quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Acompanhantes de internos em UTI terão direito a refeição



Escoltas de pacientes em regime carcerário também poderão fazer refeições no refeitório, com os servidores



Foto: Arquivo / SES
A partir de agora, os acompanhantes de pacientes das unidades de terapia intensiva (UTIs) passam a ter direito a refeição. A novidade foi divulgada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), com a Portaria nº 100, por meio da qual Secretaria de Saúde (SES) normatiza procedimentos administrativos para fornecimento, distribuição e controle de refeições e gêneros alimentícios no âmbito das unidades da rede de saúde pública.
Além disso, as escoltas de pacientes em regime carcerário terão permissão para fazer refeições no refeitório, assim como os servidores da SES, ou como acompanhantes, com a alimentação servida à beira do leito.
Tipos de dieta
Atualmente, todos os acompanhantes de pacientes internados em período integral – idosos, mulheres em trabalho de parto, pessoas portadoras de deficiência, crianças e adolescentes e pacientes terminais – têm direito a dieta padronizada, que compreende desjejum, almoço e jantar.
Os acompanhantes de pacientes internados que não se enquadrem nos itens acima poderão também receber a dieta padronizada, mediante autorização da enfermeira da clínica e relatório do Núcleo de Serviço Social.
Já os acompanhantes que sejam portares de diabetes mellitus, nutrizes ou gestantes têm direito à dieta fracionada para acompanhante, que compreende as seguintes refeições: desjejum, colação, almoço, merenda, jantar e ceia.
* Com informações da SES

Terracap coloca 91 imóveis à venda por meio de licitação



Prazo para caução termina em 5 de março; licitação será no dia seguinte. No Guará II, são 12 opções; em Águas Claras e Jardim Botânico, duas cada



Mais um edital de licitação de imóveis foi publicado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). É o segundo deste ano. Desta vez, estão disponíveis 91 lotes para venda, distribuídos em 13 Regiões Administrativas (RA’s) do DF. 
As novas oportunidades se adequam a diferentes perfis de investidores, sejam eles pessoa física ou jurídica. Para saber quais são os terrenos e como participar do processo licitatório, basta fazer o download do documento no site www.terracap.org.br
Os interessados devem ficar atentos aos prazos: caução até dia 5 de março e licitação no dia seguinte (6). As condições de pagamento são: 5% de caução, entrada (com abatimento da caução) e o restante em até 180 meses, a depender do imóvel escolhido.
Dauto Santos, empresário do ramo automotivo brasiliense, adquiriu o primeiro imóvel na Terracap ainda em 1984, no SOF Norte. “De lá pra cá, eu sempre acompanho e participo das licitações da Terracap”. 
Dauto explica que nunca gostou de nada que fosse ilegal. “Acho que a maneira mais segura de comprar um imóvel é pela Terracap”, completa. Em mais de três décadas, ele ampliou a capacidade produtiva da empresa e hoje conta com 14 lojas espalhadas pelo DF.
Aqueles que queiram seguir o caminho de Dauto, podem conferir neste edital os terrenos com destinação para uso comercial, prestação de serviços, institucional e industrial. As oportunidades são diversas e atendem do pequeno ao grande investidor.
Foto: Agência Brasília/Arquivo
Restam poucas unidades imobiliárias no Setor Noroeste. O bairro ocupa 243 hectares. Ainda jovem, é uma das regiões que mais cresce e se desenvolve no DF. É atrativa para investir e uma das RA’s mais promissoras quanto à qualidade de vida da população residente no local. A Terracap licita um terreno de 750 m², para habitação coletiva e uso comercial de bens e serviços. A entrada é de R$ 288,5 mil e o restante em até 120 vezes.
No Setor de Múltiplas Atividades Sul (SMAS), por exemplo, há a oferta de um terreno de 10 mil m², para a construção de um centro comercial. A projeção está a poucos metros das principais vias de ligação entre a região sul do DF – EPIA Sul, EPNB e EPGU. 
A acessibilidade ao metrô e à rodoviária interestadual, confere à atividade implementada no endereço a garantia de grande tráfego de pessoas, e, consequentemente, alta demanda por comércio e serviços.
Águas Claras, por sua vez, tem um mercado potencial em expansão. A região administrativa soma mais de 160 mil moradores, segundo levantamento da Codeplan. A população de classe média alta garante ao investidor a possibilidade de desenvolver um mix de projetos, desde comércio à residência coletiva. O 2º edital traz lotes na região, dois deles localizados na rua 25 Sul; um na Rua 3 Norte.
Para morarAqueles que desejam participar da licitação, enviando propostas para terrenos de uso residencial, podem optar por regiões como Guará II, Jardim Botânico ou Lago Sul.
Foto: Agência Brasília/Arquivo
No Guará II, são 12 opções. Os lotes têm áreas entre 162 m² e 210 m² e valores com entradas a partir de R$ 11,2 mil.  Tratam-se de terrenos residenciais em excelente localização na região Sul do Distrito Federal e com preços e planos de pagamentos acessíveis ao investidor.  
Já quem planeja morar no Jardim Botânico não pode perder essa oportunidade. Só há duas opções previstas neste edital. Ambas ficam na Avenida das Paineiras, sendo uma na quadra 5 e outra na quadra 7. Os lotes têm 840 e 800 m², respectivamente, e entradas a partir de R$ 20 mil. O restante pode ser pago em 180 meses.
No Lago Sul, há um único imóvel para moradia, com área de 540 m² e entrada de R$ 54 mil. O terreno tem grande valor agregado não só pela localização privilegiada, em área de alto padrão, mas por ser um dos últimos lotes disponíveis para venda na Região Administrativa.

