sábado, 7 de março de 2020

PF deflagra Operação Expurgo em combate a facção criminosa no Rio de Janeiro

 OPERAÇÃO PF


PF identifica atividades criminosas gerenciadas a partir de presídios
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Arquivo PF

Rio de Janeiro/RJ - Na manhã desta terça-feira (25/08), a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgo*, visando cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, em seis estados da federação (RJ, SP, PE, MG, PA e MS). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Bangu/RJ, em investigação sobre as atividades criminosas de lideranças e dos principais integrantes de uma facção do crime organizado que atua em âmbito nacional.

 

As investigações, iniciadas em dezembro de 2018, apontaram que os líderes da organização objetivavam expandir sua atuação no estado do Rio de Janeiro, inclusive, contando com aproximação e parceria de outras facções já atuantes no estado.As diligências identificaram que os líderes, mesmo já presos, desempenhavam a “gestão criminosa” de dentro de presídios estaduais, de onde replicavam ordens e tomavam decisões a exemplo dos chamados “salves” dados pela cúpula da organização.

 

A rede criminosa mostrou-se estruturada e organizada, com base na hierarquia e disciplina, regidas por ”Estatuto” e “Dicionário Disciplinar” próprios que estabeleciam condutas, protocolos a serem seguidos e até a aplicação de sanções em caso de  descumprimento das determinações.

 

Apurou-se também que a comunicação da organização criminosa era facilitada pelo uso de aplicativos e orientava a divisão de tarefas, permitindo a definição de atividades diárias, a realização de debates e a tomada de decisão; bem como a difusão de diretrizes a serem adotadas pelos membros e o monitoramento das atividades das forças de segurança estaduais.

 

Além do crime de integrar organização criminosa, os presos serão autuados pelos crimes de tráfico de drogas e armas, sem prejuízo de outras condutas ilícitas eventualmente identificadas no decorrer das investigações.

 

 

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

cs.srrj@dpf.gov.br | www.pf.gov.br

(21) 2203-4404 / 4405 / 4406 / 4407

 

*** O nome da Operação faz referência ao movimento da Polícia Federal de desfazer a estrutura da organização criminosa, evitando a sua expansão e domínio no estado do Rio de Janeiro.

Justiça e Segurança

PF

Recordista de viagens aos EUA, em 4a visita Bolsonaro jantará com Trump e terá agenda militar e comercial



'Vamos jantar em Mar-a-Lago. Ele queria jantar na Flórida', anunciou o presidente americano; brasileiro também será recebido pelo prefeito de Miami, que elogiou sua disposição 'contra o comunismo'.

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Bolsonaro desembarca de avião em Washington, em foto de março de 2019; ele já é o presidente brasileiro que, proporcionalmente, mais visitou os EUA

Bolsonaro desembarca de avião em Washington, em foto de março de 2019; ele já é o presidente brasileiro que, proporcionalmente, mais visitou os EUA

Alan Santos/Presidência da República
Quando o avião de Jair Bolsonaro pousar na Flórida, na tarde deste sábado (7/3), o presidente brasileiro se tornará um recordista: em sua quarta viagem aos EUA em menos de 15 meses de mandato, ele é o chefe de Estado brasileiro que mais visitou o país, proporcionalmente, nos últimos 35 anos.
Em números absolutos, curiosamente, quem mais esteve na América foi o principal rival do atual presidente. Em oito anos de mandato, o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva esteve nos EUA 12 vezes.

