quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Câmara derruba decisão do STF que afastou deputado acusado de corrupção



O atual Congresso foi eleito por uma onda que tinha entre seus principais discursos o combate implacável à corrupção

Câmara derruba decisão do STF que afastou deputado acusado de corrupção
Notícias ao Minuto Brasil
06/02/20 07:00 ‧ HÁ 2 HORAS POR FOLHAPRESS
POLÍTICA CONTRA-MÃO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - No primeiro caso concreto da atual legislatura de análise de suspeita de corrupção contra um de seus membros, o plenário da Câmara dos Deputados anulou nesta quarta-feira (5) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que afastou do mandato o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB).
 
O atual Congresso foi eleito, majoritariamente, por uma onda que tinha entre suas principais bandeiras a do combate implacável à corrupção.
O placar mostrou apenas 170 votos favoráveis à decisão do STF -eram necessários ao menos 257- e 233 contrários, em consonância com o relatório do deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Houve 7 abstenções e 102 ausências, que contaram, na prática, a favor de Santiago.
A discussão sobre manter ou não o afastamento do petebista envolvia discussões políticas e jurídicas.
Decisões do Supremo Tribunal Federal de afastar parlamentares do mandato são controversas -especialmente as tomadas por um único ministro, sem que houvesse condenação, como no caso de Santiago. Por outro lado, defensores do afastamento apontavam risco às investigações.
A decisão da Câmara foi precedida de uma longa reunião entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares do centrão e a área técnica.
A posição de que eram necessários pelo menos 257 dos 513 votos para a manutenção do afastamento foi anunciada por Maia no plenário, após a reunião. Ele submeteu a voto o seu entendimento, que foi mantido por 407 votos contra 5.
O presidente da Câmara chegou a ameaçar adiar a votação em razão dos ausentes, mas acabou voltando atrás.
Na tentativa de amenizar o desgaste da decisão, deputados decidiram apoiar o envio de uma representação contra o petebista ao Conselho de Ética da Câmara.
Diferentemente da decisão do STF, porém, um processo no Conselho de Ética pode durar meses e, em caso de condenação, não resulta necessariamente na cassação. A palavra final cabe, sempre, ao plenário da Casa.
"A manutenção do afastamento por uma decisão cautelar representaria uma verdadeira cassação prévia de mandato, algo que contraria a Constituição, que exige prévia condenação criminal transitada em julgado", afirmou Marcelo Ramos. Ele foi escolhido relator após a reunião de Maia e o centrão, em substituição a Fábio Trad (PSD-MS), que era favorável à decisão do STF.
Ramos sugeriu em seu voto que seja aberto o processo de cassação contra o petebista no Conselho de Ética, o que pode ser feito pela Mesa da Câmara.
Santiago foi afastado do mandato no final de dezembro de 2019 em decisão do ministro Celso de Mello, decano do STF, sob o argumento de que a sua manutenção no cargo representava ameaça às investigações.
O parlamentar é acusado pelo Ministério Público de desviar verbas de obras contra a seca no sertão da Paraíba. Contra ele há, entre outros pontos, vídeos gravados pela Polícia Federal indicando a suspeita de que propina foi entregue em seu gabinete e em seu apartamento.
Durante busca em sua residência em João Pessoa, a Polícia Federal encontrou um aparelho celular escondido em uma caixa de remédio, dentro de um frigobar.
Apesar do temor do desgaste que a decisão pode provocar na opinião pública, houve um movimento liderado pelos partidos do centrão (PP, PTB, SD, entre outros) para livrar Santiago sob o argumento de que não há amparo legal no afastamento de um parlamentar por uma decisão monocrática de um juiz, feita de forma cautelar, sem que haja condenação.
A medida foi apoiada inclusive por integrantes da oposição, como do PT e do PC do B, unindo alguns partidos antagônicos na mesma decisão.
"É uma verdadeira carta branca que está a se dar a todos os juízes, de todas as instâncias, para caçar mandato parlamentar", discursou no plenário o advogado de defesa de Santiago, Luís Henrique Machado, o mesmo que defendeu Renan Calheiros (MDB-AL) na época em que houve uma ameaça de afastamento do então presidente do Senado por parte do STF.
Mesmo afastado, Santiago estava no plenário da Câmara. Ele não quis discursar durante a sessão.
Nos bastidores, o temor de vários deputados era o de que a manutenção do afastamento abriria um precedente que colocaria em risco outros parlamentares também com problemas na Justiça.
Durante busca em sua residência em João Pessoa, a Polícia Federal encontrou um aparelho celular escondido em uma caixa de remédio, dentro de um frigobar.
Apesar do temor do desgaste que a decisão pode provocar na opinião pública, houve um movimento liderado pelos partidos do centrão (PP, PTB, SD, entre outros) para livrar Santiago sob o argumento de que não há amparo legal no afastamento de um parlamentar por uma decisão monocrática de um juiz, feita de forma cautelar, sem que haja condenação.
