sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

CCT pode debater projetos sobre uso da Inteligência Artificial



Da Redação | 07/02/2020, 18h34
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) poderá fazer uma audiência pública sobre os Projetos de Lei 5.051/2019 e 5.691/2019, que estabelecem os princípios para uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. É o que estabelece requerimento do senador Rogério Carvalho (PT-SE), a ser votado na comissão nesta quarta-feira (12), em reunião com início às 10h.
O PL 5.051/2019 define os princípios para uso da IA no Brasil, entre os quais estão o desenvolvimento inclusivo e sustentável; o respeito à ética, aos direitos humanos, aos valores democráticos e à diversidade; a proteção da privacidade e dos dados pessoais; e transparência, segurança e confiabilidade. O PL 5.691/2019, por sua vez, institui a Política Nacional de Inteligência Artificial, com o objetivo de estimular a formação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de tecnologias nesse setor.
Os dois projetos são de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). O autor das proposições argumenta que, apesar das vantagens da IA, não se pode adotá-la de modo inconsequente, sem uma regulação mínima que traga as garantias necessárias a essa transição. Styvenson Valentim cita pesquisa da empresa de consultoria Accenture, segundo a qual a IA poderá duplicar as taxas de crescimento econômico anual até 2035. A previsão é que a tecnologia aumentará a produtividade em até 40%, o que permitirá a otimização do tempo por parte das pessoas.
Relator dos dois projetos e autor do requerimento da audiência pública, Rogério Carvalho destaca que o Brasil aderiu aos princípios da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) para o desenvolvimento da IA, em abril de 2019, e aprovou a Lei Geral de Proteção de Dados, "onde regula alguma responsabilidade das empresas que mantêm e utilizam dados públicos e privados".
“Os dados são a base para o desenvolvimento de produtos com IA, e uma boa legislação pode evitar problemas de privacidade denunciados recentemente na imprensa contra o Google e Facebook, nos Estados Unidos e Europa”, observa.
A reunião será na sala 15 da Ala Alexandre Costa.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800 612211)
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

Audiência marcará lançamento de aplicativo para avaliar conteúdo da mídia



Da Redação | 07/02/2020, 18h48
Está marcada para segunda-feira (10), às 9h, uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para debater a influência das fake news (notícias falsas) na sociedade. O foco do debate é o lançamento do aplicativo Eu Fiscalizo, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O requerimento para a audiência é do senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a comissão.
Os convidados para participar da audiência são a coordenadora de Políticas de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, Patricia Grassi Osorio; a pesquisadora da Fiocruz e autora do aplicativo Eu Fiscalizo, Claudia Pereira Galhardi; a representante do Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social, Marina Pita; a representante do Instituto Alana, Lívia Cattaruzzi;  o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, Rodrigo Murtinho; o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz, Hermano Albuquerque de Castro; e a pesquisadora, coordenadora científica e supervisora do projeto de pesquisa, Maria Cecília de Souza Minayo.

Avaliação dos usuários

O aplicativo possibilita que usuários avaliem conteúdos veiculados nos meios de comunicação e entretenimento. De acordo com a Fiocruz, a ideia é que a sociedade possa notificar conteúdos impróprios, exercendo assim sua cidadania e o direito à comunicação e entretenimento de qualidade. O usuário pode avaliar conteúdos relacionados à produção, circulação e consumo de produtos midiáticos veiculados por TV aberta comercial ou por assinatura, serviços de streaming, jogos eletrônicos, cinema, espetáculos, publicidades e mídias sociais.
As denúncias de conteúdos veiculados nas TVs, espetáculos e cinema serão enviadas pela Fiocruz à Coordenação de Política de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça. Já os conteúdos inapropriados divulgados em publicidade serão encaminhados ao Instituto Alana.
Além de registrar conteúdos inapropriados, o Eu fiscalizo informa as datas das notificações e permite o envio de foto, vídeos e mensagens de texto, como sugestões, elogios e reclamações. O aplicativo poderá ser baixado a partir do dia 10 de fevereiro em smartphones. 
A audiência pública ocorrerá no plenário 2 da Ala Nilo Coelho e será interativa, permitindo a participação do público com comentários ou perguntas.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800 612211)
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

