sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Lei Maria da Penha é tema de cartilha da coleção 'Em Miúdos'



Da Comunicação Interna | 20/02/2020, 19h18
A Lei Maria da Penha é o tema da nova cartilha da coleção Em Miúdos, do Senado Federal. Com texto de Madu Macedo e ilustrações de Jorge Luis Amorim Junior, a cartilha apresenta a dinâmica dos quadrinhos, com linguagem voltada para adolescentes. O conteúdo ajuda a identificar as principais formas de violência praticadas contra a mulher, elenca as conquistas trazidas pela Lei Maria da Penha e revela as formas de combate e denúncia a esse tipo de crime.
A publicação, que está alinhada às reivindicações previstas no Plano de Equidade de Gênero e Raça do Senado, é fruto da parceria entre o Senado, a Associação Brasileira das Escolas do Legislativo e de Contas (ABEL) e a Câmara Municipal de Pouso Alegre (MG).
Aloysio de Brito, gestor da Coordenação de Edições Técnicas do Senado (Coedit) e um dos idealizadores da coleção, enfatiza que a ideia é abordar várias leis, "para que o aluno do ensino fundamental e médio comece a conhecer seus direitos e deveres desde cedo". Sua expectativa é lançar, até o final de 2020, uma cartilha sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A cartilha sobre a Lei Maria da Penha custa R$ 3,00 e pode ser adquirida, sem custo de frete, na Livraria Digital do Senado. Ela também está sendo vendida na própria Coedit e na Biblioteca do Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Kajuru defende uma reforma que torne o sistema tributário menos complexo



Da Rádio Senado | 21/02/2020, 10h18
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou, nesta sexta-feira (21), em Plenário, que a discussão da reforma tributária pela comissão especial mista instalada nesta semana deve observar princípios que tornem o sistema nacional menos complexo e atendam aos interesses do setor produtivo e dos contribuintes pessoas físicas.
Ele lembrou que o objetivo da comissão mista de senadores e deputados é formular um texto unificado, a partir de propostas que já tramitam nas duas casas, e lamentou que um grupo de trabalho criado pelo Executivo para estudar o tema está há três meses sem se reunir e não cumpriu o prazo estabelecido para a formulação de ideias.
Para Jorge Kajuru, o Brasil precisa ter um sistema tributário mais justo, fazendo com que os mais ricos passem a pagar impostos: "No Brasil, quem paga imposto é pobre. Ricos não pagam".
— Fundamental na discussão que vamos empreender sobre a reforma tributária é estarmos atentos para que o resultado do trabalho do Legislativo esteja à altura das necessidades do Brasil, um país extremamente rico, mas avaro na qualidade de vida que oferece para a sua população — disse.
Kajuru voltou a questionar quais foram os critérios usados pelo governo na distribuição de verba extra no valor de R$ 3,8 bilhões, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, na última semana de dezembro. Segundo ele, é preciso dar transparência a essa medida, para que a população possa concluir se a distribuição tenha ou não sido direcionada para atender a interesses políticos e eleitorais de um pequeno grupo de parlamentares.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confúcio defende 'enxugada' de folha de pagamento dos três Poderes


Da Rádio Senado | 21/02/2020, 11h33
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) defendeu, nesta sexta-feira (21) em Plenário, uma "enxugada geral" de gastos com as folhas de pagamento dos três Poderes. Ele propôs que sejam procuradas inconsistências para evitar pagamentos desnecessários e ilegais.
— Caso não seja suficiente, será necessário um corte linear de salários e outros gastos, porque, do jeito que está, o Brasil não precisa de presidente, e, sim, de um gestor de recursos humanos — disse o senador.
Confúcio também criticou o aumento de salário aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para diversas categorias, inclusive da segurança pública. Para o senador, a sucessão de crises dos últimos anos levou a uma profunda redução do crédito em diversas fontes do país e um baixo crescimento estrutural da economia, o que resultou em estados e municípios com as contas desequilibradas e sem perspectiva de ajuste.
O senador afirmou que é preciso acelerar a retomada do crescimento econômico e a geração de empregos, que têm de ocorrer em bases sustentáveis, regionalmente equilibradas, social e ambientalmente justas. Para ele, será necessário consolidar um ambiente institucional e político estável, propício aos negócios e voltado ao aumento de produtividade, do nível de emprego e da competitividade da economia.
— A mudança para melhor dependerá da nossa capacidade de integrar o aprimoramento da democracia, reduzir a desigualdade, combater a mudança do clima, temas-chave do mundo contemporâneo. A transformação é possível porque há conhecimento e há tecnologia. O problema, entretanto, é mais político do que técnico, é mais analógico do que digital. Dependemos de decisões tomadas a partir das relações políticas e sociais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Controversa, regulamentação dos e-Sports pode ter ano decisivo no Senado







