quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Número de mortos por coronavírus sobe para 563 na China


Um turista usa uma máscara protetora em frente à loja de departamentos Galeries Lafayette, em Paris, quando o país é atingido pelo novo coronavírus, na França, em 30 de janeiro de 2020.

Reuters/BENOIT TESSIER

Número de infectados chega a mais de 28 mil pessoas

Publicado em 06/02/2020 - 06:33
Por NHK*  Pequim
Autoridades sanitárias chinesas informam que mais de 28 mil pessoas estão infectadas pelo novo coronavírus na China continental. O total de mortes aumentou para 563.
O Comitê Nacional de Saúde da China afirma que o número de casos confirmados no país aumentou em 3.694 desde a última contagem, chegando a um total de 28.018 infectados nessa quarta-feira (5).
O número de mortes somente na província de Hubei subiu em mais 70 casos. O total de mortes também já soma mais um caso cada na cidade de Tianjin e nas províncias de Heilongjiang e Guizhou.

Contágio por coronavírus

A CCTV, emissora estatal chinesa, informou que um recém-nascido foi identificado entre os infectados pelo novo coronavírus.
Segundo a emissora, o bebê nasceu no domingo (2) em Wuhan, a cidade mais atingida pelo surto. O bebê passou por exames 30 horas após o nascimento, já que a mãe estava infectada pelo coronavírus. O resultado deu positivo também para o bebê.
A criança aparentemente não apresenta sintomas de febre ou tosse, mas foram detectados problemas respiratórios. Um raio-x mostra infecção nos pulmões.
Um médico do hospital onde nasceu o bebê alertou para os riscos de contágio de mãe para filho, e pediu que especialistas e pessoal médico não descartem essa possibilidade.
*Emissora pública de televisão do Japão
Edição: -

Estudantes voltam às aulas no Rio e recebem água mineral


Fachada do edifício-sede da Cedae

Tomaz Silva/Agência Brasil

Publicado em 06/02/2020 - 07:29
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
As escolas municipais do Rio de Janeiro iniciam o ano letivo de 2020 nesta quinta-feira (6), nas 1.540 unidades da rede. A volta às aulas estava prevista para ontem (5), mas foi adiada pela prefeitura devido à crise hídrica que atinge parte da região metropolitana da capital.
Segundo nota da prefeitura, as escolas estão abastecidas com água mineral para consumo de alunos e funcionários. Além disso, a vigilância sanitária municipal está monitorando a qualidade da água encanada fornecida pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e orientando os diretores da unidade sobre suas condições.
Ainda de acordo com a prefeitura, a direção das unidades e os conselhos dos pais foram orientados a avaliar condições sobre manter ou não as escolas funcionando, de acordo com as condições da água.
Desde o início de janeiro, a água fornecida pela Cedae a grande parte da região metropolitana apresenta cheiro de terra, devido à presença da substância orgânica geosmina. No início desta semana, mais um problema afetou o abastecimento de água: o aparecimento de detergente na Estação de Tratamento Guandu fez com que a Cedae interrompesse a distribuição na Baixada Fluminense e na capital.

Edição: Graça Adjuto

Dez novos casos de coronavírus são confirmados em cruzeiro no Japão



O navio Diamond Princess é visto ancorado no porto de Yokohama, depois que dez pessoas tiveram teste positivo para coronavírus - Reuters/Kim Kyung-Hoon/Direitos reservados

KIM KYUNG-HOON

Passageiros e tripulação do Diamond Princess estão em quarentena

Publicado em 06/02/2020 - 07:45
Por NHK*  Tóquio
Autoridades sanitárias do Japão informam que foi confirmada a infecção pelo novo coronavírus de mais dez pessoas em um navio de cruzeiro atracado em Yokohama, nas proximidades de Tóquio, elevando para 20 o número total de casos na embarcação.
Cerca de 3.700 passageiros e a tripulação a bordo do Diamond Princess foram postos em quarentena após um homem de Hong Kong ter tido a infecção pelo vírus confirmada, pouco após desembarcar em sua cidade natal.
Autoridades sanitárias vêm testando amostras de 120 pessoas que apresentaram sintomas como febre e tosse, e de mais 153 pessoas que tiveram contato próximo com aquelas que apresentam sintomas. Todos os dez novos casos foram confirmados em passageiros nas faixas dos 50 a 70 anos.
Quatro deles são japoneses. Há ainda dois americanos e dois canadenses, além de um neozelandês e um taiwanês.
As autoridades dizem que todos apresentam sintomas que incluem febre. Eles foram transferidos para instituições médicas na província de Kanagawa.
Os outros passageiros e membros da tripulação terão de permanecer no navio por pelo menos duas semanas enquanto testes são realizados.
*Emissora pública de televisão do Japão
Edição: -

