segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Quatro escolas de Brazlândia vão ganhar estacionamentos asfaltados



Regional de Ensino aproveita ausência de alunos no Carnaval para dar início à construção. Governo investe cerca de R$ 300 mil na iniciativa



Nesta segunda-feira (24), as obras de escavação tiveram início no Centro Educacional nº 2, Centro Educacional Infantil nº 1, Centro de Ensino Médio nº 2 e na Escola Classe nº 1. Foto: Divulgação
Para evitar as poças d’água e a lama, pelo menos quatro escolas de Brazlândia vão ganhar, em 30 dias, estacionamentos públicos asfaltados. Nesta segunda-feira (24), as obras de escavação tiveram início no Centro Educacional nº 2, Centro Educacional Infantil nº 1, Centro de Ensino Médio nº 2 e na Escola Classe nº 1. Cerca de R$ 300 mil estão sendo investidos na iniciativa. Os recursos são fruto de emenda parlamentar apresentada pelo deputado distrital Iolando Almeida (PSC).
“Escolhemos iniciar os trabalhos no Carnaval para não comprometermos a segurança dos alunos. Neste primeiro momento, precisamos circular com muitas máquinas pesadas”, explica o coordenador da Regional de Ensino de Brazlândia, José Humberto Lopes. Segundo ele, as escolas estavam sofrendo muito com o acúmulo de água em buracos, criados pela ação da chuva e de carros em trânsito.

“Agora, na chuva, era muita água parada, acumulando até mesmo mosquitos transmissores da dengue”, detalha. Os quatro estacionamentos eram feitos em caixas de brita e, ao longo dos anos, foram se deteriorando. “Provocavam muitos inconvenientes não só na época chuvosa, mas, também, na seca, quando levanta poeira demais”, conclui.
Além da construção dos estacionamentos asfaltados, a coordenação de ensino também comemora a compra de poltronas para dois auditórios escolares. Um localizado no Centro de Educacional Incra 8 e, o segundo, no Centro de Ensino Médio nº 1. “Em dez dias, todas serão instaladas”, prevê Lopes.   
   DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Carnaval? GDF Presente põe em ação 150 servidores nas ruas



Programa de drenagem, pavimentação, terraplanagem e de tapa-buracos continuou nesta segunda, mesmo com festejos, chuva ou ponto facultativo. Várias RAs são atendidas



Pelo menos 150 servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) formam equipes do GDF Presente nas ruas do Distrito Federal nesta segunda-feira (24) de Carnaval. Eles fazem serviços de drenagem, recuperação de pavimentação, terraplanagem e tapa-buracos em vários pontos da capital. Nem a chuva ou o ponto facultativo determinado pelo calendário oficial impedem a manutenção dos serviços prestados pelo programa. 
Este é o último dia do trabalho intensivo do GDF Presente no Park Way, com a última etapa da operação de tapa-buracos, na quadra 4. Durante uma semana, as equipes focaram nas melhorias urgentes da região, incluindo a área do Núcleo Rural Vargem Bonita. 
Foto: Lúcio Bernardo Jr;/Agência Brasília
“Nesse período, foram executados serviços de limpeza, retirada de entulhos e inservíveis, revitalização de sinalização, limpeza de pontos de ônibus e cobertura de buracos no asfalto”, conta o coordenador do Polo Central II, Rodrigo Soares. 
Ali, são mais de 40 pessoas empenhadas e dez maquinários descentralizados para atender a demanda. Em três dias, foram utilizadas 13 mil toneladas de massa asfáltica para reparar as imperfeições no asfalto. Na quinta-feira (27), o polo concentra os esforços no Núcleo Bandeirante. 
Eles são responsáveis pelos reparos de quatro regiões administrativas, com serviços permanentes realizados semana a semana em cada local. O grupo ainda atende Candangolândia, Arniqueira, Águas Claras e Vicente Pires. 
Pelas cidadesSegundo a Novacap, são 141 servidores trabalhando pela capital desde a manhã da segunda, sendo que 51 estão em ação para serviços de drenagem. Na quadra 1 de Sobradinho, equipes trabalham em uma erosão e em reconstrução de rede. Na QI 7 do Lago Norte, fazem recuperação e desobstrução de boca de lobo. 
Em Sobradinho dos Melos, no Itapoã, é construído um ramal e bocas de lobo. Na mesma cidade, no Del Lago, os servidores atuam na construção de redes de captações. Também é feita desobstrução na entrequadra 709/909 da Asa Sul e em todas as quadras do  Setor de Autarquias Sul (SAS). 
Outras seis equipes recuperam asfaltos e cobrem buracos em cinco regiões administrativas: Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte, Sudoeste e Sol Nascente. Somado ao grupo que atua no Park Way, são 50 servidores deslocados apenas nessa função. 
Além disso, servidores se concentram na pavimentação da via de ligação entre o Fórum do Itapoã e DF-440, na alça de acesso ao Eixo Leste pela Galeria dos Estados. Da Vila Cauhy ao Núcleo Bandeirante, é feito recapeamento da via. No Parque de Exposições Granja do Torto, o trabalho se concentra na manutenção de pavimento. 
No Aterro Sanitário de Brasília, em Samambaia, técnicos trabalham em regime de urgência, em tempo integral. Ali, estão sendo escavadas quatro novas bacias para contenção de chorume. Ainda, o estacionamento do Hospital São Vicente de Paulo, em Taguatinga, começou a passar pela revitalização completa.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA 

