sábado, 7 de março de 2020

Dúvidas sobre a dengue no DF? Tire aqui



Saiba como a Vigilância Ambiental em Saúde combate o mosquito



Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília
Diretor da Dival, Edgard Rodrigues esclarece dúvidas sobre o combate à dengue
Mutirões nas cidades, aplicação de fumacê, contratação de agentes para trabalhar nas ruas. O Governo do Distrito Federal tem agido em várias frentes para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Parte desse trabalho é feito pela diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival). Em conversa com a Agência Brasília, o diretor da Dival, Edgar Rodrigues, esclareceu dúvidas e falou sobre o combate à doença.
Como a Vigilância Ambiental do DF tem atuado no combate à dengue?
A diretoria de Vigilância Ambiental preparou um plano de ação onde cada órgão de governo que tem atuado no combate à dengue trabalha para evitar uma epidemia da doença. O plano envolve, além da Secretaria de Saúde, a secretaria DF Legal, SLU, Detran, DER, secretarias de Segurança Pública e Educação e administrações regionais. As ações diárias se espalham pelas cidades, com visitas às residências e aplicação de fumacê (inseticida) nos locais onde há casos prováveis e confirmados de dengue. Além das visitas diárias, aos sábados há megaoperações nas cidades, sendo cinco visitadas por final de semana. A Vigilância Ambiental também tem instalado armadilhas, chamadas de supressão do vetor. O objetivo é eliminar a prole e a maior quantidade de larvas do mosquito. A diretoria trabalha ainda com a sala distrital, com reuniões semanais envolvendo agentes do governo para tratar das melhores estratégias no combate.
Como a população pode denunciar focos do mosquito da dengue?
Denúncias e sugestões podem ser feitas pela Ouvidoria através do número 162
Qual o perfil de quem pega dengue?
Nas estatísticas foi constatado que a maioria das pessoas que pegam dengue têm mais de 60 anos. Por exemplo, uma pessoa que está com pneumonia e já estava debilitada e acaba contraindo dengue. Temos também muita incidência com crianças porque são as que mais costumam passar tempo dentro de casa. Por isso, os 92% de casos da doença ocorrem dentro ou próximo do perímetro das residências. Eles são os mais expostos.
O que funciona e o que não funciona no tratamento em casa? Muito se fala do uso de água sanitária, repelentes, velas e óleo de citronela…
A melhor receita é não deixar água parada. É trabalhar com o básico. Tire de três a cinco minutos diariamente para cuidar da sua casa, olhar a calha e outros cantos.
O que mais a população pode fazer além de verificar suas próprias casas?
As pessoas precisam conversar. Parte da população só passa a fazer parte ou falar sobre a dengue quando ela ou alguém que ela conhece contrai dengue. A pessoa se sente ‘não é comigo, é com o governo’, mas no dia em que ela pega a dengue, a casa dela passa a ser objeto de supervisão diária. Precisamos de uma participação maior de moradores, condomínios e síndicos.
Os agentes de saúde têm autorização para entrar na casa de quem se recusa a receber a inspeção?
Os agentes têm alvará judicial que possibilita a entrada, mas não foi necessário usá-lo ainda. No caso de casas abandonadas ou fechadas nós podemos entrar, sim.
Qual a frequências da aplicação dos fumacês?
Diariamente. Se há casos suspeitos de dengue, independentemente de ser confirmado ou não, o carro roda as ruas.
Como o governo atua contra os acumuladores, uma vez que são possíveis focos do mosquito?
Eles têm uma questão psicossocial complexa. São pessoas que têm o hábito de guardar materiais inservíveis e, na cabeça deles, eles têm aquilo como se algum dia fossem usar. Temos feito um trabalho para debater o assunto. Nós entramos nas casas para fazer inspeção, mas não temos autonomia para entrar na residência e retirar aquelas coisas. Tem que ser bem conversado, trabalhado e articulado com os órgãos. Agora, o que está do lado de fora nós mandamos retirar.
O que foi feito de ação preventiva no ano passado pensando em 2020?
O plano de ação, que envolveu vários órgãos, colocando a responsabilidade para cada setor. A compra do inseticida Ultra Baixo Volume (UBV) e o aluguel de motofogs (motos para aplicação de venenos) foram algumas das ações pensadas de forma preventiva.
O mosquito da dengue apresenta algum tipo de mutação? Ele está mais resistente?
Mutação, não. Agora, ele transmite, só para dengue, quatro tipos de vírus, sendo o DEN-2 o mais agressivo. O mosquito também transmite febre amarela, zika, Chikungunya, febre oropouche…. Temos que dar um jeito nele. Ele é muito adaptável aos ambientes, mas se for atingido pelo inseticida ele morre.
As condições climáticas influenciam na dengue?
O período chuvoso é o mais perigoso para espalhar o Aedes aegypti. Quando a chuva parar, as condições e metodologias serão outras. Quando não estiver mais chovendo vamos entrar limpando as cidades, retirando os inservíveis. Esse trabalho precisa ser feito para quando a chuva voltar não ter muitos depósitos de larvas. É um trabalho contínuo.