A disposição de cruzar os sete mil quilômetros que separam Brasília da nação sob comando do presidente republicano Donald Trump é uma das políticas de Estado centrais da atual gestão. Desde que ascendeu ao Planalto, Bolsonaro determinou um realinhamento histórico da política externa brasileira. Os Estados Unidos passaram a ser o aliado brasileiro prioritário no mundo — acima dos vizinhos do Mercosul ou da China —, estratégia que rendeu frutos e reveses a Bolsonaro.
Para atrair a atenção e a simpatia de Trump, com quem compartilha a agenda ideológica e os métodos de fazer política, Bolsonaro fez uma série de movimentos unilaterais em favor dos americanos nos primeiros meses de seu mandato: isentou os cidadãos do país da exigência de visto de turismo; apoiou a posição americana quanto à Venezuela; determinou aumento na importação de etanol de milho dos EUA; e aumentou a cota de importação de trigo de produtores fora do Mercosul.
Além disso, o presidente brasileiro abdicou das vantagens de negociação por ser um país em desenvolvimento no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), endossou pela primeira vez na história o embargo econômico americano a Cuba e autorizou a deportação sumária de brasileiros que tenham ingressado ilegalmente nos EUA.
A coleção de agrados aos americanos gerou desgaste a Bolsonaro, acusado de adotar alinhamento automático à superpotência às expensas dos interesses nacionais, algo que o Itamaraty sempre se esforçou em negar.
Enquanto fazia concessões, ao longo do ano passado, Bolsonaro recebeu de Trump sinais trocados. Os EUA apoiaram a candidatura Argentina em detrimento da brasileira à OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, anunciaram sobretaxa ao aço brasileiro sob acusação de que o Brasil depreciava propositalmente o câmbio e negaram reiteradamente a entrada da carne bovina brasileira em seu mercado, mesmo sem razão técnica para tanto. O governo americano também não aceitou marcar data para uma visita de Trump ao Brasil.
Bolsonaro e Trump em encontro em março de 2019; os dois compartilham agenda ideológica e métodos de fazer política

Bolsonaro e Trump em encontro em março de 2019; os dois compartilham agenda ideológica e métodos de fazer política

REUTERS/Carlos Barria
Desde dezembro, no entanto, o cenário de reveses acumulados começou a desanuviar. Em dezembro, os EUA apoiaram publicamente o ingresso brasileiro na OCDE (o "clube dos países ricos") no lugar da Argentina, e desistiram da taxa extra sobre o aço — após um telefonema entre os dois líderes. Há algumas semanas, liberaram a exportação de carne do Brasil. Nesse meio tempo, negociaram ainda um gesto de deferência a Bolsonaro: um jantar com Trump em sua residência de veraneio, um resort em Mar-a-Lago, na Flórida. A visita de Bolsonaro ao país servirá, portanto, para que ele se sente à mesa com Trump e possa capitalizar politicamente os resultados recentes de suas opções de política externa.
"Vamos jantar em Mar-a-Lago. Ele queria jantar na Flórida", anunciou Trump em coletiva de imprensa na Casa Branca nesta sexta-feira.
Pouco depois, o governo americano enviou nota à imprensa em que dizia explicitamente que "o presidente (Trump) vai usar esse encontro como uma oportunidade para agradecer ao Brasil por sua forte aliança com os Estados Unidos". O Itamaraty comemorou o tom do comunicado.
Os anfitriões na Flórida
O anfitrião de Bolsonaro na Flórida será o prefeito de Miami, o republicano Francis Suarez, de quem partiu o convite da visita, endossado também pelo senador do mesmo partido Rick Scott, ex-governador do Estado e um dos congressistas mais leais a Trump. Ambos visitaram o Brasil no segundo semestre do ano passado. Na ocasião, Suarez chegou a dizer que o país estava de "braços abertos" para receber o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, como embaixador brasileiro no país — plano abandonado meses mais tarde.