Estacionamento do São Vicente de Paulo é revitalizado


Reivindicação antiga da direção do hospital, a obra da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) conserta asfalto da área reservada para 80 veículos 



O estacionamento do Hospital São Vicente de Paulo, em Taguatinga, passa por revitalização completa. Equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) iniciaram o trabalho de reparo asfáltico em plena segunda-feira (24) de Carnaval. Serão necessários ao menos três dias para conclusão da ação, que era demanda antiga da direção da unidade de saúde. A área é reservada para cerca de 80 veículos de pacientes e servidores. 
Referência em psiquiatria, o hospital tem 83 leitos de urgência e internação, atendendo  1,2 mil pacientes por mês de demanda espontânea. A unidade passa pela primeira manutenção de grande porte dos últimos 20 anos. E o asfalto, desgastado com o tempo, necessitava de intervenção. A ação faz parte do programa GDF Presente. 
Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Antunes Lemos revela que a deterioração do pavimento foi constatada por equipes da empresa na última semana, quando faziam serviços de tapa buraco na região. “Temos trabalhado para melhorar os acessos e dar mais qualidade para a população do DF”, afirma. Na operação, estão envolvidos uma média de 10 profissionais diretamente, fora equipes de transporte e usina. 
O assessor da diretoria Abrão Moreira acompanha a ação de perto. Segundo ele, são usados 20 caminhões de massa asfáltica, cada um com volume de 18 toneladas, para cobrir todo o estacionamento. “A base do asfalto aqui é de qualidade, mas há rachaduras que podem permitir infiltração e até comprometimento estrutural. Vamos fazer uma espessura de três centímetros de massa e a previsão é que o recapeamento dure cerca de 20 anos, uma vez que o tráfego é leve”, explica. 
Cuidados com a regiãoOs pedidos por reparos no asfalto vem desde gestões passadas, conta o diretor-administrativo do hospital, Elias Rocha Júnior. O pavimento, antigo, é repleto de rachaduras. Ao mesmo tempo, é necessária atenção às árvores – o que também foi solicitado e será executado pela estatal. 
Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
“Um engenheiro agrônomo já fez a vistoria técnica das árvores para que sejam podadas ou retiradas. Isso é feito como precaução para a obstrução de bocas de lobo e para garantir a segurança dos pacientes – que podem tentar subir nos galhos”, diz. 
“O asfalto foi feito há muitos anos, precisava de revitalização e melhoria”, entende a médica psiquiatra Lair da Silva Gonçalves, 37 anos. Servidora pública do hospital há 10 anos, ela conta que o asfalto sempre teve problemas. 
O administrador regional de Taguatinga, Geraldo César, celebra a possibilidade de executar a melhoria junto com as obras que dão mais qualidade de atendimento e trabalho no hospital. “Havia essa necessidade, que é importante para o usuário e para a população. Felizmente, faz parte de uma série de intervenções que serão feitas na região”, conta Geraldo César.