OMS terá nova reunião com especialistas para discutir coronavírus



Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus

Divulgação/Josué Damacena (IO

Encontro de dois dias deve começar terça-feira (11)

Publicado em 06/02/2020 - 08:26
Por NHK*  Genebra (Suíça)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja realizar uma reunião de dois dias, a partir da próxima terça-feira (11), com o objetivo de discutir discutir medidas para lidar com o surto do novo coronavírus.
Nessa quarta-feira (5), a OMS informou que vai convidar especialistas, profissionais da área médica e outros para ir a Genebra, na Suíça. Entre os tópicos a serem discutidos está o desenvolvimento de formas de tratamento e de vacinas eficientes contra o vírus. Segundo a entidade, não existe cura eficaz no momento.
A Organização Mundial da Saúde também solicitou cooperação financeira de países-membros da instituição, acrescentando que são necessários US$ 675 milhões nos próximos três meses para ajudar nações com sistemas médicos precários.
*Emissora pública de televisão do Japão
Edição: -


Economia Indicadores de mercado de trabalho iniciam 2020 com melhora Dados foram divulgados pela FGV Publicado em 06/02/2020 - 08:55Por Vitor Abdala - Repórter da Agencia Brasil Rio de Janeiro Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) registraram melhora em janeiro deste ano, em relação ao mês anterior. O Indicador Antecedente de Emprego, por exemplo, subiu 2,4 pontos e atingiu 92,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos, o melhor nível desde abril de 2019 (92,5 pontos). O Indicador Antecedente de Emprego busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses, com base na avaliação de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços. O outro índice, chamado de Indicador Coincidente de Desemprego, recuou 2,8 pontos e atingiu 92,5 pontos, o menor nível desde fevereiro do ano passado (92,1 pontos). Este indicador medido com base na avaliação dos consumidores sobre o desemprego atual, no entanto, tem a escala invertida, em que a pontuação menor significa um resultado mais favorável. Edição: Valéria Aguiar Tags: INDICADOR DE EMPREGOFGV


Pesquisa da CNI aponta estabilidade na produção industrial (Foto Arquivo - Agência Brasil)

Arquivo/Agência Brasil

Dados foram divulgados pela FGV

Publicado em 06/02/2020 - 08:55
Por Vitor Abdala - Repórter da Agencia Brasil  Rio de Janeiro
Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) registraram melhora em janeiro deste ano, em relação ao mês anterior. O Indicador Antecedente de Emprego, por exemplo, subiu 2,4 pontos e atingiu 92,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos, o melhor nível desde abril de 2019 (92,5 pontos).
O Indicador Antecedente de Emprego busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses, com base na avaliação de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços.
O outro índice, chamado de Indicador Coincidente de Desemprego, recuou 2,8 pontos e atingiu 92,5 pontos, o menor nível desde fevereiro do ano passado (92,1 pontos). Este indicador medido com base na avaliação dos consumidores sobre o desemprego atual, no entanto, tem a escala invertida, em que a pontuação menor significa um resultado mais favorável.
Edição: Valéria Aguiar

Mulheres presas enfrentam obstáculos para exercer maternidade em SP



Presas com seus filhos na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia)