Texto que permite exploração de energia renovável em assentamentos rurais está em pauta na CRA



Carlos Penna Brescianini | 07/02/2020, 18h57
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) deve votar nesta terça-feira (12) o PLS 384/2016, que permite a exploração e a geração de energias renováveis em assentamentos rurais. O projeto, do ex-senador José Agripino Maia (DEM-RN), já foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente e está na forma de um substitutivo elaborado pelo relator, o senador Wellington Fagundes (PL-MT).
Na CRA o projeto tem caráter terminativo, ou seja, caso seja aprovado na comissão e não haja recurso para ser votado pelo plenário do Senado, já seguirá para ser examinado e votado pela Câmara dos Deputados.
As energias renováveis citadas no projeto são a eólica, a solar, hídrica e a biomassa, que poderão ocupar até 30% da área do assentamento. A implantação dessas energias, seja como pequenas centrais ou em estruturas, não podem inviabilizar a atividade agro-econômica prevista para a concessão do terreno.

Cerrado

Também está prevista na mesma pauta da CRA a votação do PL 1.459/2019, do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que prevê o aumento da área de proteção ambiental dos imóveis no bioma do Cerrado de 20% para 35%. Entretanto, o relator Izalci Lucas (PSDB-DF), se mostrou contrário em seu relatório.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

Argentino é o 1º caso latino-americano com coronavírus


 

Homem, que não teve a identidade revelada, está abordo do navio Diamond Princess, que está em quarentena em Yokohama, no Japão

 A- A+
Diamond Princess está ancorado em Yokohama

Diamond Princess está ancorado em Yokohama

Reuters/Kim Kyung-Hoon - 04.02.2020
Um argentino é confirmado como primeiro caso de um latino infectado pelo coronavírus. O homem é um dos 61 passageiros infectados no navio de cruzeiro Diamond Princess, conforme informou o governo do Japão nesta sexta-feira (7).
Segundo o jornal argentino Clarín, o cruzeiro transporta 3.700 passageiros e tripulantes e está em quarentane no Japão. Destes, 273 foram submetidos a testes de triagem. Segundo o Clarín,  resultados dos 171 testes restantes chegaram, dos quais 41 foram positivos. Esses pacientes serão hospitalizados, assim como os anteriores.
Os testes foram realizados em pessoas que apresentavam sintomas ou que haviam entrado em contato com um passageiro que desembarcou em Hong Kong e foi diagnosticado com a doença. No entanto, o ministro da Saúde do Japão, informou nesta sexta que fará testes adicionais em idosos e também naqueles que tiveram contato com os novos casos positivos. A quantidade de pessoas que será submetida não foi divulgada.
A identidade do paciente argentino também não foi revelada. Os demais pacientes infectados são de nove países: Japão, Estados Unidos, Autrália, Canadá, Hong Kong, Reino Unido, Nova Zelândia, Filipinas e Taiwan.
O Diamond Princess está atracado em Yokohama e a quarentena pode durar até o dia 19 de fevereiro.  
R7


Atletas de time no epicentro do coronavírus podem pedir rescisão



  • FUTEBOL

Wuhan Zall, time onde atuam dois brasileiros, está sediado na cidade com mais casos da nova doença. Início do Campeonato Chinês está suspenso



    • Resultado de imagem para Neymar fez 28 anos nesta quarta-feira (5) e já tem gente dizendo que o jogador está mais maduro profissionalmente nesta temporada de 2020. Aqui você vê alguns motivos que podem mostrar que o atacante da seleção ainda faz o que quer em sua vida e, em muitas dessas situações, irrita profundamente o técnico do Paris Saint-Germain