Iza surge deslumbrante no Rio; veja os destaques do Carnaval



A cantora Iza desfilou pela Imperatriz Leopoldinense no Rio

Sabrina Sato -
São Paulo
Notícias ao Minuto Brasil
24/02/20 08:40 ‧ HÁ 1 HORA POR FOLHAPRESS
FAMA MUSAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A noite de sábado (22) do Carnaval 2020 foi marcada por muita beleza tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. Na capital fluminense, o destaque foi a cantora Iza, que estreou no posto de rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense na disputa da série A (antigo grupo de acesso).
 
A dona dos hits "Pesadão" e "Brisa" surgiu num maiô cavadíssimo, que chamou a atenção do público. "Não é desse mundo, foi esculpida", disse uma seguidora. "A gente tenta arrasar no carnaval, aí vem ela com a beleza absurda e esmurra a gente! Ainda bem que eu amo, se não ia ficar bem brava", brincou outra.
Quem também não ficou atrás foi a apresentadora Sabrina Sato, 39, que desfilou à frente da bateria da Gaviões da Fiel, em São Paulo. A roupa dourada representava a personagem Julieta, mas numa versão bem desinibida.
Com muita pele exposta, Sabrina chegou a confessar que não tem problema de mostrar o corpo nessas ocasiões. "Sempre fui desinibida", contou à reportagem.
Também no Rio, a atriz Camila Queiroz, 26, foi coroada rainha do Baile do Copa 2020, seguindo os passos de musas como Deborah Secco e Isis Valverde. O baile todo parou para ver ela chegar com um corpete metalizado e um costeiro que, quando aberto, fazia parecer que ela tinha asas douradas.
Ainda no baile, as atrizes Vitória Strada, 23, e Marcella Rica, 28, curtiram a festa juntinhas, após assumirem namoro em dezembro passado. Em comum no visual, as duas estavam com decotes bem profundos. Mas enquanto Vitória apostou num vermelho com uma poderosa fenda na perna, Marcella estava de macaquinho azul, com bastante brilho.
FAMA AO MINUTO 

Baratinha faz a alegria dos foliões-mirins do DF



O tradicional bloco infantil da capital desfilou com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e, pelo 33º ano, virou palco para heróis, heroínas, fadas e princesas 