Rodrigo Baptista | 21/02/2020, 14h11
Passar de fase, expressão comum para aqueles que jogam videogames, significa avançar mais uma etapa no jogo e se aproximar do objetivo final. Assim como nos games, os projetos precisam passar por etapas no Congresso para virarem leis. Polêmico, o projeto de lei do Senado (PLS) 383/2017, que regulamenta os esportes eletrônicos (e-Sports ou eSports), enfrentou resistência da comunidade gamer em 2019 e poderá ter um ano decisivo em 2020. Essa comunidade alega não ter participado do processo de construção do projeto e ainda questiona a necessidade de a atividade ser regulada no país.
A violência presente em alguns dos jogos utilizados em competições e a submissão a confederações criadas para organizar os esportes eletrônicos são os pontos mais sensíveis. Para a senadora Leila Barros (PSB-DF), é preciso aprofundar o debate antes que qualquer regulamentação do esporte eletrônico aconteça no Brasil.
— Em geral, a comunidade gamer desaprova qualquer tentativa de regulamentação. Eles entendem que o Estado quer interferir em uma atividade que está consolidada e funcionando muito bem. Não podemos criar algo que engesse o crescimento do setor. Ele gera empregos e aquece a economia — avaliou a senadora.
Leila, aliás, se tornou uma personagem importante no aprofundamento do diálogo sobre o projeto. Foi dela a iniciativa de agendar audiências públicas no ano passado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) para ouvir representantes do setor.
— As audiências públicas mostraram que os principais interessados na proposta de regulamentação dos eSports não foram ouvidos. Esse é o dever do Parlamento. Clubes, pro-players, federações e os desenvolvedores de jogos eletrônicos apontaram diversos pontos de preocupação — afirmou.
A senadora apresentou requerimento para que o texto passe por novo debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Mercado

games.jpgEx-atleta profissional de vôlei, Leila chegou a se envolver em uma polêmica com a comunidade gamer após criticar a equiparação dos eSports aos esportes tradicionais, durante a votação da proposta na CE. Leila reviu sua posição ao se dar conta da dimensão do mercado.
Em 2018, os games se tornaram mais lucrativos que a indústria cinematográfica e a indústria musical combinadas: foram US$ 138 bilhões em receita ao redor do mundo naquele ano, segundo a Newzoo, instituto global de pesquisa focado em games e eSports. De acordo com esses dados, o cinema alcançou a marca de US$ 42 bilhões, enquanto a indústria musical obteve uma receita de US$ 19 bilhões no mesmo período.
Estima-se que o mercado brasileiro de games movimente cerca de US$ 1,5 bilhão por ano. Segundo a NewZoo, o Brasil teria 12 milhões de torcedores ocasionais e 9,2 milhões de integrantes do público entusiasta, sendo a terceira maior audiência cativa de esporte eletrônico no mundo (atrás de China e Estados Unidos).