Luiz Silveira/Agência CNJ/ Direitos Reservados

Relatório diz que elas cumprem condições impostas pela Justiça

Publicado em 06/02/2020 - 09:03
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Relatório do programa Mães em Cárcere da Defensoria Pública do estado de São Paulo, divulgado hoje (6), revelou que a maioria das mulheres em prisão domiciliar cumprem as condições impostas pela Justiça e não tem conduta que as faça voltar a cumprir pena em regime fechado.
“Conclusões importantes que a gente pode tirar é que a maioria dessas mulheres que cumprem prisão domiciliar, elas trabalham ou estudam, elas não cometem faltas disciplinares, nem deixam de cumprir algumas das condições impostas e a maioria não regride para o regime fechado”, disse a defensora do Núcleo Especializado da Infância e Juventude Ana Carolina Schwan.
Apesar desse resultado, pesquisa do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC) mostrou que os dispositivos previstos em lei não estão sendo aplicados às mulheres que teriam direito à prisão domiciliar, conforme descrito no Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), que ampliou as possibilidades dessa modelo de prisão para mulheres presas provisoriamente quando gestantes, mães de crianças com até 12 anos, ou cujos filhos sejam portadores de deficiência.
Para a pesquisadora do ITTC, Irene Maestro, existe uma forte resistência do judiciário em aplicar a prisão domiciliar. Segundo ela, nas audiências de custódia, 83% das mulheres que eram potenciais beneficiárias tiveram o direito negado. No curso do processo, enquanto elas estavam presas no Centro de Detenção Provisória de Franco da Rocha, 80% das potenciais beneficiárias não conseguiram a prisão domiciliar.

Mães em Cárcere

No ano passado, mais de 3,1 mil mulheres foram atendidas dentro do programa. Desde 2015, quando começou a existir, o Mães em Cárcere já atendeu mais de 15 mil mulheres. Em 2015 foram 2,5 mil mulheres atendidas. O programa busca garantir os direitos da mãe no sistema prisional e o exercício da maternidade, além do direito à convivência familiar de seus filhos. Esta é uma política voltada para toda mulher que está encarcerada e que tem um filho até 18 anos ou maior de 18 com alguma deficiência.
“É importante dizer que Mães em Cárcere é uma política única no país, é a única defensoria que tem uma política institucional voltada para esse público. É um público que tem o número de direitos violados muito grande. É um público que carecia de uma atenção especial”, disse a defensora Ana Carolina Schwan sobre a motivação para surgimento desta política institucional.
Segundo a defensora, uma das formas de atuação da política para essas mães é fazer com que elas tenham o direito da prisão domiciliar reconhecido, no caso de gestantes ou de mulheres com filhos até 12 anos, conforme garante o Marco Legal da Infância e reforça o Habeas Corpus Coletivo nº 143.641.
Aquelas que tenham filho entre 12 e 18 anos, podem ser atendidas de outras formas. “Por exemplo, vendo se ela tem algum direito a um regime menos grave ou a algum benefício de liberdade condicional; se o direito dela e da criança de visita está sendo observado; para verificar a questão se o filho está sendo cuidado por quem ela indicou; fazer a defesa dela no processo de destituição do poder familiar ou de acolhimento institucional, que é quando o filho dela está no abrigo”.
Segundo dados do relatório, entre as mulheres atendidas pela política da Defensoria, 57% são negras (46% se declararam pardas e 11% pretas). “Essa é uma característica não só das mulheres encarceradas, mas é uma representação da população carcerária como um todo. Para a gente, isso identifica uma questão que é muito clara com relação ao sistema carcerário que é a seletividade na punição estatal”, disse Ana Carolina.

Desafios

Ana Carolina afirma que alguns dos obstáculos enfrentados pelas mães encarceradas é que o sistema carcerário é voltado ao público masculino – faltam até absorventes para as mulheres -, além da presunção de incapacidade dessas mulheres de exercício da maternidade apenas pelo fato de elas estarem cumprindo uma pena.
“O grande desafio é a gente quebrar essa presunção [de incapacidade], ultrapassar essa presunção de que, simplesmente pelo fato de estar presa, ela não pode exercer a sua maternidade. Tanto que o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece que é um direito da criança visitar os pais, ter convivência com eles, ainda que eles estejam presos”, disse a defensora.
Entre os avanços conquistados pela Defensoria, a partir do programa, Ana Carolina citou o fortalecimento da atuação em defesa dessas mulheres e diversos casos em que os defensores conseguiram garantir a convivência familiar entre mãe e filho. “No final do ano passado, o juiz determinou que assim que a criança nascesse a mãe [que estava grávida e encarcerada] não poderia ter nenhum contato com ela, a criança deveria ser encaminhada para o acolhimento”. A decisão foi revertida, a criança nasceu e pode permanecer com a mãe.
Em outro episódio, uma criança de sete dias estava com a mãe na penitenciária e o juiz determinou que ela fosse para o acolhimento em razão de um suposto risco que a mãe ofereceria para o filho. “Foi comprovado no caso que o simples fato de a mãe estar presa não era um risco para a criança”. Além disso, pelos benefícios da amamentação, que é um direito da mãe e da criança, foi decidido que era melhor para a criança ficar o período de seis meses - que é previsto em lei - junto com a mãe.
“O Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu o direito: determinou que essas crianças voltassem para o convício com a mãe dentro da penitenciária. Foram dois casos emblemáticos no final do ano passado e que foram em razão da política do Mães em Cárcere”, explicou.
Edição: Valéria Aguiar