Conheça a fazenda que virou parque turístico no Paraná


TURISMO


Visita ao complexo de Vila Velha mistura história, lendas e brincadeiras de adivinhações com rochas que mais parecem terem sido esculpidas pelo homem e é opção para toda a família

Parque Vila Velha

Cartão postal do Parque Vila Velha: a taça de pedra. Foto: Daniel Popov
O Paraná é o segundo maior estado produtor de grãos do país e possui a segunda maior área agricultável também. Por isso, não é de se estranhar que muitas fazendas antigas ainda escondam tesouros de um passado distante. Por razões financeiras, o Parque de Vila Velha não é, nem de longe, um destino turístico conhecido no país, mas ao que tudo indica, isso irá mudar a partir de agora. E a antiga fazenda de 3,8 mil hectares deve, em breve, entrar na rota do turismo nacional.
A região dos Campos Gerais onde está localizado o Parque de Vila Velha, ali em Ponta Grossa (PR), passou por muitas transformações até que o destino turístico fosse instaurado. Mas antes de explicar sobre as esculturas rochosas, como se formaram e as lendas que envolvem a região, vale destacar uma história mais recente, a transformação da Fazenda Lagoa Dourada (LFD), no Parque Vila Velha.
Fundada em 1928, a fazenda explorava os grandes campos da região para a criação de gado. Não restou muito da história deste produtor, ou quem era, exceto pelas casas coloniais usadas na época pela sua família e seus funcionários.
Parque Vila Velha
Casarão principal da Fazenda Lagoa Dourada. Foto: Daniel Popov
Parque Vila Velha
Inscrições na parede são originais da época. Foto: Daniel Popov
A desapropriação da fazenda aconteceu em meados de 1943, quando o governo percebeu a necessidade de se proteger e preservar o que restou dos Campos Gerais e das formações geológicas do lugar.
“A fazenda foi desapropriada para proteger e preservar não só a parte da geologia, com suas rochas e esculturas naturais, de 300 milhões de anos atrás, mas também a mata e os animais nativos”, informa Juarez Baskoski, funcionário do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) responsável pela direção e gestão do Parque Estadual de Vila Velha.
Parque Vila Velha
Outra casa preservada, usada hoje como moradia para funcionários. Foto: Daniel Popov
Entre as heranças da antiga fazenda, além das casas, sobrou a tarefa de tentar trazer de volta a vegetação perdida através de um manejo daquela época, a queima da vegetação.
“Os estudos mostraram que o fogo faz com que a vegetação volte ao seu estágio natural, protegendo os campos, savanas e estepes, de espécies invasoras. O engraçado é que isso já era feito pelas fazendas antigamente. A diferença é que fazemos isso de maneira controlada, um talhão por vez e com toda a segurança para os animais locais”, diz Baskoski.
Parque Vila Velha
Vista dos Campos Gerais e sua vegetação nativa. Foto: Daniel Popov