Léo Baptistão, com boa passagem pela Espanha, atualmente joga no Wuhan Zall




Léo Baptistão, com boa passagem pela Espanha, atualmente joga no Wuhan Zall

Reprodução/Instagram @leobaptistao




Há alguns anos, o futebol chinês se tornou um grande 






atrativo para jogadores em busca de altos salários. Nomes como Renato Augusto, Hulk e Oscar estão entre os mais bem pagos do país.
Porém, esse cenário pode sofrer alterações com a chegada do coronavirus, que já contaminou mais de 28 mil pessoas pelo mundo, matando 565 ao todo, a maioria deles na China.
Em Wuhan, epicentro da doença, as mudanças podem ser drásticas. Segundo o advogado Dyego Tavares, os atletas do Wuhan Zall, time que conta com dois brasileiros, os atacantes Rafael Silva, ex-Corinthians e Coritiba, e Léo Baptistão, que defendeu Espanyol e Atlético de Madri, podem entrar com uma ação na Fifa pedindo a rescisão contratual.
"Não existe uma norma que permita a quebra do contrato em caso de calamidade de saúde pública, mas neste caso os jogadores podem alegar que não é possível exercer a profissão em uma região que passa por um surto de doença grave e que sua saúde pode ser severamente afetada", explicou o jurista. Vale lembrar que a cidade de Wuhan está fechada para entradas e saídas de pessoas para evitar que o coronavírus se espalhe.
Por se tratar de uma novidade, em caso de sucesso na formalização da rescisão contratual, a Fifa criará uma jurisprudência.
"O julgamento deste caso seria uma novidade. Houveram algumas situações de desastres naturais, mas a entidade não entendeu que a quebra de contrato caberia ali. Então o corpo jurídico da Fifa avalia o que é cabível nesta situação."
Para o advogado, o ideal é buscar um entendimento amigável com o clube antes de buscar uma ação na justiça: "Isso serve em qualquer caso. Antes de buscar a Fifa, o melhor é sentar com a diretoria e tentar um acordo. Pode ser uma negociação temporária, definitiva ou até mesmo a rescisão. Mas por se tratar de um caso grave, de uma doença se espalhando rapidamente, acredito que o melhor é decidir isso o quanto antes", completou Tavares.
A Associação Chinesa de Futebol suspendeu todos os jogos domésticos e adiou o início da Superliga, a elite local. A competição estava marcada para começar dia 22 de fevereiro.
Neymar sem limites? Entenda o que tanto irrita o técnico do PSG


Neymar fez 28 anos nesta quarta-feira (5) e já tem gente dizendo que o jogador está mais maduro profissionalmente nesta temporada de 2020. Aqui você vê alguns motivos que podem mostrar que o atacante da seleção ainda faz o que quer em sua vida e,  em muitas dessas situações, irrita profundamente o técnico do Paris Saint-Germain
Foto: CHRISTOPHE PETIT TESSON/EFE
R7


Acessos a escolas rurais são recuperados no Gama



Esforço da administração regional nivela estrada que dá acesso ao Centro de Ensino Fundamental Ponte Alta (Cefpan) quatro dias antes do início das aulas

Linha de transporte escolar busca crianças e percorre, diariamente, cerca de 2,5 km | Foto: Administração Regional do Gama / Divulgação
A menos de uma semana para o início do ano letivo, as estradas que dão acesso às escolas rurais do Gama passam por recuperação. A ação, geralmente já executada pelo GDF Presente, foi intensificada para garantir tranquilidade aos estudantes da cidade. Nesta quinta-feira (6), máquinas nivelaram a pista da DF 475, que leva ao Centro de Ensino Fundamental Ponte Alta Norte (Cefpan).
A escola tem 310 alunos matriculados, entre o 1º e 9º anos. São as turmas iniciais, com crianças moradoras de área rural que nunca tinham entrado em uma sala de aula. Uma linha de transporte escolar busca os meninos e meninas e percorre, diariamente, a estrada de cerca de 2,5 quilômetros. O esforço na região garantiu a cobertura dos buracos.
Diretor do colégio, Thiago Ferreira conta que, pelas características da pista, teve que socorrer os estudantes várias vezes no ano passado. Em época de chuvas, quando o ônibus escolar atola, é preciso solicitar apoio de outro veículo, que tem que entrar de ré, já que não há como manobrar naquela estrada rural.
Do ano passado para cá, 180 quilômetros de estradas rurais receberam reparos na cidade | Foto: Administração Regional do Gama / Divulgação
“É toda uma dificuldade para nossos alunos. As crianças descem para fazer a baldeação, sujam os pés, os ônibus. É todo um esforço para conseguir chegar à escola, estudar e voltar para casa”, diz. Por isso, o diretor celebra a intervenção na semana que antecede o ano letivo, para evitar transtornos.
“Estamos executando esse trabalho de patrolamento durante todo ano todo, de forma ininterrupta. Agora, em especial com o início das aulas, intensificamos os caminhos das escolas da área rural”, explica o administrador do Gama, Elias de Jesus. A ideia, diz “é reformar e dar condições para as crianças chegarem à aula”.
O serviço faz parte do GDF Presente, em parceria com a Administração Regional do Gama, que mapeia dificuldades de tráfego dos ônibus escolares, e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Na sexta-feira (31), um trecho crítico da vicinal 351, que dá acesso à estrada, também recebeu reparos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Desde o ano passado, 180 quilômetros de estradas rurais receberam reparos na cidade.
* Com informações da Administração Regional do Gama