Como participar da licitação?
Alguns cuidados são necessários para participar. Veja o passo a passo:
  1. Leia atentamente o edital disponível ao site da Terracap;
  2. Escolha o imóvel e faça uma visita no local;
  3. Preencha a proposta de compra, disponível no site da Terracap;
  4. Recolha a caução de 5% correspondente ao valor do lote, que funciona como garantia para habilitação na licitação;
  5. Entregue a proposta. Há duas opções de fazer isto: dirigir-se à Terracap e depositar o documento devidamente preenchido na urna da Comissão de Licitação, no dia 6 de março, entre 9 e 10h, ou optar pela proposta online, anexando o comprovante de pagamento de caução. Neste caso, a proposta também deve ser enviada eletronicamente no mesmo dia e horário.
  6. É dever do licitante atentar para todas as cláusulas do edital, em especial a que se refere à possível incidência do pagamento de taxa de Outorga Onerosa de Alteração de Uso (Onalt) ou do Direito de Construir (Odir).

    Atenção
    O valor deve ser recolhido em uma agência do BRB, mediante depósito identificado, transferência eletrônica (TED) ou pagamento de boleto expedido no site da Terracap, necessariamente em nome do próprio licitante ou pelo seu legítimo procurador até o dia 5 de março. A não apresentação da procuração implica em desclassificação automática do licitante. A licitação ocorrerá no dia subsequente, 6/3;

Serviço
Mais informações pelo telefone: (61) 3350-2222 ou por meio do e-mail terracap@terracap.df.gov.br. 
Para atendimento presencial, o edifício-sede da Terracap está localizado no Bloco “F”, Setor de Áreas Municipais (SAM) – atrás do anexo do Palácio do Buriti.

* Com informações da Terracap

Ricardo Mendes: ‘Lavar as mãos é essencial para evitar não só o coronavírus’



Secretário-adjunto de Saúde lembra que o DF não tem qualquer caso confirmado da doença, mas alerta para o hábito necessário no combate à proliferação do vírus