Marca registrada do Baratinha, o ambiente familiar atrai, milhares de foliões à folia infantil do DF | Fotos: Acácio Pinheiro /; Agência Brasília
É um desafio alguém ir ao Baratinha e sair ileso dos disparos de espuma e confete. Pelo 33º ano consecutivo, o tradicional bloco infantil do Distrito Federal fez a alegria da criançada – e dos pais. Com verba do GDF, a expectativa é que o evento reúna cem mil pessoas nos dois dias de desfile. Neste domingo (23), o destaque ficou por conta das fantasias: centenas de heroínas, heróis, anti-heróis, fadas e personagens tomaram conta do estacionamento do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade.
A monitora Fabiana Santos Mendonça, 40 anos, garante que deixa de viajar em época de Carnaval só para ir ao Baratinha. Moradora do Gama, todos os anos ela reúne uma turma para aproveitar a folia. Desta vez, foram dez pessoas, de 3 a 66 anos. “Nós adoramos, brincamos e só vamos embora quando acaba”, conta.
O grupo usa e abusa da criatividade. Mulher Maravilha, onça, Branca de Neve, cupido e flor compuseram a produção deste ano. “A gente se diverte mais por não poder entrar com bebida alcoólica”, diz Fabiana. “Não tem perturbação ou correria atrás das crianças”. Sua filha mais velha foi criada na folia. “É muito divertido juntar a família e vir comemorar. Recomendo para todo mundo”, avisa Ana Clara (ou melhor, Arlequina), de 12 anos.
Diversão em família
“Aqui é o melhor lugar para se divertir com as crianças”, confirma a técnica de enfermagem Erika Vieira, 40 anos. “As pessoas são mais conscientes porque é uma diversão infantil, direcionada”. A moradora do Guará entrou na onda das duas filhas, Ana Júlia e Amanda, de 5 e 4 anos. Com roupas iguais, as três viveram um dia de mulheres maravilha.
Erika Vieira, com as pequenas Ana Júia e Amanda: “As pessoas são mais conscientes porque é uma diversão infantil, direcionada”
A Associação Carnavalesca Baratinha foi habilitada para firmar termo de ajuste de apoio financeiro e desfilou com R$ 200 mil de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Com temática de levar os foliões-mirins a uma vida longe das drogas, até mesmo o álcool é convidado a ficar de fora da estrutura montada no Parque da Cidade.
Um dos organizadores, Daniel Lima, lembra que o evento começou com quatro tendas e se torna cada vez maior para atender à demanda do público. “É uma festa para toda a família”, ressalta. “As crianças e os pais vêm para se divertir com tranquilidade e responsabilidade”. Na terça-feira (25), o Baratinha volta a tomar conta do parque.
O bloco teve atraso de cerca de uma hora para iniciar. É que uma licença demorou a ser apresentada. Segundo o organizador, foi necessário alterar o número de brigadistas, a pedido do GDF. Com a mudança na documentação, o material precisou passar novamente pelo crivo das autoridades. Nada que atrapalhasse a empolgação, expectativa e segurança dos presentes.
Identificação 
O Governo do Distrito Federal tem distribuído pulseiras de identificação infantil em postos montados nos blocos e em diferentes pontos de acesso, como a Rodoviária do Plano Piloto. A ação é fruto de parceria com o Conselho Tutelar, Secretaria de Justiça (Sejus) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP). No Baratinha, mais de 700 foram distribuídas.
O braço fino da pequena Isis Valentina ganhou uma pulseira no bloco. Com 11 meses de vida, ela pode aproveitar o primeiro Carnaval com segurança redobrada, apesar de não sair do colo da avó. A técnica de enfermagem Hézia de Castro, 46 anos, conta que costumava frequentar a festa com a filha e, agora, apresenta a folia à neta. “É uma maravilha ter esse tipo de ação que se preocupa com os pequenos”, destaca.
Para ajudar na localização de crianças perdidas ou que estejam sob alguma situação de vulnerabilidade, o SOS Criança DF poderá ser acionado durante todo o Carnaval. O serviço funciona em caráter permanente por meio do WhatsApp (99212-7776).
As informações são enviadas pelo aplicativo ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que faz o encaminhamento mais adequado para que a criança seja localizada e entregue aos responsáveis.
DA : AGÊNCIA BRASILIA

Chuva não impede a diversão da criançada



Parque da Cidade, Vila Planalto e Gama foram palco de muita alegria no domingo (23)