Onde tudo começa

A chegada ao parque é fácil e bem sinalizada. Qualquer GPS é capaz de levar os turistas até a sede, onde são pagas as tarifas e organizado o embarques nos ônibus que levarão os visitantes às três áreas disponíveis: o Parque dos Arenitos, furnas e Lagoa Dourada.
Parque Vila Velha
Sede do parque, onde os turistas recebem informações e pagam os ingressos. Foto: Daniel Popov
Antes de entrar no ônibus e seguir para a primeira parada (Parque dos Arenitos), os visitantes são levados a um pequeno teatro dentro da sede para conhecer um pouco da lenda indígena que envolve a região. Essa é a primeira história que todos têm contato sobre a explicação para a formação pitoresca das rochas.
“A brincadeira começa ali, no vídeo contando a lenda, fazendo com que os visitantes já comecem a imaginar tudo”, diz Baskoski. “Cada uma das imensas rochas apresentam uma forma diferente, lembrando objetos, animais e até desenhos animados.”
Sempre liderados por um guia, desde a descida do ônibus, os visitantes são estimulados a tentar adivinhar a forma mais comum das rochas. “Ao mesmo tempo que é curioso, é uma grande brincadeira também. Entre as imagens temos um camelo, um índio, uma garrafa de refrigerante e até o Sid, personagem do filme a Era do Gelo”, diverte-se Baskoski.
Confira abaixo algumas fotos das formações e tente imaginar o que parecem:
vila-velha-coca
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Este seria Dhuí, guerreiro chefe da tribo dos apiacas. Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov
Foto: Daniel Popov

Formação dos Arenitos

Antes desta paisagem de esculturas e formas, a região do parque de arenitos de Vila Velha era muito diferente. Há 306 milhões de anos atrás, quando os continentes ainda eram grudados, a região estava muito próxima ao Polo Sul, recoberta por enormes camadas de gelo.
“As geleiras, ao se movimentarem para as áreas mais baixas do terreno, agregavam em sua massa alguns sedimentos e fragmentos rochosos, somente descobertos após a divisão dos continentes e derretimento do gelo. As formas hoje vistas derivam da ação das águas (oriundas do derretimento), ação da energia solar, mudanças na temperatura e ação de erosão causada pelo crescimento de vegetação sobre as rochas”, explica Baskoski, com bastante entusiasmo pelo tema.
O tom rosado e alaranjado dos arenitos deve-se ao material rico em ferro que está impregnado nas rochas. Esse material é responsável, aliás, por cimentar os grão de areia na estrutura.
Parque Vila Velha
Juarez Baskoski, do IAP, responsável pela direção e gestão do parque. Foto: Daniel Popov