Com a família Bolsonaro, tanto Suarez quanto Scott partilham um duplo interesse: ampliar os negócios entre Brasil e Flórida, e combater governos de esquerda na América Latina. Scott, inclusive, é um dos entusiastas de uma ação militar americana em território venezuelano. O governo de Nicolás Maduro, cujas ações levaram à fuga de mais de 4 milhões de venezuelanos do país, é um dos maiores alvos políticos de Bolsonaro, que acusa os governos petistas anteriores de tentarem converter o Brasil "em uma Venezuela".
"É uma grande honra ter um chefe de Estado visitando a nossa cidade. Particularmente, um presidente que partilha dos nossos valores de ser firmemente contra o comunismo e que entende que o comunismo é uma ideologia fraudulenta que destruiu tantos países e impactou muitos outros devido à crise dos imigrantes", afirmou o prefeito Suarez em entrevista à BBC News Brasil.
Miami é a capital da diáspora cubana, motivada pelo regime de Fidel Castro, e abriga parte dos 370 mil brasileiros que vivem na Flórida, do total de 1,3 milhão que compõem a comunidade nos Estados Unidos.
Se, por um lado, é crítico do processo migratório cubano, por outro, Suarez afirma ter se tornado defensor de uma facilitação de vistos para brasileiros junto à administração federal americana. Ele conta já ter discutido o assunto tanto com Bolsonaro quanto com Eduardo, além do embaixador americano em Brasília.
A ideia seria isentar de visto aqueles brasileiros que comprovem alta renda ou que já tenham viajado diversas vezes aos EUA sem nunca extrapolar o prazo legal de permanência em território americano.
"Obviamente, nosso objetivo quando eu viajo para lá e ele (Bolsonaro) viaja para cá é continuar a fortalecer os laços entre Miami e o Brasil. Agora que cidadãos americanos não precisam de visto para viajar para o Brasil, espero que possamos criar algo semelhante, se não idêntico, para brasileiros que querem vir para os Estados Unidos", disse Suarez.
A fala acontece na semana em que chegaram ao Brasil o sexto e o sétimo voos de brasileiros deportados expressamente dos EUA. Desde 2006, o Brasil não aceitava a expulsão sumária de cidadãos acusados de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, política que foi alterada no fim do ano passado por Bolsonaro. O número de brasileiros indocumentados que entraram pela fronteira com o México no ano fiscal de 2019 deu um salto para quase 20 mil, um aumento de quase 5 vezes em relação a 2018. A onda de deportações e as acusações de maus-tratos de brasileiros detidos pelo serviço migratório americano representam desgaste ao governo brasileiro.
"O governo do Brasil não está fazendo o suficiente para proteger seus cidadãos. Preferiu atender aos interesses de Trump a cuidar de seu próprio povo", afirma Heloísa Maria Galvão, presidente do Grupo Mulher Brasileira, organização que atua no apoio a migrantes brasileiros no Estado de Massachussets, onde vivem 400 mil brasileiros.
O prefeito Suarez afirma que pretende apresentar a ideia ao próprio presidente Trump ainda em março. Ele reconhece que não tem nada para anunciar sobre o assunto no momento, até porque essa seria uma medida de esfera federal, e não municipal. Confrontado com a viabilidade real de sua ideia, o prefeito rebate: "Eu acho que o presidente Bolsonaro tem um bom relacionamento com o nosso presidente, então isso é sempre um bom começo".
Pautas econômicas, pautas militares
No âmbito comercial, não há expectativa de que novo anúncio de acordo seja feito em nova visita de Bolsonaro aos EUA