Fotos: Ludimila Barbosa / Secec
As crianças tomaram a iniciativa de dançar no final da chuva que caiu na manhã de domingo (23) no Estacionamento 4 do Parque da Cidade, durante a folia do bloco infantil CarnaPati. Ao som do clássico Peixe Vivo, música de origem desconhecida, segundo o folclorista brasileiro Câmara Cascudo, e frequentemente associada a Juscelino Kubitschek –, elas improvisaram com sombrinhas de frevo que pendiam como decoração do teto das oito barracas de dez metros quadrados cada.
Pais e mães foram atrás, e o espaço virou um baile com a criançada fantasiada de super-heróis e heroínas de sempre, ao lado de tradicionais borboletas e joaninhas. Sobrava confete, serpentina, sprays de espuma, bolas de sabão e algumas poças de água. Bem no espírito do que afirma a idealizadora do Teatro Mapati, Maria Tereza Padilha, que teve apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), para a iniciativa: “As crianças são nossa inspiração, maravilhosas, não existe melhor”.
Na estrutura local, foi montado um gazebo para amamentação e estacionado um caminhão para contação de histórias. Não faltaram as tradicionais cantigas de roda e brincadeiras. Uma turma de 60 crianças de um orfanato foi levada em dois ônibus alugados e recebeu kits de lanches.
Ambiente seguro
A Polícia Militar encarregou-se de posto de identificação prévia dos menores, distribuindo pulseiras com o nome e o celular dos responsáveis. “O máximo que temos de ocorrência é uma criança que se desgarra dos pais”, explicou o sargento Wagner Pires. “Vamos ao palco, falamos o nome e está resolvido”. O local, cercado, só podia ser acessado depois de as pessoas passarem revista por seguranças particulares.
O analista de sistemas Sérgio Henriques e sua esposa, a contadora Laís Maia, moradores do Sudoeste, levaram as sobrinhas Alice e Milena, ambas de cinco anos, para a folia. “Ano que vem vamos trazer o nosso”, disse ele, em referência à gravidez da companheira. “A estrutura é boa, o local, seguro; só falta a chuva ajudar. A gente acaba se divertindo mais vindo com as crianças que saindo só nós dois”.
Mais adiante, o bombeiro da PM Rafael Martins – que estava de folga – e a esposa Mariana pajeavam Isabela, de três anos, se acabando sob confete e serpentina, e Felipe, de quatro, portador de paralisia cerebral, que acompanhava o movimento de sua cadeira de rodas. “Às vezes ele fica meio agitado com o barulho, aí o levamos mais para longe”, explicou o pai. O nível de ruído foi uma preocupação dos organizadores do bloco na construção do evento. “Nada de som muito alto. Precisamos respeitar os ouvidos dos pequenos, seus limites”, explicou Maria Tereza.
Vila Planalto
Quem passasse pela Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, mais conhecida como “igrejinha de madeira”, na Vila Planalto, por volta das 14h de domingo (uma hora depois do começo marcado para a apresentação dos blocos Tropicaos e Charretinha do Forró), não poderia imaginar o volume do cortejo que chegou minutos depois à praça onde fica o monumento, tombado pelo DF em 1988.
“A ideia do cortejo foi convidar os moradores daqui a se juntar a nós”, disse o produtor e percussionista da banda Charretinha do Forró, Thiago Fanis. Segundo ele, o pessoal da comunidade que ajudou a construir Brasília, onde foram erguidos dezenas de acampamentos – alguns deixaram estruturas que subsistem –, tem tradição no Carnaval com o bloco Vilões da Vila Planalto.
“Adoro no Carnaval de Brasília as várias atmosferas que coexistem”, resume a professora Marina Soares, ladeada pelo filho Joaquim, de nove anos. Ela acompanha o trabalho da Charretinha, cujos dez integrantes puseram o público para dançar ao som de músicas como Morena Tropicana, de Alceu Valença.
“A pegada do Tropicaos é diferente. Somos uma fanfarra sem-vergonha que coloca sotaque de forró em tudo”, resume Fanis, que tira uma onda na percussão. Com mediações do DJ Rastamani, responsável por temperar tudo com um pouco de cúmbia, estilo de dança sensual originária da Colômbia, os dois blocos passaram a tarde se revezando e com nenhuma preocupação com a chuva que pairava no céu, ameaçando punir os excessos.
Gama
Verdade ou não que “quem ama mora no Gama”, fato é que a cidade está disposta a construir uma agenda própria para o seu Carnaval. “A gente quer fazer folia aqui porque temos nossa cultura e muitos não podem ou não querem ir para o Plano Piloto”, sentencia Paulim Diolinda, poeta, compositor e produtor cultural pernambucano à frente do Encontro Carnavalesco dos Bonecos Dançantes, realizado na tarde deste domingo.
O evento, na Praça Lourival Bandeira, contígua ao Parque Infantil do Setor Leste – onde mais tarde os coletivos circenses do Gama fariam o Carnaval dos Brincantes – teve no FAC (como também o evento da Vila Planalto) o ponto de partida para voos mais altos, segundo Diolinda. “Ano que vem vamos fazer um evento melhorado, com a ajuda da administração regional”, planeja.
Segundo o titular da Região Administrativa II, José Elias de Jesus, a proposta tem seu apoio. “Estamos com o planejamento estratégico para 2020 pronto e queremos fazer um Carnaval fora de época, no meio do ano, provavelmente em julho”, afirma diante do prédio fechado do Centro Cultural Itapoã, testemunha de bons tempos para as artes do local.
E há já uma tradição local de artesãos que produzem bonecos de isopor esculpido, recoberto de papel ou de resina pintada. Com três metros de altura, menores que os pernambucanos, uma dezena deles, com “Barack Obama” à frente, bailava na praça, braços abertos movidos por articulação de madeira, chamando o público.
Ester, de três anos, correu para o colo da mãe diante da aproximação da “Noiva do Lago”, referência a um trágico acidente, reproduzido pelo imaginário local, que tirou a vida de uma moça afogada no lago Jacob a caminho do altar na vizinha Cidade Ocidental (GO). “É ótimo ter a chance de trazer as crianças a um carnaval por aqui”, aprova a mãe de Ester, a empresária Fernanda Faria.
No âmbito da economia criativa, o mecânico Augusto “do Trenzinho”, como se apresenta, aproveitou a inciativa para levar seu comboio feito de vagões construídos com tambores de óleo de 200 litros, cortados, pintados, dotados de assentos com cinto de segurança e puxados por um minitrator de cortar grama, adaptado. Quantas viagens ela planejava fazer, ao preço de R$ 5 o passeio individual de cinco minutos pelo local? Ele olhou para o céu nublado por um instante antes de responder: “Não faço a menor ideia”.
* Com informações da Secec