A medida foi apoiada inclusive por integrantes da oposição, como do PT e do PC do B, unindo alguns partidos antagônicos na mesma decisão.
"É uma verdadeira carta branca que está a se dar a todos os juízes, de todas as instâncias, para caçar mandato parlamentar", discursou no plenário o advogado de defesa de Santiago, Luís Henrique Machado, o mesmo que defendeu Renan Calheiros (MDB-AL) na época em que houve uma ameaça de afastamento do então presidente do Senado por parte do STF.
Mesmo afastado, Santiago estava no plenário da Câmara. Ele não quis discursar durante a sessão.
Nos bastidores, o temor de vários deputados era o de que a manutenção do afastamento abriria um precedente que colocaria em risco outros parlamentares também com problemas na Justiça.
Diante da polêmica de decisões do STF de afastar parlamentares do mandato, hoje há um entendimento na corte de que a palavra final cabe ao plenário da Câmara ou do Senado.
A questão se tornou uma discussão prática em maio de 2016, quando o ministro Teori Zavascki afastou do mandato o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
A decisão foi referendada no mesmo dia, de forma unânime, pelo plenário do STF.
O próprio Teori registrou que sua sentença era "excepcionalíssima". Críticos apontaram para o risco de violação ao princípio constitucional da separação dos Poderes.
A Câmara não se insurgiu, à época, e Cunha foi efetivamente afastado e teve, posteriormente, o mandato cassado pelos colegas. Ele acabou preso em decorrência das investigações da Lava Jato, situação em que se encontra até hoje.
Já no final de 2016 foi a vez de o ministro Marco Aurélio Mello determinar o afastamento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) da presidência do Senado.
Marco Aurélio argumentou ter tomado a decisão com base no entendimento da maioria dos ministros da corte de que réus em ações penais não podem ocupar cargo na linha sucessória da Presidência -Renan havia se tornado réu uma semana antes.
O Senado não cumpriu a determinação de Marco Aurélio e recorreu ao plenário do STF, que manteve Renan no cargo por 6 votos a 3.
No ano seguinte foi a vez de o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber vantagem indevida da JBS e tentar atrapalhar as investigações, ser afastado do mandato por decisão da Primeira Turma do STF.
Na ocasião, em meio à ameaça de uma crise institucional, a corte deliberou, porém, que caberia ao Congresso a palavra final sobre a suspensão do mandato de parlamentares pelo Judiciário.
Com isso, o plenário do Senado derrubou por 44 votos a 26 a decisão do Supremo e restabeleceu o mandato do tucano.
ENTENDA O CASO
A acusação
O deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB) é acusado pelo Ministério Público de desviar verbas da construção da Adutora Capivara, em Uiraúna, sertão da Paraíba, no valor de R$ 24,8 milhões.
Citados
Além de Santiago, o prefeito de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), flagrado escondendo maços de dinheiro na cueca, e mais cinco pessoas.
Propina
A investigação indica que houve acordo para que 10% do total da obra fosse devolvido ao parlamentar e 5% ao prefeito. O deputado teria ficado até o momento com R$ 1,2 milhão em propina.Ações controladasHá vídeos feitos pela Polícia Federal mostrando que propina teria sido entregue no gabinete do parlamentar, na Câmara, e em seu apartamento em Brasília.
Os supostos crimes
Peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
Decisão do STF
Em dezembro, o ministro Celso de Mello decidiu afastar Santiago, argumentando que o congressista havia colocado seu mandato "a serviço de uma agenda criminosa". Ele cita decisão do colega Teori Zavascki, morto janeiro de 2017. No ano anterior, ele havia julgado compatível com a ordem constitucional a possibilidade de o STF decretar a suspensão de mandato de membro do Congresso Nacional.
Outros casos envolvendo Supremo e Congresso
Eduardo Cunha
Em maio de 2016, o ministro Teori Zavascki afastou do mandato o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). A Câmara não se insurgiu, à época, e Cunha teve, posteriormente, o mandato cassado pelos colegas. Ele acabou preso em decorrência das investigações da Lava Jato, situação em que se encontra até hoje.
Renan Calheiro
Em dezembro de 2016, o ministro Marco Aurélio Mello determina o afastamento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) da presidência do Senado sob o argumento de que réus em ações penais não podem ocupar cargo na linha sucessória da Presidência -Renan havia se tornado réu uma semana antes. O Senado não cumpriu a determinação de Marco Aurélio e recorreu ao plenário do STF, que manteve Renan no cargo por 6 votos a 3.
Aécio Neves
Em setembro de 2017, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber vantagem indevida da JBS, é afastado do mandato por decisão da Primeira Turma do STF. Na ocasião, em meio à ameaça de uma crise institucional, a corte deliberou, porém, que caberia ao Congresso a palavra final sobre a suspensão do mandato de parlamentares pelo Judiciário. Com isso, o plenário do Senado derrubou por 44 votos a 26 a decisão do Supremo e restabeleceu o mandato.
POLITICA AO MINUTO