Furnas e Lagoa Dourada

Os dois outros destinos, também percorridos com um ônibus, são furnas e a Lagoa Dourada. A primeira parada foi na grande cratera com uma água bem azul no fundo: as furnas. Ela é bem parecida com os cenotes mexicanos ou os blue holes de Bahamas. O processo de erosão que leva a formação provavelmente é o mesmo. As águas cavam um buraco no subsolo, até que em um determinado momento sua cobertura desaba.
O parque possui seis furnas no total, quase todas interligadas pelo nível da água do subsolo. A exceção é a número três, que tem o fundo já seco. Outras duas estão no estágio terminal, ou seja, estão completamente cheias, formando lagoas. Dentre todas os turistas podem visitar uma furna ainda normal e outra já em estágio terminal (Lagoa Dourada).
A primeira parada é na furna normal e a imensa cratera gera um impacto. É surpreendente, mas a vista poderia ser melhor. Na verdade, no passado, os turistas podiam acessar a furna e chegar mais próximos da água, através de um elevador. Ele ainda está lá, abandonado e estragado por falta de manutenção e cuidados. O que resta, por enquanto, é uma vista bastante ruim das tais águas azuis no fundo do poço.
Vista parcial da única furna profunda aberta para visitação. Foto: Daniel Popov
Segundo Baskoski, há um plano de retirar o elevador danificado e criar uma ponte que avançaria mais ao centro do poço, permitindo uma visão melhor. “Com a concessão do parque, esse é um dos planos citados para revitalização. Existe inclusive a chance de que seja uma ponte de vidro, quem sabe. Mas a ideia é melhorar a visão para os turistas”, comenta.
Há poucos metros dali, uma pequena e fácil trilha de pedras bem nivelada leva os visitantes até a Lagoa Dourada. Há milhares de anos atrás ela também tinha a aparência da furna anterior, mas com o passar dos anos o fundo foi se enchendo de rochas e sedimentos, e a águas se nivelou com a parte superior, dando o aspecto de lago.
Lagoa Dourada
Com céu limpo, durante pôr do sol a lagoa fica dourada. Foto: Daniel Popov
Sua água é tão límpida, transparente e calma, que é possível observar peixes, mesmo em um dia nublado, como o dia da visita. Normalmente, conta Baskoski, no final da tarde o sol reflete na água, dando tons dourados em seus reflexos. Muito possivelmente a razão para o nome venda daí.
Lagoa Dourada
Água transparentes possibilitam ver peixes. Foto: Daniel Popov
Dependendo da época do ano, não é possível visitar a lagoa, pois as águas sobem bastante e a trilha fica submersa.

Tarifas e horários

O parque está aberto de quarta a segunda-feira, fechando apenas as terças para manutenção. De segunda, quarta e quinta-feira as visitas são realizadas via agendamento prévio e com o carro do turista. Ou seja, não adianta ir até lá sem marcar, pois não há estrutura e guias para realizar o passeio.
“Durante a semana não temos guias disponíveis e nem ônibus para levar os turistas para fazer o roteiro. Os interessados devem fazer o agendamento pelo site do parque. As tarifas são diferenciadas e os turistas precisam ter carro para fazer a visita”, afirma Baskoski.
Parque Vila Velha
Visitantes aguardando o ônibus para a próxima parte do roteiro. Foto: Daniel Popov
De sexta a domingo o parque fica aberto para receber todos os turistas, sem prévio aviso. Entretanto, a estrutura não comporta muita gente. Caso atinja 820 pessoas no dia, o parque se fechará.
“As tarifas são um pouco mais baratas neste dia. E há também preços e opções especiais para funcionários públicos, idosos e crianças com menos de 6 anos. Está tudo descrito no site”, diz.
O horário de funcionamento do parque é das 8h30 às 15h30. Sendo que os turistas que chegarem a partir das 15h, terão que escolher entre visitar o Parque dos Arenitos ou as furnas e a Lagoa Dourada, já que não é possível conhecer os dois com o tempo disponível.
“Normalmente os visitantes precisam de 1h30 a 2h para visitar tudo. Então é importante chegar com tempo suficiente para fazer o roteiro completo”, afirma Baskoski.
Parque Vila Velha
Foto: Daniel Popov

Sob nova direção

Durante a visita, Baskoski deixou claro em diversos momentos que o parque acabara de ser licitado para que uma empresa especializada pudesse gerir. O contrato de concessão de 30 anos foi assinado no dia 19 de fevereiro entre membros do governo do Paraná e da concessionária Eco Parques do Brasil S/A.
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) continua sendo responsável pela administração de políticas públicas do parque. O órgão também tem o papel de monitorar se a concessionária está obedecendo o Plano de Manejo da Unidade de Conservação.
Parque Vila Velha
Foto: Daniel Popov
“Nós precisamos dessa parceria, pois o governo não tem como investir no parque. Nossa estrutura é enxuta e antiga. Desde a revitalização não foi colocada nem uma tinta nas paredes. A ideia é colocar Vila Velha de volta ao mapa do turismo brasileiro, com todo o carinho, respeito e preservação que merece”, diz Baskoski.
Segundo ele, essa concessão é fundamental para a preservação do parque e exploração sustentável do turismo. “A empresa vencedora tem, inclusive, a obrigação de usar a mão de obra da comunidade do entorno, ajudando no desenvolvimento social da região. Eles são especialistas, já fazem a gestão das Cataratas do Iguaçu e de Fernando de Noronha”, afirma.
Parque Vila Velha
Foto: Daniel Popov