Violência

Apresentado em 2017 pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA) para propor o reconhecimento, o fomento e a regulamentação dos esportes eletrônicos no Brasil, o PLS 383/2017 foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) em 2018, sob a forma de um substitutivo apresentado pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), atual presidente do Senado — e seguiu para a próxima fase.
Em 2019, o texto ganhou nova redação pelas mãos do relator na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Este último acatou sugestão de Eduardo Girão (Podemos-CE) para impedir que jogos violentos sejam considerados como eSport, o que acarretaria o não reconhecimento de atletas que disputam campeonatos de jogos populares como Rainbow Six e Counter-Strike: Global Offensive. Ambos são jogos táticos de tiro.
A medida desagradou a comunidade gamer e o ecossistema dos eSports, que abrangem, entre outros, os publishers (conhecidos por vezes como “publicadoras”, “produtoras” ou “desenvolvedoras de jogos”), jogadores, times e organizadores de campeonatos.
Leo de Biase, diretor-executivo da empresa BBL e-SPORTS, ponderou que já existe classificação indicativa dos jogos e que as competições esportivas de Counter Strike, por exemplo, não incluem menores de 18 anos.
— Esportes eletrônicos como Counter Strike são praticados por maiores de idade. Crianças não são o nosso público — afirmou.
Além de Leo de Biase, outras figuras do mercado de esporte eletrônico brasileiro participaram de audiências públicas em 2019, como o representante da Entertainment Software Association (ESA), Mario Marconini; o co-proprietário da INTZ, Lucas Almeida; a diretora-executiva da Black Dragons, Cherrygumms; e o presidente da Gamers Club, Yuri Uchiyama. Também foram ouvidos nessas audiência representantes de confederações criadas para organizar os esportes eletrônicos no país, como Daniel Cossi, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Eletrônico (CBDEL), e Roberto Tavares, presidente da Confederação Brasileira de Games e e-Sports (CBGE).
Autor de emenda para excluir jogos violentos da classificação de esporte eletrônico, o senador Eduardo Girão ligou o massacre de Suzano (SP), ocorrido em março de 2019, a jogos do tipo. Na ocasião, dois ex-alunos entraram em uma escola portando diversos armamentos, mataram 11 jovens e deixaram outros 11 feridos.
— Hoje, milhares de crianças estão jogando isso. Há estudos que mostram o impacto disso na violência — afirmou.
Essa posição foi endossada pela médica psiquiatra Renata Figueiredo. Segundo ela, estudos evidenciam que esses jogos trazem malefícios como ansiedade e aumento da agressividade em curto prazo, e podem gerar sensações de abstinência e vício semelhantes ao uso de álcool e drogas.
— Os estudos convergem ao dizer que jogos violentos trazem riscos significativos relacionados a comportamentos violentos e agressivos — disse a psiquiatra.
Por outro lado, o professor de educação física e presidente da Federação de Esportes Eletrônicos do Distrito Federal, David Leonardo Teixeira, ressalta que há pesquisas com conclusões diferentes sobre o impacto dos games nas pessoas. Ele afirmou que há estudos rechaçando a possibilidade de influência dos jogos considerados violentos na agressividade de indivíduos.
— Vários estudos apontam que a dita influência dos jogos 'violentos' na agressividade não se sustenta, sendo apenas uma percepção do imaginário social para a qual faltam comprovação e estudo científico — argumentou.
Relator do projeto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) defendeu os jogadores profissionais de esportes eletrônicos (pro-players) e descartou relação entre os episódios.
— O cidadão que cometeu a chacina de Suzano, como tantas outras atrocidades que acontecem no dia a dia no mundo, provavelmente, com certeza, não era um jogador profissional desse esporte. Isso é uma outra coisa. O esporte eletrônico é hoje fonte de renda para milhares de atletas no mundo — defendeu o senador.