Ricardo Tavares Mendes: “É importante ficar claro que a vacina da gripe não previne o coronavírus” | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no estado de São Paulo, a população brasiliense já começou a ficar preocupada com a possibilidade de a epidemia ter chegado ao Distrito Federal. Até o momento, 22 casos suspeitos foram descartados e outros cinco seguem sob a vigilância atenciosa da Secretaria de Saúde, que ainda providencia exames para detectar a presença do vírus.
“Por enquanto não registramos nenhum caso confirmado. Mas é importante que a população siga atenta à prevenção”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares Mendes, em entrevista à Agência Brasília (leia a íntegra abaixo). Segundo ele, a melhor forma de prevenção é lavar as mãos. “Não só para o coronavírus, mas para todas as doenças virais, lavar as mãos é essencial”, acrescenta Ricardo.
“Nosso plano de contingenciamento do coronavírus foi muito elogiado pelo Ministério da Saúde, porque fizemos um plano casado da assistência à saúde com o perfil epidemiológico”Ricardo Mendes, secretário-adjunto de Saúde
O médico destaca que o DF já tem um plano de contingenciamento da doença e vai trabalhar com pelo menos três grandes centros de referência em doenças virais: Hospital de Base, Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital Materno Infantil da Asa Sul (Hmib). Ele esclarece ainda que nem todos os pacientes detectados com o vírus precisam de internação hospitalar, e tranquiliza: “Já sabemos que quase todos os casos que evoluíram para mortalidade são pacientes que tinham alguma outra doença de base crônica”.
CONFIRA A ENTREVISTA:
O que é o coronavírus?
O coronavírus é uma cepa de vírus existente no mundo inteiro. Em 2004, tivemos uma síndrome de angústia respiratória causada por um tipo de coronavírus. Em 2014, tivemos outra infecção deste mesmo vírus, que se espalhou pelo mundo inteiro. E, agora, identificamos uma nova cepa de coronavírus, que é o Covid-19. Os vírus têm essa capacidade de fazer mutação e, por isso, a gente pode se infectar mais de uma vez. Às vezes você está gripado e se imuniza para um tipo de vírus da Influenza. Mas aquele vírus pode sofrer mutação e, então, você se torna suscetível a pegar uma nova gripe. Quando a gente toma vacina de gripe, por exemplo, há um grupo de vírus para o qual você fique imune. Mas não para todos, porque não estão todos naquela vacina.
É uma doença respiratória?
É uma doença gripal, que tem uma predominância em afetar o sistema respiratório. O paciente contaminado pode apresentar desconforto respiratório, tosse, batimento de asa de nariz associado a febre.
Como diferenciar o coronavírus de uma gripe comum?
Só com perfil epidemiológico. Aliás, temos uma Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica muito atuante no Distrito Federal. Tanto que o nosso plano de contingenciamento do coronavírus foi muito elogiado pelo Ministério da Saúde, porque fizemos um plano casado da assistência à saúde com o perfil epidemiológico. Para você ter ideia, os técnicos da vigilância epidemiológica entraram em contato com todos os casos suspeitos registrados no DF, verificaram a situação e o quadro de cada um. Por isso conseguimos excluir os 22 casos notificados, porque não se quadravam no perfil epidemiológico. O que temos agora são cinco casos suspeitos, mas ainda sem confirmação. Por enquanto não registramos nenhum caso aqui. Mas é importante que a população siga atenta à prevenção
Quem é suspeito de estar com o coronavírus?
Paciente com quadro gripal, que passou os últimos dias por algum dos países cujos casos identificados estão confirmados, como China, Itália e Estados Unidos, entre outros. Mas, do ponto de vista de Brasil, o primeiro caso registrado é de São Paulo, de um paciente que veio da Itália. Então, tem que ter histórico do paciente, ele precisa ter tido contato com alguém que tem um vírus, ou passado em alguma região onde o coronavírus está circulando. E, claro, a pessoa precisa apresentar o desconforto respiratório, tosse e batimento de asa de nariz associados a febre.
Há um grupo de risco para o coronavírus?
O coronavírus, na verdade, é um vírus que pode atingir qualquer pessoa, qualquer indivíduo, desde o recém-nascido ao idoso. Agora, é claro, que os mais suscetíveis e aqueles que têm um maior risco de evoluir para uma infecção mais grave são os pacientes do grupo de risco. Ou seja: idosos, diabéticos, crianças de baixo peso e desnutridas e pessoas imunodeprimidas. Já sabemos que quase todos os casos que evoluíram para mortalidade são pacientes que tinham alguma outra doença de base crônica.
Existe vacina para o coronavírus?
Não. Inclusive, o Ministério da Saúde estuda a possibilidade de antecipar a vacina da gripe neste ano. Mas é importante ficar claro que a vacina da gripe não previne o coronavírus, mas ajuda no diagnóstico diferenciado. Porque se eu atendo um paciente e eu sei que ele foi vacinado contra gripe, ele tem pelo 95% de chance de não ter uma Influenza, por exemplo. Já para o paciente que não tomou a vacina, um dos diagnósticos diferenciais é uma gripe comum, resultante dos vírus que já temos circulantes e atuantes por aí.
Quando a pessoa deve realmente buscar o hospital?