No âmbito comercial, não há expectativa de que novo anúncio de acordo seja feito em nova visita de Bolsonaro aos EUA

BBC NEWS BRASIL
Além do jantar com Trump e dos encontros com o prefeito Suarez e os senadores Scott e Marco Rubio, outro representante republicano da Flórida, a agenda de Bolsonaro no país mistura reuniões com empresários brasileiros e americanos e pautas militares.
No domingo, ele visitará o Comando Militar dos Sul dos EUA. O local, onde hoje atua um general brasileiro, é a sede da inteligência militar americana para segurança na América Latina, exceto México. Depois de assinar o acordo de salvaguardas tecnológicas de Alcântara e de se converter em um aliado militar extra-OTAN, a aliança militar ocidental, o Brasil firmará com os americanos um acordo chamado RDT&E (abreviação em inglês para pesquisa, desenvolvimento, testes e avaliação). O RDT&E possibilita que os dois Estados trabalhem juntos em projetos militares.
O desenvolvimento de tais projetos dependeria das empresas privadas de cada um dos países, financiadas com dinheiro de um fundo para cooperação militar cujo valor chega a quase US$ 100 bilhões.
Uma das candidatas a se beneficiar do novo pacto é a Embraer. Bolsonaro vai visitar a fábrica da empresa em Jacksonville, a 500 quilômetros de Miami, na próxima terça, dia 10, antes do retorno ao Brasil. Ali, a Embraer produz o A-29 Super Tucano, um monomotor militar de ataque leve usado pela FAB e por mais uma dezena de forças aéreas de outros países.
Nos últimos 2 anos, a Embraer investiu em experimentos com aeronaves de ataque leve junto à Força Aérea americana, que, no fim do ano passado anunciaram a intenção de comprar entre dois e três A-29 para aprofundar os testes e definir, então, a compra de algumas dezenas de aeronaves. O avião da Embraer disputa com o AT-6 Wolverine da americana Textron Aviation a preferência da aeronáutica dos EUA.
Há a expectativa no governo americano de que presença de Bolsonaro não apenas na empresa, como voando em um jato da Embraer em território americano, poderia colaborar para um desfecho positivo para a empresa na negociação.
No âmbito comercial, não há expectativa de que nenhum novo anúncio de acordo seja feito.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida. Em 2018, o comércio entre o país e o Estado americano superou os US$ 20 bilhões. O montante equivale a quase 30% de todo o fluxo comercial entre Brasil e EUA. Os dois presidentes já declararam interesse em alinhavar um acordo de livre comércio entre os países, mas não se espera que algo nesse sentido possa ser anunciado nos próximos dois ou três anos.
O Itamaraty tem trabalhado com o Departamento de Estado Americano para implementar medidas de facilitação de negócios que não inclua tarifas. A expectativa é iniciar nas próximas semanas a segunda fase de implantação do programa Global Entry — que pretende agilizar a entrada de empresários brasileiros nos EUA e está, por enquanto, em fase de testes.
Tesla
Em fevereiro, ao anunciar via Twitter sua viagem aos EUA, o presidente Bolsonaro criou uma expectativa de que estaria negociando a vinda da fabricante de carros elétricos Tesla para o país. "Em março estarei nos Estados Unidos. Em nossa extensa agenda a possibilidade da Tesla no Brasil", escreveu ele. Embora tenha havido tentativa de marcar um encontro entre o presidente e os executivos da companhia, não há confirmação de que isso ocorrerá. A BBC News Brasil consultou a Tesla sobre o assunto, mas não obteve resposta.
Por enquanto, a agenda do presidente prevê participação em um evento de "networking de alto nível" promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no dia 9, e uma conferência internacional de investimentos entre Brasil e Flórida, organizada pelo Fórum das Américas, presidido pelo empresário brasileiro Mário Garnero. No seminário da Apex, haverá apresentações da Secretaria da Pesca e da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) para atrair investimentos.
"Fomos convidados há apenas uma semana e me parece ser mais uma reunião para contatos mesmo com a comunidade do que um evento com pauta específica e anúncios", afirmou à BBC News Brasil Carlos Osório, vice-presidente da Câmara de Comércio Americana-Brasileira da Flórida Central e CEO do time de futebol Orlando City.
Ainda no dia 9, Bolsonaro será recebido na Miami Dade College, onde será cumprimentado por pastores evangélicos e por integrantes da comunidade brasileira da cidade — que apoiou maciçamente sua candidatura presidencial e garantiu a ele 80,64% dos votos válidos de brasileiros em Miami.
Bolsonaro contará com uma grande delegação. Com o presidente viajam o ministro do Gabinete de Segurança Institucional General Augusto Heleno, o General Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, o astronauta Marcos Pontes, da pasta de Ciência e Tecnologia, o ministro da Defesa General Fernando Azevedo e Silva, o Almirante Bento Albuquerque, chefe de Minas e Energia e o chanceler Ernesto Araújo. Para o jantar com Trump, é esperado que Bolsonaro conte com a companhia do recém-empossado embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster.
O prefeito Suarez, que se encontrará com Bolsonaro em ao menos duas ocasiões, se mostra entusiasmado com o patamar das relações entre sua cidade e o Brasil e antevê melhorias comerciais após a visita.
"Quando ele (Bolsonaro) se tornou presidente, ele estava lidando com duas grandes crises: uma de corrupção e outra de criminalidade. É muito difícil querer que as pessoas venham visitar um país que tem esses problemas. E acho que Bolsonaro realmente tentou mudar essa narrativa e tornar o Brasil um lugar onde as pessoas podem se sentir seguras e onde sabem que podem fazer negócios com segurança", afirma.