Propriedade intelectual

Mesmo os termos originais do projeto de lei estão longe de consenso. A comunidade gamer questiona a necessidade de os esportes eletrônicos serem regulamentados no Brasil e manifesta o temor de que o projeto trave o crescimento do setor, isolando o país das competições internacionais.
Empresas desenvolvedoras de jogos, publicadoras, times e organizadores de campeonatos sustentam que, diferentemente do que ocorre com os esportes tradicionais, os eletrônicos são jogados numa plataforma que é um produto cuja propriedade intelectual pertence a empresas. Eles também contestam a legitimidade das confederações e federações existentes no Brasil, que se dizem representantes do eSport brasileiro. O grupo entregou uma carta à senadora Leila Barros listando críticas ao projeto de lei e reforçando que os esportes eletrônicos não têm paralelo com os esportes tradicionais.
— O eSport é baseado em direitos de propriedade intelectual. Quem desenvolve aquilo tem o direito. É a forma de desenvolver e inovar. Não precisa de uma federação. Por que inseri-lo em um sistema nacional de esporte que todo mundo sabe que tem seus problemas? — questionou Mario Marconino, da Entertainment Software Association (ESA), organização que representa algumas das maiores empresas de videogames do mundo.
Mas, para Daniel Cossi, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Eletrônico (CBDEL), o esporte eletrônico é um esporte como qualquer outro. Segundo ele, a intenção da proposta não é interferir no mercado privado:
— O esporte eletrônico é uma ferramenta como qualquer outro esporte de formação do cidadão. E não só aqui no Brasil, mas no mundo. Do meu ponto de vista, o projeto fala sobre duas premissas básicas: esporte eletrônico é esporte; quem pratica é atleta. Une-se ao meio institucional quem deseja; é de livre associação — argumentou.

Regulamentação em São Paulo

Uma tentativa de regulamentar a prática esportiva eletrônica chegou a avançar em São Paulo, mas foi vetada em janeiro deste ano pelo governador João Dória. A Assembleia Legislativa do Estado aprovou no ano passado um projeto de lei para reconhecer como fomentadoras dessa atividade as confederações e federações criadas nos moldes das instituições que cuidam dos esportes tradicionais. O assunto se tornou alvo de crítica de parte da comunidade gamer, que considera esse modelo inadequado para os esportes eletrônicos.
A senadora Leila Barros aponta que o debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode ajudar a avaliar se é de fato necessário regulamentar o setor.
— Não dá para comparar os dois segmentos [esportes tradicionais e eletrônicos]. A começar pelo fato de que os eSports têm 'um dono da bola', pois envolvem o direito de propriedade intelectual das empresas que desenvolvem os games. Se houver consenso no sentido de que é melhor deixar as coisas como estão, para que inventar uma regulamentação? — ponderou.
Se depender do engajamento nas redes sociais, o projeto não passa de fase. No Portal e-Cidadania do Senado, onde é possível opinar sobre a proposta, aumentou a diferença entre os internautas que reprovam e os que apoiam a proposta. Em novembro, quando ocorreu o primeiro debate sobre o projeto, o placar marcava cerca de 8 mil votos “Não” — ou seja, contrários ao projeto — contra cerca de 6 mil favoráveis à regulamentação nos atuais termos do projeto. Conforme os votos apurados até 18 de fevereiro de 2020, mais de 43 mil pessoas registaram seu descontentamento em relação ao PLS 383/2017, enquanto o número de apoios chegou a 6.300.

Tramitação

Além do pedido de audiência na CAE, que depende de aprovação do respectivo requerimento no Plenário, o projeto passará novamente pela CCT e pela CE, que precisam analisar uma emenda de redação do senador Marcos Rogério (DEM-RO).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pilgrim’s Pride reverte prejuízo e tem lucro de US$ 92,1 milhões no 4º tri



Crédito: Divulgação


São Paulo, 21 – A processadora norte-americana de carne de frango Pilgrim’s Pride, controlada pela brasileira JBS, obteve lucro líquido de US$ 92,08 milhões, ou US$ 0,37 por ação, no quarto trimestre de 2019, informou a companhia na quinta-feira, 20, após o fechamento do mercado. Em igual período do ano anterior, a Pilgrim’s tinha registrado prejuízo de US$ 7,324 milhões, ou US$ 0,03 por ação. As vendas líquidas aumentaram 15% na mesma comparação, passando de US$ 2,66 bilhões para US$ 3,06 bilhões.