Ômega-3 reduz morte de neurônios pelo vírus Zika, diz pesquisa



Estudo mostra que o ácido graxo combate morte de células nervosas

Publicado em 06/02/2020 - 06:05
Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Testes clínicos realizados no Laboratório de Imunologia e Inflamação (Limi) da Universidade de Brasília (UnB) indicam que o ômega-3 - um ácido graxo normalmente encontrado em peixes que reduz o colesterol ruim no organismo - combate a inflamação dos neurônios causada pelo vírus Zika. A substância também auxilia na redução da carga viral nas células do sistema nervoso humano.  
O vírus Zika acarreta em complicações neurológicas, como encefalites, Síndrome de Guillain Barré e microcefalia. Com a infecção do vírus Zika, as mitocôndrias das células nervosas, que capturam energia e funcionam como uma espécie de “pulmão celular”, são atacadas e sofrem estresse oxidante. O desfecho é a morte dos neurônios.
“Quando o Zika infecta um neurônio, ele faz com que esse neurônio produza série de moléculas inflamatórias, citotóxicas e radicais livres que vão causar dano ao DNA”, descreve a coordenadora do Limi/UnB e professora do Depastamento de Biologia Celular Kelly Magalhães.
A Coordenadora do Limi Laboratório de Imunologia e Inflamação da UnB (Limi/UnB), Kelly Magalhães, fala sobre  a eficácia do uso de ômega-3 no combate a inflamação dos neurônios humanos e redução da carga viral do vírus Zika
A Coordenadora do Limi Laboratório de Imunologia e Inflamação da UnB (Limi/UnB), Kelly Magalhães, fala sobre a eficácia do uso de ômega-3 no combate a inflamação dos neurônios humanos e redução da carga viral do vírus Zika - Wilson Dias/Agência Brasil
“O pré-tratamento do ômega-3 faz com que a célula produza outras moléculas que têm atividade antagônica ao que o Zika faz”, detalha professora que orientou a pesquisadora Heloísa Braz-de-Melo, estudante de mestrado, responsável pelo estudo recentemente publicado em revista científica internacional. Com o ômega 3, os neurônios produzem moléculas neuro protetoras e anti-inflamatórias.
Estudo da UnB descobre que ômega-3 é nova arma contra o vírus Zika
Estudo da UnB descobre que ômega-3 é nova arma contra o vírus Zika - Robson Moura/TV Brasil
A investigação sobre os efeitos do ômega-3 sobre na prevenção e tratamento aos efeitos do vírus Zika foi feita a partir de amostra do vírus isolado de um paciente infectado em Pernambuco no ano de 2015, quando houve surto da doença em alguns estados brasileiros. Pesquisadores da Universidade de Brasília também realizaram testes com camundongos, os resultados deverão ser divulgados ainda neste semestre. O Limi/UnB participa de rede internacional com laboratórios do Canadá, Escócia e Estados Unidos para pesquisar o vírus Zika.

Infertilidade masculina

Além de identificar novos benefícios do ômega-3 contra o Zika, o laboratório também identificou que o vírus pode acarretar infertilidade masculina. “A gente está demonstrando que a infecção do zika vírus também causa a infertilidade masculina. Quando o camundongo é infectado, o vírus se aloja no testículo, causa morte de espermatozoides ou anormalidades morfológicas de movimento”, assinala Kelly Magalhães.
O Zika Vírus é transmitido por picada do mosquito Aedes Aegypti, relação sexual, e da mãe para o feto durante a gravidez. Os sintomas mais comuns são vermelhidão no corpo e coceira depois de alguns dias. Pode ocorrer febre baixa, nem sempre percebida, conjuntivite sem secreção, dor de cabeça, dor muscular e até dor nas juntas.
As medidas de controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Conforme o Ministério da Saúde, “a melhor forma de prevenção, e a mais eficaz, é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar um possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas e pratos de plantas”.
Estudo da UnB descobre que ômega-3 é nova arma contra o vírus Zika
Estudo da UnB descobre que ômega-3 é nova arma contra o vírus Zika - Robson Moura/TV Brasil
O ômega-3 é encontrado no óleo de peixes de águas frias e profundas (salmão, atum, bacalhau, cação) e óleos vegetais e linhaça. O nutriente é vendido em cápsulas por farmácias e lojas de suplementos alimentares. A compra não exige prescrição médica, a orientação especializada, no entanto, é recomendada pelos pesquisadores. O preço do produto varia conforme a concentração da substância.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
da Agência Brasil

