muito apaixonada pela cultura do meu Estado, então fiquei muito feliz de conhecer a história de Iracema. Além de prestigiar o talento da Ester Sá, eu participei do espetáculo no improviso, o que foi um grande presente de Dia da Mulher, foi realmente maravilhoso”.
Teatro infantil - Durante a programação, foi realizado o ato de lançamento do edital Theatro da Paz “Era mais uma vez”, que visa promover apresentações de teatro infantil na casa de espetáculos, com entrada totalmente gratuita para a população.
Para Adriano Barroso, diretor de artes cênicas da Secult, o edital é mais uma iniciativa que leva o Da Paz a abrir suas portas aos artistas de teatro, sobretudo o infantil. “Nosso desejo é que esses artistas entendam que aqui há espaço para todos eles. Todos nós somos donos desse teatro, por isso, ter seus espetáculos em cartaz aos domingos de manhã, um dia que também reúne as famílias na Praça da República, possibilita aos artistas mostrarem seu trabalho e ao público poder prestigiar”, ressalta o diretor.
As inscrições iniciam nesta segunda-feira (9) e seguem até 30 de agosto. Para participar, é preciso ter projeto de teatro infantil, ler o edital e enviar a documentação junto com a ficha de inscrição para o e-mail projetoeramaisumavez2020@gmail.com. Não será cobrada taxa de inscrição. Tanto o edital quanto a ficha estão disponíveis em secult.pa.gov.br/informativos.
Será selecionado um espetáculo por mês até dezembro de 2020, com cachê artístico no valor de R$ 3.500,00, sendo proibida a cobrança de ingresso pelos selecionados. As apresentações ocorrerão uma vez no mês, sempre aos domingos, às 11h.
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Pessoas com deficiência visitam igreja de Santo Alexandre Programação faz parte do projeto 'Domingo da Acessibilidade e da Inclusão' da Secretaria de Cultura do Estado 08/03/2020 19h31 Por Gabriel Marques (SECULT) Foto: Secult / Mario QuadrosFoto: Secult / Mario Quadros Com o intuito de tornar os museus do Estado espaços cada vez mais inclusivos, o Sistema Integrado de Museus (SIM) promoveu, na manhã deste domingo (8), o lançamento do Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, na Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade Velha. O projeto é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). No local, os visitantes puderam conhecer um pouco mais sobre a história da igreja, assim como da arquitetura do espaço. As Pessoas com Deficiência (PcD) participaram de uma visita guiada, com intérpretes de libras para os surdos e áudio descrição para os cegos e pessoas com baixa visão - que também passaram por uma experiência tátil, na qual tocaram em algumas peças selecionadas do acervo. Foto: Secult / Mario Quadros Experiência tátil: conhecimento através do toque Foto: Secult / Mario QuadrosSegundo a coordenadora do setor de preservação, restauração e conservação do SIM, Renata Maués, a programação é enriquecedora tanto para os visitantes quanto para o próprio espaço. “Foi algo fantástico! A gente pôde selecionar algumas peças do acervo e possibilitar essa experiência tátil para que eles conhecessem um pouco das obras. Foi enriquecedor tanto para nós como instituição museológica quanto para eles”, ressaltou. A professora Elissandra de Brito, que é cega, conta que é a primeira vez que participa de iniciativas tão inclusivas como essa. “Para mim, está sendo a primeira inciativa inclusiva em um museu. Por meio do toque, pude reconhecer as obras e tive a oportunidade de conhecer melhor um pouco da nossa história”, afirmou animada. Foto: Secult / Mario Quadros Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, na Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade Velha Foto: Secult / Mario Quadros Foto: Secult / Mario Quadros Pela primeira vez na Igreja de Santo Alexandre, o estudante universitário Marco Antônio, também cego, descreve como foi a experiência. “Achei interessante demais poder tocar nas obras, também gostei muito de encostar nas paredes e perceber o quão espessas elas são”, definiu. Ele conta que sempre sentia dificuldades ao entrar nos museus de Belém. “Sempre foi um problema. Não são acessíveis. Mas abrir eles aos domingos, com uma programação gratuita e acessível, me faz querer voltar”, complementou. Políticas públicas - O SIM quer ampliar a política de gratuidade e acessibilidade, fazendo com que os museus adequem seus espaços para receber Pessoas com Deficiência. A medida foi oficializada com a Portaria nº 051, de 05 de janeiro de 2020, que além de ampliar a gratuidade nos museus, tornando o 1º domingo do mês gratuito para toda a população, instaurou o Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, sempre no 2º domingo, com serviços inclusivos.



Programação faz parte do projeto 'Domingo da Acessibilidade e da Inclusão' da Secretaria de Cultura do Estado

08/03/2020 19h31
Por Gabriel Marques (SECULT)
Foto: Secult / Mario QuadrosCom o intuito de tornar os museus do Estado espaços cada vez mais inclusivos, o Sistema Integrado de Museus (SIM) promoveu, na manhã deste domingo (8), o lançamento do Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, na Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade Velha. O projeto é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). 
No local, os visitantes puderam conhecer um pouco mais sobre a história da igreja, assim como da arquitetura do espaço. As Pessoas com Deficiência (PcD) participaram de uma visita guiada, com intérpretes de libras para os surdos e áudio descrição para os cegos e pessoas com baixa visão - que também passaram por uma experiência tátil, na qual tocaram em algumas peças selecionadas do acervo. 
Experiência tátil: conhecimento através do toqueFoto: Secult / Mario QuadrosSegundo a coordenadora do setor de preservação, restauração e conservação do SIM, Renata Maués, a programação é enriquecedora tanto para os visitantes quanto para o próprio espaço. “Foi algo fantástico! A gente pôde selecionar algumas peças do acervo e possibilitar essa experiência tátil para que eles conhecessem um pouco das obras. Foi enriquecedor tanto para nós como instituição museológica quanto para eles”, ressaltou. 
A professora Elissandra de Brito, que é cega, conta que é a primeira vez que participa de iniciativas tão inclusivas como essa. “Para mim, está sendo a primeira inciativa inclusiva em um museu. Por meio do toque, pude reconhecer as obras e tive a oportunidade de conhecer melhor um pouco da nossa história”, afirmou animada.
Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, na Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade VelhaFoto: Secult / Mario QuadrosFoto: Secult / Mario QuadrosPela primeira vez na Igreja de Santo Alexandre, o estudante universitário Marco Antônio, também cego, descreve como foi a experiência. “Achei interessante demais poder tocar nas obras, também gostei muito de encostar nas paredes e perceber o quão espessas elas são”, definiu. Ele conta que sempre sentia dificuldades ao entrar nos museus de Belém. “Sempre foi um problema. Não são acessíveis. Mas abrir eles aos domingos, com uma programação gratuita e acessível, me faz querer voltar”, complementou. 
Políticas públicas - O SIM quer ampliar a política de gratuidade e acessibilidade, fazendo com que os museus adequem seus espaços para receber Pessoas com Deficiência. A medida foi oficializada com a Portaria nº 051, de 05 de janeiro de 2020, que além de ampliar a gratuidade nos museus, tornando o 1º domingo do mês gratuito para toda a população, instaurou o Domingo da Acessibilidade e da Inclusão, sempre no 2º domingo, com serviços inclusivos.