O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 45,6%, para US$ 161,6 milhões. A margem Ebitda ajustado passou de 4,2% para 5,3%.


Os resultados a partir de 15 de outubro de 2019 incluem a produtora de carne suína e alimentos preparados Tulip, do Reino Unido, comprada pela Pilgrim’s por cerca de 290 milhões de libras esterlinas.
A companhia disse que seu desempenho operacional nos Estados Unidos continuou melhorando no quarto trimestre, embora o setor de commodities tenha representando um desafio.
O CEO da Pilgrim’s, Jayson Penn, destacou que a unidade de alimentos preparados nos EUA continuou evoluindo, “refletindo os investimentos feitos nos últimos anos”.
No México, as condições macroeconômicas mais fracas no quarto trimestre trouxeram incertezas. Embora o volume de vendas tenha aumentado de forma sólida, os preços ficaram abaixo da expectativa. “Apesar do ambiente de mercado difícil no quarto trimestre, nosso negócio no México manteve um bom desempenho operacional em comparação com outras empresas do setor”, disse Penn.
Os resultados das operações europeias continuaram melhorando, refletindo, entre outros fatores, maior eficiência operacional e investimentos em automação, segundo a Pilgrim’s.
DINHEIRO RURAL





Empreendedorismo


 vem sendo a principal alternativa para brasileiros que buscam uma atividade econômica num cenário que contabiliza 11,6 milhões de desempregados, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de janeiro deste ano.
A iniciativa de abrir o próprio negócio não é exclusiva de uma classe social, idade ou gênero. Há espaço para todo mundo empreender e garantir o sustento da família. E ações afirmativas vêm sendo criadas para fomentar a inclusão social no mundo dos negócios e dar visibilidade a mulheres, negros, pessoas com síndrome de down e autistas, para citar alguns.
As mulheres estão se destacando cada vez mais como empreendedoras. Estima-se que atualmente o Brasil tenha 24 milhões de mulheres empreendendo, segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor, conduzida pelo Sebrae.
Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae-SP, diz que a procura de mulheres por cursos de empreendedorismo é grande. “A mulher está mais empoderada e vem assumindo cada vez mais a posição de fonte de renda dentro de casa. No projeto Mil Mulheres, recebemos ex-presidiárias, pessoas em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica interessadas em conquistar a sua independência financeira e a melhorar a vida da família”, comenta.
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Poit diz que o Sebrae também tem notado a procura por capacitação por diversos públicos, inclusive pessoas com alguma deficiência. Ele acredita que a capacitação de empreendedores e iniciativas que incentivem os brasileiros a abrir seu próprio negócio estão se disseminando pelo país e é um movimento que promete se expandir cada vez mais.
“O brasileiro está mais aberto a aceitar a inclusão e tem recebido iniciativas de empreendedorismo de diversos públicos com muita naturalidade. É comum ver as pessoas felizes por alguém com deficiência ter uma atividade que gere lucro e a torne mais visível para a sociedade. Essa percepção é maior pelo público mais jovem”, diz Poit.
Iniciativa empodera cada vez mais mulheres
A empresária Ana Lúcia Fontes, 53, criou a RME (Rede Mulher Empreendedora), em 2010, para dividir sua experiência com outras mulheres. Dez anos depois, ela se consagrou como a maior notoriedade no ramo do empreendedorismo feminino no Brasil e vem acumulando diversos prêmios. Foi, inclusive, eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do país pela revista Forbes, em 2019.
“Tudo começou com um blog que fiz para compartilhar minhas experiências e dicas simples sobre gestão, fluxo de caixa, seleção de pessoal, entre outros, para mulheres que queriam começar a empreender ou já tinham um negócio. No primeiro ano de atuação, a página registrou 100 mil seguidores”, 
No primeiro ano de atuação, a página registrou 100 mil seguidores”, diz.
Ana Lúcia Fontes, fundadora e presidente da RME (Arte/ R7)
Ana lembra que, na época, muitas mulheres eram empreendedoras, mas pouco se falava sobre o assunto. “As coisas começaram a ganhar espaço em 2011 com o surgimento das redes sociais.”
Inicialmente, a RME não tinha apoio financeiro e nem uma estrutura física permanente. Tudo era realizado por voluntárias que acreditavam no projeto. Hoje, apesar de ainda contar com o voluntariado, a RME cresceu, ganhou diversos patrocinadores interessados em investir no empreendedorismo feminino e ampliou o seu foco de atuação. Ao longo do processo, Ana deixou dois negócios que mantinha paralelamente para dedicar-se exclusivamente à rede.
Os números da força de trabalho feminina no empreendedorismo (Arte/ R7)
Desde sua criação, foram realizados 400 eventos e 25 mil capacitações de empresárias.  A RME oferece programas e serviços, com conteúdo e dicas, para ajudar os mais diferentes perfis de empreendedoras a desenvolver o seu negócio.
A rede também realiza diversos cursos e mentoria por todo o Brasil, além de um programa de aceleração de negócios fundados e liderados por mulheres.