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Cosanpa faz nova convocação de candidatos aprovados em concurso


Lista com os nomes dos convocados foi publicada no Diário Oficial. Aprovados tem até o dia 20 de março para apresentar documentação.

06/03/2020 10h50 - Atualizada em 06/03/2020 13h02
Por Tayná Horiguchi (COSANPA)
Foto: Agência Pará / Sidiney Oliveira - ArquivoA Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) fez, nesta sexta-feira (6), nova convocação de aprovados no cadastro reserva do concurso público realizado em 2017. Esta já é a sétima convocação realizada pela atual gestão estadual. A lista com os nomes dos convocados foi publicada no Diário Oficial do Estado do Pará e também está disponível no site da Cosanpa.
Desta vez, foram chamados 11 candidatos aprovados nos seguintes cargos: assistente administrativo, agente administrativo, assistente comercial, técnico em segurança do trabalho, administrador, analista de sistema, economista, engenheiro sanitarista e advogado. As vagas são para região metropolitana de Belém, Castanhal e Santarém.
Os aprovados deverão apresentar-se na sede da empresa na capital paraense, em São Brás, e os aprovados para a região do Baixo Amazonas deverão apresentar-se na sede da Cosanpa em Santarém, entre os dias 6 e 20 de março de 2020, das 8h às 12h, munidos da documentação exigida e dos exames médicos solicitados no item 2.8 do Edital nº 01/2017. Vale lembrar que o não comparecimento do candidato até a data limite, tem como consequência a perda da vaga.
Concurso 01/2017 - No concurso, realizado em 2017, foram disponibilizadas 140 vagas imediatas e formação de cadastro reserva. Até o momento, foram chamados 282 aprovados – mais que o dobro do número de vagas para preenchimento imediato. Este concurso é válido até setembro de 2021.

Projeto 'Ela Pode' chega aos bairros do TerPaz para capacitar mulheres



Iniciativa começa neste sábado (7), na Cabanagem, desenvolvida pela Sectet em colaboração com a Fadesp

06/03/2020 11h02 - Atualizada em 06/03/2020 11h23
Por Fernanda Graim (SECTET)
Foto: Ascom/SectetO programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do governo do Estado, lança neste sábado (7), no bairro da Cabanagem, o projeto “Ela Pode”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) em colaboração com a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fadesp). O “Ela Pode” é uma iniciativa do Instituto Rede Mulher Empreendedora, maior Rede de Empreendedorismo Feminino do Brasil, com o apoio da Google, que visa capacitar duas mil mulheres nos sete bairros que compõem o TerPaz nas cidades de Belém, Ananindeua e Marituba, até o final do ano.
Dados do Dieese Pará mostram que cerca de 40% das famílias paraenses são chefiadas por mulheres. “Uma boa parte delas trabalha por conta própria ou têm uma atividade autônoma extra para conseguir fechar as contas. O ‘Ela Pode’ vem trazer capacitação a essas mulheres, prioritariamente nos bairros do TerPaz”, explica a secretária adjunta da Sectet, Edilza Fontes.
Uma das coordenadoras do “Ela Pode”, Jana Borghi, conta que as ações do projeto buscam capacitar mulheres que moram nas periferias das cidades de Belém e região metropolitana para torná-las mais confiantes e preparadas, ajudando a criarem suas próprias oportunidades de negócio ou impulsionarem as atividades que já desenvolvem, seguindo um caminho de construção de sua autonomia financeira. 
Foto: Ascom/SectetA coordenadora acrescenta que, durante as capacitações, as mulheres aprenderão a apresentar seus produtos e serviços, atribuir preços, negociar, imprimir suas marcas pessoais e ter liderança. “O mais importante, contudo, é que aprendam a confiar em si mesmas e sintam que podem empreender, gerir seus negócios e alcançar sucesso”, enfatiza Jana. As participantes do projeto também formarão redes de negócios, impulsionando entre si a venda de produtos e serviços.
Territórios – O primeiro bairro a conhecer o projeto será a Cabanagem. Neste sábado (7), a equipe estará na Escola Estadual José Valente, às 15h. Até o dia 15 de março, o projeto será apresentado nos demais bairros e, na segunda quinzena do mês, iniciam as capacitações. 
A ação deste sábado está dentro da programação que o Governo do Pará preparou, por meio do TerPaz, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, domingo. O objetivo é unir esforços das secretarias para proporcionar às mulheres uma série de serviços que incentivem a independência financeira, valorizem e promovam discussões importantes acerca dos desafios sociais e culturais enfrentados por elas. 
A atividade possui apoio também das Secretaria de Estado de Cultura (Secult), de Comunicação (Secom), de Saúde Pública (Sespa), Fundação ParáPaz e do Banco do Estado do Pará (Banpará).
agência pará 