Se se sentir mal, com febre, tosse e dificuldade para respirar deve procurar uma unidade básica de saúde. Mas o importante é a prevenção. O brasileiro tem fama quando viaja para o exterior de tomar muito banho. Somos até motivo de chacota na Europa, porque adoramos tomar um banho. Vivemos num país tropical e esse hábito é comum, mas, infelizmente, a gente esquece muito de lavar as mãos. Não só para o coronavírus, mas para todas as doenças virais, lavar as mãos é essencial. Várias vezes por dia. Se for ao banheiro, se for alimentar, se for levar as mãos aos olhos, aos lábios, à boca, depois de apertar a mão de alguém. São hábitos que precisamos reforçar no nosso dia a dia. Evitar tocar corrimões em locais públicos de muita circulação e, se não for possível, lavar com água e sabão. Passar o álcool gel 70% é importante também.
Como o vírus é transmitido?
O vírus é transmitido na gotícula da saliva e dura em média 24 horas. Não sabemos ainda como ele se comporta no Brasil, porque aqui é um país tropical com clima diferenciado, e a avaliação que se tem de outros países pode não valer para a gente. É um vírus extremamente novo o Convid-19.
Como é o tratamento de quem está com coronavírus?
Não existe medicamento nenhum específico para combater o vírus. O tratamento é sintomático. Ou seja, tratam-se os sintomas apenas. É repouso, isolamento e medicamentos se febre e tosse. Depois de curado, o que deve acontecer entre 5 a 7 dias, a pessoa precisa ficar isolada por 14 dias para evitar que o vírus se espalhe. É importante dizer que nem todo paciente com coronavírus tem indicação de internação hospitalar. Isso foi feito na China, e apenas gerou uma sobrecarga no sistema de saúde.
Por que a quarentena é de 14 dias?
Quarentena é o termo que utilizamos para qualquer isolamento necessário. É o período que a pessoa pode transmitir o vírus e varia de doença para doença. No caso do coronavírus são 14 dias. É o prazo que a pessoa pode estar em expelindo gotículas infectadas com vírus.
Qual o comportamento ideal para não se espalhar um vírus?
O ideal é que a pessoa pegue um papel para tossir cima dele. Se não tiver coloque o cotovelo sobre o nariz para tossir.  Evite colocar a mão na frente da tosse para que você não transfira o vírus para outros objetos e assim, possa contaminar outras pessoas.
O senhor indica o uso das máscaras?
Não há indicação nenhuma no Brasil do uso de máscaras. A máscara é apenas para o paciente que chegou infectado; para as pessoas, que tiverem próximas daquelas em tratamento; e, ainda, para os profissionais de saúde no atendimento ao público. Mas não há motivo de pânico, nem de sair correndo para comprar máscaras. O que se deve é evitar locais aglomerados, e reforço: lavar as mãos com água e sabão.
Rússia e Tailândia não registram casos de contaminação há duas semanas, lembra o subsecretário | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
Há uma série de “dicas” na internet para evitar ou até mesmo curar quem se infectou com o coronavírus. Há instruções para uso de chá de folha de abacate, vitamina C, Vitamina D…
Claro que a cultura popular tem seu valor. O brasileiro tem no perfil genético um pouco de médico. Eu digo sempre que ajuda, não vai matar o vírus. Mas é claro que um chazinho de limão com mel pode ajudar a pessoa a fortalecer a imunidade. A vitamina C, por exemplo, ajuda nesse processo da imunidade. Mas não é tomando a vitamina C que você vai matar o vírus. Apenas vai ajudar na imunidade.
Quem está com viagem marcada para o exterior, deve ou não viajar?
Primeira coisa é avaliar qual o país está indo. Se for um país onde há um número elevado de casos, eu aconselho a avaliar se realmente vale a pena. É uma viagem de trabalho? Não tem como evitar? Vá e tome todas as precauções. Lave bem as mãos, leve álcool em gel 70%, evite tocar em estruturas de ambientes públicos. Agora, se for uma viagem de férias, evitável, eu sugiro que desmarque e fique por aqui. Sei que é ruim desmarcar uma viagem, mas estamos com uma infecção que está se expandindo em todo mundo.
Quando estaremos livres dessa epidemia?
A tendência é que o vírus diminua com tempo. Todos os estudos mostram que em dois, três meses a gente saia desse quadro de epidemia que está ocorrendo. Como aconteceu nos dois outros anos, que esse vírus foi identificado. Alguns países que tiveram uma infecção grande por coronavírus, já não estão mostrando casos novos detectados há mais de duas semanas. A Rússia é um deles, Tailândia é outro. Ou seja, já estabilizou por lá. Significa que o vírus já está mais ou menos controlado naquela região.
Brasília está preparada para o coronavírus?
Sim. A gente lançou o nosso plano de contingenciamento. Já definimos os hospitais de referência. Os pacientes sem comorbidades, não imunodeprimidos e adultos serão atendidos no Hran. Crianças de 13 anos, 11 meses e 29 dias e grávidas, no Hmib. E os pacientes que estão tomando quimioterapia, em tratamento de câncer e AIDS, a unidade de referência será o Hospital de Base. Mas lembramos que nem todos os casos de coronavírus são indicação de internação hospitalar. Se está bem, estável e não apresenta nenhum sinal grave, a orientação é ficar em casa de repouso em isolamento, fazendo acompanhamento pela equipe de atenção primária da rede pública de saúde. O exame que detecta o vírus é feito pelo nosso Lacen, que realiza um painel viral. Na verdade, um exame minucioso que verifica a presença de 11 vírus, entre eles o coronavírus.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Barragem de Santa Maria transbordou nesta quinta-feira (27)