Os signos do zodíaco que mais precisam ter cuidado com as decisões









Virgem
A vida sempre nos colocará em situações nas quais devemos escolher entre o certo e o errado. A tentação pode oferecer muito e ser fácil de aceitar, mas será que ela vale mesmo a pena?
Libra
Hora de iniciar novos episódios em sua vida e ter esperança e positividade para enfrentar desafios. Lembre-se que se destacar não é difícil para você e suas qualidades nobres irão ajudá-lo.
Escorpião
Não se deve lamentar por aquilo que já aconteceu e não pode ser alterado. Arrependimentos tardios não servem e as más decisões só podem ser reconsideradas para que novos e melhores caminhos sejam tomados a partir de agora.
Sagitário
Perseverança é a chave do sucesso. Insista e seja mais teimoso em tudo o que deseja, indo além dos pensamentos positivos. Você verá que todos os objetivos serão cumpridos.
Capricórnio
Obstáculos devem ser analisados e calculados para que o caminho se torne mais claro e você tome uma decisão. Conheça mais sobre si mesmo e saiba que isso o ajudará a ter ainda mais sucesso.
Aquário
Novas oportunidades e reconhecimentos devem deixá-lo feliz, mas não esqueça de que para manter este estado, é possível se desempenhar tudo com segurança e propriedade.
Peixes
Todos precisam olhar no espelho e praticar a autocrítica. Identifique suas tristezas e aborrecimentos para assimilar e finalmente poder tirar delas ensinamentos claros.
METRO 



O conselho para cada signo terminar esta semana da melhor forma



Por Victória Bravo
 

Navios autônomos







Em poucos anos, os oceanos do mundo deverão ver em ação a primeira frota de navios de carga autônomos, prometem donos de estaleiros e empresas de navegação japoneses.
De acordo com o jornal econômico Nikkei, uma coalizão dessas empresas já está empenhada em desenvolver embarcações com tais características para serem lançadas ao mar ainda em 2025.
Segundo os planos dos criadores da ideia, os navios estarão equipados com aparelhos que acessarão a internet para reunir informações como as condições meteorológicas e de navegação previstas e definirão as rotas mais curtas, eficientes e seguras.
As empresas envolvidas na iniciativa acreditam que, ao zerar a possibilidade de erros humanos, as novas embarcações vão reduzir drasticamente o número de acidentes nos mares.