Março será de fortes chuvas e baixas temperaturas em boa parte do Estado, aponta Semas



Volumes de água devem ficar muito acima da normalidade na RMB, Marajó e nordeste paraense

06/03/2020 11h57 - Atualizada em 06/03/2020 14h48
Por Rita Câmara (SEMAS)
Foto: Ag~encia Pará / Arquivo - Thiago AraújoA Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Semas) divulgou, nesta sexta-feira (6), boletim que aponta que o mês de março, considerado o período mais chuvoso do chamado "inverno amazônico", será marcado por fortes chuvas e baixas temperaturas em boa parte do Estado, variando a intensidade por região.
O prognóstico foi feito pela Semas em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), integrantes da Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH), coordenada pelo órgão ambiental estadual.
RMB, Marajó e nordeste paraense
Segundo a previsão, os moradores da região metropolitana de Belém, de alguns municípios do arquipélago do Marajó e do nordeste paraense devem preparar os guarda-chuvas. Nessas regiões, os volumes de água devem ficar muito acima da normalidade, ultrapassando os 500 milímetros.
Sudeste e Sudoeste
Ainda de acordo com o balanço, os volumes de chuvas devem ocorrer com maior intensidade na porção norte do sudeste e sudoeste do Pará, onde se concentram, por exemplo, os municípios de Aveiro, Goianésia do Pará, Pacajá e Paragominas. A previsão é que as chuvas volumosas se estendam até maio nessas áreas.
“O período chuvoso de 2020 vem sendo influenciado pelo aquecimento do Oceano Atlântico que, por consequência, favorece a instabilidade atmosférica proveniente da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável pelas fortes chuvas na porção norte do Estado”, destaca o meteorologista Frank Baima, gerente de Monitoramento do Tempo, Clima e Eventos Extremos Hidrometeorológicos da Semas.
Maré
Segundo o boletim, entre os dias 8 e 14 de março, os moradores das áreas baixas da capital paraense devem redobrar a atenção com combinação chuva forte e maré alta, que pode causar risco de alagamento. Nesse período, são esperadas marés de até 3,5 metros. Já entre os dias 11 e 12, o fenômeno deve atingir 3,7 metros.
Cheias dos rios
Em Marabá, no sudeste paraense, a tendência é que o nível do rio Tocantins atinja, na pior das hipóteses, a cota de alerta de 10 metros em abril. Já nas cidades de Santarém, Óbidos e Oriximiná, os prognósticos numéricos apontam para uma condição de cheia sem muita intensidade, alcançando ou ultrapassando por pouco as cotas de alertas, entre o fim de abril e o início de maio.
agência pará