Luciano Mendes da Silva: “Propósito é criar o melhor espaço rural do país”



Em entrevista à Agência Brasília, novo secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal conta quais são as estratégias e prioridades da gestão

“A gente tem demonstrado ao produtor que ele precisa disso [regulariza] para ter segurança jurídica da sua propriedade”, diz o secretário. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Filho de agricultores familiares, Luciano Mendes da Silva sempre esteve envolvido com temas rurais. Técnico em Agropecuária, entrou na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) em 1994 como extensionista rural. Na Universidade de Brasília (UnB), fez especialização em desenvolvimento rural sustentável e passou pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Goiano de Formosa, o servidor de carreira agora assume a cadeira de secretário da pasta de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), onde passou em duas outras ocasiões. Até agora, inclusive, atuava como secretário-executivo. “É aquilo que gosto”, resume. Em entrevista à Agência Brasília, o novo titular conta quais são as estratégias e prioridades da gestão. 
O que muda ao assumir o cargo de secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF? 
Sempre que há uma mudança, abre-se a possibilidade de reavaliar as questões. Como eu já estava no processo, como secretário-executivo, ajudei a construir a proposta que estamos executando. Isso assegura que não teremos mudanças no rumo das questões. Os projetos estão estabelecidos, unificados e continuam. A gente tem prioridades e talvez haja necessidade, a pedido do governador, de rever algumas nesse momento.
Já é possível dizer quais são essas prioridades? 
A questão da regularização fundiária é bastante importante. É uma demanda do setor, um compromisso do governo e continua sendo o foco principal, mas tem outras coisas. O DF passou por severas crises hídricas. Quando isso acontece, sofrem muito tanto a população urbana quanto a rural. Isso precisa ser tratado com carinho. A política dos canais de irrigação precisa avançar e, para isso, temos propostas ao longo do ano, também como prioridade. Tudo isso envolvendo a Emater, que executa boa parte das políticas da Seagri, e a Ceasa [Central de Abastecimento], comprometido com a comercialização.
Sendo a prioridade máxima a regularização fundiária, quais são as estratégias para atender essa demanda social?
A primeira coisa é estender o prazo. A lei define que o prazo para os produtores darem entrada ao processo de regularização se encerra em 15 de abril de 2020. Precisamos repactuar esse prazo, inclusive com a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), para dar mais tempo e fôlego para os produtores ingressarem. Temos um número imenso de produtores que deram entrada e precisamos acelerar a avaliação dos processos. É preciso desburocratizar algumas ações da secretaria. Já reduzimos as exigências da confecção do Plano de Utilização, mas queremos reduzir vistorias às propriedades rurais porque temos condições, por exemplo, de fazer por imagem de satélites e ganhar tempo. Outra estratégia é ampliar o número de pessoas para analisar os processos por meio de reposicionamento de servidores.
É preciso interesse dos produtores para aderirem ao processo de regularização. Quais os planos para desenvolver políticas que incentivem isso? 
A gente tem demonstrado ao produtor que ele precisa disso [regularizar] para ter segurança jurídica da sua propriedade. A CDU e a CDRU [Contrato de Concessão de Uso Oneroso e Concessão de Direito Real de Uso, respectivamente] são instrumentos que os produtores precisam ter para ficarem tranquilos porque legitimam a ocupação das propriedades. Esses documentos vão favorecer aquisição de empréstimo, o que reivindicam há anos, porque funcionam como garantia.
De que forma a pasta, sob seu comando, vai incentivar a criação e desenvolvimento de empreendimentos, parcerias e agregação de valor à produção e à comercialização no DF?