No Mês da Mulher, CCJ votará projetos da pauta feminina



Da Redação | 06/03/2020, 13h57
A pauta feminina será a prioridade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no mês de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher. A presidente do colegiado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), incluiu na lista de votação 11 projetos de lei que vão do combate à violência ao fortalecimento do protagonismo da mulher na política. A próxima reunião da CCJ está marcada para quarta-feira (11).
Um dos itens da pauta é o Projeto de Lei (PL) 1.541/2019, que pretende evitar fraude em cotas de gênero no sistema eleitoral. A lei estabelece que os partidos políticos devem dedicar pelo menos 30% das candidaturas para o gênero menos representado. Para combater as chamadas “candidatas laranjas” — que são inscritas pelas legendas para cumprir a cota, mas não realizam campanha de fato —, o texto prevê o pagamento de multas de R$ 100 mil a R$ 200 mil aos responsáveis pela irregularidade. A proposta da senadora Mailza Gomes (PP-AC) tem como relatora a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB).
A CCJ pode votar ainda o Projeto de Lei do Senado (PLS) 446/2018, que considera crimes hediondos a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte quando praticadas contra mulher, criança ou maior de 60 anos. Com isso, os acusados por esses crimes não teriam direito à progressão de regime com o cumprimento de apenas um sexto da pena. O texto da senadora licenciada Rose de Freitas (Podemos-ES) tem como relator o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Outro item na pauta é o PLS 47/2012, que dá prioridade no atendimento policial à mulher idosa vítima de violência. De acordo com o texto, a prioridade vale inclusive para municípios que não contam com serviço especializado de atendimento à mulher. O projeto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) tem como relator o senador Humberto Costa (PT-PE).
A senadora Simone Tebet lembra que a mulher é maioria entre a população e o eleitorado do país. Ainda assim, não disputa eleições em igualdade de condições e recebe salários mais baixos do que os pagos aos homens. Ela afirma que o combate a injustiças como essas deve mobilizar não apenas a bancada feminina no Congresso, mas toda a sociedade brasileira.
— A mulher percebeu que era importante entrar na política para poder ter voz, para ser ouvida e garantir seus direitos. O Dia Internacional da Mulher é um momento de celebrar, de agradecer aos homens que se somam conosco nessa luta e, também, de conscientizar a sociedade da importância da luta constante por igualdade em todos os sentidos — afirma.

Confira os projetos na pauta

PLS 381/2018 Estabelece a pena de perda de bens e valores do autor de crimes de leão corporal contra mulher, feminicídio, estupro e dos praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher.
PLS
8/2016
Cria a Política Nacional de Informações Estatísticas relacionadas à violência contra a mulher, com a finalidade de reunir, organizar e analisar dados.
PL 3.475/2019 Autoriza a remoção a pedido de servidora pública federal vítima de violência doméstica e familiar, independentemente do interesse da administração.
PL 1.541/2019 Combate fraudes no cumprimento da cota de gênero no sistema eleitoral.
PL 1.729/2019 Veda a nomeação, para qualquer emprego público, de condenados por crime de violência contra a mulher.
PLS 287/2018 Exclui a exigência da condição de superior hierárquico para a configuração do crime de assédio sexual.
PLS 414/2018 Assegura a cada sexo o percentual mínimo de 30% na composição dos órgãos executivos dos conselhos federais e dos conselhos regionais fiscalizadores de profissões regulamentadas.
PLS 443/2018 Inclui o crime de abuso sexual contra criança ou adolescente entre os casos cuja suspeita deve ser comunicada ao Conselho Tutelar. O médico, professor ou responsável por estabelecimento de saúde ou educação básica deve comunicar à autoridade competente, sob pena de infração administrativa, as suspeitas de abuso sexual, castigo físico e tratamento cruel ou degradante contra criança ou adolescente.
PLS 445/2018 Aumenta a pena prevista para casos de corrupção de menores. O crime fica sujeito à pena de reclusão de 4 a 10 anos.
PLS 47/2012 Garante à mulher idosa vítima de violência prioridade no atendimento policial.
PLS 446/2018 Inclui no rol dos crimes hediondos a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte, quando praticadas contra mulher, criança ou maior de 60 anos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Marília Mendonça diz que decisão de voltar aos palcos não foi nada fácil



Cantora retomou agenda de shows, nesta sexta-feira (6), com a turnê 'Todos os Cantos', quase três meses após dar à luz Léo, primeiro filho da sertaneja

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Cantora se apresentou no Espaço das Américas, na capital paulista

Cantora se apresentou no Espaço das Américas, na capital paulista

Lucas Ramos/AgNews
Marília Mendonça revelou que a decisão de retomar a agenda de apresentações, quase três meses após dar à luz Léo — primeiro filho da cantora e fruto do relacionamento dela com Murilo Huff —, não foi nada fácil: "Parece que sinônimo de mãe é culpa". A declaração foi dada minutos antes de subir ao palco, na madrugada de sexta-feira (6) para sábado (7), no show que marcou o reinício da turnê Todos os Cantos, no Espaço das Américas, em São Paulo.
A fase de ataptação com o fim da licença-maternidade, como define a própria artista, tem sido "uma coisa louca", no entanto, a mãe dela tem feito a diferença nesse processo. Se no início existia espaço para medo, agora, mesmo com um pouco de insegurança, a cantora se diz animada com o momento. 