Em 2019, o evento ocorreu no mês de maio. O Sistema Santa Maria (Santa Maria/Torto) é responsável por 27% do abastecimento do DF



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A Barragem de Santa Maria verteu nesta quinta-feira (27).  O volume útil de água da barragem é de 45,5 milhões de m3. O Sistema Santa Maria (Santa Maria/Torto) é responsável por 27% do abastecimento do DF e possui uma vazão de 1.470 l/s de água.  Devido ao grande volume de chuvas deste ano, o extravasamento ocorreu mais cedo do que em 2019, quando o evento foi observado em 17 de maio.
“É uma excelente notícia para a população do Distrito Federal e especialmente para a Caesb, porque Santa Maria tem sido utilizado como uma reserva técnica para o período de estiagem. Por isso, a importância de ter atingido 100% de sua capacidade”, afirmou o diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges.
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A água excedente do reservatório Santa Maria segue para o córrego Três Barras. De lá, se junta com o Ribeirão Tortinho, formando o Ribeirão do Torto, onde há captação da Caesb. No auge do período de estiagem, em novembro de 2017, o Santa Maria chegou à cota de 1.064,17 m, ou seja, 21,6% do seu volume útil.
A Barragem de Santa Maria está localizada dentro do Parque Nacional de Brasília e faz parte das bacias do Paraná, Paranaíba e Corumbá. Essa barragem possui um espelho d’água de 7,65 Km2 e uma área de drenagem de 101 Km2. Por ser uma água de excelente qualidade, a Caesb realiza o tratamento dessa água com poucos elementos químicos.
*Com informações da Caesb

Leny Valadão e o amor pela arquitetura e história brasilienses



Aos 32 anos, todos vividos no “Quadradinho”, a mestranda em História se dedica ao estudo do movimento sindical local enquanto valoriza os cartões-postais da região



55dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. 

Quando criança, Leny Valadão morava em Ceilândia e brincava de terra nas ruas ainda não asfaltadas do Setor O. Depois, alçou voos mais altos. Foto: Arquivo Pessoal
“Sou filha de pessoas que, assim como muitos, sonharam em ter uma vida melhor na capital que surgia no meio do Cerrado. Pai mineiro e mãe nordestina, brasiliense nascida em 1988 e criada entre monumentos e cidades satélites.
Quando criança eu morava em Ceilândia, brincava de terra nas ruas ainda não asfaltadas do Setor O. Minha relação com a Brasília dos cartões-postais começou cedo, indo com o meu pai ao trabalho, no Senado Federal.
E, de lá, dos interiores do Palácio do Congresso, é que tenho as lembranças mais antigas dessa linda cidade. Eu brincava acariciando carpetes verdes e azuis, em poltronas de Oscar Niemeyer, criando histórias imaginárias com bustos de presidentes e obras de arte, e tentando encontrar desenhos no meio dos azulejos Ventania, de Athos Bulcão.
Daí nasceu minha paixão pela arquitetura, pelas cores, pelo desenho e pela arte da cidade. Quando voltei a frequentar o Congresso como estagiária da Câmara dos Deputados, sendo monitora das visitas guiadas dos turistas, era maravilhoso.
Falava sobre aquelas obras de arte, entrava nos plenários, andava pelo Salão Verde e, mais que dar informações para os turistas, era um rememorar de minha própria infância.
Brasília chegando a 60 anos e eu chegando aos 32, todos vividos por aqui, e cada vez mais me envolvendo com a história das pessoas e da cidade. Atualmente, faço mestrado em História na UnB, me dedicando a uma história sobre o movimento sindical brasiliense, uma história regional, de luta e de como daqui surgiram nomes e lideranças importantes para a política brasileira.
São muitos os desafios que esperam essas duas jovens senhoras: eu e Brasília!
São muitos os desafios que esperam essas duas jovens senhoras: eu e Brasília! Pra mim, que meus estudos sejam frutíferos e que eu possa contar muitas histórias sobre as pessoas dessa cidade, e pra Brasília, que ela siga desenvolvendo sua própria identidade, cada vez mais. Parabéns, Brasília, e obrigada por tudo!”
Leny Vieira Valadão, historiadora, 32 anos, mora em Águas Claras
  • Depoimento concedido ao jornalista Freddy Charlson