Para Ana, apesar de se falar mais sobre empreendedorismo feminino no Brasil e haver mais instituições interessadas em investir no desenvolvimento de negócios, empreender no país ainda é muito difícil.
“Há pouca movimentação para a criação de políticas públicas e muita dificuldade de acesso ao crédito no Brasil. No caso das mulheres, outra dificuldade envolve a questão de como conciliar a vida pessoal com o negócio”, diz Ana.
Fazer do limão uma limonada
A empresária Juliana Martins foi uma das mulheres que passaram pela RME para aperfeiçoar o seu negócio. Pode-se dizer que Juliana é uma daquelas pessoas que fazem do limão uma limonada. Engravidou aos 18 anos, perdeu o pai da sua filha quando a bebê tinha apenas dois meses e precisou voltar a trabalhar muito cedo para ajudar no sustento da casa – na época, seu pai viu a empresa que trabalhou durante anos decretar falência e precisou começar a catar lata na rua para sustentar a ela, ao irmão e à neta.
Juliana diz que a maior dificuldade que encontrou quando precisou voltar ao trabalho foi a falta de uma rede de apoio para ajudá-la a cuidar da filha. “Depois que virei mãe, não consegui voltar a estudar, mesmo ganhando bolsa de estudos para cursos que sonhava, e perdi boas oportunidades de trabalho por não ter com quem deixar a minha filha.”
De uma necessidade pessoal surgiu a Fico com a Cria, em 2018, startup que conecta babás e famílias, principalmente mães que precisam trabalhar. “Queria ajudar outras mães a não passarem pelo que eu passei”, diz Juliana.
Inicialmente, o foco da startup eram as mães das classes C, D e E, mas a proposta precisou ser alterada. “Com o tempo eu vi que essas mães não têm R$ 50 para pagar a hora de uma babá. Com esse dinheiro elas garantem a mistura da semana. Elas pagam um valor menor para uma vizinha, mãe ou tia para deixar a criança e poder trabalhar.”
Além de ajudar mães com uma rede de profissionais qualificadas, a Fico com a Cria também vem sendo uma alternativa de emprego para MEIs (microempreendedoras individuais) e babás que trabalham durante a semana como CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e querem ganhar um dinheiro extra no fim de semana.
Juliana Martins, CEO da Fico com a Cria (Arte/ R7)
A pedagoga Kelly Alexandra Cruz, 38 anos, resolveu ingressar na Fico com a Cria depois de não conseguir um emprego na área da educação. “Amo cuidar de crianças, o que importa é trabalhar em uma atividade que me permita estar com elas”, diz.
Kelly diz que atua como babá formalmente há três anos, nas sempre gostou de cuidar dos filhos de vizinhos e sobrinhos. Atualmente ela tem diárias fixas na mesma família duas vezes por semana, mas, em breve, espera preencher mais dias da sua semana com trabalho. “Ainda não cheguei no patamar que preciso financeiramente, mas amo o que eu faço”, conta.
Juliana diz que a seleção das babás é criteriosa e elas passam por cursos de aprendizagem de primeiros socorros e de recreação infantil.
“Sempre buscamos patrocínio para oferecer esses cursos, mas, quando não contamos com este dinheiro, cobramos R$ 100 pela capacitação. É uma forma que encontramos de ajudar mais mulheres a entrar no mercado de trabalho. Normalmente eles custam em torno de R$ 800 em escolas técnicas”, comenta Juliana.
O próximo passo da Fico com a Cria é iniciar o processo de expansão por franquia. A primeira unidade será em Curitiba (PR) e será comandada por uma amiga pedagoga, que gostou da proposta do negócio. “Já temos 20 babás inscritas para iniciar a operação.”
Feira Preta: produtos para negros
Adriana Barbosa, 42 anos, é CEO da Preta Hub, dona da Feira Preta, criada há 18 anos para estimular o empreendedorismo entre a população negra e que se tornou o maior festival de cultura negra da América Latina.
A feira, que começou com 40 empreendedores com linguagens artísticas de fotografia, literatura e artes plásticas, na Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros da capital paulista, que é um reduto de artistas e antiguidades, hoje é realizada no centro de eventos do Anhembi, local onde ocorrem os maiores eventos de São Paulo.
A Unilever patrocinou a primeira e a segunda edições do evento. “No segundo ano, também ganhamos o patrocínio da Red Bull”, conta Adriana. No Anhembi, a feira passou a receber empreendedores de outros estados, atingindo 150 expositores, em 2019, e 30 mil pessoas. Também começou a ampliar o nicho de atuação da Preta Hub.
Adriana Barbosa, CEO da Preta Hub e dona da Feira Preta (Arte/ R7)
Há três anos, foi criada a plataforma Astrolab, que é uma aceleradora de apoio, promoção e impulsionamento do afro empreendedorismo.
Nesses três anos, o programa acompanhou mais de 600 empreendimentos no país. “Apesar de a proposta de fomentar o empreendedorismo negro, atendemos mulheres negras, indígenas e brancas, mas os negócios têm sempre como foco produtos para negros”, diz Adriana.
Adriana conta que sempre foi envolvida em negócios sustentáveis e de artesanato. Durante um período em que ficou desempregada, criou um brechó e começou a vender as suas roupas para levantar dinheiro. Também formatava negócios 
itinerantes de bijuteria e artesanato.