"O meu medo era não estar bem resolvida quanto a voltar aos palcos. Mas, eu me sinto muito feliz e querendo estar aqui agora. Sei que consigo amar ele, mesmo estando aqui. Sempre vou conseguir amar, principalmente sabendo que tem uma vidinha lá olhando para mim", explicou. 
O retorno 
Marília levantou o público com os grandes sucessos da carreira

Marília levantou o público com os grandes sucessos da carreira

Lucas Ramos/AgNews
A "rainha da sofrência" cantou para aproximadamente 8 mil pessoas na primeira noite de uma sequência de duas apresentações na mesma casa de shows, na capital paulista. Com ingressos esgotados, ao todo, cerca de 16 mil fãs vão acompanhar o repertório da sertaneja neste fim de semana.
Marília levantou o público já na primeira faixa. Bebi Liguei, um dos grandes hits de 2018, abriu a noite, que contou ainda com sucessos como: Bem Pior Que Eu, Infiel, Amante Não Tem Lar e Todo Mundo Vai Sofrer. Outro destaque foi a recém-lançada Graveto, que, aliás, se destacou durante o Carnaval 2020 entre as mais tocadas nas plataformas digitais. 
Ao fim da segunda música, Supera, Marília chegou a ser ovacionada por quem acompanhava o show. "Vocês não tem noção da falta que eu senti de tudo isso. A energia aqui de cima é tão grande, que parece que eu estou começando agora", entregou a cantora, que, na sequência, completou: "Só que com vocês já me amando".
A sofrência continua?
Artista de emocionou em show

Artista de emocionou em show

Lucas Ramos/AgNews
Autoridade máxima no assunto, a artista garante que sim. Mesmo com a vida pessoal em "ótima fase", a artista faz questão de explicar que sabe separar "muito bem as coisas" e, por isso, não vai faltar repertório que sirva de trilha sonora da "sofrência" de quem gosta e acompanha o trabalho dela. Uma das táticas, aliás, é se manter atenta às demandas do público. 
"Conheço meu mercado, conheço meu rebanho, meu gado. Sei o que escuto dentro de casa e o que o meu público escuta. Eu tenho que saber também as necessidades do mercado. Essa fase vai vir mais romântica. Tem muita coisa 'pior' que Graveto vindo por aí. Aguenta coração que o coração vai doer", antecipou. 
Marília Mendonça, de 24 anos, se tornou o principal nome da música sertaneja no Brasil nos últimos anos. A cantora, que gravou o primeiro DVD para um público de aproximadamente 30 pessoas, em 2015, agora acumula números extremamente relavantes no mercado musical. 
Ela é dona do maior canal de música sertaneja no YouTube, com mais de 15 milhões de inscritos e, também, a primeira artista brasileira a atingir 10 bilhões de visualizações na plataforma mundial de vídeos. 
Foi a primeira apresentação após o nascimento de Léo

Foi a primeira apresentação após o nascimento de Léo

Lucas Ramos/AgNews
Em breve, a cantora deve retomar o projeto Todos os Cantos, criado pela cantora em 2019, que tem por objetivo percorrer todas as capitais brasileiras e, em cada uma, gravar uma faixa inédita durante show aberto e gratuito ao público. A divulgação, inclusive, sempre acontece no dia da apresentação e é realizada pela própria cantora e a equipe em um ponto turístico da cidade escolhida. 
Até o momento, Marília já percorreu 19 municípios, que deram origem a 3 EPs: Todos os Cantos - Volumes 1, 2 e 3. O primeiro, com 12 faixas, foi um verdadeiro sucesso nas plataformas digitais e rendeu à cantora o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja. O segundo, com a música Todo Mundo Vai Sofrer, chegou a ocupar o Top 50 das músicas mais tocadas do Spotify por 85 dias consecutivos. 
DO : R7