PLANETA

Gracyanne Barbosa finge comer pizza ao vivo e vira piada na web



Após simular uma mordida em pedaço do quitute durante entrevista na TV, a musa fitness foi alvo de internautas: 'Ela é neurótica com comida'

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Gracy simulou mordida em pedaço de pizza

Gracy simulou mordida em pedaço de pizza

Reprodução/Facebook
Gracyanne Barbosa virou piada nas redes sociais depois que fingiu comer um pedaço de pizza ao vivo na televisão. A musa fitness simulou uma mordida durante entrevista para o jornalista Milton Cunha, no ensaio da União da Ilha do Governador, escola da qual é rainha de bateria.
A agremiação preparou uma mesa farta de quitutes e o jornalistou questionou Gracyanne qual daqueles pratos era o preferido dela. A musa escolheu a pizza de liquidificador e justificou: "Lembro da minha mãe fazendo quando eu era criança, muito bom".
Rapidamente, o vídeo viralizou entre os internautas que riram da situação."Eu reparei na hora! Sabia que ela não ia comer! E eu em casa aguando", comentou uma. "Ela é neurótica com comida, vocês acharam mesmo que ela fosse comer?", escreveu outra.
Gracyanne garantiu, em vídeo publicado no Instagram na noite de quarta-feira (5), que quando tem vontade, sai da dieta. "Pra vocês não acharem que sou completamente louca, de vez em quando eu como e não tem problema. A gente tem que encontrar o equílibro. Ser feliz é o que importa."
R7

Bebê de seis meses é o quinto caso suspeito do novo coronavírus no RS, confirma secretaria

BRASIL
Nova suspeita foi confirmada nesta quarta-feira (5). Outros quatro pacientes estão em isolamento domiciliar: um em Novo Hamburgo, dois em Canoas e um em Morro Reuter.

O quinto caso suspeito do coronavírus 2019 n-CoV no Rio Grande do Sul foi confirmado nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Saúde. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, trata-se de um bebê de seis meses, morador da China, que apresentou sintomas durante estadia em Porto Alegre.
A criança teve febre combinada com sintomas respiratórios leves, o que é considerado requisito para suspeita da doença. Os pais, diz a secretaria, não manifestaram sintoma.
Além do bebê, outros quatro casos de suspeita de coronavírus estão em investigação:
  • um casal, de Canoas, que esteve em Hong Kong e Macau;
  • um homem de Novo Hamburgo que reside em Hong Kong e apresentou sintomas em visita à cidade;
  • uma criança, moradora de Morro Reuter, que esteve na China recentemente.
  • Todos os pacientes tiveram materiais coletados e enviados ao Instituto Fiocruz, no Rio de Janeiro, que é o laboratório de referência para os testes da doença.
    No Brasil, são 11 casos em investigação. Além dos cinco casos suspeitos no Rio Grande do Sul, quatro são em São Paulo, um em Santa Catarina e um no Rio de Janeiro.
    Desde as primeiras suspeitas, 21 casos já foram descartados no Brasil.
O surto mundial da doença foi considerado emergência de saúde pública de interesse internacional. Até esta quarta-feira (5), eram 491 mortes por coronavírus na China, uma morte nas Filipinas, 24.363 casos confirmados na China e 182 casos confirmados em outros 24 países.


Fonte: G1 RS
00:00/02:09


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