Aumento no número de câmeras reforça segurança no Carnaval


Número de dispositivos passou de 450, em 2019, para 672, este ano, colaborando na atuação das forças de segurança

Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
Carnaval seguro e bem monitorado. Assim tem transcorrido a folia no Distrito Federal nesses primeiros dias de festa. Uma das razões para tal, além do trabalho integrado das forças de segurança, é o aumento do número de câmeras de monitoramento. A fiscalização por vídeo passou de 450 dispositivos, em 2019, para 672 câmeras, em 2020.
Esse trabalho de monitoramento se concentra, pelo segundo ano consecutivo, no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública (SSP). De lá os profissionais acompanham tudo o que acontece na cidade, podendo ver de perto, pelas lentes, princípios de confusão, delitos ou qualquer situação anormal.
Gestão compartilhada
O monitoramento dos eventos é feito em tempo real e serve de apoio às ações das forças de segurança. O centro, que tem gestão compartilhada, reúne 21 órgãos, instituições e agências do GDF voltadas para segurança, mobilidade, saúde, prestação de serviço público e fiscalização.
“[A câmera] é uma ferramenta que multiplica os olhos da segurança pública”, explica o subsecretário de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Carlos André. “Elas [as câmeras] otimizam o emprego do policiamento porque monitoram locais onde há menos efetivo e apontam onde há maior necessidade de atuação ou remanejamento.”
Alta capacidade
O supervisor do Ciob, Marcelo Dantas Ramalho, destaca que os equipamentos têm recursos sofisticados. “Elas [as câmeras] permitem flagrar situações e identificar pessoas. São câmeras com resolução muito boa, que possibilitam uma rápida identificação de um delito ou dar apoio aos órgãos envolvidos na segurança do Carnaval”.
Parte dessas imagens é feita em câmeras de alta resolução e alcance acopladas a uma viatura especial chamada POE (Plataforma de Observação Elevada). Comandante da Operação Carnaval pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a tenente-coronel Fabiana Santos elogia o monitoramento feito a partir dessa viatura. “Daqui da Cidade da Segurança Pública, conseguimos ter imagens de pessoas que estão nos estacionamentos do Parque da Cidade ou de blocos nos setores carnavalescos ao redor da torre de TV e da Funarte, por exemplo”.
 DA AGÊNCIA BRASÍLIA 
Com informações da SSP