Dúvidas sobre a dengue no DF? Tire aqui



Saiba como a Vigilância Ambiental em Saúde combate o mosquito



Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília
Diretor da Dival, Edgard Rodrigues esclarece dúvidas sobre o combate à dengue
Mutirões nas cidades, aplicação de fumacê, contratação de agentes para trabalhar nas ruas. O Governo do Distrito Federal tem agido em várias frentes para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Parte desse trabalho é feito pela diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival). Em conversa com a Agência Brasília, o diretor da Dival, Edgar Rodrigues, esclareceu dúvidas e falou sobre o combate à doença.
Como a Vigilância Ambiental do DF tem atuado no combate à dengue?
A diretoria de Vigilância Ambiental preparou um plano de ação onde cada órgão de governo que tem atuado no combate à dengue trabalha para evitar uma epidemia da doença. O plano envolve, além da Secretaria de Saúde, a secretaria DF Legal, SLU, Detran, DER, secretarias de Segurança Pública e Educação e administrações regionais. As ações diárias se espalham pelas cidades, com visitas às residências e aplicação de fumacê (inseticida) nos locais onde há casos prováveis e confirmados de dengue. Além das visitas diárias, aos sábados há megaoperações nas cidades, sendo cinco visitadas por final de semana. A Vigilância Ambiental também tem instalado armadilhas, chamadas de supressão do vetor. O objetivo é eliminar a prole e a maior quantidade de larvas do mosquito. A diretoria trabalha ainda com a sala distrital, com reuniões semanais envolvendo agentes do governo para tratar das melhores estratégias no combate.
Como a população pode denunciar focos do mosquito da dengue?
Denúncias e sugestões podem ser feitas pela Ouvidoria através do número 162
Qual o perfil de quem pega dengue?
Nas estatísticas foi constatado que a maioria das pessoas que pegam dengue têm mais de 60 anos. Por exemplo, uma pessoa que está com pneumonia e já estava debilitada e acaba contraindo dengue. Temos também muita incidência com crianças porque são as que mais costumam passar tempo dentro de casa. Por isso, os 92% de casos da doença ocorrem dentro ou próximo do perímetro das residências. Eles são os mais expostos.
O que funciona e o que não funciona no tratamento em casa? Muito se fala do uso de água sanitária, repelentes, velas e óleo de citronela…
A melhor receita é não deixar água parada. É trabalhar com o básico. Tire de três a cinco minutos diariamente para cuidar da sua casa, olhar a calha e outros cantos.
O que mais a população pode fazer além de verificar suas próprias casas?
As pessoas precisam conversar. Parte da população só passa a fazer parte ou falar sobre a dengue quando ela ou alguém que ela conhece contrai dengue. A pessoa se sente ‘não é comigo, é com o governo’, mas no dia em que ela pega a dengue, a casa dela passa a ser objeto de supervisão diária. Precisamos de uma participação maior de moradores, condomínios e síndicos.
Os agentes de saúde têm autorização para entrar na casa de quem se recusa a receber a inspeção?
Os agentes têm alvará judicial que possibilita a entrada, mas não foi necessário usá-lo ainda. No caso de casas abandonadas ou fechadas nós podemos entrar, sim.
Qual a frequências da aplicação dos fumacês?
Diariamente. Se há casos suspeitos de dengue, independentemente de ser confirmado ou não, o carro roda as ruas.
Como o governo atua contra os acumuladores, uma vez que são possíveis focos do mosquito?
Eles têm uma questão psicossocial complexa. São pessoas que têm o hábito de guardar materiais inservíveis e, na cabeça deles, eles têm aquilo como se algum dia fossem usar. Temos feito um trabalho para debater o assunto. Nós entramos nas casas para fazer inspeção, mas não temos autonomia para entrar na residência e retirar aquelas coisas. Tem que ser bem conversado, trabalhado e articulado com os órgãos. Agora, o que está do lado de fora nós mandamos retirar.
O que foi feito de ação preventiva no ano passado pensando em 2020?
O plano de ação, que envolveu vários órgãos, colocando a responsabilidade para cada setor. A compra do inseticida Ultra Baixo Volume (UBV) e o aluguel de motofogs (motos para aplicação de venenos) foram algumas das ações pensadas de forma preventiva.
O mosquito da dengue apresenta algum tipo de mutação? Ele está mais resistente?
Mutação, não. Agora, ele transmite, só para dengue, quatro tipos de vírus, sendo o DEN-2 o mais agressivo. O mosquito também transmite febre amarela, zika, Chikungunya, febre oropouche…. Temos que dar um jeito nele. Ele é muito adaptável aos ambientes, mas se for atingido pelo inseticida ele morre.
As condições climáticas influenciam na dengue?
O período chuvoso é o mais perigoso para espalhar o Aedes aegypti. Quando a chuva parar, as condições e metodologias serão outras. Quando não estiver mais chovendo vamos entrar limpando as cidades, retirando os inservíveis. Esse trabalho precisa ser feito para quando a chuva voltar não ter muitos depósitos de larvas. É um trabalho contínuo.