Sensível e importante, 'Jojo Rabbit' faz comédia para destacar drama



Tentando ridicularizar o nazismo, filme de Taika Waititi faz espectador rir do absurdo e o leva às lágrimas com momentos impactantes

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O protagonista Jojo e sua dualidade: Seguir o amigo imaginário ou a mãe

O protagonista Jojo e sua dualidade: Seguir o amigo imaginário ou a mãe

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Poucas unanimidades deveriam ser tão inquestionáveis quanto o total desprezo ao nazismo. Mas com o surgimento de novos grupos que usam a intolerância pregada por Hitler, 2020 parece ser um bom momento para relembrar o passado e prevenir algo semelhante para o futuro.
Se, ao primeiro olhar, Jojo Rabbit parece ser apenas uma piada (tida como de mau gosto por alguns, inclusive), o diretor Taika Waititi trata de demonstrar que o tom pueril é apenas uma faceta do longa para conversar com um público mais amplo.
Waititi e Davis no quarto do jovem Jojo

Waititi e Davis no quarto do jovem Jojo

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Ao mesmo tempo em que o jovem hitlerista (Roman Griffin Davis) — que tem no Fuhrer do Terceiro Reich (vivido magistralmente pelo próprio Waititi) seu melhor amigo imaginário — demonstra como é fácil convencer que até mesmo as mais detestáveis teorias podem ser válidas para uma mente altamente exposta a ela, a sátira escancarada no acampamento de treinamento nos faz refletir sobre nossa própria evolução desde 1945.
E puxando tudo de volta para o chão está a mãe de Jojo, interpretada por Scarlett Johansson com a sutileza necessária para transparecer a doçura de uma mãe que tenta, sozinha, mostrar o caminho para o filho, mas que não deixa de se aborrecer com o fanatismo do rebento. Uma maestria que não somente a garantiu uma justa indicação ao Oscar, como a coloca no posto mais alto em uma categoria muito disputada.
Scarlett Johanson brilha no papel da mãe que tenta resgatar o filho dos ideal nazista

Scarlett Johanson brilha no papel da mãe que tenta resgatar o filho dos ideal nazista

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A partir do momento em que Elsa (Thomasin McKenzie) entra na trama, o mundo idealizado por Jojo começa a desmoronar. Perceber que a garota judia que a mãe esconde no sótão é igual a si próprio ou qualquer um de seus amigos nazistas faz com que o menino — e seu amigo Hitler, por consequência — comece a questionar a maneira como sempre enxergou o mundo.
E a interação entre os personagens que é, de fato, o ponto alto do longa, se torna ainda melhor com as incertezas e descobertas vividas pelos dois jovens. Os momentos de pura ternura em meio aos horrores que a guerra traz conduzem a emoção do espectador com competência ímpar.
A judia no sótão e o membro da juventude hitlerista no andar de baixo

A judia no sótão e o membro da juventude hitlerista no andar de baixo

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Apesar desta ternura e da comédia do filme serem excelente — acertando no tom até de piadas que poderiam deixar a audiência levemente desconfortável — nada supera os momentos em que elas são quebradas pela realidade. A construção do roteiro trabalha a favor dos dois pontos, dando tensão para que o humor possa romper e leveza para que os pontos críticos do longa tenham um impacto profundo na audiência.
Como comprovam produções desde o princípio da mídia, a comédia pode ser o melhor canal para discutir os principais dramas da sociedade e trazer aos olhos do grande público, de modo mais palatável, toda sorte de problema. Jojo Rabbit faz isso com o brilhantismo das maiores peças já produzidas e, por isso, se torna o melhor e mais importante filme desta temporada de premiações.
R7