O governador tem colocado para a gente que são prioridades políticas que gerem emprego e renda. Temos segmentos e estratégias diferenciadas dentro do espaço rural: agricultores familiares, trabalhadores rurais, assentados, médios e grandes produtores. A regularização fundiária é o que precisam os médios e grandes produtores neste momento para desenvolver suas atividades. Aos médios, temos estratégia com a Emater de também levar assistência técnica. Agora, a grande preocupação é com os agricultores familiares e trabalhadores rurais. Temos preocupação grande com os assentamentos constituídos. Precisamos que as políticas públicas cheguem a essas famílias. Muitos estão em busca de espaço para produzir e precisamos construir estratégias. Pretendemos trazer o Crédito Fundiário, programa do Governo Federal que possibilita compra de propriedades de forma coletiva. Em vez de ficarem em condição vulnerável por anos, sem perspectiva, queremos dar a opção. De modo geral, temos que assegurar estradas de boa qualidade, garantir que não vai faltar crédito junto ao Banco de Brasília (BRB) e ter ambiente propício para empresas do setor agropecuário se instalarem. Nesse sentido, dois grandes projetos que esperamos anunciar em breve: o Polo Agroindustrial do PADF e o Polo Agroindustrial do Rio Preto, espaços rurais para empresas se alojarem,  oferecerem serviços e equipamentos.
Qual peso terá o fomento à agricultura familiar a partir de agora? 
A prioridade das nossas ações é para a agricultura familiar. Temos na pasta uma subsecretaria que se dedica ao fomento da agricultura familiar. Temos o programa de compras institucionais, que conseguimos repassar para alimentação da merenda escolar a partir de parceria com as organizações dos produtores e com a Secretaria de Educação. Com isso, trazemos milhares de famílias para uma nova perspectiva, encurtando o circuito da alimentação. Assim, chega o alimento mais fresco para os colégios. Em 2019 conseguimos levar para todas as escolas e queremos ampliar. Inclusive, o DF foi a primeira unidade da Federação a superar a linha de 30% de aquisição e estamos passando dos 40%. Outra vertente é a compra também para distribuição na rede sócio assistencial. O produto comprado dos produtores chega no banco de alimentos da Ceasa, que tem uma estratégia de distribuição com a rede (creches, igrejas e asilos). Queremos ampliar tanto o número de produtores quanto de instituições.
Há pouco o senhor disse que tem que assegurar as condições, inclusive as estradas. Temos o GDF Presente com um polo específico da área rural. Quais as prioridades? 
Vamos fazer uma modificação para ser mais assertivo com o polo, que participamos junto com o DER [Departamento de Estradas de Rodagem]. Estamos fazendo uma adequação para concentrar as patrulhas em um distrito rodoviário, fazer todas aquelas estradas necessárias e, após concluída a etapa, seguir para outra região. Imaginamos que isso seja mais assertivo e econômico, e nos mostramos mais presente. Nesse caso, fazemos parceria com a Emater-DF, já que os técnicos sabem os locais com problemas porque circulam sempre por ali.
O DF tem quase 25 mil produtores rurais. Como promover, incentivar e valorizar essas pessoas? 
Temos que entender o conjunto: ter assistência técnica de fato, garantir espaços de comercialização – especialmente para quem mais precisa, que são os agricultores familiares – garantir crédito rural a tempo, a hora e com taxas razoáveis, garantir estruturas no espaço rural para os produtores e ter segurança jurídica. Com isso, deixa o produtor tranquilo, com crédito quando quiser produzir, assistência para quem precisa, ambiente de comercialização. Claro que vamos sofrer com outras coisas, como a política econômica que não está sob nosso controle, mas temos que fazer isso. Nosso propósito na agricultura é criar um ambiente que seja o melhor espaço rural do país para viver e produzir. Conduzir as políticas para isso é o que importa.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA 