Embaixadores árabes homenageiam Paco Britto


Em jantar na embaixada da Palestina, o vice-governador foi presenteado com uma peça decorativa feita de conchas, confeccionada manualmente.

O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, foi homenageado, na noite desta quinta-feira (20/02), com jantar oferecido pelo Conselho dos Embaixadores Árabes, na embaixada da Palestina. Do anfitrião, o embaixador Ibrahim Alzeben, Paco recebeu um presente feito especialmente para ele: uma peça decorativa feita de conchas, confeccionada manualmente.
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
A recepção contou com parte dos embaixadores dos 18 países que compõem o conselho: Líbia, Mauritânia, Kuwait, Argélia, Marrocos, Arábia Saudita, Liga dos Estados Árabes e Palestina.
“Nós temos um corpo diplomático sempre disposto a cooperar com o Governo do Distrito Federal e temos muito o que fazer juntos”, afirmou Ibrahim Alzeben. “Esta é uma cidade distinta, que se difere por sua dinâmica e diversidade e temos orgulho de também pertencermos a ela”, completou.
Paco Britto agradeceu o presente e disse ter ficado “muito honrado com a homenagem”. “Vocês têm um amigo. O GDF está de portas abertas para estreitarmos cada vez mais esses laços de amizade entre Brasília e os países árabes”, enfatizou o vice-governador.
Além dos embaixadores, estiveram presentes a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça; o procurador-geral Militar de Brasília, Antônio Duarte; e a esposa do vice-governador Paco Britto, Ana Paula Holf – que também foi presenteada pelo embaixador da palestina com uma echarpe com o bordado típico do país. 
AGÊNCIA BRASIL