Aulas recomeçam com 100% das escolas revitalizadas em cinco RAs



Mais de 25 mil alunos, em 35 escolas públicas do DF, vão estudar em salas mais confortáveis e com melhor infraestrutura

Obras contemplam instalações externas e internas das escolas: mais conforto para todos e melhores condições de estudo | Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
As aulas na rede pública recomeçam na próxima segunda-feira (10), e os alunos de 35 escolas de cinco regiões administrativas do Distrito Federal vão chegar e encontrar novidades. É o caso de 100% das unidades subordinadas à Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Núcleo Bandeirante, que passaram por reformas pontuais para garantir mais conforto a estudantes e professores em 2020.
Salas restauradas, banheiros revitalizados, redes elétrica e hidráulica recuperadas e pintura nova foram algumas das benfeitorias, feitas de acordo com as necessidades de cada unidade. “Por muitos anos, tivemos reformas pontuais, pequenos reparos; desta vez, porém, acompanhamos obras estruturantes, que estão dando cara nova a muitas escolas”, conta o assessor especial da CRE, José Luiz Porto Júnior.
 Características diferentes
As escolas estão distribuídas em cinco administrações regionais: nove no Núcleo Bandeirante, cinco na Candangolândia, oito no Riacho Fundo I, 11 no Riacho Fundo II e duas no Park Way. As características estruturais e ocupacionais nessas regiões, no entanto, são diferentes.
Enquanto no Núcleo Bandeirante e na Candangolândia as escolas funcionam em prédios mais antigos, muitos ainda da década de 1960, no Riacho Fundo I e II as unidades de ensino são mais modernas. Nessas duas RAs, contudo, a ocupação de alunos é muito superior à das demais, o que, consequentemente, acarreta maior desgaste de material por uso. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 do Riacho Fundo II, são 1,4 mil estudantes por turno.
Renovação
Em seu primeiro mandato como diretora da Escola Classe (EC) 03 do Núcleo Bandeirante, Flávia Rodrigues de Carvalho encabeçou uma verdadeira renovação da estrutura do prédio de 12 salas de aula e cerca de 500 meninos e meninas do primeiro ao quinto anos.
Com recursos da Secretaria de Educação (SEE), do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf) e de emendas parlamentares, ela mudou a cor de toda escola – “esse tom de verde mais claro ajuda na concentração da criançada” , diz –, trocou pisos, revitalizou todos os armários, restaurou banheiros que estavam desestruturados, acabou com uma infiltração que deixava uma sala mofada há quase dez anos, reorganizou a disposição das salas e ainda conseguiu reativar um parquinho que estava interditado há três anos. “Fizemos tudo isso em três semanas e ainda vamos fazer mais”, conta, empolgada.
Flávia Rodrigues, diretora da Escola Classe 03, do Núcleo Bandeirante: “Fizemos tudo isso em três semanas e ainda vamos fazer mais” 
Bem próximo à EC3, o Centro Interdisciplinar de Línguas (CIL) ganhou um prédio novo – e mais espaço para quase triplicar o atendimento. Com oito salas de aula reorganizadas e pintadas e dois banheiros sendo construídos para os 1,4 mil alunos – antes eram só 500 –, a unidade gratuita de idiomas promete se firmar como uma referência no ensino de inglês, francês e espanhol na região.
Conforto para todos
E não eram só os alunos que estavam carentes de melhorias. Na EC 1 da Candangolândia, a área administrativa ganhou novos móveis e teve o banheiro ampliado e modernizado para as 39 professoras – e para um professor –, além de troca de piso e renovação da copa.
Todas as 20 salas de aula foram pintadas para receber os cerca de 420 alunos divididos em dois turnos. O próximo passo é esperar o período de chuvas passar para dar prosseguimento às obras de construção do ginásio e de um amplo estacionamento. “Passamos pelo menos oito horas por dia aqui, então é justo que tanto estudantes quanto professores estejam em uma escola confortável, bem-equipada e bonita de se ver”, comemora a diretora, Drika Galeno. “Por aqui teve gente trabalhando até no domingo.”